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Fotos: ensaio técnico da União da Ilha no Sambódromo

Fotos: ensaio técnico da Inocentes de Belford Roxo no Sambódromo

Fotos: ensaio técnico da Em Cima da Hora no Sambódromo

Fotos: ensaio técnico da União do Parque Acari no Sambódromo

Dirigentes discursam na Sapucaí sobre notícia de favorecimento para Maricá na Série Ouro no Carnaval 2025

Representantes da Em Cima da Hora, Inocentes de Belford Roxo e União da Ilha discursaram antes dos ensaios técnicos, na noite deste domingo, no Sambódromo da Sapucaí, e repudiram a notícia dada pelo jornalista Léo Dias, na última semana, que a União de Maricá seria favorecida com o resultado no Carnaval 2025 e subiria ao Grupo Especial.

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Foto: Reprodução/redes sociais

Ao discursar, Ney Filardis, presidente da União da Ilha, disse “não inveja o dinheiro” e acabou sugerindo “enfiar naquele lugar”.

“Seria hipócrita se não falasse do meu repúdio total as notícias que surgiram essa semana. Não vou deixar que isso aconteça. Estamos trabalhando pra cacete o ano todo. Não adianta… quer ganhar o carnaval tem que ganhar aqui no templo sagrado que é a Sapucaí. Não invejo o dinheiro que vocês tem. Não vou falar o nome da escola; Meu recado não é para comunidade, segmentos e admiradores, mas para os dirigentes. Podem vir com alegoria banhada em ouro e fantasias cravejadas de diamantes. Respeitem as outras 15 escolas. Respeitem para serem respeitados. Tem dinheiro? Enfia naquele lugar”, disse Ney Filardi.

Presidente de honra da Inocentes de Belford Roxo, Reginaldo Gomes, também discursou e citou que confia no trabalho da Liga-RJ na gestão da Série Ouro.

“Aqui, na Liga, tenho carinho muito grande, sou presidente do Conselho Fiscal. Ninguém ganha carnaval de véspera. Não é só dinheiro, não. Aqui é história e samba no pé. Vai ter que suar muito para ganhar da Inocentes e das outras que estão aqui. Não vir jogando dinheiro e tentando passar por cima do carnaval do Grupo de Acesso. Não vamos aceitar e não vai acontecer. Aqui é um templo mágico. Se fosse só dinheiro era só passar três carros fortes que ganhava o carnaval. Tem que respeitar história e cultura. A Liga está fazendo trabalho maravilhoso e confiamos na Liga”, afirmou o presidente de honra da Inocentes de Belford Roxo, Reginaldo Gomes.

Heitor Fernandes, presidente de honra da Em Cima da Hora, também discursou antes do ensaio técnico da escola.

“A Maricá tem que ter 10% da idade da minha escola, eu abaixo a cabeça, e também quando tiver 1% dos sambas que tenho. Aqui não tem royalties, mas tem carnaval. Aqui é o carnaval do povo. Carnaval é na Avenida, prefeito. São valores lá em Maricá, aqui é do povo. É ele que responde pelo carnaval”, citou Heitor Fernandes.

União de Maricá repudia favorecimento

A União de Maricá publicou uma nota, em suas redes sociais, na noite da última quinta-feira, repudiando a informação publicada no site do jornalista Léo Dias, em que a reportagem cita que a União de Maricá seria beneficiada no resultado da Série Ouro em 2025. Veja abaixo o posicionamento da União de Maricá.

“A União de Maricá vem a público repudiar veementemente a informação veiculada pelo Portal LéoDias, que sugere a existência de um possível favorecimento para o nosso acesso no Carnaval 2025.

Desde a sua fundação, a União de Maricá sempre pautou sua trajetória pelo profissionalismo, ética e respeito ao maior espetáculo da Terra. Contamos com a dedicação de grandes profissionais e realizamos diariamente um trabalho sério e transparente, com o objetivo de entregar um desfile que corresponda às expectativas de nossos torcedores e do público em geral.

Reafirmamos o nosso compromisso com a justiça e a lisura no Carnaval, além do respeito a cada agremiação, em especial à Imperatriz Leopoldinense e ao Acadêmicos do Salgueiro, cujos profissionais, como o carnavalesco Leandro Vieira, o coreógrafo Patrick Carvalho e o diretor de carnaval Wilsinho Alves, também integram nossa equipe, contribuindo com seu talento e dedicação em jornada dupla para abrilhantar o nosso projeto.

Ressaltamos ainda que o nosso foco está voltado exclusivamente na preparação para o Carnaval 2025. Nenhuma conversa para renovação ou não de qualquer profissional se dará antes do desfile do dia 28 de fevereiro.

Seguiremos focados em nossa missão de exaltar a cultura popular e honrar nosso pavilhão, certos de que o reconhecimento será fruto do esforço coletivo e do talento de nossa comunidade”.

Freddy Ferreira analisa a bateria da Inocentes de Belford Roxo no ensaio técnico

A bateria “Cadência da Baixada” da Inocentes de Belford Roxo fez um ensaio técnico correto, comandada por mestre Washington Paz. Um ritmo equilibrado foi apresentado, com destaque para a cabeça da bateria, diante de um trabalho acima da média envolvendo as peças leves, principalmente tamborins e chocalhos. Bossas com pressão e seguindo a melodia contribuíram com o bom treino da bateria da Inocentes.

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Na parte da frente do ritmo, um naipe de tamborins bastante diferenciado apresentou um desenho rítmico simples, mas executado com inegável técnica musical, adicionando valor sonoro à cabeça da bateria. O trabalho da ala de chocalhos seguiu o talento coletivo dos tamborins, preenchendo a musicalidade das peças leves com uma qualidade rítmica nitidamente elevada. Tudo isso também era complementado por um bom naipe de cuícas, que ajudou a marcar o andamento.

A cozinha da bateria “Cadência da Baixada” contou com surdos de primeira e segunda com boa afinação, que atuaram de forma precisa. Surdos de terceira contribuíram no balanço do ritmo da tricolor de Belford Roxo. Caixas de guerra se exibiram exibindo bom nível musical, enquanto repiques tocaram de forma coesa, adicionando molho aos médios.

Bossas que se aproveitavam da melodia do samba para consolidar seu toque foram apresentadas. Com destaque para a paradinha do refrão principal, com bastante pressão. Outra bossa com boa musicalidade é uma das realizadas na cabeça do samba iniciada pelo repique, mas que requer cuidado próximo da finalização, para que os surdos de primeira e segunda que tocam juntos sejam precisos e firmes, sem “largar o braço”, evitando criar qualquer instabilidade rítmica no entorno. No refrão do meio uma paradinha afro foi apresentada, com direito a um agogô de duas campanas (bocas) tocado no corredor da bateria da Inocentes, atrelando o ritmo da “Cadência da Baixada” ao enredo da agremiação.

Uma boa apresentação da bateria “Cadência da Baixada” da Inocentes de Belford Roxo, dirigida por mestre Washington Paz. Um ritmo pautado pelo equilíbrio foi exibido, aliado a bossas com pressão e um trabalho de técnica musical elevada da parte da frente do ritmo. Um ensaio proveitoso e que deixa margem para eventuais melhoras até o desfile oficial, em prol da tão sonhada e almejada nota máxima.

Freddy Ferreira analisa a bateria da Em Cima da Hora no ensaio técnico

Um bom ensaio da bateria “Sintonia de Cavalcante” da Em Cima da Hora, comandada pelo mestre Léo Capoeira. Mestre Léo, inclusive, foi homenageado pelos 15 anos de carreira e teve alguns mestres consagrados desfilando junto dele, como Hugo (ex União de Jacarepaguá), Rodney (Beija-Flor) e Lolo (Imperatriz). Um ritmo consistente e com boa equalização foi apresentado. E mesmo com um andamento mais quente, garantiu uma passagem sólida da “Sintonia”.

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Na cabeça da bateria da Em Cima da Hora, o naipe de tamborins se apresentou de forma sólida, junto de uma ala de chocalhos de qualidade técnica extremamente acima da média, que produziu um ritmo de bastante consistência e sem firula. Um naipe de agogôs bastante musical foi notado, com um desenho pautado pelas nuances melódicas da obra da azul e branca. Uma boa ala de cuícas também auxiliou no preenchimento musical da parte da frente do ritmo.

Na parte de trás do ritmo, uma boa afinação de surdos foi percebida. Os surdos de primeira e segunda foram precisos mantendo o andamento mais quente. Surdos de terceira deram um balanço envolvente tanto fazendo ritmo, como em paradinhas. Uma boa ala de repiques ajudou no trabalho dos médios, assim como caixas de guerra consistentes ressoaram num bom nível, além de participar ativamente das bossas.

A bossa de maior destaque começava no refrão principal, se estendendo até parte da primeira do samba. Nela, parte dos agogôs entravam no corredor da bateria para executar um toque afro, atrelando a musicalidade do ritmo da “Sintonia de Cavalcante” ao enredo de matriz africana da escola. É uma construção musical que aproveitou a melodia para consolidar o arranjo, com certa complexidade. A boa nuance rítmica na caída para a segunda do samba ajudou na versatilidade rítmica. Mesmo sendo um movimento mais simples que os demais, se revelou bastante eficiente e funcional.

Uma boa apresentação da bateria da Em Cima da Hora, dirigida por mestre Léo Capoeira. Um ritmo de solidez musical, andamento mais pra frente e com bossas de bastante pressão foi exibido. As bossas foram apresentadas de forma correta ao longo da pista e era notável o bom equilíbrio sonoro do ritmo, além da louvável equalização de timbres. Um bom treino oficial da bateria “Sintonia de Cavalcante”.

Freddy Ferreira analisa a bateria da União do Parque Acari no ensaio técnico

Um ensaio técnico excelente da bateria “Fora de Série” da União do Parque Acari, comandada pelos mestres Erik e Daniel. Um ritmo bem equilibrado, equalizado e consistente foi apresentado, assim como bossas bastante musicais. Mesmo sendo somente dois arranjos, a integração musical com o bom samba-enredo da agremiação era tanta que não deu sensação de faltar coisa alguma, diante de uma elaboração rítmica que contou com impacto, precisão e notório efeito.

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Na parte da frente do ritmo, um naipe de tamborins de bom nível técnico foi se adaptando e crescendo gradualmente, à medida que se acostuma com o desenho rítmico. A ala de chocalhos fez um trabalho correto, tocando por vezes interligada a convenção dos tamborins. O naipe de cuícas se exibiu de forma ressonante, ajudando a preencher a musicalidade da cabeça da bateria do Parque Acari com qualidade rítmica.

A cozinha da bateria da Acari fez jus ao nome da bateria, numa apresentação simplesmente “Fora de Série”. Uma afinação de surdos extremamente acima da média ajudou no equilíbrio musical do ritmo da Acari. Tanto o ressoar preciso dos surdos de segunda, quanto o bom trabalho das primeiras, com uma pegada mais puxada para o timbre grave, tiveram um casamento musical com o trabalho sólido e eficaz dos surdos de terceira. Repiques coesos ajudaram a manter o andamento e dar molho, assim como caixas de guerra com boa ressonância efetuaram um trabalho de bastante consistência.

Bossas profundamente atreladas ao samba da escola foram apresentadas. O destaque principal foi a bossa do refrão principal, que também era a construção mais longa e com boa dose de complexidade. Foi exibida de forma segura e precisa durante toda pista. Começava, inclusive, ainda na segunda do samba, mas sua integração musical fez com que o arranjo fluísse de forma equilibrada. O mais louvável da musicalidade dessa paradinha é a participação de simplesmente todos os naipes do ritmo. Tudo isso com um trabalho que evidenciou a boa afinação de surdos, dando pressão a bateria da União do Parque Acari. A bossa do refrão do meio também merece menção musical, por se tratar de uma construção também pautada pela melodia do samba e por permitir um encaixe bem consistente. Um grande trabalho dos surdos de terceira junto das caixas de guerra nessa paradinha.

Um grandioso ensaio técnico da, cada vez mais madura, bateria “Fora de Série ” do Parque Acari. Mestres Daniel e Erik têm totais condições de ver seu ritmo brigar por nota máxima, quiçá sonhar com eventuais premiações, diante de um conjunto encantador, fluído e apresentando bastante equilíbrio. Um trabalho sólido que tem tudo para ser uma das baterias mais elogiadas de todo a Série Ouro.

Embalada pela bateria, harmonia é destaque no primeiro ensaio técnico da Vila Maria em 2025

Por Lucas Sampaio (Colaboraram Gustavo Lima, Will Ferreira, Nabor Salvagnini e Naomi Prado)

A Unidos de Vila Maria realizou no último sábado seu primeiro ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi em preparação para o desfile no carnaval de 2025. A bateria ‘Cadência da Vila’ deu o tom que embalou a harmonia da animada comunidade da escola, que fechou os portões após 50 minutos. A Mais Famosa será a quarta a se apresentar pelo Grupo de Acesso 1 com o enredo “O Planeta Terra pede socorro. É tempo de renovar e preservar!”, assinado pelo carnavalesco Eduardo Caetano.

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Comissão de Frente

Ensaiada pela coreógrafa Taiana Freitas, a comissão de frente da Vila Maria realizou uma apresentação com duração de duas passagens do samba. O segmento conta com um alto tripé onde se concentra boa parte da apresentação, sendo o primeiro ato dedicado ao lado “ruim” do enredo, da destruição da natureza, o mal que o ser humano faz com o planeta. Chama a atenção uma integrante dessa primeira parte, que perto do final do ato solta gritos dignos de uma clássica vilã, parecendo uma bruxa de filmes de terror. No segundo ato, de uma estrutura ainda não adereçada, surge o que aparenta ser a mãe natureza, e do elemento alegórico saem para a pista dançarinos que parecem representar o lado “bom” da história, em uma dança coordenada entre todos.

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Fácil de entender, a proposta da comissão da Vila promete impactar o público quando estiver devidamente caracterizada. A boa atuação de seus componentes é um show à parte que pode impressionar a todos os presentes, e se bem executada, aos jurados.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Estreando no comando do pavilhão principal da “Mais Famosa”, o primeiro casal formado por Kawê Lacorte e Nathalia Bete, tiveram bom desempenho neste primeiro ensaio. A condição climática adversa presente no ensaio até tentou atrapalhar, mas nos módulos em que foram observados a dupla conseguiu cumprir todas as exigências do quesito sem falhas, além de demonstrarem uma boa sintonia e coordenação de movimentos.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, Nathalia fez um balanço do desempenho da dança realizada no primeiro ensaio técnico da Vila Maria no Sambódromo do Anhembi em 2025.

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“Foi um ensaio muito bom. O primeiro ensaio, estamos mais para identificar o que falta corrigir, mas foi um ensaio espetacular. Conseguimos cumprir todos os requisitos obrigatórios, fizemos todos os pontos de balizamento, principalmente embaixo das cabines. Para nós foi um ensaio bem proveitoso, agora é só arrumar o que ficou pendente, ajustar umas coisinhas e outras para o grande dia. No contexto geral, foi um ensaio muito bom”, declarou a porta-bandeira.

Kawê também fez uma análise do desempenho do casal no ensaio técnico. “Estou muito feliz. Saí do ensaio um pouco cansado, esse ensaio pediu um pouco mais de esforço de nós por conta da condição climática, tem muito vento na pista que é a céu aberto e eu tento ao máximo policiar para ajudar a minha porta-bandeira. Conseguimos realizar todos os movimentos obrigatórios da nossa coreografia. Sobre a nossa coreografia, ensaiamos ela até quinta-feira passada, modificamos algumas coisas na quinta-feira mesmo, mas hoje deu tudo certo e nenhum dos jurados deu errado a nossa coreografia. Acredito que estamos pontuando todos os critérios obrigatórios e tenho certeza de que vamos fazer o melhor para a nossa escola”, disse o mestre-sala.

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Nathalia Bete está confiante com o desempenho do quesito no ciclo da Vila Maria para o carnaval de 2025. “Eu acredito, como eu falei pra você, a gente mudou o que tinha pra mudar na quinta-feira. Então daqui pra frente é só manter e ensaiar muito pra gente não esquecer no dia e não errar. É só acertar agora o que ficou pendente e bater em cima disso que vai dar tudo certo”, afirmou.

Harmonia

Um dos melhores primeiros ensaios que a Vila Maria realiza em anos no quesito. A comunidade clamou o samba com força ao longo de toda a Avenida, demonstrando animação e espontaneidade. As alas 1 e 5 da escola se destacaram, mas todas tiveram uma média de desempenho positivo e que torna as esperanças da Mais Famosa pela nota máxima ainda maiores.

A diretora de harmonia da Vila Maria, Jussara Félix, fez um balanço do desempenho da escola neste primeiro ensaio técnico, e apontou o que pode ser melhorado.

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“Eles fizeram direitinho tudo o que a gente combinou. Cantaram, foram alegres e balançaram bastante. O diretor de harmonia sempre quer mais. Eu quero mais canto, quero mais animação, quero mais alegria e juntos nós fazemos uma escola inteira feliz”, disse.

Orgulhosa de sua comunidade, Jussara apontou o que mais gostou no desempenho da Vila Maria no ensaio técnico.

“O canto me chamou a atenção. Só nós, que estamos desde o comecinho ensaiando um por um, ala por ala, sabemos que foi bom o canto. No geral, mandaram bem demais, estou muito orgulhosa dos meus filhinhos”, afirmou.

Evolução

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No geral, o andamento da Vila Maria foi positivo. Fechar os portões aos 50 minutos, o tempo mínimo de desfile do Grupo de Acesso 1, dá à escola uma oportunidade de ajustar outros aspectos do quesito para garantir tranquilidade no dia do desfile oficial. Uma pequena abertura entre a marcação do Abre-alas e a ala logo à frente foi observada na hora do recuo da bateria, mas que pode ser corrigida para o segundo ensaio.

Samba-Enredo

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Fotos: Will Ferrreira/CARNAVALESCO

Com o carro de som liderado pelo intérprete Clayton Reis, o samba da Vila Maria teve bom desempenho no ensaio. De letra simples e andamento suave, a obra da escola conseguiu ser facilmente assimilada pelos desfilantes e o carro de som conseguiu sustentar bem ao longo de toda a pista. O casamento com o andamento da “Cadência da Vila” só enriqueceu ainda mais a boa impressão deixada pelo quesito no primeiro ensaio técnico da Mais Famosa.

Outros Destaques

Se tem um quesito que é sempre um destaque na Vila Maria é a bateria. O que o mestre Rodrigo Moleza consegue extrair da “Cadência da Vila” impressiona a qualquer apaixonado por carnaval. As várias bossas aplicadas em todos os momentos do samba, sempre com retorno bem executado, levantam o público e fazem o samba da Mais Famosa ganhar ainda mais força.

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Mestre Moleza falou com a equipe do CARNAVALESCO sobre as impressões do desempenho de seus comandados no primeiro ensaio técnico da escola na temporada de 2025.

“A bateria vem em uma crescente desde os ensaios, as escolinhas de bateria, as oficinas de bateria mirim, da preparação para a gravação do audiovisual, depois ensaio específico de bateria e hoje foi nosso primeiro ensaio geral. Todos em uma evolução, em uma crescente, isso é importante. Hoje tivemos uma dificuldade extra que foi o calor intenso durante a tarde, nós estamos até queimados do Sol. Chegamos cedo, ao meio-dia estávamos aqui para arrumar todos os instrumentos, afinar para deixar esse som bonito que vocês tiveram a oportunidade de ouvir. Saímos feliz porque treino duro, jogo fácil. Treinamos aqui em uma grande dificuldade, em um calor acima do normal e conseguimos um desempenho esperado da bateria. Executamos as paradinhas com perfeição e agora é ter garra, concentrar a emoção porque falta pouco tempo e vamos ouvir todos os materiais, todos os elogios, todas as críticas, para poder chegarmos ao melhor possível no próximo ensaio e, consequentemente, no dia do desfile”, declarou.

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O comandante da “Cadência da Vila” afirmou que o segmento estudará o que pode ser melhorado para o segundo ensaio técnico da escola. “Pode melhorar. Vamos estudar agora o material, vídeos, áudios, conversar com os diretores, com os ritmistas, ver a crítica da imprensa para ver o que podemos acertar. Sabemos do nosso potencial, mas somos também muito humildes, de pé no chão, de poder reconhecer que nós podemos sempre melhorar”, disse.

Rodrigo Moleza exaltou o trabalho de seus comandados e a capacidade de formação de ritmistas da Vila Maria ao falar dos pontos positivos com os quais sai do ensaio e que devem ser mantidos para a sequência do ciclo.

“Manter a alegria, disposição, a assiduidade da bateria que ensaia hoje três vezes por semana. É manter essa pegada, a união. A bateria da Vila Maria não tem enxerto. O que é enxerto? Não vem ninguém de fora para desfilar em janeiro, desfilamos com a nossa rapaziada, com a nossa molecada de bateria mirim, escolinha de bateria e com o nosso povo que nos segue há mais de 12 anos”, exaltou.

O histórico de carnavais da última década faz a realidade atual da Vila Maria poder ser considerada como atípica. O que se viu no Anhembi foi uma agremiação que sabe da sua capacidade e que, com os devidos ajustes, será uma das fortes concorrentes para retornar à elite do carnaval paulistano na disputa de 2025, que promete ser uma das mais acirradas já vistas no Grupo de Acesso 1.