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Baderna e massacre na Sapucaí! Ilha faz ensaio técnico no Sambódromo com grande força do canto e da bateria

Por Matheus Morais e fotos de Magaiver Fernandes (Colaboraram Carolina Freitas, Juliana Henrik, Gabriel Radicetti, Marielli Patrocínio e Marcos Marinho)

A União da Ilha encerrou a primeira noite de ensaios técnicos da Série Ouro no último domingo. O treino da escola foi bem para cima, com os componentes cantando bem o samba e um bom rendimento do mesmo pela voz e empolgação do intérprete Tem-Tem Jr. A tricolor isulana levará para Avenida esse ano o enredo “Ba-der-na! Maria do povo”, do carnavalesco Marcus Fereira, falando a história e importância da bailarina Marieta Baderna.

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“É claro que a gente não consegue ver como um todo, mas a gente conseguiu enxergar a felicidade no componente. E isso aí é um sinal que deu tudo certo. É claro que estamos aqui para fazer um teste. É o primeiro dia de ensaio técnico, mas dentro do que nós esperávamos. Acho que entregamos até a mais. O samba aconteceu e a bateria fez o que tinha que fazer e o meu carro de som entregou tudo. E a minha comunidade? Eu vi um canto muito forte, e que eu entendo que é muito satisfatório. É claro que a gente tem aí mais um mês e vamos nos preparar mais ainda para chegar na sexta-feira de carnaval para defender esse título. É prematuro falar agora sobre o que precisa ser melhorado. No momento, eu só consigo ver que foi ponto positivo. Até porque se foi bom agora, a gente tem que ver o que vamos fazer até lá. Isso é uma conversa que a gente vai ter em casa e saber os pontos negativos. Pode ter certeza de uma coisa, até os pontos positivos a gente treinar mais para melhorar mais. O que eu posso dizer hoje é que, de onde eu estava, a parte musical, foi o ponto ápice do nosso desfile”, explicou Dudu Falcão, diretor de carnaval.

Comissão de Frente

Ilha 14

A escola apresentou o trabalho, acompanhado de seu coreográfico Márcio Moura, contando a vida de Marieta. Com uma coreografia leve e bem animada, o grupo passou o tema de forma didática e bem interessante. Os integrantes fantasiados de cidadãos da plebe do século XIX apoiando a dança de Marieta, representada por uma dos membros da comissão, destacando o uso de leques pelos mesmos durante o refrão de meio do samba.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Ilha 21

Apresentação muito tradicional e suave de David Sabiá e Fernanda Lhove, primeiro casal da escola. Ambos bem entrosados e sincronizados durante as exibições diante das cabines de jurados, onde exibiram uma dança bastante clássica, com muitos gestos e olhares marcando a coreografia do casal.

“Foi bem dinâmico para o nosso propósito. Não vou dizer que foi nossa coreografia oficial, porque é mistério. A gente se preparou muito, muita preparação física. Nós conseguimos trabalhar até o final com o som da pista e isso é fundamental. No desfile vai ser nota máxima”, prometeu a porta-bandeira.

“O mais importante a gente fez que foi expressar o amor e carinho que a gente tem pela nossa arte. Resultado é óbvio que a gente adquire na pista, mas se não tiver aquele frio na barriga, aquela vontade de chorar, aquele olhar de cumplicidade é outra coisa”, completou o mestre-sala.

Harmonia

A harmonia insulana foi um dos destaques da noite pelo canto de seus componentes, bem forte e constante, e bem guiados por Tem-Tem Jr. O samba teve seus trechos bem cantados na Sapucaí, destacaram-se os refrões do meio, iniciado por “a gente da ralé, sem aglomeração”, e o final “hoje o sol nasceu mais cedo pra te ver”, além da subida para este último, “mas o povo que lhe deu a mão”, também bem cantada pelas alas da escola.

Ilha 1

“Temos enfrentado um grande desafio. Acredito que todos já estão cientes das dificuldades que as escolas do Grupo de Acesso enfrentam. No entanto, a Ilha não se deixa abater. Como alguém relativamente jovem no carnaval, é uma honra assumir o microfone por onde passaram grandes nomes como Aroldo Melodia, Quinho e Ito Melodia, que é meu padrinho. Tenho ao meu redor uma equipe de pessoas experientes. Se o desfile fosse amanhã, após o que vivenciei hoje, eu já me sentiria preparado e praticamente com a mão no caneco. A escola proporcionou um espetáculo incrível, modéstia à parte”, disse Tem-Tem Jr.

Evolução

Ilha 26

A agremiação teve uma evolução bem tranquila, com os componentes soltos e animados, sem atropelos, nem embolação ou confusão entre as alas apresentadas no ensaio. As alas coreografadas passaram bem, conseguindo executar o planejado, e a escola demarcou o espaço dos carros com banners.

Samba-Enredo

Dona de uma das obras que mais chama atenção na Série Ouro, a Ilha teve uma noite com um grande desempenho de seu samba, assinado por Romeu D`Malandro, Diego Nicolau, Carlinhos Fuzileiro, Geraldo M. Felicio, Inaldo Botelho, Richard Valença, Paulo Beckham, Fernando Tetê, Fábio Sol e Igor Leal. Tem-Tem Jr. cantou muito bem, em uma performance muito segura e para cima, tanto dele, quanto do carro de som. A obra teve muitos trechos cantados com força pelos insulanos, em especial seus refrões.

Ilha 4

“Primeiramente, eu queria exaltar a força da escola no que podemos dizer que é o primeiro grande teste antes do nosso desfile oficial. A escola se saiu muito bem. Agora eu vou falar sobre meu segmento. A bateria foi sensacional. Mostramos tudo que vamos fazer na avenida, mesmo com o carro de som, que poderia ser um pouco melhor. Só que isso é bom que incentiva mais, a galera fica mais concentrada. Se eu fosse dar uma nota para bateria hoje, eu daria nota 10, porque se comportou muito bem. Tudo que nós ensaiamos, tudo que foi proposto dentro da nossa ideia, desde o começo, foi tudo muito bem feito, muito bem executado e eu só tenho recebido feedback muito bom sobre a nossa apresentação. A bateria hoje se comportou como tem que se comportar, como a bateria da União da Ilha. A bossa que vamos apresentar aos jurados vai trazer uma banda fanfarra na frente da bateria e vai ter essa interação da banda fanfarra com a bateria. Hoje aqui me deixou mais confiante de realmente fazer isso na avenida. Pode ter certeza que vai ser sensacional. Se aqui hoje funcionou, com a Sapucaí lotada vai ser uma coisa ainda fantástica”, assegurou mestre Marcelo Santos.

Outros destaques

A “Baterilha”, sob o comando de mestre Marcelo Santos, foi um dos destaques da noite, com destaque para a bossa em que as liras que vem junto da bateria, junto com outros instrumentos, se transformam em uma espécie de pequena fanfarra durante a subida para o refrão final.

Comissão e samba são pontos altos da Inocentes em ensaio técnico no Sambódromo

Por Matheus Morais e fotos de Magaiver Fernandes (Colaboraram Carolina Freitas, Juliana Henrik, Gabriel Radicetti, Marielli Patrocínio e Marcos Marinho)

A Inocentes de Belford Roxo foi a terceira escola da noite a pisar na Sapucaí para realizar seu ensaio técnico. O treino foi marcado por uma apresentação forte da comissão de frente, da bateria e dos cantores, Daniel Silva e Thiago Britto. A Caçulinha vai reeditar o enredo “Ewe – A cura ve da floresta” de 2008, desenvolvido agora pelo carnavalesco Cristiano Bara, assistente do carnavalesco na época, Jorge Caribé.

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“Olha, de forma bem sincera, em meio ao problema do carro de som, que é evidente, o aspecto positivo foi o canto da escola. Era possível ouvir claramente a cantoria, que estava realmente impressionante. Esse é o ponto a favor, especialmente considerando que temos visto um progresso contínuo nos ensaios de rua desde setembro. Apesar dos contratempos, como chuvas que levaram ao cancelamento de alguns ensaios, conseguimos estabelecer um cronograma regular a partir de janeiro, com ensaios todas as quartas-feiras. Assim, a escola tem evoluído significativamente. Fiquei bastante surpreso com o que ouvi hoje. Se eu disser que o carro de som foi maravilhoso, estaria sendo desonesto; ele deixou a desejar, não apenas para mim, mas também para as outras duas agremiações que se apresentaram aqui. Contudo, nesse contexto, o canto da escola se sobressaiu, foi realmente poderoso e muito bem executado. A tendência é que continuemos a melhorar a cada dia!”, disse Saulo Tinoco, diretor de carnaval.

Fotos: ensaio técnico da Inocentes de Belford Roxo no Sambódromo

Comissão de Frente

Inocentes 19

A comissão da Inocentes, comandada por Juliana Frathane, veio batendo folhas durante a sua coregrafia na noite deste domingo, vestindo trajes estampados em tons de verde, e ao final com fumaça verde dentro da coreografia apresentada, mais ao final da mesma. A apresentação foi bem feita, com passos relativos aos movimentos de danças rituais com folhas e ervas, sendo um dos destaques da escola durante o ensaio pela força empregada pelos componentes.

Mestre-sala e Porta-nandeira

Inocentes 22

Matheus Machado e Jaçanã Ribeiro, mais uma vez, conduziram o pavilhão da Inocentes, se apresentando muito bem na primeira cabine da Passarela, com um bailado muito animado e sincronizado entre o casal, com muitos movimentos e grios. Na segunda cabine um vento não ajudou muito a apresentação, quase enrolando a bandeira, algumas vezes durante o momento, enquanto Matheus e Jaçanã se apresentavam. Fora essa questão, o casal manteve sua apresentação normalmente.

Freddy Ferreira analisa a bateria da Inocentes de Belford Roxo no ensaio técnico

“Hoje o nosso ensaio foi para gente poder bater a coreografia para ver se vai ficar legal no desfile, porque ensaio é para testar. A gente vai fazer alguns ajustes para o dia do desfile. Na segunda cabine foi o vento mesmo, mas depois ficou de boa, faz parte”, disse a porta-bandeira.

“Ventou um pouquinho, mas faz parte, porque a gente vem aqui na intenção mesmo se errar, é para corrigir”, completou o mestre-sala.

Harmonia

A escola apresentou um canto irregular, com as primeiras alas cantando melhor e mais forte o samba para este ano, com os refrões como ponto alto do samba, tanto “Da negra mãe, não só Ossaim”, e “O meu coração é Inocentes”, além da cabeça do mesmo, “Ewe, a cura vem da floresta”, e um pouco de sua primeira parte, como “Ossaim, o protetor do poder de curar/Na fé nagô, o orixá”.

Evolução

Inocentes 32

A Inocentes passou leve evoluindo bem dentro do tempo de ensaio em sua maioria, com muitos componentes animados e soltos em suas alas. O ponto fora da curva foi a bateria, que veio já no fim do desfile, desde a saída do primeiro recuo, por um problema de comunicação da escola, segundo a agremiação. Apesar de não prejudicar o andamento em si, não ajuda a escola a usar a Sapucaí para se posicionar para o desfile oficial.

Samba-Enredo

A reedição de “Ewe” vem com o samba atualizado em algumas partes, em relação a 2008, e foi muito bem conduzida por Daniel Silva e Thiago Brito durante o ensaio da Caçulinha da Baixada. Eles deram um bom rendimento ao hino da escola para o Carnaval de 2025, com o auxílio do carro de som da agremiação.

Inocentes 3

“Na verdade, eu gostei, levando em consideração que a gente estava sem ensaiar desde novembro e tivemos dois ensaios com a volta da escola para Belford Roxo para poder fazer essa técnica. Acho que foi melhor do que a gente esperava. O som não colaborou em nenhum momento para a gente e acredito que as outras co-irmãs também tiveram o mesmo problema. Foi legal, sempre podendo melhorar. É limpar um pouco mais as bossas, a galera ficar um pouco mais atenta, mas nada que a gente não vá consertar para o dia do desfile. Temos que manter a alegria e a paixão com que essa bateria toca. A gente tem um clima de família, esse clima a gente nunca pode perder”, disse o mestre.

Inocentes 6

Outros destaques

A bateria “Cadencia da Baixada”, de mestre Washington Paz, foi bem sendo um dos destaques desta primeira noote de ensaios técnicos da Série Ouro com um ritmo muito bom para o andamento do samba.

Intérprete Charles Silva e casal se destacam no ensaio técnico da Em Cima da Hora

Por Marielli Patrocínio e fotos de Magaiver Fernandes (Colaboraram Carolina Freitas, Juliana Henrik, Gabriel Radicetti, Marcos Marinho e Matheus Morais)

Segunda agremiação a desfilar no primeiro dia de ensaios técnicos da Série Ouro do Rio de Janeiro em 2025, a Em Cima da Hora fez uma apresentação enérgica e organizada na Sapucaí, destacando o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Com o enredo “Ópera dos Terreiros – O Canto do Encanto da Alma Brasileira”, desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Almeida, inspirado na obra de Aldo Brizzi e Jorge Portugal, será a sétima a se apresentar no desfile oficial, na sexta-feira, dia 28 de fevereiro. A azul e branco de Cavalcanti passou com um bom contigente e os componentes pisaram na avenida com bastante energia.

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“Eu gostei bastante, a escola veio bem grande, acho que os segmentos que tinham que se apresentar e valem nota fizeram boas apresentações e óbvio que não é a apresentação do desfile oficial, mas a gente conseguiu ensaiar umas coisas que a gente está pensando em fazer e que só daria pra saber se daria certo ou não, aqui”, declarou o diretor de carnaval, Thiago Gomes.

Comissão de Frente

Encima da hora 15

Composta por 13 integrantes, divididos entre homens e mulheres, vestidos com roupas vermelhas e detalhes em preto, a comissão de frente da Em Cima da Hora trouxe uma
prévia da narrativa que será apresentada na avenida que mistura dança, teatralidade e muita emoção. Em passos sincronizados, a ancestralidade também se faz presente na
coreografia em que cada componente faz uma encenação representando os Orixás na parte do samba que fala sobre a fé africana, que deixou claro que a sua missão é cativar o
público e os jurados logo no início do desfile.

Fotos: ensaio técnico da Em Cima da Hora no Sambódromo

Mestre-sala e Porta-Bandeira

Encima da hora 18

Marlon Flôres e Winnie Lopes, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, foram os destaques da noite. Com um bailado impecável, figurinos deslumbrantes em tons de amarelo ouro e preto, e, uma sintonia que parecia transcender, o casal foi ovacionado pelo público no Sambódromo.

Os dois protagonizaram uma apresentação totalmente entrosada e carismática, representando o pavilhão da escola com orgulho e responsabilidade, entregando uma
performance que capturou a essência do enredo da escola. A cada giro de Winnie Lopes, o público vibrava, e os passos precisos de Marlon Flôres pareciam deslizar na passarela do
samba. Danças que remetem à ancestralidade africana foram integradas com muita elegância.

“É muito bacana. É uma escola de muita tradição, e muito antiga no carnaval carioca. Está no Grupo de Acesso, mas ainda assim ela não perde a importância, a essência, e a gente sente o peso dessa bandeira tradicional. É muito importante para a gente representar esse pavilhão. A gente sente o pessoal chegar muito empolgado, muito animado, cantando muito, e isso é bacana, porque esse foi um dos pontos muito criticados ano passado. A nossa fantasia, igual a do ano passado, é maravilhosa, e vamos brincar com as cores de novo”, disse a porta-bandeira.

Encima da hora 23

“A gente conseguiu fazer o que a gente veio treinando durante a semana, junto com o nosso coreógrafo. Estamos chegando aqui agora e ouvindo a escola cantando bastante, e isso é muito importante. A comunidade abraçou o samba de uma forma espetacular, e nós viemos fazer esse ensaio com o objetivo de sugar o melhor para levar para o desfile oficial. Somos um casal em formação, mas a gente começou a trabalhar muito cedo. Continuaremos com muita entrega, comprometimento, e podem esperar muito dessa nossa força”, completou o mestre-sala.

Harmonia

A escola passou bem animada e as alas demonstraram um envolvimento com o samba-enredo, principalmente no primeiro setor, apesar de o canto dos componentes ter
oscilado em alguns momentos do desfile. O canto do carro de som, com o intérprete Charles Silva, foi firme, intenso e manteve o samba-enredo vivo na avenida.

“O entrosamento entre a equipe, o carro de som e a bateria resultou no melhor ensaio possível. Superamos nossas próprias expectativas, e graças a Deus, tudo saiu conforme o planejado. Conduzimos um teste exemplar, que nos preparou para a sexta-feira de carnaval, garantindo que tudo estivesse em perfeita ordem. Com certeza, o que ocorreu hoje apenas confirmou o trabalho árduo que temos realizado ao longo desses meses. Todo o esforço e dedicação valeram a pena. E ainda temos mais a oferecer; continuaremos a aprimorar ainda mais nossa performance. Acredito que sempre há espaço para melhorias, mas com certeza na sexta-feira de carnaval estaremos aqui 100%!”, disse o intérprete Charles Silva.

Freddy Ferreira analisa a bateria da Em Cima da Hora no ensaio técnico

O diretor de harmonia da escola fez avaliação do ensaio: “A gente sempre tem o que melhorar no ensaio. Foi muito importante o contato com a Sapucaí. A gente conseguiu testar algumas coisas, que sempre dão certo, outras vezes não, mas o ensaio é para isso”, afirma Jurandir Baptista.

Encima da hora 32

Ele também destacou a importância de que tudo dê certo no desfile oficial. “Importante é que no desfile oficial seja tudo certo. Acho que o balanço é muito positivo, a gente
anotou o que a gente vai conversar depois. Eu tenho certeza que no desfile a gente vai vir forte”.

Evolução

Encima da hora 50

A evolução da Em Cima da Hora teve alas organizadas e fluídas. Com uma forte presença da comunidade, as alas não apresentaram questões que atrapalhassem a escola para evoluir com fluidez, porém no dia do desfile oficial vão ter mudanças. “A gente vai mudar a ordem das alas, elas não vieram distribuídas no ensaio técnico da mesma forma que estarão no desfile, a gente estava testando umas coisas ainda para ver como se comportariam com algumas fantasias, uma ala ou outra. Aguardem surpresas, revelou Thiago Gomes, diretor de carnaval.

Samba

Encima da hora 13

O samba-enredo dos compositores Caxias Gilmar, Guilherme Karraz, Marcio de Deus, Marquinhos Beija-Flor, Orlando Ambrosio, Serginho Rocco, Richard Valença, Bruno Dallari,
Pedro Poeta, Lucas Pizzinatto, Guto Melcher, Marcelinho Santos, Viny Machado, Jacopetti, Guinho Dito se mostrou bem empolgante e promete emocionar no desfile oficial, em
trechos como “Tambor quando toca é voz de orixá, se a pele arrepiar, incorporou a mensagem de Exu na Bahia, ê Bahia”. A escola soube aproveitar o ensaio técnico para testar algumas bossas da bateria. O ponto alto foi o carro de som com o intérprete Charles Silva que deu um show de canto da Em Cima da Hora.

“Eu sou perfeccionista, a gente sempre procura melhorar em alguma coisa, mas hoje a galera representou. Acho que ainda tem muito trabalho, alguns ensaios, um mês para os desfiles. A gente tem para ensaiar umas coisas pontuais de andamento. Agora, vamos sentar com calma, vamos analisar. A nota para hoje é 9.5. Para a gente não perder a humildade. O 10 é quando a gente consagrar aqui com um ótimo desfile. Hoje deu tudo certo e é isso aí com mais algumas pitadinhas que vamos jogar no dia dos desfiles. Só tenho a agradecer ao povo de Cavalcanti, à minha diretoria, meu diretor de carnaval, meu diretor de harmonia, a gente está trabalhando num conjunto legal e, se Deus quiser, vamos alcançar o nosso objetivo que é a nota máxima”, comentou mestre Léo Capoeira.

Outros Destaques

A musa da Em Cima da Hora, Dany Brito, se destacou no ensaio técnico com muito samba no pé, carisma no alto e muita interação com o público. Usando um vestido de estampas africanas com brilhos, acessórios de búzios, como colares e brincos, e um tiara dourada na cabeça, a roupa deu o tom ancestral que a musa esbanjou com muita simpatia demonstrando que está com o samba na ponta da língua.

Força de matamba! Mangueira mostra chão forte e samba quente em último treino antes do ensaio técnico na Sapucaí

Em mais um ensaio na Visconde de Niterói, o último antes do ensaio técnico no próximo sábado na Marquês de Sapucaí, a Mangueira deixou ótimas impressões e mostrou que seu samba cresce a cada semana, impulsionado pelo ótimo entrosamento entre os intérpretes Marquinhos Art’Samba e Dowglas Diniz, que estão formando a dupla pelo terceiro ano consecutivo. Principalmente, a segunda parte do samba que é um retrato mais urbano e atual chega com muita facilidade ao componente, potencializando o canto e o funcionamento do samba. A escola apresentou um chão aguerrido e com gogó afiado em praticamente todas as alas, e apesar do samba ter uma maior explosão de canto na segunda passada, toda a obra é entoada com força pelos seus componentes. O casal de mestre-sala e porta-bandeira Matheus Olivério e Cynthia Santos foi outro destaque do ensaio, competentes e carismáticos, receberam muito carinho do público presente.

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A Mangueira se prepara para fechar o domingo de carnaval do Grupo Especial, com o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões”, desenvolvido pelo carnavalesco Sidney França, estreante na agremiação.

Comissão de Frente

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Foto: JM Arruda/Divulgação Mangueira

A escola vem apresentando em seus ensaios uma comissão pautada quase que integralmente na dança, sem elementos ou adereços. A coreografia criada por Lucas Maciel e Karina Dias usa elementos de danças de origem africana e tem como momento de maior clímax um dos componentes no meio da roda executando passos de dança de rua, recebendo muitos aplausos do público. Uma coreografia limpa e bem realizada.

Mestre-sala e Porta-bandeira

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Foto: JM Arruda/Divulgação Mangueira

Uma apresentação de extremo vigor, característica marcante de Matheus e Cynthia, acrescentada de emoção e representatividade ao enredo contado. O resultado foi um show assistido por quem estava na Visconde de Niterói. Matheus dançou de forma visceral, com muita expressividade no olhar, e Cynthia com seus giros potentes e ao mesmo tempo com uma pitada de leveza ao seu bailado. No trecho final do refrão principal, “orgulho de ser favela”, a emoção e orgulho de ambos era visível. O público os ovacionou, reação que fez jus ao nível da apresentação realizada.

Samba e Harmonia

Conjunto que funcionou com notória potência durante todo o ensaio. A largada do samba já dá o tom de como ele passa no ensaio, e o rendimento foi mantido até o final da apresentação. Art’Samba e Dowglas mostraram categoria na sustentação do samba e também no casamento entre suas vozes, que funcionam de forma excelente juntas, com o bom apoio dos demais intérpretes do carro de som da escola. A primeira parte do samba é mais poética, a segunda parte tem construção de versos mais diretos utilizando termos atuais como no verso “a moda é ser cria”, sendo que essa parte do samba é que inicia o ápice do rendimento do mesmo no ensaio, chegando nos dois refrãos que pulsam no cantar dos mangueirenses, proporcionando uma excelente harmonia. Raros foram os componentes que deixaram a desejar em relação ao canto. Mangueira incorporou a força de matamba.

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Foto: Luiz Gustavo/CARNAVALESCO

Dowglas Diniz falou ao CARNAVALESCO sobre o desempenho do samba no ensaio e da expectativa para o ensaio técnico no próximo sábado

“O rendimento do samba foi o que você viu hoje, graças a Deus, estamos conseguindo colocar tudo que a gente está trabalhando na prática na rua, a comunidade está cantando o samba com o coração mesmo, porque esse é o samba para todo mangueirense. Então eu espero que sábado seja um dia maravilhoso pra nós, para gente celebrar tudo aquilo que a gente está construindo até o momento. Estou muito feliz com o desempenho do samba, muito feliz com a comunidade, com a nossa forma de trabalhar, eu acredito que tem tudo a dar certo para a Estação Primeira de Mangueira no carnaval 2025”.

Evolução

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Foto: JM Arruda/Divulgação Mangueira

A Mangueira passou quente pela Visconde de Niterói, uma evolução com ritmo forte e alas sem espaçamento. A escola vem bastante coreografada em seu início, o que costuma ser um ponto de atenção, porém a evolução destas alas fluiu muito bem, sem ser uma coreografia engessada ou que desse mais lentidão ao andamento da escola. Do segundo setor em diante as alas vieram mais soltas e desfilaram com muita animação.

Outros Destaques

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Foto: JM Arruda/Divulgação Mangueira

A ala de crianças, com algumas bem novas chamou a atenção pelo canto na ponta da língua e pela alegria dos pequenos. A bateria, de Rodrigo Explosão e Taranta Neto, executou suas bossas durante todo o ensaio para esquentar a escola. Durante uma passada inteira, apenas surdo e tamborim fizeram a sustentação do ritmo, deixando o restante para o canto dos componentes.

Sarrafo alto! Viradouro mostra força de seus quesitos de chão na busca pelo bi consecutivo em ensaio de rua potente

O nível de desempenho dos quesitos das escolas do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro está muito alto, e isso passa pela atual campeã, Unidos do Viradouro. No último domingo, a Vermelha e Branca realizou mais um grande ensaio de rua, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, em Niterói, e mostrou, sem a presença da comissão de frente e do primeiro casal, a força de seus quesitos de chão na briga pelo bicampeonato consecutivo. Do início ao fim do treino, tudo funcionou e se encaixou perfeitamente, dando indicativos de uma escola que parece já estar preparada para o desfile oficial. Em 2025, a Viradouro será a terceira escola a desfilar no domingo de carnaval e levará para a avenida o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon.

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“É o padrão que a gente vem impondo, mais um ensaio de excelência. Mais um grande ensaio, mais uma semana de trabalho. É o que eu sempre falo, estamos buscando o ápice para a data certa. Sempre tem o que melhorar, é buscar uma escola sem nenhum tipo de problema, sem nenhum tipo de erro. É ajustar, aperfeiçoar, aperfeiçoar e aperfeiçoar. De uma maneira geral, um conjunto, uma escola como um todo. Isso serve para barracão, serve para quadra e para ensaio de rua. A escola, dentro do prazo, dentro da exigência alta que a gente vem impondo para cada momento, vem passando com excelência”, salientou o diretor-executivo da Viradouro, Marcelinho Calil.

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Fotos: Gabriel Gomes/CARNAVALESCO

Comissão de Frente e Mestre-sala e Porta-bandeira

A comissão de frente, comandada pelos experientes e gabaritados coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, e o casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos do Viradouro, Julinho Nascimento e Rute Alves, foram poupados e não ensaiaram no último ensaio de rua da escola. A Viradouro, porém, marcou o tempo das paradas nas cabines de julgadores e ocupou o espaço com cordas e no caso do casal, com a presença dos guardiões e da ensaiadora Juliana Meziat.

Harmonia e Samba-enredo

Boa parte da força da Viradouro nos últimos carnavais passa, também, pela potência da comunidade da escola. Isso fica provado a cada ensaio de rua que a Vermelha e Branca realiza na Amaral Peixoto. Os componentes, mais uma vez, cantaram com muita força o samba-enredo da escola, das primeiras às últimas alas. Essa força da comunidade se soma ao carro de som comandado com maestria pelo intérprete Wander Pires e à bateria “Furacão Vermelha e Branco”, de mestre Ciça. O resultado é uma parte musical de altíssimo nível, de excelência.

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A se destacar, ainda, a belíssima introdução feita pelo carro de som da Viradouro, com pontos de Malunguinho. O samba-enredo, de autoria de Paulo César Feital, Inácio Rios, Márcio André Filho, Vaguinho, Chanel, Igor Federal e Vitor Lajas, têm mostrado, a cada ensaio, muita força, sobretudo com a interpretação espetacular do intérprete Wander Pires. A obra tem conduzido com excelência os ensaios de rua da Viradouro.

O bis anterior ao refrão, “O rei da mata que mata quem mata o Brasil” e o refrão, “A chave do cativeiro// Virado no exu trunqueiro// Viradouro é catimbó// Viradouro é catimbó// Eu tenho corpo fechado//Fechado tenho meu corpo//Porque nunca ando só”, foram os trechos
mais cantados pela comunidade.

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Evolução

Fluida, coesa e compactada, assim pode ser definida a evolução da Unidos do Viradouro no ensaio de rua. O treino contou com a organização que já é marca da escola. Alguns elementos foram utilizados para demarcar o espaço das alegorias no desfile oficial. Nenhum problema foi observado. Os componentes, presentes mais uma vez em grande número, desfilaram de maneira leve e coesa ao longo da Avenida Ernani do Amaral Peixoto. A escola demonstra estar pronta para o desfile oficial.

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Outros Destaques

A bateria “Furacão Vermelho e Branco”, comandada por mestre Ciça, deu um show à parte na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, com ótima sustentação do ritmo e diversas bossas que contribuíram muito para o desempenho da escola. Em uma das bossas executadas pela bateria, no trecho do samba “acenda tudo que for de acender”, eram acessos sinalizadores vermelhos no meio dos ritmistas, dando um efeito muito especial na bateria da Viradouro.

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Embalada e confiante, Grande Rio faz ensaio de rua marcado por excelência dos quesitos

Uma noite de gala em Duque de Caxias. Em mais um ensaio de rua na avenida Brigadeiro Lima e Silva, na noite do último domingo, a Acadêmicos do Grande Rio mostrou a força de seu chão e a excelência dos quesitos. O canto forte, a evolução correta e o show de musicalidade do carro de som e da bateria evidenciaram uma agremiação que tem entrado na Passarela do Samba para ficar nas cabeças. Ao fim do treino, o diretor de carnaval, Thiago Monteiro, analisou o desempenho da escola e comentou os preparativos para os dois dias de ensaio técnico na Marquês de Sapucaí.

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“Destaco a organização da escola, a bateria, o carro de som e a forma como a escola tem se comportado não só no canto, mas com postura dentro desta passarela. Em relação ao ensaio técnico, o nome já diz: é ensaio. Vamos lá para treinar. O que acontecer de positivo ou negativo não vai afetar em nada a nossa preparação. Teremos duas oportunidades de ouro para a gente ver o ‘campo de jogo’ e o ‘reconhecimento do gramado’ – mas é lógico que não deixaremos de blindar o público”, comentou.

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Foto: Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

Em 2025, a Tricolor Caxiense levará para a Marquês de Sapucaí o enredo “Pororocas Parawaras: As águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. A escola será a terceira a desfilar na inédita terça-feira de carnaval.

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Foto: Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

Mestre-sala e Porta-bandeira

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Foto: Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

Responsável por abrir o desfile caxiense, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Daniel Werneck e Taciana Couto, mais uma vez, deu um espetáculo à parte. O bailado encantador unido à delicadeza de cada movimento impressiona. Assim como nos ensaios anteriores, a coreografia trouxe traços do carimbó, mas sem perder a essência da dança do quesito. Juntos, Daniel e Taciana parecem flutuar pelo chão caxiense e se somam ao nível de excelência no qual a Tricolor da Baixada chegou.

Harmonia

Os componentes sustentaram o canto ao longo das quatro cabines de julgadores. Dizer que a comunidade caxiense foi o grande destaque da noite é “chover no molhado”. Isso porque o canto forte se tornou parte de um padrão de excelência alcançado pela Grande Rio em busca da tão sonhada segunda estrela. Este feito é resultado de um samba escolhido e abraçado pelo povo ainda nas disputas, além do ótimo trabalho do departamento musical da agremiação. A garra do carro de som – liderado por Evandro Malandro – e da bateria da Grande Rio – comandada por Fafá – elevam ainda mais a excelência do quesito no carnaval da escola.

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Foto: Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

Ao fim do ensaio, Evandro destacou, mais uma vez, a força do canto dos componentes. Agora, é se preparar para os ensaios técnicos da Sapucaí.

“Estou cada vez mais arrepiado com o canto da comunidade. A comunidade cantando isso tudo foi muito bacana. Estou muito feliz com o rendimento do ensaio de hoje. Começamos a ensaiar na rua muito cedo, isso ajudou para afiar as coisas e render o que vem rendendo. O que falta é sentir a Sapucaí cantando a plenos pulmões esse samba”, avaliou Evandro.

Evolução

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Foto: Léo Cordeiro

Alegres, livres e soltos, mas sem perder a organização. O chão da Grande Rio mostrou a garra do povo de Caxias e aproveitou cada metro da Brigadeiro Lima e Silva. Até os componentes das alas não coreografadas ostentam o gingado. Ala a ala, foi possível identificar que muitos componentes portavam adereços de mãos, como bambolês de bastões iluminados.

Samba-enredo

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Foto: Léo Cordeiro

Tornou-se um hit caxiense. O hino cresce a cada ensaio, seja na quadra ou na rua. Neste domingo, o samba-enredo foi ecoado pelos componentes a plenos pulmões e até por quem acompanhou o ensaio pelas grandes da avenida. Destaque para o trecho “Se a Boiúna se agita/ É banzeiro! Banzeiro!”, que evidencia a força do canto da escola e a alegria do componente.

Outros destaques

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Foto: Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

Destaque para a bateria comandada pelo “major” mestre Fafá, que forma uma união espetacular com o carro de som comandado por Evandro Malandro. A precisão rítmica da bateria da Grande Rio é notável, com cada instrumento – do surdo ao repique – passando pelo tamborim e cuíca, desempenhando seu papel de maneira única, mas sempre com o foco na coesão do conjunto. Disparadamente, um dos melhores ensaios do quesito nesta temporada.

“Não tivemos pressa para passar as nossas paradinhas e ideias. A gente foi com calma, limpando e acertando o que era bom e o que não era. Graças a Deus, vem dando certo. A gente viu o que não estava dando certo e o que estava – até mesmo com o Evandro, porque é de suma importância essa interação da bateria com ele. Esperamos conseguir, mais uma vez, a manutenção dos 40 pontos e somar junto com a escola para, se Deus Quiser, trazer esse título para Caxias”, analisou o mestre de bateria.

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Foto: Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

“O ensaio teve uma energia muito boa. A bateria, graças a Deus, está evoluindo cada vez mais. Estou muito feliz com o desempenho deles. Até brinquei e falei que eles iriam ‘desbloquear’ a festa com a rainha, no fim de semana, caso tivessem um bom desempenho hoje. Já estou avisando que está desbloqueada e que terá festa para a bateria – do jeito que eles merecem”, completou Fafá.

O mestre de bateria também comentou sobre a expectativa para os ensaios técnicos. O primeiro treino da agremiação na Marquês de Sapucaí está marcado para o dia 8 de fevereiro. Já o segundo acontece no dia 23 do mesmo mês.

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Foto: Léo Cordeiro

“A gente espera que no dia oito possa fazer um bom treino, assim como no dia 23. É um ensaio para acertar. Vi muitos comentários na internet, ontem, sobre as baterias. Acredito que as pessoas não entendem que é o ensaio, e você tem ali para ajustar. Vamos trabalhar firmes e fortes para acertar e, se Deus quiser, mais uma vez fazer um grande desfile”, afirmou.

Vale destacar a presença da rainha de bateria Paolla Oliveira, aclamada e tietada pelos caxienses ao longo de todo o ensaio. As musas Alane, Luciene Santinha, Thainá Oliveira e Karen Lopes também estiveram no treino.

Com o corpo fechado, canto forte e energia nas alturas, Salgueiro transforma a Conde de Bonfim em palco de ensaio arrebatador

Depois desse ensaio na Conde de Bonfim, ficou nítido que não só o corpo do salgueirense está fechado, mas a vontade de ser campeão também. A potência do Salgueiro ensaiando no coração da Tijuca, no último no domingo, foi de tirar o fôlego. A ausência do intérprete oficial Igor Sorriso, que estava em São Paulo com a Mocidade Alegre, não foi um obstáculo para que a escola apresentasse um canto extremamente regular e para cima que foi o ponto alto do ensaio.

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“Foi uma experiência incrível. Conduzir o ensaio de rua do Salgueiro é sempre emocionante, e tenho certeza de que fizemos um dos melhores ensaios. Eu sou suspeito a falar desse samba, porque eu conheço ele desde a criação, defendi esse samba na disputa, e é impressionante como esse samba vem crescendo, a cada dia que passa, ver o componente cantando ainda mais forte, o entrosamento 100% do carro do som com a bateria. A gente tem tudo, o Salgueiro tem tudo, comunidade, o salgueirense de verdade tem tudo para chegar no dia do desfile e cantar ainda mais e brigar por esse título aí”, disse Charles Silva, que substituiu Igor Sorriso no carro de som.

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Fotos: Guibsom Romão/CARNAVALESCO

Sendo a 3ª escola a desfilar na segunda noite de carnaval e com o enredo ‘Salgueiro De Corpo Fechado’, o Salgueiro mostrou aos presentes na Conde de Bonfim que a escola vem forte para a disputa do título de campeã do carnaval de 2025.

“O ensaio do Salgueiro está tendo uma crescente muito grande, a gente está trabalhando bastante no barracão, a gente está com um andamento muito legal e com essa crescente que o samba está tendo, nas plataformas digitais e tendo essa proporção que está ganhando. Cada vez mais a comunidade abraça a escola, é nítido que a comunidade está seguindo com garra, a cada ensaio de rua, a cada ensaio de quadra que a gente faz, a gente consegue ter um resultado muito melhor e se Deus quiser, a gente vai buscar por esse grande título aí lá na Sapucaí. Eu não vou dizer que isso aqui é um pré-treino para os ensaios técnicos, porque a gente já está vindo treinando há bastante tempo, nós estamos bem preparados para o dia 15, que é o nosso primeiro ensaio técnico, vamos ter outros ensaios aqui. E até o dia 15 eu tenho certeza que vamos estar mais preparados ainda”, pontuou Luan Teles, diretor de barracão do Salgueiro.

Comissão de Frente

Sob os comandos do coreógrafo Paulo Pinna, a comissão do Salgueiro se apresentou com um número grande de componentes que, em alguns trechos do samba, a coreografia representava orixás e entidades de umbanda citados na letra. Palmas e brados foram usados na apresentação, pois se encaixam na temática apresentada. Com uma coreografia dinâmica, aguerrida e bem executada, o público vibrou com a apresentação do quesito.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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Quando se fala em Sidclei e Marcella, a certeza é de sempre ser um arrebatamento. O apelido de “casal 40” não é à toa. A dupla se apresentou de branco e com a coreografia que eles já vêm exibindo nos outros ensaios de rua. Com o bailado clássico, bem coreografado e de encontro com o enredo, ambos tomaram conta da Conde de Bonfim e passaram a sensação de que até de olhos a performance sairia perfeita.

Harmonia e Samba

O canto foi forte e empolgante de ponta a ponta, até nas alas mais distantes da bateria e do carro de som, o samba era entoado com muito vigor. O carro de som ficou sob o comando de Charles Silva, substituindo Igor Sorriso, performou muito bem. Jogando o samba sempre para cima, Charles fez bonito na Conde de Bonfim. O refrão “Macumbeiro, mandingueiro, batizado no congá” é uma explosão no público.

Com a presença do sambista e compositor do samba de 2025 Xande de Pilares, que fez a introdução do samba na arrancada da escola. O samba do Salgueiro funcionou muito com a bateria “Furiosa”, que deu a potência exata que a letra pede, resultando na explosão que foi vista na Conde de Bonfim.

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Evolução

Os componentes, tanto de alas coreografadas, quanto de alas normais apresentaram uma evolução solta e fluida no ensaio. É impossível elencar alas menos animadas, a evolução foi coesa, a sensação era de que todos ali estavam se divertindo muito e querendo que o público presente sentisse isso. A escola estava bem grande e nem por isso deixou a energia cair, começou potente e terminou da mesma maneira.

Outros destaques

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A presença calorosa e carismática da rainha Viviane Araujo foi um ponto alto do ensaio, interagindo com a sua “Furiosa” e com o público presente, ela deu um show de carisma e simpatia com o seu samba clássico na vermelho e branco.

A ala do Maculelê, do coreógrafo Carlinhos Salgueiro, que vem logo após o primeiro casal, apresenta uma coreografia lindamente sincronizada que toma conta da avenida e chama atenção de todos.

Outro ponto importante é a presença massiva do público para ver o Salgueiro passar, foi um arrasa quarteirões.

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Afiada e pronta no canto, Portela faz ensaio com bom rendimento nos demais quesitos e segue evoluindo na preparação para o desfile

Nem o calor que mais uma vez assolou o Rio de Janeiro, e se fez bastante presente na divisa de Oswaldo Cruz com Madureira, tirou do portelense a energia e a alegria de cantar e brincar o samba em homenagem ao “Bituca”, o cantor Milton Nascimento. Ensaiando, dessa vez, coladinha com a linha do trem, na rua Carolina Machado, onde o terreno é mais plano, os portelenses mostraram estar prontos e afiados no canto do samba para o carnaval 2025. Maturidade dos quesitos foi o que pode se ver e constante evolução, do conjunto de bonitos guarda-chuvas e a surpresa presente na comissão de frente, passando pelo bom entrosamento do casal, com os componentes pulando e cantando o samba, impulsionados pela dobradinha Gilsinho e mestre Nilo Sérgio. A escola mostrou que o trabalho vai bem adiantado para que daqui a duas semanas possa apresentar um desfile ainda mais maduro no ensaio técnico e chegar a Sapucaí em março prontinha em tudo para trazer a proposta que certamente será pautada pela emoção, mas que não poderá prescindir da técnica, afinal de contas é ela que baliza o julgamento. Nisso, a Portela mostrou evolução em relação aos últimos ensaios tendo bom rendimento de todos os seus quesitos.

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Antes do treino do último domingo, o presidente Fábio Pavão falou aos portelenses sobre a importância dos ensaios e sobre a preparação que a Portela vem fazendo para o próximo grande passo nesta jornada que será o ensaio técnico daqui a pouco menos de duas semanas.

“Faltam cinco semanas até o carnaval, nós estamos nos preparando para chegar lá, nossa confiança é cada vez maior, a gente está fazendo o barracão, fantasia já indo para o nosso ponto de apoio. Nosso samba está avançando muita coisa e isso é com vocês, na forma que vocês cantam o samba, que vocês compraram essa briga com amor, está chegando a hora gente”, disse o dirigente.

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Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

O intérprete Gilsinho, após o ensaio, avaliou para a reportagem do CARNAVALESCO, a qualidade do ensaio e de como a escola pode manter esse forte canto.

“É o mérito muito grande da nossa harmonia, trabalha muito o canto da comunidade e sem dúvida nenhuma comunidade que tá aguerrida. Está cantando muito bem, forte, evoluindo junto. Então, a gente fica satisfeito com esse resultado. A alegria da gente é ensaiar, a gente sente que o componente vem com o coração aberto, vem com o coração feliz. Isso é muito importante para a gente manter o nível. A alegria deles fazendo bons trabalhos e eles estão vendo que o trabalho está sendo bem feito, dá um retorno pra gente, que é a alegria deles, é um canto forte, é esse show maravilhoso aí”, afirmou o cantor.

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O diretor geral de harmonia, Juninho Fonseca, conta que o objetivo nesse momento do quesito é manter o nível de canto até o ensaio técnico para a escola poder dar esse recado ao público do samba.

“É um trabalho que já vem acontecendo tem uns quatro meses depois da escolha, a gente não parou mais de ensaiar, ensaiar, o canto. Isso, a partir do trabalho de quadra, dos trabalhos individuais cada ala, e na rua é só colocar em prática esse trabalho junto com o carro de som, junto com a comunidade e vamos manter essa pegada aí até nosso primeiro ensaio técnico daqui a duas semanas”, entende o profissional.

Em 2025, a Portela vai encerrar a terceira noite de desfiles do Grupo Especial levando para a Marquês de Sapucaí o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”.

Comissão de frente

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Primeiro de tudo a comissão,comandada por Leo Senna e Kelly Siqueira, tem aquilo que mais pede o enredo: musicalidade e dança. Sem isso, não se pode falar de Milton Nascimento. E também é pautada pela leveza e doçura dos movimentos, o que também é muito característico da vida e obra de “Bituca”. Os movimentos dos componentes casavam muito bem com o que era retratado no samba, em cada momento, ainda que não se preocupasse em retratar palavra por palavra, ou pontuar as expressões da obra. Era na cadência e na identidade de cada movimento. No final, o “lance” dos guarda-chuvas que se modificaram do preto para o “girassol” produziam uma lindo efeito e apresentavam como a carreira de Milton apresentou diversas faces. Muito positiva a apresentação com muita interação com o público, fazendo com que os bailarinos pudessem sentir o calor do público, o que é fundamental no ensaio de rua, principalmente para a comissão.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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Em preparação para entrar no segundo ano juntos, Marlon Lamar e Squel Jorgea demonstram franca evolução no entrosamento, maior naturalidade nos movimentos, mais conhecimento de cada um sobre o corpo do outro. Neste ensaio, a dupla apostou em um bailado mais tradicional, com passos mais característicos de casal de mestre-sala e porta-bandeira, sem procurar muito pontuar trechos do samba, ou apresentar muitos passos coreografados. A dupla se buscou o tempo inteiro, e se preocupou sempre em valorizar o pavilhão. Boa apresentação e como algo que não conta ponta, mas, muito bonito de se destacar, foi a forma como eles vibravam e dançavam durante o início do ensaio quando Gilsinho ainda cantava o alusivo que continha a música “Maria Maria”, de Milton Nascimento.

Harmonia

Destaque do ensaio, o canto dos componentes, impulsionado por mais um grande trabalho do carro de som, que dessa vez contou com a presença do intérprete oficial Gilsinho, mostrou que o samba está na ponta da língua, e mesmo não tendo as mesmas qualidades da linda obra que foi ” Um defeito da cor” de 2024 foi totalmente comprado pelos componentes no sentido de entenderem que é o hino que vai para a Sapucaí e está sendo valorizado pelo portelense. Alguns trechos eram cantados de forma ainda mais entusiasmada como o bis “Quem acredita na vida…” e o refrão principal. Além disso, mesmo passistas, comissão de frente, alas coreografadas, bateria, todos cantaram a obra toda com muita garra. Alto rendimento. O canto está pronto para Sapucaí, o desafio é manter esse nível e não deixar cair até o dia oficial em março.

Samba-enredo

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A obra de Samir Trindade, Fabrício Sena, Brian Ramos, Paulo Lopita 77, Deiny Leite, Felipe Sena e JP Figueira tem uma característica mais melodiosa, uma “vibe” de nostalgia, também presente nas músicas do “Bituca”, bastante ilustrativa, fazendo algumas referências ao repertório musical do artista. Com o andamento um pouco para trás, o samba permite um ritmo muito “gostoso” para a “Tabajara do Samba”, cadenciado, dançante, que ajuda a destacar alguns naipes da bateria com a batida de caixas e os desenhos do agogô. Como pontos altos, podemos destacar as fortes palavras do refrão principal “Iyá chamou Oxalá preto rei pra sambar…”, ainda que um pouco repetitivas, mas dentro da homenagem. Outro ponto forte, está no “Quem acredita na vida”, bis presente na segunda do samba que é cantado com grande vigor pelos componentes. No ensaio, a obra está rendendo, muito levantada pelo trabalho de Gilsinho e Nilo Sérgio impulsionando o canto da comunidade, que vem sendo o grande destaque nos ensaios.

Evolução

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Na evolução, ainda há uma margem pequena a se alcançar para a garantia do 10 no quesito. E ela não está na compactação, pois a escola veio sim bem compacta, sem buracos ou alas emboladas, ocupando como devido o seu espaço na pista de ensaio. Também não foi espontaneidade, pois a escola, ainda que fizesse coreografia, no geral isso não atrapalhou que o folião brincasse o carnaval, ao contrário, só abrilhantou ainda mais. Algumas alas coreografadas no início mostraram estar bem ensaiadas e produziram um bonito efeito. E uma ala no final, logo a frente do terceiro casal de mestre-sala e porta-Bandeira, em particular, fez uma coreografia com grande teatralização, uma performance, em que os componentes primeiro mostravam sofrer em um trecho mais tenso do samba, nos versos “Venceram as lutas que travavam…”, e depois chegavam a alegria a partir do “quem acredita na vida …”. No refrão final uma grande explosão de felicidade bem expressa nos rostos dos componentes que mexiam com o público na rua inclusive.

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Mas, na evolução, o único ponto que ainda pode melhorar um pouco é a fluidez, no sentido de ela ser mais homogênea. Em alguns momentos a escola evoluiu um pouquinho mais rápido talvez do que o necessário e que a cadência do samba pedia, isto em pontos esporádicos, no geral, no teste como um todo a fluidez está bacana. Só trabalhar para ela chegar nesse ponto de estar mais igual para que o quesito chegue mais perto da perfeição e possa garantir a nota máxima.

Outros destaques

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A rainha Bianca Monteiro, além do samba no pé, protagonizou, mais uma vez, o momento fofura ao sambar com a criançada no final do ensaio, já virou rotina e um dos momentos esperados. As musas Vick Campos e Amanda Oliveira foram bastante festejadas pelo público quando passavam com muito samba no pé. Assim, como os passistas, comandados por Nilce França, também muito aclamados, principalmente os mirins que vinham à frente. No esquenta do ensaio, mais uma vez, o carro de som cantou a música “Maria Maria”, de Milton Nascimento, em ritmo de samba, com bateria e tudo.

Casal é destaque no ensaio técnico da União do Parque Acari

Por Marcos Marinho e fotos de Magaiver Fernandes (Colaboraram Carolina Freitas, Juliana Henrik, Gabriel Radicetti, Marielli Patrocínio e Matheus Morais)

A União do Parque Acari levou à Marquês de Sapucaí, abrindo a temporada de ensaios técnicos da Série Ouro para o Carnaval 2025, uma apresentação que mesclou emoção, técnica e alguns desafios. Da intensa performance da comissão de frente, que transitou entre o charme boêmio e o romantismo seresteiro, aos giros do casal de mestre-sala e porta-bandeira, a escola mostrou seu potencial. Contudo, problemas no carro de som impactaram a harmonia da comunidade, e o andamento na pista deixou a evolução da escola a desejar em momentos pontuais. A União do Parque Acari será a segunda escola a desfilar no sábado de carnaval com o enredo “Cordas de Prata: o retrato mundial do povo”, do carnavalesco Guilherme Estevão.

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Fotos: ensaio técnico da União do Parque Acari no Sambódromo

“Foi um teste para gente acertar os detalhes. Só posso agradecer a minha comunidade do Acari e do Amarelinho que eles foram incansáveis e o trabalho continua. Está todo mundo muito unido para gente conseguir colocar esse carnaval na rua. Temos alguns pontos pra acertar sim, vamos sentar internamente, porque dia primeiro de março temos que fazer um grande desfile. A comunidade abraçou o nosso samba, abraçou principalmente o enredo. Nossa expectativa é incrível”, explicou o direto de carnaval, Yago Werneck.

Comissão de Frente

Parque Acari 13

O coreógrafo Valci Pelé, em seu segundo ano na União do Parque Acari, caprichou no vigor dos movimentos apresentados ao público. A comissão, formada por 10 homens e 5 mulheres, usava figurinos que remetiam a “espanhóis” com leques, chapéus e roupas nas cores vermelho e preto. A apresentação foi marcada por uma movimentação intensa cujas formas ora lembravam malandros boêmios ora seresteiros românticos. Apesar do impacto visual, houve falhas, como a queda de um chapéu no primeiro módulo de jurados e atrasos na transição para o movimento dos casais. O ponto alto da apresentação foi, sem dúvida, os giros e as ‘firulas’ feitas com os chapéus, que empolgaram o público.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Parque Acari 17

Renan Oliveira e Laís Lúcia, estreando na União do Parque Acari, após passarem pelo Império da Tijuca, realizaram uma bela apresentação. Vestidos em tons de amarelo, os dois se destacaram pelos giros rápidos e pela intensidade de movimentos, especialmente da porta-bandeira. Na primeira cabine de jurados, o pavilhão chegou ligeiramente antes do mestre-sala após uma sequência de giros, o que merece atenção. O momento final, com um beijo no ar trocado entre os dois, demonstrou o entrosamento da dupla, que promete brilhar no desfile oficial.

“Não estou apenas feliz, estou radiante. Tudo foi perfeito e superou minha expectativa. Estou extremamente contente, não apenas por ter sido recebida de braços abertos pela comunidade de Acari, mas também por termos conseguido realizar exatamente tudo o que planejamos. Revisamos todas as anotações dos anos anteriores e consideramos os feedbacks dos jurados, estudando cada detalhe. Apresentamos exatamente o que desejávamos, e, na verdade, sinto que conseguimos até mais. Agora, estaremos revendo todos os vídeos e fotos para confirmar se realmente alcançamos o que idealizamos. Embora, eu tenha a sensação de que tudo foi maravilhoso, precisamos avaliar tecnicamente o resultado, verificar se está tudo em ordem, se precisaremos fazer ajustes ou se podemos aprimorar ainda mais nossos ensaios de rua e nosso desfile!” , disse Laís, porta-bandeira da União do Parque Acari.

Freddy Ferreira analisa a bateria da União do Parque Acari no ensaio técnico

 

“Estou extremamente feliz. Como a minha porta-bandeira mencionou, quando algo transcende, conseguimos propor algo que vai além. Nossa alegria e felicidade transformaram a coreografia em uma expressão autêntica, refletindo a nossa essência, nosso estilo e nossa assinatura. Estávamos nos divertindo muito, brincando uns com os outros, e acreditamos que esse é um dos pontos mais importantes. Além de toda a responsabilidade, o que realmente importa é a alegria e a diversão. Tenho a certeza de que isso também conta a nosso favor. Quando conseguimos transmitir um sorriso genuíno, oriundo do que amamos e fazemos, sabemos que estamos passando essa energia, que vem de dentro para fora. Gostei bastante do chão! Optei por um sapato com um antiderrapante um pouco mais antigo, pois ao testar um sapato novo, percebi que ele estava muito preso. Pensei: não, preciso também dar meus giros e piruetas, então precisei de um modelo que me permitisse mais liberdade de movimento. Apreciei o piso e a iluminação. Agora é hora de analisar tudo, observar os detalhes e fazer alguns ajustes minuciosos para nos prepararmos para o desfile, que está a apenas 34 dias!” , disse Renan, mestre-sala da União do Parque Acari.

Harmonia e Samba

No quesito Harmonia, a comunidade de Acari se mostrou um pouco sem empolgação ao cantar. Esse desânimo pode ser atribuído a problemas técnicos no carro de som, cuja potência não foi suficiente para cobrir toda a extensão da avenida. As alas mais distantes mal conseguiram ouvir a música, o que comprometeu o canto coletivo. Ainda assim, o refrão principal, “Se alguém perguntar, diz que fui por aí. Hoje sou o samba Parque Acari!”, foi bem cantado.

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“Isso aqui é um treino, e o treino é feito para a gente errar, ver os erros e corrigi-los. Hoje a gente veio para brincar e ver o povo feliz. É isso que a gente quer ver. Apesar de alguns problemas técnicos, a gente tentou manter o povo feliz e alegre, e é uma missão difícil, em pleno domingo às 18h, abrir o ensaio na Sapucaí, mas a nação acariense está aí com bastante astral e alegria para abrir esses ensaios técnicos bem para cima!”, disse o intérprete Leozinho Nunes.

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“Foi bonito, apesar de alguns problemas técnicos, realmente, mas nada que a gente não consiga superar. A União do Parque Acari é resistência, força, coragem. A gente levou na garra, para fazer a alegria da comunidade, e no desfile com certeza vai ser ainda melhor. A nossa preparação é manter o básico, o simples. Tudo o que é feito com fé, amor, união, como é o nome da nossa escola, é muito bem apresentado, como vimos hoje. Podem esperar isso, união, companheirismo, fé acima de tudo, e muito trabalho para representar no desfile oficial”, comentou a cantora Tainara Martins.

Evolução

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Apesar de não enfrentar grandes problemas de evolução, a escola apresentou um andamento um pouco lento em determinados momentos. Algumas alas demoraram para se deslocar, causando a sensação de que a escola estava “blocada”. Esse detalhe pode ser ajustado nos próximos ensaios para garantir maior fluidez na avenida.

Outros Destaques

A bateria “Fora do Sério”, comandada pelos mestres Erick e Daniel, garantiu o melhor rendimento possível para o samba-enredo.

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“Bateria respondeu à altura do que a gente estava esperando. É muito ensaio, muito trabalho, muita dedicação dessa bateria, da rapaziada que tá com a gente no sol na chuva na luta. A gente sabe que é difícil para as baterias da Série Ouro, ainda mais dentro de uma comunidade, ter ritmistas. Cada ensaio é primordial para a gente poder acertar uns pequenos detalhes. Ainda tem mais um mês para gente ensaiar, o mês de fevereiro, e acertar os detalhes. Falar que a gente está pronto hoje, eu vou estar mentindo, até porque o nome já diz é um ensaio técnico. Agora a gente vai pegar os detalhezinhos, ver os vídeos com calma, e o que tiver que acertar a gente vai acertar para chegar lá no dia 01 de março a gente fazer um belo trabalho”, disse mestre Daniel.

Freddy Ferreira analisa a bateria da União da Ilha no ensaio técnico

A bateria da União da Ilha do Governador fez um ensaio técnico excepcional, sob o comando de mestre Marcelo Santos. Um ritmo com um equilíbrio, uma equalização e uma fluidez musical impressionantes da “Baterilha”. Bossas bastante integradas ao samba-enredo da tricolor insulana foram apresentadas, com menção musical a paradinha com solo de liras, pratos e bumbos, que tem tudo pra ser um verdadeiro show no desfile oficial, podendo funcionar como um catalisador de um potencial sacode.

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Na cabeça da bateria, uma ala de tamborins de excelente nível técnico executou um desenho rítmico simples com extrema precisão. Impressionante a qualidade musical do ressonante carreteiro do “Tamborilha”. O conjunto musical prevaleceu, numa ala que tocou de forma uníssona. O naipe de chocalhos seguiu acompanhando os tamborins com um trabalho igualmente primoroso. Por vezes ambos os naipes tocavam interligados. Uma boa ala de agogôs se exibiu com qualidade. Cuícas também fizeram um trabalho sólido. Complementando a parte da frente do ritmo na primeira fila, ainda haviam liras, bumbos e pratos, que eram utilizados de forma destacada na principal paradinha da “Baterilha”.

A parte de trás do ritmo da bateria da Ilha esteve simplesmente impecável durante todo o ensaio. Com uma boa afinação de surdos, marcadores de primeira e segunda se exibiram de forma precisa. Os surdos de terceira deram um balanço diferenciado à cozinha da “Baterilha”. Repiques de elevada técnica musical auxiliaram no preenchimento musical dos médios, assim como um naipe de caixa de guerras simplesmente esplendoroso se exibiu de modo incrível, parecendo que somente uma caixa tocava. Além de ressoar com volume considerável, é possível dizer que o toque uníssono das caixas rufadas funcionou como base musical de amparo para os demais naipes da bateria da Ilha.

A bossa de maior destaque foi a que deu ares de clima circense a passagem espetacular da “Baterilha”, atrelando a musicalidade do ritmo insulano ao tema da agremiação. Utilizando os instrumentos da primeira fila, a paradinha começava com solo de liras, bumbos e pratos. Toda dentro da melodia do samba, sua execução se deu de forma simplesmente encantadora, sendo respondida com vibração e ovação popular onde foi exibida. A bossa da cabeça do samba também é uma construção musical de muito gosto, se aproveitando de forma sublime das nuances melódicas do animado samba insulano. É possível dizer que o trabalho de bossas, mesmo com uma pegada mais simples, se mostrou profundamente eficaz.

Uma apresentação espetacular da “Baterilha”, dirigida por mestre Marcelo Santos. Uma bateria da Ilha equilibrada e com uma ótima conjugação de sons dos mais diversos naipes formando um conjunto musical de elite. É possível dizer, inclusive, que a União da Ilha do Governador segue tendo uma das melhores baterias de todo carnaval carioca. E apresentações envolventes, arrebatadoras e de alto valor técnico como a de hoje contribuem de forma positiva para essa afirmação. Parabéns demais ao mestre Marcelo, seus diretores e ritmistas pela exibição de suprema qualidade rítmica.