O Carnaval está chegando e as escolas vão entrando na reta final dos preparativos. Após uma década longe da Marquês de Sapucaí, a Tradição reforçou o seu time para fazer bonito na Série Ouro. Um dos trunfos da escola é a experiente porta-bandeira Verônica Lima, contratada como um dos principais nomes do Condor Imperial para 2025, que forma par com o mestre-sala Jorge Vinicius.
Campeã do grupo com o Império Serrano em 2022, ela acumula prêmios e passagens marcantes por Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha e Grande Rio. Agora na escola de Campinho, Verônica demonstrou entusiasmo para cruzar a Sapucaí mais uma vez:
“Defender a Tradição é uma honra, ainda mais neste momento de retorno da escola à Sapucaí. Estou empunhando o pavilhão que a Vilma Nascimento defendeu, uma referência para qualquer porta-bandeira. A responsabilidade é muito grande, mas o carinho e o respeito que recebo da comunidade e da diretoria fazem toda a diferença”, destacou.
Para brilhar na Sapucaí e garantir a nota máxima, Verônica tem encarado uma série de ensaios diários desde agosto, atrelada aos treinos físicos com o auxílio de um personal trainer e do coreógrafo Guilherme Strass. Segundo ela, o ofício de porta-bandeira requer uma rotina regrada.
“Desde 1999, quando comecei a dar nota, eu levo cada desfile com a mesma seriedade e dedicação. O Carnaval exige disciplina, paixão e respeito, e é isso que sempre trago para a Avenida. A expectativa é enorme, então os ensaios não param, assim como a preparação física e uma alimentação balanceada. Jorge e eu estamos focados em fazer um belo desfile”, afirmou Verônica.
Em 2025, a Tradição vai levar para a Sapucaí o enredo “Reza”, do carnavalesco Leandro Valente, que falará sobre as formas de fé. A escola vai abrir o sábado de carnaval, no dia 1º de março, na Marquês de Sapucaí.
A Superliga realizou, em um evento fechado exclusivo para os presidentes das agremiações, o sorteio que definiu a ordem dos desfiles das escolas da Avaliação. Duas escolas da Avaliação abrirão os desfiles das escolas das Séries Prata e Bronze a cada dia. Confira a ordem definida:
Domingo, 02 de março:
1- GRES Mocidade Unida da Cidade de Deus
2- GRES Império da Resistência
Segunda-feira, 03 de março:
1- ACSEGRES Novo Império
2- GRES Difícil é o Nome
Terça- feira, 04 de março:
1- GRES América Samba e Paixão
2- GRES Coroado de Jacarepaguá
Sexta-feira, 07 de março:
1- GRES Rosa de Ouro
2- GRES Unidos do Valqueire
Sábado, 08 de março:
1- GRES Mocidade de Inhaúma
2- GRES Unidos de Manguinhos
No Carnaval de 2025, as escolas da Série Prata desfilam nos dias 2, 3 e 4 de março, enquanto as agremiações da Série Bronze desfilam nos dias 7 e 8 de março, na Intendente Magalhães, a partir das 18h.
Em publicação na noite de quarta-feira a Imperatriz Leopoldinense anunciou que a atriz e influenciadora Rafa Kalimann não estará na escola no Carnaval 2025. Veja abaixo a nota da escola.
“O G.R.E.S Imperatriz Leopoldinense informa que a atriz e influenciadora Rafa Kalimann não permanecerá no posto de musa para o Carnaval 2025.
A Rainha de Ramos agradece a participação da artista no último Carnaval da escola (2024) e deseja boa sorte e sucesso em seus projetos futuros.
9 vezes campeã do Carnaval carioca, a verde, branco e dourado segue comprometida e focada, ao lado de sua comunidade e segmentos, no planejamento de seu desfile oficial em março, rumo ao 10º campeonato de sua história”.
Faleceu nesta quarta-feira o compositor Adil de Paula, o Zuzuca do Salgueiro, de 88 anos, autor de “Pega no ganzê, pega no ganzá”, do enredo “Festa para um Rei Negro”, campeão do carnaval em 1971. Ele morreu em casa. A escola lamentou e publicou um pronunciamento.
“Com imensa tristeza, recebemos a notícia da partida de um dos grandes nomes da nossa história. Zuzuca se encantou, mas sua obra e seu legado seguem eternos no coração do nosso Torrão.
Adil de Paula, o nosso inesquecível Zuzuca do Salgueiro, escreveu com talento e paixão algumas das páginas mais bonitas da nossa escola. Desde 1960 na Ala de Compositores, foi autor de sambas que marcaram gerações.
Em 1971, eternizou “Festa para um rei negro”, cujo refrão ressoa até hoje em cada canto do mundo: “Pega no ganzê, pega no ganzá”. E foi bicampeão com o samba de 1972 com “Minha Madrinha, Mangueira Querida” nosso famoso Tengo, Tengo! E assim, fez do Salgueiro sua morada, sua bandeira, sua voz.
Zuzuca era mais que um compositor brilhante. Era Salgueiro na alma e no coração. Como ele mesmo cantou: “Eu sou Salgueiro, sou Flamengo e brasileiro…”
Nosso Patrono Adilsinho e nosso Presidente André Vaz expressam seus profundos sentimentos e prestam suas condolências à família, aos amigos e a toda a nação salgueirense.
Hoje, o céu ganha um poeta, e nós ficamos com a saudade e a gratidão. Obrigado por tudo, mestre! Seu samba nunca morrerá.
Em seu segundo ano desfilando na Série Ouro, na Marquês de Sapucaí, a União de Maricá prepara uma grande apresentação. Para isso, Matheus Santos, administrador da agremiação, chegou para assegurar a excelência no trabalho. Ao CARNAVALESCO, ele foi questionado sobre o possível favorecimento que a escola teria em 2025, segundo publicação do jornalista Léo Dias, na semana passada, e descartou qualquer favoritismo antes do desfile oficial.
“É obrigação da escola fazer mais e mais. O objetivo é fazer um grande desfile, mas respeitando todas co-irmãs. Ainda somos um bebê na Série Ouro e podem esperar que vamos fazer um grande desfile. Vamos surpreender muita gente na Sapucaí. Existem escolas muito fortes no grupo, como Império Serrano, Ilha, Porto da Pedra e Estácio. Estamos tentando chegar aos pés delas e vamos chegar com muita humildade. É difícil encarar o favoritismo. O recurso que Maricá possui é muito explícito, mas não tem favoritismo. Só podemos falar isso depois da quarta de cinzas. Queremos trazer o título para Maricá. Muita gente vive de fofoca, a gente vive de trabalho. Estamos focados em trabalhar. Não temos tempo para isso. Maricá está voltada para o futebol, que somos líderes do Carioca, e para o carnaval. O nosso maior orgulho é nossa cidade. O prefeito me convidou para estar na escola e me pediu para chegar e fazer o melhor. Vim trabalhar, com muita humildade, dedicação e trazer o povo maricaense para dentro da escola”, disse Matheus Santos.
O administrador ressaltou a força dos segmentos da União de Maricá para disputar a Série Ouro no Carnaval 2025. “Cheguei aos 48 do segundo tempo. O patrono da escola (prefeito Quaquá) me convidou para fazer parte dessa grande equipe de profissionais que temos. Vim para completar e ser mais um soldado. Nossa comunidade está muito focada, feliz e empolgada pelos grandes ensaios que estamos fazendo e os artistas que temos. A União de Maricá veio fazer uma grande revolução no carnaval, mostrar a potência da cidade e que a gente também sabe fazer carnaval”.
Matheus Santos revelou como está o trabalho e qual é a projeção para o carnaval e turismo nos próximos quatro anos de mandato do prefeito Quaquá. “Nosso foco é ter grandes fantasias, tentar fazer carnaval de Grupo Especial. Temos os melhores trabalhando com a gente. Nossa gestão é conseguir entregar o que Maricá é e o que o carnaval pede. O nosso prefeito lançou a pedra fundamental da Faculdade do Carnaval e terá um complexo chamado de Samba, Futebol e Caipirinha. A escola não é só dinheiro. È muita cultura. Vamos ter muito turismo com a grande revolução que teremos na cidade. Maricá vai enriquecer o maior espetáculo da terra”.
O dirigente citou também a proposta de, após o desfile de 2025, aumentar o trabalho social na agremiação. “Maricá tem muitos programas sociais. O prefeito e patrono da escola está fazendo um grande recadastramento na cidade para enaltecer o morador, que é o maricaense, e beneficiar quem é do município. O prefeito é muito visionário. Maricá é realmente o nosso país. Já trabalhamos e conversamos muito para ter a escola de samba mirim. Primeira pauta da escola é fazer o social. Todos os artistas contratados para o ano que vem vão atuar também em aulas para criançada da cidade. Vão ensinar bateria, dança de casal, samba no pé, estamos inscrevendo projetos para fazermos todas atividades. Terá muita ação social, tratamento dentário e diversas atividades. Maricá vai ser uma grande potência para o carnaval e para toda sociedade”.
Perguntado se novamente levará torcida para o Sambódromo, como a escola fez em 2024, Matheus Santos confirmou a intenção e citou como o sucesso do time de futebol da cidade impulsiona também os componentes da escola de samba.
“É nosso dever ter os moradores de Maricá com a gente. Com certeza, nós vamos levar nosso povo para o Sambódromo. Eles são fundamentais para nossa escola. O sucesso do futebol nos motiva. Cheguei aqui para trazer também alegria para cidade. O time tem torcidas organizadas. O trabalho lá é muito forte. O técnico Reinaldo é nosso camisa 10. O futebol está sendo brilhante”.
Por fim, o administrador respondeu se o prefeito Eduardo Paes, que no passado foi envolvido em polêmica com a cidade, mas que hoje sempre elogia o município, em publicações nas redes sociais, seria convidado para ver o desfile na Avenida.
“Claro que o prefeito Eduardo Paes está convidado para desfilar com a gente. É grande parceiro de Maricá. Ele adora Maricá. Está postando sobre o sucesso do nosso time de futebol. A camisa para ele sair com a gente está separada”, garantiu o dirigente da União de Maricá.
De quem é a culpa pela chegada da tradicional série “Barracões” ao ano de 2025? Foi desbravando os preparativos do Raízes do Samba para o desfile do Grupo de Acesso 2 que o CARNAVALESCO procurou conhecer sobre o enredo “De quem é a culpa?”, assinado pelo carnavalesco Arisvaldo Oliveira Soares, o Babu Energia.
Vice-campeã do Grupo Especial de Bairros em 2024, a jovem agremiação fundada em 2015 é comandada por sambistas veteranos e se identifica como uma escola “da cidade de São Paulo”. O Raízes do Samba é aberto a todos que se interessarem pela filosofia de resgate de um estilo tradicional de ser de uma escola de samba. “Uma filosofia séria de uma gestão que propõe acolher as pessoas, trazer de volta a comunidade para dentro da quadra, para dentro do barracão”, segundo Babu Energia, que há quatro anos contribui para o projeto da escola.
Fugir do comum para chamar atenção das pessoas
A estreia no Sambódromo é um momento único com o qual muitas escolas de samba dos grupos de bairro sonham um dia conseguirem realizar. Da oportunidade de se apresentar pela primeira vez ao público que frequenta o Anhembi é que vem a ideia do Raízes do Samba em trazer um enredo que fuja do que se tornou comum, como uma jogada de marketing. Babu Energia conta que o enredo já fazia parte de suas ideias, e que a proposta casou com o impacto que a agremiação deseja causar no carnaval de 2025.
“Quando terminamos o último carnaval, do qual saímos vencedores e que era um grande sonho dos nossos presidentes, o Júnior, a Jaqueline e o Robson, que essa escola chegasse na Liga, achava-se que demoraria um pouco mais. Com a minha chegada, eu dei essa injeção de ânimo. ‘É possível e acho que em dois carnavais’, e batemos forte aqui. A ideia da ‘culpa’ chega para colocar o Raízes no olho da coruja, colocar o Raízes na mídia. Talvez, se eu escolhesse um enredo comum, como enredo afro, um CEP, um artista, eu seria mais um dentro dessa gama de enredos, mas eu precisava de um enredo que chamasse a atenção, que reunisse tudo que todos falavam, e a ‘culpa’ me possibilitou isso. Aí vem a ideia de resgatar esse enredo que não foi criado diretamente para o Raízes. Eu já tinha esse projeto na gaveta e sugeri para a escola que a gente fizesse porque era um enredo que iria chamar muita atenção da imprensa e das outras escolas porque é na contramão. Você pode ver que no nosso grupo não existe um enredo que se aproxime dessa ideia louca e abstrata que é a ‘culpa’”. O primeiro setor é um alerta para o sentimento da culpa porque ela, se a gente parar para analisar, está no nosso dia a dia. Quando a criança faz uma traquinagem dentro de casa, por exemplo, a mãe fala: ‘meu Deus, Chiquinha, a culpa dessa criança é ser assim’. Veja que a todo momento o nosso enredo é lembrado dentro da casa das pessoas, no trabalho. ‘De quem foi a culpa disso?’. ‘Quem fez isso?’. ‘Não é minha, a culpa é dele!’. A todo momento as pessoas vão estar lembrando do Raízes e era essa a minha intenção. Era essa dualidade, esse jogo de marketing que trouxesse as atenções para a escola. Chamamos a atenção das pessoas, como a gente conseguiu fazer, e agora quero que as pessoas se aproximem e entendam essa nova filosofia”, explicou Babu.
Sociedade doente: de quem é a culpa?
Muitas pessoas devem se perguntar como é feita a pesquisa para um enredo abstrato. No caso da “culpa” de Babu Energia, as respostas para algumas perguntas do dia-a-dia vieram de forma bastante profunda, rendendo importantes reflexões e causando choques de realidade. Foi com muita emoção que o carnavalesco contou o momento mais impactante na jornada para descobrir de quem é a culpa pelos males que acometem a sociedade atual, que acabou inspirando alas do desfile do Raízes.
“As pessoas têm muita curiosidade em como vamos distribuir isso como enredo, já que ele é totalmente abstrato, solto e que envolve variados assuntos. Durante a pesquisa da ‘culpa’, e começou com uma curiosidade muito grande da minha parte, percebi que há uma grande população negra que vive exposta nas ruas como mendigos, sofrendo ataques sociais. É um percentual muito grande e não estou falando isso de pesquisa de internet, estou falando isso de vivência. Passei alguns dias indo ao centro de São Paulo, na Cracolândia, sem que ninguém percebesse, e pude observar no dia a dia, inclusive, como as pessoas tratam. Eu arrepio porque isso foi muito profundo: como as pessoas tratam um mendigo negro e um mendigo branco. Eu vi isso de perto e é horrível, é horrível. Eu pude perceber isso de forma presencial, e como uma pessoa negra me doeu demais. Eu vi um destrato com um mendigo no trânsito. Depois, me aproximei dele e ficamos batendo um papo, isso tudo no período em que eu estava criando a ‘culpa’, e aí abriu uma coisa na minha cabeça. Eu sei que somos formiguinhas muito pequenas, mas falei: “eu vou fazer isso’, então dediquei. Nesse setor de caos social dediquei uma atenção muito bacana na ala que chamamos de ‘Lixo e luxo’, que fala exatamente desse descarte social. Não estou dizendo isso de fonte de pesquisas, eu vi isso. As pessoas saem de restaurantes, de lanchonetes, elas preferem jogar fora a comida a dar para alguém. Foi no ato que eu vi isso ali, pessoas jogando fora e a grande maioria dos mendigos negros mexendo na lata do lixo e comendo. Aquilo foi muito agressivo, e aí nasce a ala ‘Lixo e luxo’, dessas pessoas que vivem nas suas suntuosidades, que moram nas suas coberturas e depois jogam os seus restos, e esses mendigos, na sua maioria negros, que é a discussão ali naquela lacuna dentro do enredo, vivem dessas migalhas. O que a gente precisa fazer para mudar isso? A gente precisa enxergar o ser humano como tal, como ser humano, e dar oportunidades a essas pessoas. Ao contrário do que as pessoas pensam, que são vagabundos que estão nas ruas, ali tem muito pai de família, ali tem muita menina que por falta de direcionamento são expulsas de casas, ali tem gays, muitos novinhos, conheci um de 14 anos. Ali tem muita menina que por falta de direcionamento são expulsas de casas, que a família não aceita. Em plena atualidade a gente ainda enfrenta isso. Pude perceber que é um problema social que as pessoas e o governo deveriam se atentar e criar um projeto de resgatar aquelas pessoas. Por isso que na abertura do samba eu falo sobre o amor. Só através do amor é que a gente vai conseguir tocar o coração do homem, assim como a maldade tocou”, manifestou.
Do Jardim do Éden ao Mundo Ideal
O desfile do Raízes do Samba será dividido em dois setores. Babu Energia pede para que o público fique atento nos detalhes para que o contexto do enredo seja compreendido na sua totalidade. “Temos uma comissão de frente maravilhosa liderada pelo coreógrafo Maurício Oliveira, que também vai ser uma coisa diferenciada, muito bacana. Quero que as pessoas prestem atenção nessa comissão de frente”, apontou.
O primeiro setor apresentará o Jardim do Éden, trazendo o pecado original da Bíblia cometido por Adão e Eva. A história bíblica conduzirá o caminho inspirado pelas pesquisas do carnavalesco para a apresentação de diferentes males que acometem o mundo, questionando de quem é a culpa por eles existirem.
”Começo a destrinchar outros pontos porque nessa vivência sobre mendigos e pessoas negras vem as questões da galera LGBT, que também é muito crucificada nas ruas. Eu começo a entender a importância desse primeiro setor, e depois é que eu entendo que eu preciso começar com Adão e Eva, que é onde a gente tem a discussão da primeira culpa, que é quando a culpa nasce de fato. Quando se comete o pecado contrariando as ordens do Criador, fica aquela dúvida: de quem foi a culpa? Foi da Eva? Foi do Adão? Foi do anjo que guardava o paraíso e não viu essa energia negativa entrar? Foi da cobra que astutamente seduziu a mulher? A dúvida paira no ar, e as pessoas que se encarreguem de decifrar isso. Não sabemos exatamente se a culpa foi da mulher. A partir daí eu gero uma outra questão, que é a de atribuir a culpa apenas para a figura feminina. Como hoje temos muitos comparando essa questão da sensualidade feminina, em que os homens acham que pode ir lá tocar em uma mulher porque ela está com uma roupa curta. Essas questões tem que ser muito discutidas. Então fica no ar: Foi da Eva? Foi do Adão? Eu vou e volto. Quando fiz essa pesquisa do caos social sobre a culpa no dia a dia, eu tive que voltar para o início para conseguir amarrar todos esses assuntos isolados. Começamos lá com Adão e Eva, a gente faz esse salto comparativo para os dias atuais em que continuamos sendo seduzidos por essa energia maldosa e gerando várias outras culpas. Aí começamos a questionar de quem é a culpa da homofobia, da xenofobia, do abandono social, da violência, da poluição urbana, que são os assuntos pertinentes a esse setor. Temos toda uma gama de alas contando os problemas e o caos social que vai acontecer até o final desse primeiro setor”, contou.
A história contada pelo Raízes do Samba chega ao seu clímax no ponto considerado surpresa por Babu Energia. Um tripé representará o “Sagrado Coração de Jesus”, mostrando que a solução para os problemas da sociedade pode ser encontrada nas raízes dos ensinamentos de Jesus Cristo.
“O tripé que vai representar o ‘Sagrado Coração de Jesus’, que é um elemento surpresa dentro do enredo. Vamos trazê-lo na divisão do enredo como proposta de acolhimento e ajuntamento de tudo, de todos, todas e todes. Em volta do Coração de Jesus vamos estar falando da união de religião, de pessoas, de gênero. Eu arrepio porque realmente tudo para mim tem que ter essa veracidade e essa verdade. Nessa mensagem eu quero que as pessoas entendam que o Coração de Jesus é livre de todo e qualquer preconceito. Deus é amor, e se Deus é amor é acolhimento, é ajuntamento é aproximação, é irmandade. Através de manequins, eu vou representar isso de mãos dadas em volta desse coração, levando essa mensagem para as pessoas de que antes de qualquer coisa pensem nesse cara que veio à Terra e distribuiu apenas amor e nunca disse o que era certo e o que era errado. Aí eu pergunto: o que é certo e o que é errado? Isso é pertinente a cada um, é você que sabe dos seus valores. Eu posso aqui, diante de você, pintar um Babu maravilhoso e entre quatro paredes eu ser o pior cara do mundo. É lá, entre quatro paredes, que você tem que fazer uma análise, não é expondo para as pessoas. O próprio Cristo ensinou isso: não aponte com a esquerda o que você faz com a mão direita. Quando você faz o bem, faça sem alarde. Quer ajudar alguém? Ajude sem alarde. A ideia desse Sagrado Coração é tocar nesse tema: paz, amor e união”, manifestou.
Uma vez apresentada a solução, é através da ave mitológica Fênix que o caminho é aberto para o nascimento do mundo ideal. Uma utopia que, de acordo com o carnavalesco, só o carnaval consegue momentaneamente proporcionar através do desfile de uma escola de samba.
“Depois de toda essa gama de discussões, vamos assim dizer, negativas, em um surto criei o mundo ideal. Temos uma ala que é a Fênix aonde nós queimamos todo esse primeiro setor e renascemos, que é a proposta do enredo. Quando chegamos nessa ala fica claro que estamos queimando toda aquela negatividade apresentada na abertura, e essa Fênix renasce com essa proposta do mundo ideal, que eu acho muito legal e muito pontual. As pessoas vão conseguir entender isso porque além da fantasia estar muito bonita ela está muito clara na ideia, tem as labaredas do fogo. Nós queimamos tudo e renascemos das cinzas suntuosos, lindos e maravilhosos, vivendo um mundo de união e total equilíbrio de tudo e de todos. A gente vem com uma plástica belíssima porque o nosso segundo carro ele traz essa proposta de um mundo aquático, e em volta dele as raças, a Mãe Natureza muito feliz brindando e acolhendo a todos. Pós isso vem muita ala bacana: trabalho, saúde, rios correndo livres, natureza. É uma proposta completamente diferente do caos apresentado no primeiro momento, é um bálsamo. Acho também que isso vai provocar uma dinâmica muito gostosa das pessoas terem visto uma coisa obscura e depois uma totalmente diferenciada. Vamos levar muitos elementos-surpresa dentro desses dois setores. Acho que o carnaval é um veículo que nos possibilita o que a vida real não nos dá, que é criar um mundo perfeito onde nesse mundo, dentro do carnaval, todo mundo vai ter trabalho, as raças estarão unidas, não se existe discriminação e o ser humano é visto como ser humano independente da sua cor, raça ou gênero. A natureza é cuidada pelos seres desse mundo ideal, então os rios são limpos, os peixes vivem livres, os animais são felizes. É o equilíbrio entre o homem e a natureza. A gente finaliza esse enredo com um grande ‘exército da paz’, onde a gente propõe tiros de amor, de felicidade, de prosperidade, que serão representados na nossa bateria que vem com um fardamento no estilo militar, mas todo em branco, realmente disparando o amor. Acho que esse enredo, além de ser um enredo que vem em uma contramão, chamando a atenção para ele, também traz essa mensagem positiva”, explicou.
Babu Energia demonstra satisfação com o resultado obtido ao longo da concepção do projeto. “Mesmo sendo um enredo abstrato, eu consegui um roteiro onde as pessoas conseguem acompanhar o andamento histórico dele. Começamos no Paraíso e damos um salto para os dias atuais fazendo esse comparativo, e finalizamos com esse mundo ideal que é o que acabei criando, que é o sonho de todo mundo e que infelizmente sabemos que só é possível na fantasia. É como falamos lá no enredo: que bom que existe o carnaval e que podemos, pelo menos na fantasia, viver o que não conseguimos na realidade. Essa distribuição foi feita dessa forma: fui amarrando os assuntos no primeiro setor, consegui fazer um equilíbrio histórico de acontecimentos e depois, do segundo setor para o final da escola, é essa ideia complexa de um mundo perfeito”, disse.
Comunidade acolhida é o trunfo do Raízes do Samba
O acolhimento proporcionado pela filosofia de resgate do estilo tradicional de ser é, na visão de Babu Energia, o grande trunfo do Raízes do Samba no ciclo do carnaval de 2025. Para o carnavalesco, as experiências do cotidiano fazem a diferença para que os componentes se sintam parte importante dos objetivos não apenas para o desfile, mas também para o futuro da escola como um todo.
“Sem dúvidas é o acolhimento. O acolhimento está fazendo com que as pessoas descubram uma escola de samba que resgata o que em sua maioria se perdeu, que é trazer as pessoas para dentro desse quilombo e protegê-las, automaticamente se tornando protegida também por esses soldados. Estávamos aqui em um papo em ‘off’ onde eu estava relatando que uma das nossas chefes de ala, que é a Kelly, é de uma ala que vem lá do Carrão e a ala se chama ‘Amigos do Babu’. Foi maravilhoso perceber que ela veio trazer uma caixinha de chocolate para cada um aqui do barracão. Perceba que essa filosofia, essa distribuição de energia, de resgate, de acolhimento já está retornando para nós quando a pessoa sai da sua casa, vai em uma loja, compra sacolinhas, traz presentes para todo mundo do barracão e agradece, fala que está feliz, que nunca viveu isso em escola nenhuma. Eu percebo que estamos no caminho certo e que esse resgate está acontecendo. Acho que o maior trunfo está exatamente no acolhimento e no resgate real de uma comunidade. Não estou falando daquela comunidade que está lá só nos ensaios, ‘dois para cá, dois para lá’, isso do oba-oba. Isso é uma energia gostosa do carnaval, mas estou falando de fundamento histórico mesmo, de ajuntamento de pessoas que durante o ano vai continuar se falando, fazendo acontecer, e vamos brindar tudo isso no desfile. As pessoas vão perceber uma energia diferenciada no Raízes e isso concurso à parte do carnaval. Claro que queremos o melhor resultado do mundo, mas a nossa primeira preocupação é essa: juntar pessoas, renovar as energias trazer de volta coisas que morreram e fazer um grande carnaval impactante. O Raízes negra, o Raízes escola de samba é a alma negra do carnaval”, afirmou.
Mensagem de Babu Energia para a comunidade do Raízes do Samba
“O que quero dizer para a comunidade do Raízes, eu vou resumir em uma frase de um
poema que me representa. ‘A arte não é só talento, mas sobretudo coragem’. Avante, Raízes! Vamos meu povo, que isso é o ponto crucial, a coragem! Que a nossa comunidade esteja muito aguerrida e atenta para o nosso grande sonho! O Raízes crescendo será um bem comum para todos! Crescendo ele já está, que ele continue a crescer! Espero que essa escola chegue no topo máximo e chegue com todos esses pontos que discutimos de acolher, de fazer valer o que nós acreditamos quanto à filosofia! Eu desejo muita coragem, muita sorte, muita fé e muito axé para a nossa comunidade!”.
Ficha Técnica:
Enredo: “De quem é a culpa?”
Componentes: 800
Alegorias: 2 carros + 1 tripé
Alas: 15
Diretor de Barracão: Russo Pescados
Diretor de Ateliê: Nelson Bueno
Ordem de desfile: Primeira escola a desfilar no dia 22 de fevereiro de 2025 pelo Grupo de Acesso 2
O amor à Unidos de Vila Isabel e a trajetória de sucesso como músico e percussionista de artistas como Alcione, Maria Rita, Luiz Melodia e Zélia Duncan serão narrados pelo Bloco 07 de Paus que, no carnaval 2025, vai homenagear Mestre Macaco Branco, um dos talentos da escola do Bairro de Vila Isabel, no dia 09 de março.
Nascido no bairro que dá nome à sua escola de criação, Anderson Andrade do Nascimento começou ainda criança a frequentar a escola do bairro e a desfilar nas baterias mirins do Herdeiros da Vila e Aprendizes do Salgueiro. Na escola de Martinho da Vila iniciou como ritmista aos 14 anos e, desde então, foi construindo um verdadeiro elo com a agremiação. Ali, além de fincar raízes como profissional do ramo, conheceu Dandara Oliveira, bisneta de baluartes da escola e musa da azul e branca, com quem casou-se e tem três filhos: Enzo, Gael e Inaê. A forte identidade formada desde criança na escola, já se estende aos herdeiros, que começam a despontar como o futuro da agremiação e o legado do pai para o samba.
Macaco Branco assumiu a Swingueira em 2018 colecionando prêmios importantes como o Estandarte de Ouro em seu primeiro ano de regência. Paralelo ao mundo do Samba, o músico já gravou com os maiores nomes da música popular brasileira e viaja o mundo levando a cultura do nosso país por meio da diversidade musical.Mestre no samba, mestre na cidadania, ensina sua arte em projetos sociais importantes. Toda essa relação com o samba e com o bairro fizeram com que Márcia Rossi, presidenta do 07 de Paus escolhesse o percussionista como enredo deste ano.
“Macaco é um exemplo muito sólido de como o carnaval pode moldar a vida das pessoas de forma positiva. Na Vila ele cresceu, amadureceu, formou família e inspira jovens que precisam ter referências”, diz a gestora.
Fundado em 2007, o Bloco 07 de Paus já é referência no bairro, não somente por arrastar milhares de foliões pelo boulevard 28 de Setembro, mas também pelas diversas ações que promove, graças ao engajamento social de Márcia Rossi. Ao longo do ano, campanhas que chamam atenção para causas importantes como o outubro rosa e autocuidado, são promovidas pela entidade como forma de engajamento da comunidade local. Por toda essa representatividade, em 2024, o Bloco Cultural 7 Paus recebeu uma Moção de Louvor e Reconhecimento da Câmara Municipal do Rio de Janeiro por sua contribuição à cultura, à música e ao carnaval.
“Trabalhamos o ano inteiro em prol da cultura, da nossa comunidade , porque entendemos que esta é uma das melhores formas de transformar a sociedade. Vila Isabel é terra de boemia, de sambista e de bloco de rua. Este ano, vamos ter um desafio grande que é mobilizar o folião para aproveitar o carnaval com paz, com alegria e acho até que o 07 de Paus atrai tantas pessoas porque é a certeza de que o verdadeiro carnaval de rua resiste. Começamos pequeninos na praça Barão de Drummond e hoje movimentamos milhares de foliões qu se despedem do carnaval aqui, em Vila Isabel”, comenta Márcia.
O Museu do Samba está com inscrições abertas para o projeto “Memória Social do Samba”, com atividades que começam em fevereiro e março, e são voltadas a diversos públicos. Com foco em educação antirracista, capacitação de empreendedores culturais e valorização do samba e da cultura afrobrasileira, o projeto oferece 110 vagas, distribuídas em quatro iniciativas: Programa Samba na Sala de Aula, dirigido a professores que atuam no ensino fundamental; Oficina de Capacitação de Agente Cultural, com prioridade para produtores culturais de regiões periféricas; Oficina de Percussão e Oficina de Dança do Samba, estas últimas abertas ao público em geral. As inscrições podem ser feitas através dos links disponíveis nas redes sociais e no site do Museu do Samba (museudosamba.org.br) ou presencialmente, na sede da instituição, localizada na Rua Visconde de Niterói n° 1296, na Mangueira.
O projeto “Memória Social do Samba” conta com patrocínios do Governo Federal – por meio do Ministério da Cultura e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) – e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, por meio da Lei do ISS (Lei Municipal de Incentivo à Cultura) e do Programa Ações Locais da Secretaria Municipal de Cultura. O projeto conta também com apoio do Instituto Oi Futuro.
“O Museu do Samba existe há 24 anos e tem como compromisso a preservação dos legados do samba e da cultura preta ancestral e, para isso, nossas atividades vão além da realização de exposições e eventos culturais, incluindo capacitação de empreendedores negros e periféricos, assim como de educadores que possam multiplicar ações de combate ao racismo e de aplicação da Lei 10.639, que tornou obrigatório no currículo escolar o ensino de história e cultura afro-brasileira mas que, apesar de já ter 22 anos, ainda encontra muita resistência para efetiva implantação”, explica Nilcemar Nogueira, fundadora e diretora de projetos do Museu do Samba.
As atividades começam em 1° de fevereiro, com a oficina de dança de samba e a oficina de percussão. A partir de março, começam as oficinas de capacitação para produtores e agentes culturais e, também, o Programa Samba na Sala de Aula, para professores interessados em como aplicar uma educação antirracista no ambiente escolar. O número de vagas, carga horária e link para inscrição em cada atividade estão detalhados a seguir.
OFICINAS COM INÍCIO EM FEVEREIRO
Oficina de Percussão
São 20 vagas e não exige experiência prévia. O aluno aprenderá os fundamentos do ritmo do samba e aprenderá a tocar instrumentos de uma bateria de escola de samba, como tamborim, surdo, tarol e repinique. Será ministrada pelo Mestre Wesley Assupção. São duas aulas por semana.
Oficina de Dança do Samba
São 20 vagas e não exige experiência prévia. Para homens, mulheres e transgêneros. Serão ensinados os fundamentos da dança do samba, as técnicas utilizadas por passistas em desfiles, o samba miudinho e o de salão, entre outras variações. Duas aulas por semana.
Oficina de Capacitação de Agente Cultural
São 20 vagas, distribuídas em duas turmas, e não exige experiência prévia. Apenas dois pré-requisitos: ter idade mínima de 16 anos; ter ensino fundamental. Haverá prioridade para afrodescendentes, moradores de entorno do Museu do Samba e comunidades vulneráveis e empreendedores da cadeia produtiva das rodas de samba e Carnaval. Os participantes terão oficinas sobre elaboração de projetos culturais, leis de incentivo à cultura, gestão de projetos, técnicas de venda, economia da experiência, discurso de venda, empreendedorismo no samba e no Carnaval, entre outros temas. Carga horária de 30 horas, distribuídas em 10 aulas, uma vez por semana.
Programa Samba na Sala de Aula
São 50 vagas, divididas em duas turmas. O candidato deve ser professor em exercício; a prioridade será para professores da rede pública de ensino, mas professores da rede privada podem se candidatar. O programa terá o formato de palestras, sendo quatro no total, com 2h30min de duração cada. O conteúdo abordará os seguintes temas: “Samba: Patrimônio e Luta Antirracista”; “Mulheres no Samba: Vozes e Resistência”; “Samba e Identidade Nacional”; e “Práticas Culturais Antirracistas”.
Fafá de Belém, a cantora Naieme e a atriz Dira Paes vão desfilar no carro abre-alas da Grande Rio, no carnaval de 2025. As artistas paraenses irão representar as princesas turcas que, segundo as narrativas de matriz oral dos terreiros do Pará, se ajuremaram na Amazônia, são reverenciadas pelo Tambor de Mina e viraram tema de carimbós. Fafá de Belém será Mariana, a primogênita; Dira Paes interpretará Herondina, que se transforma em onça; e Naieme será Jarina, a irmã mais nova.
Assinado pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, em parceria com a pesquisadora paraense Rafa Bqueer, o enredo promete mergulhar em tradições culturais do Pará, trazendo à tona o universo místico do Tambor de Mina e a potência rítmica e visual do carimbó. A música “Quatro Contas”, de Dona Onete, serve de ponto de partida para o contar de uma história que celebra as entidades encantadas, passando pelas pororocas, que, na visão do enredo, são um fenômeno mágico que ocorre no encontro entre o rio e o mar. Nas doutrinas do Tambor de Mina, as princesas são chamadas de pororocas, uma vez que protegem a maior floresta do mundo.
A tricolor de Caxias será a penúltima escola a desfilar na terça-feira de carnaval, apresentando o enredo “Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós”.
Um dos momentos mais aguardados nas vésperas do carnaval é, sem dúvida, o ensaio técnico das escolas de samba no Sambódromo. Esses treinos, tradicionais entre os amantes da festa, servem como um aquecimento para o grande espetáculo que terá início no dia 28 de fevereiro de 2025. Para a alegria dos foliões, os esperados ensaios técnicos na Marquês de Sapucaí tiveram início no último final de semana, com a participação de três escolas do Grupo Especial no sábado e quatro na Série de Ouro no domingo. E o melhor: a entrada sempre gratuita! O CARNAVALESCO foi ouvir os foliões que prestigiaram o primeiro final de semana de ensaios.
“Os ensaios gratuitos são maravilhosos! É super emocionante estar aqui para apoiar minha escola. Hoje eu desfilei e agora estou aqui assistindo. É muito maravilhoso! Trouxe muita coisa para comer e beber e ainda estou com a minha avó de 95 anos. É muita emoção! Estou aproveitando essa grande oportunidade”, disse Fernanda Oliveira, torcedora da Mocidade Independente de Padre Miguel.
Fernanda Oliveira, torcedora da Mocidade Independente de Padre Miguel
Como é de costume, os setores da Sapucaí ficaram repletos de amantes do samba neste primeiro final de semana, e a expectativa é que nos próximos não seja diferente.
“Sou baiana da Unidos de Padre Miguel! Esses ensaios gratuitos são incríveis. Poder trazer comida e bebida de casa torna tudo ainda melhor. Eu amo tudo isso. Hoje já passei por duas escolas e agora estou aqui, apenas curtindo e aguardando o desfile da Mocidade. Minha comida e bebida estão ali em cima, com familiares e amigos”, disse Jaqueline de Jesus, que desfila de baiana em quatro escolas.
É contagiante ver a euforia dos foliões. Famílias com crianças, amigos e até pessoas que vão sozinhas acabam fazendo amizades no local.
Jaqueline de Jesus, desfila de baiana em quatro escolas
“Os ensaios técnicos são uma paixão, uma maravilha! Amei, está perfeito! Poder levar o que comer é, sem dúvida, uma das melhores partes”, afirmou Edna Maria, entusiasmada com a festividade.
“Eu acho os ensaios gratuitos incríveis, porque muitas pessoas não têm condições de comprar aqui, então precisam trazer de casa para aproveitar as apresentações à vontade. Venho poucas vezes, às vezes estou aqui, outras em Brasília, mas amo estar aqui, este é o meu lugar favorito”, garantiu Denina, de 77 anos.
Denina, de 77 anos, diz que Sambódromo é seu lugar favorito
O público poderá acompanhar gratuitamente 12 escolas do Grupo Especial e 16 da Série Ouro, afinando seus passos rumo ao Carnaval 2025. Uma das novidades deste ano é que as escolas do Grupo Especial farão dois ensaios cada.
E ainda há quatro finais de semana de ensaios pela frente! Alô, sambistas, vocês não podem perder!