O coreógrafo Luiz Romero, responsável pela comissão de frente do Camisa Verde e Branco, revelou os detalhes do trabalho que promete emocionar o público no desfile do Grupo Especial deste ano. Com uma homenagem ao ícone da música brasileira, Cazuza (1958-1990), a agremiação da Barra Funda aposta na trajetória do artista, desde a infância até o auge nos anos 1980, para cativar o Anhembi. Em entrevista ao CARNAVALESCO, Romero, que está em seu terceiro carnaval pela escola, falou sobre os desafios e expectativas de comandar a comissão de frentе.
“O Cazuza é um tema que transpira emoção e força. Queremos contar não só a história do artista, mas da paixão que o moldou”, afirmou.
Do acesso ao Especial à aposta em grandes tripés
Romero chegou à agremiação às vésperas do Carnaval 2023, quando o Camisa Verde conquistou o acesso ao Grupo Especial. Desta vez, porém, o trabalho começou desde o início, com mais recursos. “Em 2023, assumi faltando 15 dias para o desfile. Agora, temos um tripé grandioso, o que amplia as possibilidades coreográficas. Estamos ensaiando sem parar desde agosto para criar um espetáculo à altura do legado do Cazuza”, explicou.
A comissão de frentе promete ser um dos pontos altos: a coreografia mostrará o artista como criança, interpretada por um jovem dançarino, e sua transformação em um dos maiores nomes da MPB. “A criança é meu trunfo. Ela é a chave para conquistar o Anhembi e fazer o público se conectar com a essência do Cazuza”, revelou Romero.
Samba-enredo como arma emocional
O coreógrafo também elogiou o samba-enredo, que traz melodia e letras capazes de envolver o público. “Lucinha [Araújo, mãe de Cazuza] teve participação na escolha, mas o samba é melódico, gostoso de dançar e cheio de sentimento. Vai trazer energia e fazer todo mundo cantar junto”, destacou.
Com referências visuais aos anos 1980, figurinos clássicos e uma narrativa que mescla vulnerabilidade e força, a escola promete um desfile que vai além do espetáculo. “Não queremos apenas entreter, mas tocar o coração de quem está na avenida. Cazuza vive em sua música, e isso estará vivo em cada passo”, concluiu Romero.
O Camisa Verde e Branco desfila no Sambódromo do Anhembi no dia 28 de fevereiro, encerrando a primeira noite do Grupo Especial paulistano.
Conhecida como a Faculdade do Samba, a Barroca Zona Sul prepara-se para celebrar uma década e um ano de liderança do mestre de bateria, Fernando Negão, que comanda a “Tudo Nosso” desde 2014. Em entrevista ao CARNAVALESCO, o sambista revelou detalhes sobre os desafios, parcerias e o ambicioso objetivo de alcançar a nota 40 no quesito no próximo carnaval.
Fernando Negão chegou à escola em 2014 ao lado do irmão, Acerola de Angola, com quem trabalhou até 2020. Desde então, segue à frente da agremiação, consolidando uma trajetória marcada por amor e dedicação.
“É uma vida entregue à Barroca”, destacou o mestre, que não esconde o orgulho pelo samba-enredo de 2025, já considerado um dos melhores do ano. “O samba está maravilhoso, e graças a Deus temos compositores talentosos. Queremos que a bateria esteja no mesmo nível dessa obra”, afirmou.
Parcerias e preparação para a vitória
Negão destacou a sintonia com os intérpretes da escola, incluindo a estreia de Dodô no carro de som e a experiência de Cris, já consolidado na ala musical. “Estamos nos entendendo super bem. Temos feito reuniões, muitos ensaios e ajustes para chegar onde queremos”, explicou.
O caminho, no entanto, exige superação. No último Carnaval, a “Tudo Nosso” obteve 29.9 pontos, abaixo da almejada nota máxima. “Foi uma frustração, mas este ano estamos focados. Formalizamos novas bolsas de estudo para os ritmistas, ensaiamos com fé e muito trabalho. A bateria está mais consistente”, garantiu o mestre, que aposta em empenho coletivo para a “volta por cima”.
Objetivo claro: os 40 pontos
Com ensaios intensos e planejamento estratégico, a meta é clara: “Queremos os 40 pontos. Estamos no caminho certo, e não vamos medir esforços”, declarou Negão, reforçando o compromisso de honrar a tradição da Barroca.
Enquanto a escola se prepara para desfilar em 2025, a história de Fernando Negão e da “Tudo Nosso” segue como um legado de resistência e paixão pelo samba – prova de que, na Faculdade do Samba, a aula nunca termina.
O CARNAVALESCO divulga a terceira lista dos sambas-enredo mais ouvidos do Grupo Especial do Rio para o Carnaval 2025. Vamos utilizar como fonte o Spotify. A nossa próxima atualização será no dia 10 de fevereiro. Veja como está a lista abaixo de audições.
Um dos principais coreógrafos de comissão de frente da história do carnaval, Fábio de Mello, faleceu nesta terça-feira, em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro. A causa não foi informada.
O artista comandou a comissão de frente da Imperatriz Leopoldinense de 1992 até 2007, voltando depois em 2015. Na escola conquistou cinco títulos. Ele passou também pela Viradouro, Mocidade e Beija-Flor. Veja abaixo a nota da Imperatriz.
“O G.R.E.S Imperatriz Leopoldinense, em nome da presidente Catia Drumond e de toda sua diretoria e segmentos, vem a público lamentar profundamente a morte do renomado coreógrafo Fábio de Mello. Responsável por históricas comissões de frente de nossa agremiação, Fábio revolucionou o quesito nos anos 1990 na Marquês de Sapucaí. O mesmo garantiu por 11 anos consecutivos notas dez para a verde, branco e dourado, fazendo dele um dos maiores e mais celebrados artistas de todos os tempos.
O trabalho irretocável de Fábio, numa parceria memorável com a carnavalesca Rosa Magalhães, fez dele um dos maiores vencedores do Estandarte de Ouro no Carnaval [6 estandartes pela Imperatriz] além do mesmo, com seu estilo próprio, contribuir com 5 dos 9 campeonatos da Rainha de Ramos. (1994-1995-1999-2000-2001)
A Imperatriz, e o Carnaval, maior manifestação cultural de nosso país, agradecem e honram a arte de Fábio de Mello. Uma perda irreparável, de um artista que jamais será esquecido e merecerá para sempre os aplausos por seu legado. Fica aqui registrado o nosso carinho e forças aos familiares, amigos e fãs”.
O intérprete Ito Melodia vive um momento especial à frente do carro de som da Unidos da Tijuca. Em entrevista ao CARNAVALESCO, ele falou sobre a emoção de comandar o microfone principal da escola em 2025, destacando a importância de celebrar a cultura africana e a figura de um orixá querido pelo público.
“A experiência está sendo maravilhosa, estou muito feliz. Tenho que agradecer muito ao presidente Fernando Horta por esse segundo ano consecutivo, por essa oportunidade”, afirmou Melodia.
O enredo deste ano, que homenageia Logun Edé, tem um significado especial para o cantor. “Desta vez, é especial poder falar de uma religião, de uma matriz africana, de um rei muito querido por todos. Esse rei está aqui, na Tijuca, e poder celebrar isso, resgatar essa energia, essa garra, emoção e paixão, é algo muito importante, especialmente com tudo que está acontecendo no nosso país”, ressaltou Ito.
Para ele, o carnaval vai além da festa: “É uma grande escola, e a presença desse rei na Unidos da Tijuca está sendo fundamental”.
Sobre sua estreia na escola em 2024, Melodia não escondeu a satisfação. “Foi incrível! Independente da colocação da escola, a recepção que tive foi fantástica. A Tijuca é uma escola leve de se trabalhar, me aceitaram muito bem”, disse. Ele ainda revelou que pediu ao presidente da agremiação para se integrar ainda mais ao projeto. “Neste ano, pedi ainda mais, pedi ao presidente para que eu possa me incorporar de verdade à escola, para dar 100% de mim nesse projeto”.
Outro ponto destacado por Ito Melodia foi a sintonia com o carro de som da Tijuca. “O carro de som é formado por grandes profissionais. Temos cantores que vêm de diferentes escolas, seja do Grupo de Acesso ou do Grupo Especial. Essa união facilita muito o nosso trabalho. Temos uma conexão perfeita, conversamos muito e existe um grande respeito entre a base e o cantor oficial. Isso faz com que nosso carro de som esteja entre os melhores do Rio de Janeiro”, garantiu.
Melodia também destacou o talento dos cantores que o acompanham. “Todos cantam muito bem, a afinação é impecável, e eu sou muito feliz por ter esses parceiros cantando ao meu lado”. E, com um olhar para o futuro, ele reconheceu a importância de preparar a próxima geração. “E, claro, um dia eu vou ter que parar, e eles estarão prontos para assumir”.
Com um enredo emocionante para comunidade, uma equipe afinada e a alegria de Ito Melodia à frente, a Unidos da Tijuca luta para resgatar seus melhores momentos e voltar ao protagonismo no Grupo Especial do Rio de Janeiro.
A Liga RJ anunciou o cronograma de vendas das frisas para os desfiles da Série Ouro 2025, que acontecerão nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, na Marquês de Sapucaí. O processo terá início no dia 3 de fevereiro, com as reservas sendo feitas exclusivamente pela internet, através do site www.reservafrisaligarj.com.br. O pagamento deverá ser feito à vista, nos dias 12 e 13. Os interessados devem seguir o cronograma definido:
3 de fevereiro: Início das reservas online no site oficial.
11 de fevereiro: Divulgação da lista de contemplados pelo telefone (21) 3190-2100.
12 e 13 de fevereiro: Pagamento presencial das frisas reservadas, exclusivamente na Rua da Alfândega, 25 – Lojas B e C, no Centro do Rio, das 10h às 16h.
As frisas comportam até seis pessoas. Os valores variam conforme o setor e a fileira:
Setores 2 a 11:
Fileira A: R$ 1.700,00
Fileiras B, C e D: R$ 1.200,00
Para o Carnaval 2025, as escolas que vão desfilar na sexta-feira (28/02) serão Botafogo Samba Clube, Arranco, Inocentes de Belford Roxo, Unidos da Ponte, Estácio de Sá, União de Maricá, Em Cima da Hora e União da Ilha do Governador. Já no dia seguinte, 1º de março, passarão pela Sapucaí Tradição, União do Parque Acari, Vigário Geral, Unidos de Bangu, Porto da Pedra, São Clemente, Acadêmicos de Niterói e Império Serrano.
Por Lucas Sampaio (Colaboraram Gustavo Lima, Naomi Prado, Nabor Salvagnini e Will Ferreira)
A Imperatriz da Paulicéia realizou neste sábado seu único ensaio técnico previsto no Sambódromo do Anhembi em preparação para o desfile no carnaval de 2025. A comissão de frente diferente dos padrões para o grupo chamou a atenção no treinamento da escola, que fechou os portões após 45 minutos na Avenida. A Azul e Branca será a segunda a se apresentar pelo Grupo de Acesso 2 com o enredo “Eu queria que essa fantasia fosse eterna”, assinado por uma comissão de carnaval.
Ensaiada pelo coreógrafo Diego Ferraz, a comissão de frente da Imperatriz realizou uma apresentação com duração de duas passagens do samba. Um tripé em forma de um arco bem alto parecia fazer a função de introduzir os personagens na viagem pretendida pela escola, apresentando de forma teatral o ciclo de uma escola de samba ao longo de todo um ano de trabalho. Pessoas interpretando o que pareciam ser de fato diferentes segmentos de uma agremiação interagiam, com direito a um casal de mestre-sala e porta-bandeira que interagiam com outros atores no tradicional beijo ao pavilhão. No final da dança, todos os componentes se abraçavam, dando a entender que se tratava do encerramento de um ciclo.
Tendo conhecimento do enredo da escola, a coreografia que parece simples ganha um significado profundo. Ainda há pontos que a coreografia pode melhorar para chegar no dia do desfile ainda mais afiada, mas o sentimento transmitido foi de uma agradável nostalgia que certamente agradará os apaixonados por carnaval mais atentos.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O primeiro casal da Imperatriz, formado por Ronaldo Ferreira e Leila Cruz, encarou alguns desafios com o vento que se fez presente no começo do dia de ensaios. Na área do primeiro módulo de jurados, o pavilhão da escola enrolou em duas oportunidades. No decorrer da pista, a dupla teve bom desempenho e cravou seus movimentos onde foram observados.
Harmonia
O canto da comunidade da Paulicéia pode melhorar até o dia dos desfiles. Muitas alas demonstravam pouca empolgação no andamento geral da pista, elevando o vigor do cantar do samba só quando chegavam nos módulos de jurados, indicando uma falta de espontaneidade dos desfilantes. A ala das baianas foi um destaque positivo, se mostrando mais ativa mesmo fora dos pontos de julgamento.
Evolução
Outro destaque positivo no ensaio, a evolução da Imperatriz se comportou bem nos pontos da pista em que foram observados. O fechar dos portões após 45 minutos mostram que a escola ainda tem margem para dar mais liberdade aos desfilantes para brincarem o carnaval sem maiores preocupações.
Samba-Enredo
Com o carro de som liderado pelo intérprete Tiganá, o samba da Imperatriz teve um desempenho morno no ensaio. A ala musical não teve êxito em atiçar os componentes, mesmo os próximos ao carro de som, a cantarem o samba de forma mais animada, mantendo o desempenho burocrático da harmonia já citado. Uma melhor sintonia com a bateria aliado a mais interação com o público pode contribuir positivamente para passar uma boa impressão no dia do desfile.
Outros Destaques
E que destaque! Ariê Suyane, eleita Rainha do Carnaval de São Paulo de 2025 na noite anterior, comandou seus súditos da “Swing da Paulicéia” mais animada do que nunca. Com a faixa conquistada no concurso da Côrte do Carnaval, Ariê levantou o público por onde passou e abrilhantou o bom desempenho da bateria comandada pela mestra Rafa, que arriscou animadas bossas que podem ser um trunfo da Imperatriz para levantar os desfilantes e as arquibancadas no dia do desfile oficial.
Abrindo os ensaios de bateria da semana, a Vila Isabel reuniu a “Swingueira de Noel”, sob o comando do mestre Macaco Branco, para seu ensaio no Sambódromo, na última segunda-feira. Acompanhados de Tinga e do carro de som da escola, os ritmistas treinaram pela pista do setores finais da Avenida tendo a presença do presidente Luizinho Guimarães, da rainha de bateria, Sabrina Sato, e do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, Marcinho e Cris Caldas.
Mestre Macaco Branco, comandante da bateria da Azul e Branca, falou ao CARNAVALESCO sobre a importância de ensaiar na Passarela do Samba somente com os ritmistas da escola.
“É muito importante a gente trazer para o campo de jogo, ver a sonoridade aqui da avenida. Claro que vai ter uma diferença, porque a arquibancada está vazia, mas para ter uma noção de que o som é mais aberto, reunir todos os ritmistas, estar trabalhando isso, é muito importante para agregar mais no nosso trabalho”, destacou Macaco Branco, que completou: “A gente fez três bossas, que vai ser o que a gente vai levar para a Avenida. No dia vamos ter surpresas, até na nossa vestimenta e coisas que vão acontecer dentro da bateria. É isso, não posso dar muito spoiler, porque senão vai entregar um pouco. Mas pode esperar uma bateria bem alegre, com os arranjos bem encaixados dentro da melodia, da métrica do samba, respeitando o samba, o andamento perfeito para o samba, para poder fazer um grande desfile e ajudar a nossa Vila Isabel a brigar pelo título”.
Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO
Moisés Carvalho, diretor de carnaval, também comentou da importância do ensaio de bateria para a escola, destacando o espaço da Sapucaí em comparação ao do Boulevard, onde ocorrem os ensaios de rua da Vila.
“Faz parte do processo esse ensaio de bateria no Setor 11. É hora que o Macaco tem de montar a bateria como vai ser de afinar esse entrosamento junto com o carro de som. Lá em Vila Isabel, a gente tem a 28 de Setembro muito estreita e não consegue fazer a formação de como a bateria é na Avenida. Acho que é mais um passo para essa conquista tão importante que a Vila está buscando”, disse o diretor.
“É sempre maravilhoso. A gente chega aqui pra fazer o nosso melhor, tentar ajustar tudo antes do carnaval. A gente vai lutar para chegar no dia do desfile e estar tudo perfeito e fazer um grande desfile, se Deus quiser”, comentou Tinga, intérprete da escola, ao falar com o CARNAVALESCO, sobre o ensaio da bateria e do carro de som na Avenida.
Carinho do Povo de Noel
Sabrina Sato, rainha da bateria, esteve presente no ensaio, e falou ao CARNAVALESCO sobre a sua relação com a Swingueira de Noel e um agradecimento a tudo que a escola proporciona a ela e ao carinho da comunidade.
“É uma relação já muito antiga. Eu cheguei na Vila em 2010, e eu aprendi muito, eu aprendo a cada dia, e nunca deixei de aprender na Vila Isabel, é uma relação de muito amor e gratidão, que eu tenho pela Vila, pela comunidade, pelo Macaco. Eu casei, meu casamento era só família, e claro que a Dandara e o Macaco estavam presentes. A Vila Isabel transformou a minha vida por completo. Quando eu estou na quadra da Vila, quando eu estou aqui, é como se eu tivesse em uma extensão da minha casa, eu me sinto tão amada quanto eu me sinto na minha casa. Sabe aquilo de você poder ser você, não ter filtro, poder falar o quê quiser, se jogar e se sentir à vontade”, comentou Sabrina.
“Na Vila Isabel eu me sinto tão amada, na quadra da Vila, nos ensaios, na feijoada, em todos os lugares eu sinto um carinho, um amor como se eu tivesse na minha própria casa. É um carinho que parece que só minha família tem por mim, então isso não tem preço. Acho que vou passar a minha vida inteira tendo que agradecer a Vila Isabel. E acho que eu vou desfilar para sempre na Vila, vou só mudando, uma hora eu vou empurrar carro, outra hora eu vou vir na velha-guarda, eu só vou mudando, mas eu vou estar sempre na Vila”, encerrou ela ao destacar o carinho que a comunidade do Povo de Noel tem com ela.
Tinga e Macaco Branco também comentaram sobre o carinho da comunidade de Vila Isabel para com eles, ressaltando o sentimento de união que isso causa.
“É o carinho de sempre, deles por mim, e de mim para eles. Então é recíproco. A gente está aqui desde criança, desde cedo na escola, começamos na Herdeiros da Vila, e aqui todo mundo se conhece pelo nome, é uma família mesmo, então estamos sempre juntos e fazendo o melhor pela nossa escola”, pontuou Tinga.
“É muito gratificante, é só a gente ver quando começa o ensaio lá em junho já tem 300 ritmistas, 350 que já desfilaram, e que vão querer desfilar e a galera nova vindo para querer fazer parte, então isso é um parâmetro de que aqui é uma grande família. Todo mundo aqui é amigo desde a infância, nossa comunidade, Morro dos Macacos, nosso bairro de Noel, está todo mundo aí. E quem é nascido e criado em Vila Isabel e que foi morar em outros lugares, mas vem de longe, às vezes, para participar do nosso ensaio. Isso é muito gratificante”, explicou o mestre Macaco Branco.
Rendimento do samba de 2025 na Sapucaí
Por fim, o CARNAVALESCO perguntou aos entrevistados sobre o que esperar do rendimento do samba de 2025 da agremiação.
“Eu espero que o samba seja bem leve e bem alegre porque é um samba com a temática que, por mais que fale de assombração, ele é totalmente ao inverso do que está se falando. Ele é para trazer alegria, irreverência e fazer a Vila brincar carnaval e se Deus quiser, conseguir trazer mais uma estrela pro nosso pavilhão”, falou Macaco Branco, destacando a leveza e animação do hino da escola.
“A gente tem visto esse rendimento já na 28 de Setembro, e acho que não vai ser diferente aqui na Marquês de Sapucaí. É um samba que vem crescendo, que a gente escolheu por saber que ele vai funcionar e a gente acredita muito que o samba vai explodir na avenida”, comentou Moisés Carvalho.
Por fim, Tinga salientou sobre como a obra da escola para o próximo carnaval conta bem o enredo da Vila Isabel e que ele espera que ela contagie quem estiver assintindo.
“Não vai ter melhor, não. Acho que o nosso samba vai ser uma explosão de alegria, um samba muito fácil. É um samba que conta a história do enredo. Com certeza, um samba muito alegre que vai vibrar e vai fazer essa arquibancada balançar”, encerrou o intérprete.