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Salgueiro 2020: entrega de fantasias começou nesta terça

Faltando 13 dias para o desfile no qual vai contar a trajetória dos 150 anos de Benjamin de Oliveira, os Acadêmicos do Salgueiro começaram nesta terça, a entregar as fantasias das alas da comunidade. A escola, que será a terceira a desfilar no dia 24 de fevereiro buscando o sonhado décimo campeonato, encara uma verdadeira maratona comandada pela equipe de Harmonia de Jomar Casemiro até o dia 18.

fantasias salgueiro1

“Vamos para a luta, sempre fazendo o nosso melhor para a comunidade e todos os componentes do Salgueiro. O Alex está preparando um carnaval de altíssimo nível dentro de mais um ano sem patrocínio. Mas garanto que, ainda assim, vamos para a briga porque esse campeonato já passou do tempo de vir”, comentou Jô.

fantasias salgueiro2

Confira o calendário para entrega das fantasias com dias e horários.

11 de fevereiro (terça-feira)
ALA 17 às 15h
ALA 08 às 17h
ALA 18 às 19h

12 de fevereiro (quarta-feira)
ALA 29 às 15h
ALA 12 às 17h
ALA 16 às 19h

14 de fevereiro (sexta-feira)
ALA 14 às 15h
ALA 06 às 17h
ALA 15 às 19h

15 de fevereiro (sábado)
ALA 21 às 10h
ALA 24 às 12h
ALA 23 às 14h
ALA 28 às 16h
ALA 03 às 18h

17 de fevereiro (segunda-feira)
ALA 26 às 15h
ALA 05 às 17h
ALA 20 às 19h

18 de fevereiro (terça-feira)
ALA 04 às 15h
ALA 30 às 17h

Os componentes deverão apresentar-se no barracão da escola na Cidade do Samba, munidos de documento de identidade. O calendário de atividades da vermelho e branca contempla, ainda dois ensaios de comunidade antes do desfile oficial, os quais acontecem nesta quinta-feira e domingo, respectivamente no Morro do Salgueiro e na Conde de Bonfim.

Crivela visita Sambódromo e diz: ‘Está muito mais iluminado, seguro e confortável’

    O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, vistoriou nesta terça-feira as obras no Sambódromo, na Marquês de Sapucaí, em companhia do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. A obra, que atende às exigências do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público, mobilizou a Riotur, a RioUrbe e Rioluz. Foram cerca de 200 funcionários das três empresas públicas municipais envolvidos no processo.

    crivella sambodromo1

    “O Sambódromo está nas melhores condições das últimas décadas. Nós fizemos uma reforma enorme, 36 mil metros quadrados de arquibancadas foram reformados e pintados. Nós trocamos 89 quadros elétricos e 500 refletores. Uma obra cujos recursos vieram do Ministério do Turismo, e o povo do Rio de Janeiro agradece. Foram mais de R$ 8 milhões empregados aqui, e isso garante a todas as pessoas que vierem para as festividades um conforto muito maior. E há a questão da segurança também, porque nós duplicamos as vias de escape. O Sambódromo está hoje muito mais iluminado, muito mais seguro, muito mais confortável”, afirmou Crivella.

    Esta foi a segunda vez que o ministro do Turismo visitou o espaço. A primeira foi em 13 de dezembro de 2019, quando ele garantiu o financiamento dos recursos para as obras. Foram R$ 8,1 milhões, que resultaram também na troca de toda a sinalização de incêndio e pânico.

    “É um prazer retornar ao Sambódromo. Estive aqui no início das obras. É um Sambódromo com segurança, para que a população possa curtir este momento ímpar, que é o Carnaval no Rio de Janeiro. É o Governo Federal, em parceria com a Prefeitura, entregando uma obra muito rápida, eficiente e muito bem feita. O povo ganha do Rio de Janeiro com essa reforma ampla, que nunca houve na história do Sambódromo”, afirmou o ministro do Turismo.

    Está prevista um vistoria do Corpo dos Bombeiros nas obras do Sambódromo entre quarta-feira e sexta-feira.

    Unidos da Ponte encerra temporada de ensaios de rua nesta quinta-feira

    A Unidos da Ponte realiza nesta quinta-feira, o seu último ensaio de rua antes do desfile oficial. A agremiação convoca todos os segmentos e componentes para tingir as ruas de São João de Meriti de Azul e Branco. O treino acontece às 20h, com concentração em frente a 64DP.

    “Tivemos bons ensaios, a comunidade está cantando o samba e pronta para a avenida. O último ensaio será apenas para fazer os ajustes finais em busca de todas as notas 10 na Sapucaí” revelou o intérprete Leandro Santos.

    Ensaio Unidos da Ponte 3 1 1
    FOTOS: ALEX SANDRO GARDEL

    A Unidos da Ponte tem como enredo “Elos da Eternidade”, do carnavalesco Lucas Milato. A escola será a 3ª agremiação a desfilar na sexta-feira de carnaval, pela Série A, na Marquês de Sapucaí.

    Serviço
    Último ensaio de Rua da Unidos da Ponte
    Dia: 13 de fevereiro
    Horário: 20h
    Local: Em frente a 64DP – Av. Dr. Arruda Negreiros – São Mateus

     

    Ao vivo: intérpretes do Grupo Especial do Rio na Rádio Mania

      Vídeos e fotos: Portela na Cidade do Samba

      Sambódromo não terá telões nas arquibancadas no Carnaval 2020

        Durou apenas um ano os telões no alto das arquibancadas da Marquês de Sapucaí. Como não houve apoio financeiro para a instalação, a iniciativa não poderá ser utilizada novamente. A medida fez tanto sucesso e foi muito elogiada pelo público no Carnaval 2019.

        teloes sapucai

        Sendo assim, o Sambódromo terá apenas os telões tradicionais instalados na área de concentração do Setor 1 e na parte final da pista, próximo da Praça da Apoteose, para quem fica nas arquibancadas dos setores 12 e 13.

        Nos desfiles do ano passado, os telões transmitiam todas apresentações das escolas de samba. A Avenida teve oito equipamentos de LED. Nos intervalos eram exibidas imagens do Rio de Janeiro.

        De olho nos quesitos: o que os jurados puniram em fantasias nos últimos cinco anos

          Dando sequência à série de reportagens ‘De olho nos quesitos’, o site CARNAVALESCO se debruçou sobre as justificativas dos últimos cinco anos em fantasias. Para avaliar os figurinos em um desfile de escola de samba o julgador precisa observar diversos parâmetros. O quesito é subdividido em concepção (4,5 a 5,0 pontos) e realização (4,5 a 5,0).

          fantasias

          Na concepção ele observa a proposta da mensagem intencionada pelo carnavalesco. E na realização ele precisa verificar se aquilo que está exposto no livro abre-alas bate com o que está passando na avenida, além de conferir qualidade, acabamento e beleza das alas que precisam estar adequadas ao enredo proposto.

          No aspecto da concepção está um dos grandes gargalos do quesito. A leitura de uma fantasia é basicamente a sua facilidade de assimilação e entendimento pelo público. Por isso, além de estar bem acabada e possui certa beleza estética, o figurino precisa estar de fácil entendimento sobre sua representação.

          Desde 2015 a falta de leitura sempre apareceu nas justificativas, nem que seja uma vez. A julgadora Regina Oliva, uma das mais experientes do quesito, vem alertando para a falta de leitura de alguns figurinos. Como, por exemplo, no desfile da Mangueira de 2015 (“fantasias dos guardiões do mestre-sala e porta-bandeira sem nome e descrição, prejudicando seu entendimento”); Beija-Flor de 2016 (“em várias fantasias faltavam elementos identificadores do enredo”). Como se vê não basta um figurino com profusão de materiais, reunião de plumas, faisões e outros insumos caros, se a mensagem tiver seu entendimento prejudicado.

          Outro aspecto que se pode constatar no levantamento do julgamento de fantasias é que a concepção é pouco julgada. Em que pese que baste o jurado compreender aquilo que está diante de seus olhos, ele não questiona a intenção do carnavalesco. Por isso é comum a nota 5,0 em concepção e as punições virem em realização.

          Ainda no aspecto da concepção das alas, além da falta de leitura, os julgadores exigem que aquilo que está explícito no livro abre-alas esteja fielmente representado na avenida. Em diversas oportunidades essa diferença entre o protótipo e sua realização fazem as escolas perderem ponto, como nos exemplos abaixo:

          – Tuiuti 2017: “ala 03: das cinco fantasias propostas, apenas uma foi para a avenida, empobrecendo a leitura da ala” (Desirée Bastos).

          – Beija-Flor 2018: “não foi identificado o elemento ‘mola de dinheiro’ que é descrito no livro abre-alas” (Paulo Paradela)

          – Império Serrano 2019: “Ala 11 – em sua proposta inicial (abre-alas) consta um costeiro, o qual completaria a caixa surpresa (tampa). Além de não ter sido apresentado, alguns componentes estavam sem a segunda pele (branca) da indumentária. Houve também a ausência dos calçados adequados” (Gerson Martins).

          No que tange ao sub-quesito realização, as falhas de acabamento, indumentária caindo, volumetria exagerada de figurinos, além de falta ou excesso de materiais na mesma fantasia são os aspectos mais apontados pelos jurados como passíveis da perda de décimos. É de suma importância que os figurinos passem por todos os módulos de julgamento no mais perfeito estado. No caso contrário, segundo o levantamento de nossa reportagem as agremiações serão punidas.

          Aspectos mais citados pelos jurados em fantasias desde 2015:

          – falta de leitura de figurinos;
          – falta de elementos presentes no livro abre-alas;
          – elementos danificados ou com acabamento mal feito;
          – excesso de informação e materiais;
          – volumetria excessiva, comprometendo visualização do conjunto;
          – falta de apuro estético

          Unidos de Padre Miguel realiza último ensaio de rua sexta-feira

          Finalizando os trabalhos nos carros alegóricos e com as fantasias prontas para entrega, a Unidos de Padre Miguel irá realizar na próxima sexta-feira, seu último ensaio de rua na Guilherme da Silveira, em Padre Miguel. Com concentração a partir das 22h, a direção convoca toda comunidade e segmentos da Vermelha e Branca para o último treino de 2020.

          “Começamos os nossos ensaios em outubro e foram quatro meses de trabalho intenso, fortalecendo o canto e a harmonia de nossa escola. Sexta faremos nosso último ensaio com a sensação de dever cumprido. Nossa escola é forte e está muito unida. Esta semana começaremos a entrega das fantasias e estamos concluindo os trabalhos no barracão. A Unidos vem forte para brigar pelo título” concluiu o diretor de carnaval, Cícero Costa.

          Primeiro Casal
           

          A Unidos de Padre Miguel será a sexta escola a desfilar na Marquês de Sapucaí no sábado de carnaval com o enredo “Ginga” que contará a história da Capoeira.

          Tia Surica faz tatuagem da Portela: ‘É o amor no corpo, alma e coração’

          Por Victor Amancio

          Portelense de alma, coração e, agora, no corpo também. Tia Surica, a grande matriarca portelense, tatuou em seu braço esquerdo a águia, símbolo da azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira e as palavras ‘Matriarca da Portela’.

          Ao site CARNAVALESCO, ela falou sobre a decisão de fazer a tatuagem.

          “Tinha vontade de fazer há muito tempo, mas tinha o receio. Surgiu a oportunidade e fui fazer na sala de um dos vencedores do samba-enredo”, contou.

          tia surica

          Perguntada se sentiu dor, Tia Surica brincou e ressaltou que o importante foi ter seu amor tatuado no corpo.

          “Não é uma dor desesperante. É uma agulhinha. Estou muito satisfeita. É o amor da minha escola tatuado no meu corpo, alma e coração”.

          Série Barracões da Série A: Ponte aposta na renovação ao levar eternidade para Avenida em 2020

          Por Diogo Sampaio

          Ao fazer uma releitura do clássico “Oferendas” no último carnaval, a Unidos da Ponte apostou no talento dos estreantes Guilherme Diniz e Rodrigo Marques, superou um temporal na pista e conseguiu garantir sua permanência na Série A, depois de passar 12 anos longe do palco principal da festa. Para 2020, a escola novamente deposita suas fichas em um novato na Marquês de Sapucaí, porém um velho conhecido da azul e branca de São João de Meriti: o carnavalesco Lucas Milato.

          Responsável por assinar o enredo “Romance de Xangô: A Dança do Fogo”, que garantiu o campeonato da Série B em 2018, o artista regressa para agremiação com o objetivo de galgar posições ainda maiores que o décimo lugar do ano passado. Para a reportagem do site CARNAVALESCO, Milato contou como foi o convite para retornar à Ponte:

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          “Sempre tive uma relação muito boa com a direção da escola e com a comunidade. Ano passado, a gente não continuou a parceria por algumas divergências de opinião e de ideias, mas saímos de bem, tanto eu com a escola, quanto a escola comigo. Esse ano pintou a oportunidade de retomarmos o casamento e cá estamos nós”, relatou de forma sucinta.

          Diante de uma das mais acentuadas crises do carnaval carioca, com o completo corte do repasse de verba oriunda da Prefeitura do Rio, tem se tornado corriqueiro a aposta de escolas em novos e jovens nomes, como o próprio Milato. Sobre a experiência de estrear no Sambódromo em meio a esse cenário adverso, Lucas Milato garantiu não se intimidar.

          “As escolas estão apostando em nomes novos e são pessoas que querem muito mostrar seu trabalho. A partir do momento que você traz um nome novo, obviamente que a pessoa vai acabar vindo com uma vontade maior de fazer um trabalho incrível, para poder se mostrar também. Então, acho que nesse momento de crise, fazer uma aposta ou uma estreia é até interessante por isso, porque é uma pessoa que vai estar ali fazendo não só pela escola e pela comunidade, mas por ele próprio também. Esse momento é bem interessante inclusive por isso”, avaliou.

          Para Milato, o lançamento de novos profissionais faz parte do processo de renovação do carnaval, pois estes trazem novos olhares e pensamentos para festa. Algo, segundo ele, é fundamental para conservação do samba e da folia como um todo.

          “Acho que isso é importante não só para classe carnavalesca, mas para os segmentos de uma maneira geral. Inclusive isso faz parte da síntese do nosso enredo, que é justamente quando a gente fala sobre a manutenção do samba, que se faz necessária principalmente agora nessa crise que a gente está vivendo. Então, quando você aposta em novos nomes, você de certa forma, está contribuindo para isso: trazendo temáticas novas, propostas novas… O próprio enredo da Ponte sai um pouco da caixinha, porque é uma temática não tão comum, né. Quando você pega um conceito filosófico e transforma em enredo, você acaba trazendo uma pegada um tanto quanto diferente. Então, acho isso extremamente válido e não só para classe carnavalesca, mas a gente vê intérpretes novos que estão assumindo seus postos, enfim. De uma maneira geral isso é muito importante”, destacou.

          Experiência para tirar da cabeça, o quê não tem no bolso

          Em seu currículo, Lucas Milato traz passagens como desenhista e assistente em diversas escolas de samba do Rio, como Paraíso do Tuiuti, Alegria da Zona Sul, Jacarezinho, Inocentes de Belford Roxo e Unidos de Padre Miguel. Entretanto, a primeira oportunidade como carnavalesco só veio na Intendente de Magalhães, quando assinou o desfile de 2017 do Acadêmicos da Abolição. Ainda na passarela popular, passou pela Sereno de Campo Grande, além da própria Ponte.

          “Passar pela Intendente Magalhães é um estágio obrigatório para quem quer seguir esse ramo, porque você é obrigado a pensar e repensar em soluções para suprir uma falta de aporte. Com isso, você acaba aprendendo muita coisa, e acaba também se descobrindo em algumas propostas que é obrigado a fazer. Acho importantíssimo, afinal é uma experiência, é uma bagagem diferente que você traz. Não digo que facilita, mas assim, quando você faz um carnaval com um aporte financeiro maior ou considerável, nem diria maior porque hoje na Série A a gente nem tem, mas faz um carnaval com um aporte financeiro digno, é um pouco mais tranquilo, pois você consegue fazer o que você pensou inicialmente”, comentou.

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          De acordo com Milato, o aprendizado adquirido em três anos consecutivos desenvolvendo desfiles na Intendente de Magalhães foi crucial para conseguir trabalhar sem a verba pública para Série A neste ano.

          “Hoje sem esse aporte, a gente é obrigado a pensar em inúmeras soluções. Tem que ter um plano B, C, D, E, F… Vou dar um exemplo: Você pensou no material X, porém ele não chegou ou o orçamento não permitiu a compra dele, então você tem que buscar alternativas, o que às vezes nem tem. Nesses casos, a gente tem que mudar a ideia e conseguir um jeito de dar certo. Teve um carro aqui na Ponte que nós tínhamos duas opções: uma era esperar o material chegar, e não tinha chegado porque a gente não tinha ainda como comprar, ou fazer com o que tinha. Na época, dentro do nosso cronograma, nós já estávamos atrasados, a opção foi fazer com que tinha. Fomos catando de pouquinho em pouquinho no almoxarifado da escola e montamos um carro com as sobras de carnavais passados. É desse jeito que a gente está indo e está conseguindo levar o projeto”, afirmou.

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          Entre os materiais utilizados na confecção do carnaval da Ponte de 2020, o artista destacou o uso dos espelhos, sendo a maioria reaproveitados. Além disso, chamou a atenção para as fitas metaloides, que segundo ele, apesar do baixo custo, geram grande efeito no trabalho.

          “Esse ano a gente está usando bastante espelho. Inclusive, espelhos achados, que nós tínhamos no barracão e ninguém sabia. É um material que dá um visual muito bom e que nem sempre a gente consegue comprar, por conta do orçamento. Tem uma solução muito boa também, que esse ano estou usando, que são umas franjas de metaloide, de fita metaloide, que é um material bem barato e que dá um efeito muito bom. O acetato, que sempre salva a gente… Enfim, esses e outros materiais”, apontou.

          Para o site CARNAVALESCO, Milato revelou ainda os cuidados que teve para proteger seu trabalho de uma chuva, como a que atingiu a escola no ano passado. Dentre as precauções, estão a forração de todas as alegorias com material impermeável.

          “As nossas esculturas são todas fibradas, o que dá uma segurança maior em caso de chuva. O piso do carro aqui na Ponte, esse ano pelo menos, a gente está forrando todos com plástico cristal, que é uma forma de proteger até de sujeira mesmo. Ou seja, a gente dá as nossas manobras para solucionar esses problemas”, detalhou o artista.

          ‘Elos da eternidade’

          Intitulado “Elos da eternidade”, o enredo da Unidos da Ponte em 2020 irá propor uma reflexão acerca da relação do homem com o eterno, desde a procura por uma ligação com infinito, passando pela vontade de ser imortal, até a perpetuação por meio do legado deixado. Durante o bate-papo com a reportagem do site CARNAVALESCO, Lucas Milato falou como nasceu a proposta e como pretende desenvolvê-la:

          “Por incrível que pareça, não era a ideia inicial, só que me vi na necessidade de não só estrear na Sapucaí, mas de fazer algo diferente, algo que, de certa forma, contribuísse para essa manutenção do carnaval, que hoje se faz extremamente necessária. Então, quando eu decidi falar da eternidade, que é uma temática bastante abstrata, por mais que ela venha ser apresentada na Sapucaí de uma forma bem direta, com uma leitura muito tranquila e muito fácil, é algo incomum, inovador. Afinal, a eternidade é um conceito filosófico e o enredo da Ponte propõe justamente uma reflexão sobre a relação da humanidade com essa ideia. A gente fala da fonte da juventude, do pacto com o Diabo, do sabá das bruxas… É uma temática que te abre um leque de opções concretas muito grande”, assegurou.

          Entenda o desfile

          Em 2020, a Unidos da Ponte irá para Marquês de Sapucaí com cerca de 1500 componentes, 21 alas, três alegorias e um tripé. A azul e branca de São João de Mereti será a terceira escola a se apresentar na sexta-feira de carnaval, primeiro dia de desfiles da Série A. O enredo “Elos da Eternidade” terá sua história contada através de quatro setores, como explica o carnavalesco Lucas Milato:

          Setor 1: “A gente começa o desfile com o homem tomando consciência de que a eternidade existe. Ele faz isso a partir do momento que passa observar coisas que ultrapassam e que são superiores ao ser humano, o que traz essa ideia de gigantismo, de uma longevidade maior”.

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          Setor 2: “A partir disso, dessa admiração por coisas que ultrapassam, o homem passa a desejar a eternidade e vai à busca dela. É quando a gente entra no setor do desejo. Nele, apresentamos as diferentes formas que o homem tentou buscar para se eternizar”.

          Setor 3: “Depois a gente entra no terceiro setor, que é quando ele chega a conclusão que ele não vai alcançar essas fórmulas mágicas, ele não vai conseguir essa eternidade física, essa imortalidade, e ele chega a conclusão que existem outras formas de você eternizar, que é justamente com o legado que você deixa. Então a gente e faz uma homenagem a pessoas que se eternizaram pelos seus feitos, seja na arte, na ciência, enfim”.

          Setor 4: “Por fim, a gente encerra mostrando a eternidade do samba, que é justamente a que temos. É quando fazemos um alerta para que nós, sambistas, tratemos o samba como um universo nosso, que precisa ser cuidado, justamente para a gente consiga perpetuar esse nosso legado lá na frente”.