Lierj divulga os nomes dos jurados para os desfiles de 2020 da Série A
A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIERJ) concluiu o processo de capacitação dos 36 julgadores dos nove quesitos de avaliação dos desfiles das escolas de samba da Série A do Carnaval 2020. Além do curso, todos os jurados participaram de uma reunião com os presidentes e representantes das agremiações filiadas.
Confira a relação dos jurados da Série A do Carnaval 2020:
ENREDO
– Elizeu de Miranda Corrêa
– Josué Leite dos Santos
– Douglas Coutinho Dias
– Clécia dos Reis Oliveira
FANTASIA
– Marcelo Marques da Silveira
– Luciano Moreira
– Antônio Augusto Pereira de Mattos
– Luciana Gomes Grilo
ALEGORIAS E ADEREÇOS
– Carlos Alberto de Araújo Marques
– Leonardo Fartura Santos
– Ana Maria Bottoni Carvalho
– Isabela Iung Simis
BATERIA
– Rocyr Abbud
– Rodrigo Braz do Santos (Digo)
– Xande Figueiredo
– Leandro Osíris de Castro e Souza
SAMBA-ENREDO
– Renato Vasquez
– Maria Amélia
– André Gimenez
– Alexandre Magalhães
HARMONIA
– Mauro Luiz da Rocha Soares
– Rodrigo Coutinho Dias
– Laio Lopes
– Guilherme Strutt Gonçalves
MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
– Vera Aragão
– Marlene Costa Caetano
– Amanda Peçanha Santos de Sena
– Karina Fernandes Dias
COMISSÃO DE FRENTE
– Irene Orazen
– Aluísio de Souza Oliveira
– Flávio Freire Xavier
– Thiago Williams Lima dos Santos
EVOLUÇÃO
– Paulo Melgaço da Silva Junior
– Maria Luiza Cotrim
– Fábio Canejo
– Roberto Araújo Manhães
De olho nos quesitos: o que os jurados mais puniram nos casais nos últimos cinco anos
É lugar comum entre os sambistas que a responsabilidade de conduzir um pavilhão de escola de samba vai muito além da honra de ser o guardião do símbolo maior de uma agremiação. Embora nos dias de hoje os casais tenham verdadeiros estafes para cuidar de sua preparação física, ensaios e até a parte psicológica, é nos ombros de duas pessoas que recaem as cobranças quando não vem a nota máxima. Na série ‘De olho nos quesitos’ o site CARNAVALESCO traz um levantamento do que os exigentes julgadores do quesito vem observando nos últimos cinco anos.
Por se tratar de uma dança extremamente tradicional, todo e qualquer aspecto que de uma forma ou de outra agrida essa tradição é causa de punição ao casal. Não faltam exemplos nos últimos anos de inovações que custaram caro aos casais de mestre-sala e porta-bandeira, nem sempre por culpa deles. Em 2015, por exemplo, o casal Diogo Jesus e Lucinha Nobre, então na Mocidade perderam décimos devido à uma integração na apresentação deles com a comissão de frente. Beatriz Badejo, uma das mais experientes julgadoras de casal, pontuou em sua justificativa.
“(…) tal escolha comprometeu, ao meu ver, a posição de destaque que mestre-sala e porta-bandeira ocupam, tradicionalmente, dentro de suas agremiações, por su importante função de proteger e conduzir o pavilhão, respectivamente”, alertou.
No ano seguinte dois casais foram punidos por fatores externos que tiraram, na opinião dos jurados, o papel de protagonismo no bailado do casal. A dupla Rogerinho Dornelles e Rafaela Theodoro perdeu décimos simplesmente pois a indumentária remetia aos homens do campo, no enredo em homenagem à dupla Zezé di Camargo e Luciano.
“A origem da dança do casal de mestre-sala e porta-bandeira está ligada aos minuetos dos bailes da nobreza, na época do Brasil Colônia. Sua indumentária, portanto, deve ser majestosa e elegante, digna dos nobres. Relacionar o casal com ‘casamento na roça’, onde ‘prevalecem a alegria, cores, a leveza e a humildade’, vi contra, em parte, este dado histórico e, ao meu ver, não surtiu um efeito visual satisfatório na avenida”, julgou novamente Beatriz Badejo.
Além do casal da Imperatriz, outra justificativa tomou notoriedade após o Carnaval 2016. Depois de deixar a pista molhada para o casal Danielle Nascimento e Alex Marcelino, a Portela viu a dupla ser punida com a perda de um décimo, conforme justifica mais uma vez Beatriz Badejo.
“O casal não conseguiu dançar de forma descontraída, explorando o espaço, fosse através de giros, torneadas ou chassés. Tal dificuldade aparentemente, foi provocada pelo piso molhado, deixado pela comissão de frente após sua exibição”, criticou.
Embora não haja oficialmente um subdivisão de quesitos no julgamento de mestre-sala e porta-bandeira, a grande maioria dos julgadores avalia, além da dança, a indumentária e elementos que possam tirar a atenção da apresentação, como os exemplos citados na reportagem. No aspecto da dança em si, o que mais tem tirado pontos dos casais são a falta de entrosamento entre a dupla e coreografias que afetem a tradicionalidade do bailado.
Aspectos mais citados pelos jurados de mestre-sala e porta-bandeira desde 2015:
– coreografia
– falta de entrosamento
– falta de qualidade nas terminações
– falta de leveza e/ou delicadeza no bailado
– elementos externos que prejudiquem o protagonismo da apresentação
– indumentária
Carnaval Capixaba: Imperatriz do Forte promete desfile luxuoso com enredo sobre a rota imperial
Por Vinicius Vasconcelos
Retornando ao Grupo Especial no último carnaval, a Imperatriz do Forte conseguiu realizar o feito mais desejado de todas as escolas que conseguem o acesso, permanecer na elite. Apesar das dificuldades financeiras o carnavalesco Elídio Neto almeja uma colocação ainda melhor em 2020. Com o enredo “Das terras de Vila Rica a Vila Nova do Espírito Santo. Imperatriz engalanada apresenta rota imperial de São Pedro de Alcântara” a escola vai contar as histórias dos imigrantes que vieram para o Estado, como conta o artista ao site CARNAVALESCO.
“O enredo surgiu de uma proposta da comissão de carnaval. Fizemos uma pesquisa e decidimos abraçar a ideia. Temos como fio condutor a condição histórica que é da vinda da família real portuguesa para o Brasil. Brincamos com o passado e presente que eles se encontram já pensando no futuro, preservando sempre sua história. A vinda da família real tem uma ligação muito forte com as minas localizadas no Espírito Santo. Viemos contando a história deles e de quando as colônias foram geradas em suas respectivas regiões”, explica.
Apesar de ser um enredo histórico, o carnavalesco decidiu fazer um paralelo dos tempos de colônia com os dias atuais. Onde havia a disputa de poder e os menos favorecidos eram os mais prejudicados.
“Hoje no Brasil temos vivido um caminho similar aos tempos de colônia onde havia briga de poder. A cobrança de impostos super alta, massacres relacionados a mulher negra e aos índios. Isso não está tão distante da história. Quando o enredo foi proposto pensei que seria interessante ter uma pegada política social. Não quero tratar como crítica, mas pontuar determinadas situações é extremamente necessário”.
Elídio afirma que mais uma vez não será um ano fácil para a escola que só em vê-la passar completa na avenida já é um orgulho para ele e a comunidade.
“Esse ano está sendo complicado. Primeiro porque é um tema que precisa de um requinte muito grande, se tratando da qualidade em material e do que precisa ser falado. Queremos mostrar riqueza e isso necessita de muito brilho. Nosso Estado tem a dificuldade de que não temos fácil acesso a certos tipos de materiais, o custo é caro e nossos recursos são pequenos. Tudo isso faz com que a gente tenha que imaginar e procurar formas de transformar um material inferior em algo de boa qualidade. Quando chegar na avenida a escola inteira completa vai impactar. Porque está sendo mais um carnaval difícil no quesito financeiro. Brigar por posição melhor para nós é uma coquista. Não temos quadra, não cobramos ingressos em ensaios. A comunidade e os parceiros que contribuem para que a escola desfile da melhor forma possível”, desabafou o carnavalesco.
Setor 1
A vinda da família real portuguesa em sua nova casa brasileira.
Setor 2
As terras de Minas Gerais.
Setor 3
A memória dos caminhos que foram eternizados. Rota real no Espírito Santo
Setor 4
A estrada real
Witzel promete volta dos ensaios técnicos em 2021 em encontro no Palácio Guanabara
Por Gabriella Souza
Vai ter ensaio técnico em 2021. Pelo menos é o que garante o governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. O chefe do executivo estadual se reuniu com representantes de blocos, onde anunciou além de um aporte da Ambev na estrutura do carnaval de rua, a volta dos ensaios técnicos para o ano que vem. Witzel disse que o planejamento para o carnaval do próximo ano começa assim que terminar o deste ano.
“Digo sempre o seguinte. Quando vim de Jundiaí fui conhecer o que o samba faz com as pessoas. Ele faz com que as pessoas não queiram mais sair daqui. Estamos apoiando o samba. Queria que os ensaios técnicos acontecessem, ano passado viabilizamos. Tenho fé que vamos alcançar os R$ 20 milhões para as escolas do Especial e Série A. Temos condição de realizar um grande espetáculo. Para o ano que vem determinei: terminou o carnaval desse ano, vamos planejar 2021. Vai ter ensaio técnico”, prometeu.
Depois de ver o município de São Paulo avançar para se tornar o maior carnaval de rua do Brasil, o Rio pretende reagir para retomar o posto. Witzel brincou com os governadores da Bahia, Rui Costa, e, de São Paulo, João Dória, mas afirmou que o Rio retomará o protagonismo que sempre teve na folia.
“As empresas estão investindo no Rio e a cultura favorece isso. É preciso investir nos blocos de rua. Gostaria de agradecer à AMBEV pela infraestrutura dos blocos. Serão R$ 8 milhões de auxílio. No final das contas a gente recebe muito mais, por isso, eu considero investimento, nunca gasto. Qualquer lugar do mundo tem problema. O Rio vai vencer isso. Com todo respeito aos meus amigos Rui Costa e João Dória, mas vamos voltar ao topo”.
Witzel anunciou um novo programa social, onde jovens irão receber bolsa-auxílio em troca de orientações ao público nas ruas durante o carnaval.
“Peço o apoio de todos que vão para o carnaval. Depois que a gente vai embora precisamos que o morador da região onde o bloco sai queira que ele volte. Estamos com um programa ‘Ambiente Presente’, onde vamos dar oportunidade a 2 mil jovens com bolsa de 1,5 salário pra ficarem nas ruas conscientizando as pessoas, auxiliando o turista. Precisamos ser um país onde as pessoas gostem de voltar. Por isso, estamos investindo e vamos ter o maior carnaval de rua do Brasil”, finalizou o governador.
TAXI.RIO estará com ponto de táxi no Sambódromo
Para facilitar a saída dos foliões do Sambódromo, o Taxi.Rio, aplicativo de Táxi da Prefeitura do Rio, vai selecionar 400 taxistas que terão um ponto para embarque de passageiros ao lado da Marquês de Sapucaí.
Os quesitos para a seleção dos profissionais são: a quantidade de corridas realizadas, as notas recebidas nas corridas e o índice de atendimento dos pedidos. A divulgação do resultado da seleção acontece na próxima sexta-feira, 14, e a entrega das credenciais será nos dias 19 e 20 de fevereiro. A credencial não permite o trânsito livre nas áreas do Sambódromo, somente no acesso ao ponto do Taxi.Rio.
O ponto funcionará na Rua Afonso Cavalcanti, em frente ao Centro Municipal de Saúde Marcolino Candau, na Cidade Nova, e funcionará dos dias 21 a 25 e 29 de fevereiro, com início às 22h e com término 1 hora depois do final do último desfile. Além disso, também haverá um ponto de apoio aos taxistas em frente à Prefeitura.
Série Barracões: Beija-Flor resgata grandiosidade com desfile sobre as mais diversas ruas da humanidade
Por Gabriella Souza
A Beija-Flor, assumindo seu posto de ‘Deusa da Passarela’, irá retratar a história da humanidade, sua evolução e reinvenção através de seus passos, desde os nômades e andarilhos ao nascer de modernas cidades, famosas Avenidas e ruas que servem de lar, expressão e manifestação do povo, que a pertence e a ocupa. Para 2020 a azul e branco trouxe o enredo ‘Se Essa Rua Fosse Minha”, contando com a assinatura de dois carnavalescos da casa, Alexandre Louzada e Cid Carvalho.
Cid Carvalho conta que a questão estética do enredo proporcionou algo determinante para a escolha e também para o desenvolvimento do desfile, visto ser um assunto amplo e versátil, o que lhe fascinou.
“O que me chamou mais atenção foi o como que o homem a partir do momento em que ele se colocou de pé teve uma necessidade muito grande de se espalhar e de evoluir no sentido de tomar conta dos continentes. E como essas pequenas trilhas se transformaram em caminhos e depois em ruas. Como que esse processo evolutivo das ruas mexeu com a imaginação do homem ao ponto de existirem ruas que só existem na nossa cabeça, por exemplo, a estrada do arco íris, a via láctea. Talvez, a gente jamais possa caminhar por essas ruas, mas elas estão na nossa imaginação. Como que depois que o homem evoluiu, depois inventou a roda, qual foi a necessidade de pavimentar isso para a roda não atolar ou agarrar. Nos leva ao conceito mais urbano de rua hoje, são questões amplas que a gente pretende abordar. É todo um processo realmente de evolução do homem para a humanidade a partir das suas trilhas e seus caminhos, suas rotas”.
Alexandre Louzada diz que a idealização surgiu com ele, através de uma brincadeira alguns anos atrás e que veio amadurecendo a ideia até chegar nesta proposta e concretização.
“Um enredo surge naturalmente, como vários que já fiz. Mas esse partiu de uma brincadeira, até mesmo com o carnavalesco da Grande Rio, Gabriel Haddad, que na época ainda era meu assistente. Nisso fizemos uma brincadeira, não lembro exatamente como, sobre essa história de ‘rua’ e ficamos falando diversas coisas sobre o assunto, no final brincamos ‘isso dá um bom enredo’. E a ideia principal é que nós carnavalescos, aderecistas, artistas do carnaval nós trabalhos o ano inteiro criando, desenhando, confeccionando a nossa arte para mostrar em uma rua, a Sapucaí. O objetivo é retratar quanto caminhos, estradas e rotas a humanidade percorreu para a gente chegar até aqui, aos dias de hoje. Por onde a humanidade passou, ela deixou o seu legado, foi construindo cidades, comercializando com outros povos e tudo mais. Bom, a própria vida da gente é uma estrada, não é?”, declarou Louzada.
Cid Carvalho completa falando como foi a recepção do enredo por ele e toda a equipe de diretoria da Beija-Flor após a proposta de Louzada.
“Esse enredo chegou quando o Louzada retornou, quando a escola decidiu que seríamos uma parceria com dois carnavalescos, ele colocou essa sugestão na mesa e de primeira eu já achei que daria “um caldo”, que teria como esteticamente fazer um carnaval com um estilo bem de Beija-Flor. Como parceiro dele no desenvolvimento do enredo junto com a administração da escola topamos tocar e fazer essa ideia acontecer”, contou Cid.
Cid Carvalho ressalta ainda que mesmo com todas as dificuldades orçamentárias que as escolas estão passando para a confecção do carnaval de 2020, a Beija-Flor tem suas vantagens e saídas e que está desenvolvendo um grande carnaval.
“A Beija-Flor tem uma vantagem para os profissionais que trabalham na confecção de um carnaval aqui, visto ser uma escola bem estruturada e que não tem dívidas. Se consegue, mesmo que não seja fácil, ordenar e fazer acontecer. Mas, realmente, é complicado sem o apoio da prefeitura, de órgãos e de algum patrocinador, realmente a verba fica muito apertada e nós temos que no meio disso buscar soluções criativas, claro que sem perder a característica da escola. A grandiosidade está de volta, o luxo visual está de volta. Às vezes a gente tem que fazer um readaptação para conseguir adequar o orçamento e conseguirmos encaixar tudo. Mas aqui é mesmo uma parceria entre todos, os carnavalescos como criadores, todas as equipes envolvidas na confecção e a administração da escola, esses três grupos tem que estar muito afinados para conseguirmos realizar um grande carnaval e vamos”.
Cid Carvalho destaca ainda a experiência profissional da dupla, ainda mais, em casa. O que facilita na hora de balancear os gostos dos componentes, da diretoria e particulares, sempre pensando na essência da escola em primeiro lugar.
“Eu e Alexandre temos a vantagem de já termos trabalhado muito tempo na Beija-Flor e ambos com muitos títulos, se juntar tudo dão sete, tirando os vice-campeonatos, ou seja, a gente conhece bem a alma e a essência dessa escola. Já sabemos o que o componente gosta, como prefere estar vestido e de quais tipos de alegorias irão agradar mais. Quando se junta isso tudo temos um componente mais motivado do que nunca e a probabilidade do canto ser muito forte, da evolução acontecer de forma mais empolgada é muito grande. Conhecer muito bem a casa já nos facilita”.
Entenda o desfile:
O que se viu no barracão foi uma escola luxuosa, realmente como pontuado por Cid, alegorias grandiosas e adereços de alta qualidade, acabamento e cor viva. A Beija-Flor promete vir com um visual bonito, elegante e de nível alto.
A escola virá com um com um tripé da comissão de frente e seis alegorias. Cid Carvalho explica, setor por setor, a concepção do desfile.
Setor 1: “O nosso abre alas irá retratar a última era glacial. É um carro acoplado bem estilo Beija-Flor, grandioso e com personalidade, como o nilopolitano gosta”.
Setor 2: “Nosso segundo carro é o ‘todos os caminhos levam a Roma’ e que fala exatamente da evolução da humanidade, de como o homem foi abrindo seus caminhos, pavimentando as ruas, inventou a roda, até chegar nesse conceito mais urbano de rua que temos hoje”.
Setor 3: “O carro três retrata a chegada do homem pelos caminhos marítimos ao novo mundo, e, consequentemente, como que esses europeus chegando ao novo mundo acabam influenciando a abertura de caminhos dentro do próprio Brasil e mais especificamente no Rio de Janeiro. Falamos aqui da ‘Ladeira da Misericórdia’ (no bairro do Castelo, considerada a primeira rua da cidade do Rio), com um calçamento chamado ‘pé de moleque’ que era feito pelos escravos que pisavam nessas pedras e que batiam com as suas ferramentas, um tanto quanto rudimentares na época, esse tipo de calçamento com pedras”.
Setor 4: “Aqui serão as ruas como templo a céu aberto, das procissões e romaria. Mesmo de como cada um exerce a sua fé independente de religião e nessa ligação com a rua, tudo como muito respeito, no sentido mesmo da liberdade religiosa”.
Setor 5: “Neste estarão aquelas ruas que a gente talvez nunca foi mas conhece por cartão postal, aquelas que são tão famosas que certa forma todo mundo conhece, como a Champs-Élyssées em Paris ou a Broadway nos Estados Unidos ou também a nossa Atlântica, que é a nossa princesinha do mar, que virá representada ao final deste setor das ruas mais famosas”.
Setor 6: Este último setor encerrará o desfile falando das ruas mais fantasiosas, ruas da nossa imaginação. Aqui a gente fala do labirinto do minotauro, da estrada do arco-íris, da via láctea, e, acima de tudo, da rua que mais mexe com a nossa imaginação, de nós sambistas, que é a Sapucaí, aquela avenida que a gente trabalha o ano inteiro para ver a nossa escola desfilar por ela. E poder, cada um, cada um naquele momento falar ‘essa rua é minha’, como um momento de pertencimento. A gente termina esse setor com uma homenagem a própria Beija-Flor, que é a maior campeã da era sambódromo e ao carnaval de modo geral, o carro se chama ‘Se essa rua fosse eu mandava ladrilhar com pedrinhas de brilhante para a Beija-Flor passar”. E atrás desse último carro nós teremos a representação de todos que usam as ruas para alguma coisa, lhe dão significado, do cara que está fazendo malabarismos no sinal, ao que vende algo, ao gari que varre, aquele que faz protesto, o que usa a rua para expressar arte, drag queens e travestis, prostitutas e todo mundo que faz da rua um cantinho seu, seja para trabalhar, se expressar, demonstrar algo mais cultural ou protestar. Nós devolvemos então essa rua ao povo, pedindo menos violência e mais liberdade para ir de um ponto ao outro com paz, principalmente nessa cidade”.
Na boca do povo! Personalidades gravam vídeo com o refrão do samba do Tuiuti para o Carnaval 2020
Primeiro samba-enredo do Grupo Especial apresentado para o Carnaval 2020, a obra do Paraíso do Tuiuti é considerada uma das melhores da temporada. Mais uma vez, a escola aposta no grupo de compositores renomados e que está fazendo história com os últimos sambas da agremiação. Abaixo, você pode conferir vídeos gravados com personalidades da música e do esporte cantando o refrão principal do samba de Moacyr Luz, Cláudio Russo, Aníbal, Júlio Alves, Pier e Tricolor. * OUÇA AQUI O SAMBA