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‘Um grito por justiça’: Unidos de Bangu dá voz à luta indígena com enredo sobre a Aldeia Maracanã

Muito além dos cinco dias de desfiles, o carnaval tem um papel histórico de amplificar vozes silenciadas e dar visibilidade a quem não é ouvido. Em 2025, a Unidos de Bangu levará para a Marquês de Sapucaí o enredo “Maraka’anandê, Resistência Ancestral”, uma homenagem à Aldeia Maracanã, símbolo da luta e da resistência dos povos indígenas no Rio de Janeiro.

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Foto:Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

Para o cacique Urutau Guajajara, o enredo da escola da Zona Oeste será uma poderosa plataforma para amplificar a luta da aldeia. Líder do movimento pelos direitos indigenistas no estado fluminense, ele participou do ensaio técnico da escola ao lado de outros membros da comunidade. Na visão dele, a homenagem vai além de um desfile — ela é um grito por justiça.

“É uma forma de gritar, também, por Justiça. Acredito que esta questão da resistência Aldeia Maracanã é um recado para a Justiça brasileira, que é tão injusta – principalmente no Rio de Janeiro – com uma questão que é única. Ali é um patrimônio do povo brasileiro e da nação. A Aldeia Maracanã é a representação nacional desses 525 anos de opressão, extermínio e genocídio dos povos originários. A Unidos de Bangu acertou com esse enredo e com esse recado para a Justiça brasileira”, afirmou o líder indígena.

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O prédio fica às margens da Avenida 13 de Maio e abrigou o antigo Museu do Índio entre os anos de 1953 e 1978. A instituição foi transferida para Botafogo, na Zona Sul, e o imóvel ficou abandonado até 2006, quando foi ocupado por indígenas de diversas etnias.

O local se tornou alvo de disputa com o governo do estado em 2013. À época, o poder executivo tentou desocupar o terreno para derrubar o prédio histórico. O objetivo era construir um estacionamento para que o estádio Maracanã recebesse as partidas da Copa do Mundo de 2014.

Em 2016, o poder público obteve uma decisão judicial favorável para a reintegração de posse do imóvel e, desde então, os integrantes da Aldeia Maracanã já receberam, ao menos, seis ordens de despejo.

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“Demarcar a Aldeia Maracanã enquanto universidade indígena e aldeamento, mesmo em contexto urbano, é para a honra dos povos originários. Somente em 2024 que o IBGE veio falar sobre indígenas em contexto urbano e da precariedade vivenciada. A aldeia Maracanã é uma universidade indígena e está na resistência a nível nacional”, disse o cacique.

Os indígenas que ocupam a Aldeia Maracanã também foram convidados a participar do desfile oficial da Unidos de Bangu. Ao lado deles, milhares de torcedores da agremiação prometem se unir e defender a causa na Passarela do Samba, afinal, o carnaval também é conscientização. É o que Claudia, diretora de ala coreografada na Vermelha e Branco há três anos, ressalta.

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“A escola de samba não cumpre apenas o papel de apresentar um enredo; ela também tem a missão de ensinar o que devemos valorizar mais e o que deve ser tratado com respeito e cuidado”, afirmou Claudia.

Erika Januza fala do programa ‘Rainhas Além da Avenida’: ‘histórias vão surpreender’

O dia a dia das rainhas de baterias do carnaval carioca entra em cartaz no programa inédito “Rainhas Além da Avenida”, apresentado por Erika Januza, que estreia na próxima sexta-feira, dia 14 de fevereiro, às 21h, no GNT. Em celebração à força e à magia do Carnaval, a apresentadora acompanha as rainhas de bateria do Grupo Especial do Rio de Janeiro em seus preparativos para os desfiles na passarela do samba.

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Fotos: Ramon Rodrigues/Divulgação

Segundo a apresentadora, em entrevista coletiva online, “essa vivência do carnaval abriu os olhos para um mundo muito particular, que faz a engrenagem funcionar e permite que a magia aconteça nos dias de desfile”.

“Uma comunidade apaixonada, envolvida, profissionais excelentes e a necessidade de uma boa gestão. Muito disso só quem está no dia a dia das escolas percebe. O programa se propõe a levar o público a um mergulho na vida das rainhas em dias que não são de desfile. As histórias de cada uma delas vão surpreender e espero que elas se conectem com o público, sejam amantes do carnaval ou não”, disse Erika.

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“Rainhas Além da Avenida” narra a trajetória de mulheres com uma profunda ligação com suas comunidades, que cresceram no mundo do samba e celebridades que se apaixonaram pelo universo das agremiações. Erika acompanha a rotina de Lorena Raissa (Beija-Flor), Mayara Lima (Tuiuti), Fabíola de Andrade (Mocidade), Lexa (que estava na Tijuca), Viviane Araujo (Salgueiro), Dedê Marinho (UPM), Paolla Oliveira (Grande Rio), Evelyn Bastos (Mangueira), Bianca Monteiro (Portela), Maria Mariá (Imperatriz) e Sabrina Sato (Vila Isabel).

“Sem dar spoilers, posso dizer que eu gostaria de ter a autoestima de Lorena Raissa. Ela, com apenas 17 anos, exibe com orgulho ser maravilhosa. Fico pensando quando terei coragem para fazer o mesmo em uma foto minha. Ela representa uma nova geração e isso me impressionou!”, afirmou Erika.

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O programa é dividido em quatro episódios e acompanha as rainhas de bateria das grandes escolas em suas rotinas familiares, pessoais e profissionais, até o tão aguardado momento de brilhar na avenida. Com a proximidade do carnaval, que também resgata a herança da ancestralidade, Erika destacará o relacionamento e a troca das rainhas com suas comunidades. O público poderá mergulhar no cotidiano dessas mulheres, tanto nos ensaios nas ruas e quadras quanto na escolha dos figurinos que encantarão na Praça da Apoteose. O programa abordará também a sororidade entre as mulheres, a relação com o próprio corpo e, claro, a tradição da Marquês de Sapucaí.

“As rainhas serão vistas em seu cotidiano, sem maquiagem. Uma rainha, enquanto gravávamos, teve sua mãe preparando um empadão para o lanche. Sabe aquele momento raiz? O programa reflete essa energia. Cheguei à casa da Sabrina Sato e perguntei se ela usava shortinho e blusa em casa, porque as pessoas não nos imaginam além do glamour, como a própria Maria Mariá disse: ‘É sempre muito brilho, brilho, brilho’”, contou a apresentadora entre risos.

Vitor Carpe, cocriador do projeto, explicou a origem da ideia para a série: “Quando a Erika foi convidada para ser rainha de bateria da Viradouro, ficamos extremamente felizes. Desde o primeiro instante, pensamos em honrar o legado das mulheres que a precederam. ‘Rainhas Além da Avenida’ não tem a pretensão de ser um documentário que narra o surgimento desse papel. Ao contrário, buscamos mostrar o que está por trás dessa coroa. Essa responsabilidade é muito maior do que as pessoas imaginam. Com o brilho que aparece durante o desfile, as pedras lançadas também são muitas, e essas meninas enfrentam grandes dificuldades para ocupar esse posto, para se manterem felizes. Essa coroa tem um preço e um valor imensos, porque essas mulheres são extremamente resistentes e resilientes, e compreendem a importância que possuem para o Carnaval, para a comunidade e para a cultura nacional. Por isso, é fundamental contar o que está por trás de cada uma dessas coroas”, ressaltou Vitor.

Erika compartilhou sua experiência e visão sobre o carnaval: “Sempre assisti ao Carnaval do Rio de Janeiro de casa, antes de me mudar para cá, observando essas mulheres como telespectadora. Elas estão ali, fantasiadas e brilhando, mas quando a bateria para e as luzes se apagam, elas voltam para casa. Muitas têm que limpar, outras têm auxílio, mas são mulheres que têm problemas, que são sensíveis, que já sofreram abusos, e algumas voltam para casa de ônibus das escolas. Essas mulheres são como eu e vocês, que são tão exaltadas naquele lugar, mas também merecem viver outras experiências”.

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José Júnior, produtor do programa, destacou a relevância da atração: “Para mim é extremamente gratificante, pois é uma forma de retorno ao passado da marca Afro Reggae. Durante muitos anos, realizamos vários projetos antes de criar a produtora, com o GNT e o Multishow. Quando Erika expressou seu interesse, isso ressoou profundamente com a história da Afro Reggae, especialmente no canal. A presença de uma apresentadora negra, com a trajetória pessoal da Erika, me deixa muito feliz”.

Jorge Espírito Santo, diretor de “Rainhas Além da Avenida”, comentou sobre os desafios e facilidades de trazer a exuberância das escolas de samba para o formato audiovisual.

“Houve desafios, da minha parte e de toda a equipe. O maior desafio foi traduzir o desejo da Erika e do projeto que ela desenvolveu com o Vitor para que todos compreendessem suas intenções. Apesar disso, havia também uma certa facilidade, devido à experiência da Erika como rainha de bateria, o que facilitou a tradução do que ela desejava que as pessoas conhecessem sobre a vida das rainhas. Essas mulheres têm histórias ricas e únicas, e o programa se destaca ao apresentar esse universo”.

Tucuruvi aposta na criatividade da comissão de frente para um desfile marcante em 2025

A comissão de frente do Acadêmicos do Tucuruvi tem se destacado por sua criatividade e inovação, levando para a avenida performances que surpreendem e encantam o público. Sob a direção do coreógrafo Renan Banov, o grupo transforma a abertura do desfile em um verdadeiro espetáculo, combinando dança, teatralidade e efeitos visuais que dão vida ao enredo da escola. Com propostas ousadas e concepções cênicas impactantes, o grupo reafirma seu compromisso com a arte e a emoção, conquistando aplausos e admiração. Em conversa com o CARNAVALESCO, Renan Banov falou sobre o equilíbrio entre criatividade e regulamento no carnaval.

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Foto: Naomi Prado/CARNAVALESCO

“Nós somos uma escola de conceito, portanto, pensamos no público. A arte é uma arte, não é apenas seguir o regulamento ao pé da letra. No ano passado, tivemos uma nota equivocada: eram 10, mas o jurado colocou 9.9. A escola reconheceu isso. É importante que a escola e nós mesmos acreditemos na nossa arte e ousadia”, afirmou o coreógrafo.

A melodia, a cadência e a letra do samba servem como guias para os movimentos da comissão de frente, permitindo que a dança traduza a emoção e a história que a escola deseja contar. Com um refrão forte, o Tucuruvi levará para 2025 um samba que promete inspirar seus componentes a desenvolverem uma coreografia envolvente.

“Tenho muito respeito pela bateria e pelo intérprete. Este samba é maravilhoso e, a cada acorde, a cada toque, prevalecemos nesse swing, nesse carnaval, nesse Assojaba”, destaca Renan sobre a importância de um bom samba-enredo.

Para 2025, não apenas a comissão de frente, mas toda a comunidade da Cantareira está investindo em uma nova fórmula de desfile para buscar o sucesso. O coreógrafo compartilhou, entusiasmado, o que a escola trará de novo para o próximo carnaval.

“A essência do Tucuruvi é essa: uma escola de conceito, enredo, tradição, muito estudo e cultura”, celebra.

Com uma proposta inovadora e uma identidade cada vez mais consolidada, o Zaca segue firme na busca por um carnaval grandioso em 2025. A união entre conceito, arte e tradição reflete o comprometimento da escola em entregar um espetáculo marcante, onde cada detalhe – da comissão de frente ao samba-enredo – é pensado para emocionar e encantar o público.

Casal da São Clemente promete muita dança e romantismo no Carnaval 2025

A São Clemente levará para a avenida, no Carnaval de 2025, um enredo voltado à causa animal. Com o tema “A São Clemente dá voz a quem não tem”, a escola abordará a luta contra os maus-tratos e destacará o amor e a lealdade dos animais aos seus tutores.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Alex Marcelino e Thais Romi, promete uma apresentação carregada de paixão e entrega. Para eles, o enredo não apenas levanta uma bandeira importante, mas também se alinha ao espírito irreverente da escola.

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Foto: Magaiver Fernandes/CARNAVALESCO

“Teremos momentos de muita paixão, afinal, o mestre-sala e porta-bandeira formam um casal em cena. Nossa apresentação trará muita dança e romantismo”, adiantou Alex Marcelino.

Thais Romi reforça que a dança será uma verdadeira declaração de amor. “A dança é amor, e nossa missão é expressá-lo. Sou apaixonada pelo que faço, e este samba é um pedido, uma homenagem. Um enredo necessário, um samba necessário. Todo mundo que tem um bichinho em casa sabe o quanto ele é parte da família. Representar esse sentimento na avenida é especial”, destacou.

A expectativa do casal é de um desfile empolgante e competitivo, com grandes surpresas ao longo da apresentação. Sobre as fantasias, mantiveram o mistério, mas Alex deu uma pista sobre o conceito: “Minha fantasia é uma surpresa, mas posso adiantar que tem tudo a ver com o amor. Vai ficar incrível”.

A São Clemente promete emocionar o público e reforçar a importância da causa animal com um espetáculo grandioso e cheio de energia na Marquês de Sapucaí.

Mestre Luygui e a ‘Swing Puro’: O ritmo da alma na Vigário Geral

Quando vê o tímido Luygui de conversa curta e sorriso discreto, é difícil imaginar a metamorfose que ocorre quando ele veste o terno vermelho, pega o apito e assume o comando da bateria “Swing Puro”, da Acadêmicos de Vigário Geral. Ele é parte da nova geração de líderes que está redefinindo o papel das baterias na avenida. Em 2025, estará novamente à frente do grupo, e em entrevista ao CARNAVALESCO, não esconde a emoção.

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Fotos: Magaiver Fernandes/CARNAVALESCO

“Significa tudo na minha vida. A Vigário foi um presente de Deus. Sou feliz por poder comandar a Swing Puro e representar essa comunidade. É minha razão de viver”, declara.

Inspiração nos grandes mestres

Luygui carrega no peito a herança de ícones como Ciça (Viradouro), Lolo (Imperatriz), Nilo Sérgio (Portela) e o mentor Caliquinho, atualmente sem escola, a quem credita parte essencial de sua formação.

“Ele foi fundamental na minha jornada, me ensinou a respeitar a tradição e inovar”, afirma. Com a “Swing Puro”, o mestre busca equilibrar força, precisão e “swing” – marca registrada da bateria. “Gosto de uma pegada marcante, que dialogue com o samba sem perder a identidade. O nome já diz: é pura energia”, explica.

Respeito às diferenças e ao legado

Sobre o ritmo de outras escolas, Luygui enfatiza a diversidade como riqueza do carnaval. “Cada bateria tem sua bossa. O andamento depende do samba: precisamos adaptar o pulso para valorizar a música, nunca estragá-la”, reflete. Para ele, a nova geração de mestres – da qual faz parte – traz renovação sem apagar a história. “É gratificante ver jovens talentosos, com brilho nos olhos, estudando e respeitando quem abriu caminho. Estamos aqui para honrar esse legado”, diz.

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Parceria de sucesso com Danilo César

Outro destaque para 2025 é a sintonia com o intérprete Danilo César, parceria que Luygui define como “casamento perfeito”. “O Danilo é meu irmão de vida. Veio de Vitória, mas conquistou seu espaço aqui com inteligência e musicalidade. Já conhecíamos um ao outro, e isso facilitou criar um samba à altura da nossa bateria”, celebra.

Mestre Luygui promete fazer a “Swing Puro” ecoar não apenas na Sapucaí, mas no coração de quem vive o carnaval além da avenida. “É sobre emoção, respeito e entrega. Em 2025, vamos mostrar que o swing da Vigário é impossível ficar quieto”, finaliza, com o sorriso largo que só quem vive a batucada conhece.

Especial Barracões SP: Camisa 12 se inspira em Xangô e nos alafins de Oyó na busca por justiça

Sob as bençãos de Xangô e dos alafins de Oyó, a série “Barracões” desembarca junto da Camisa 12 na Mãe África em busca de inspiração para lutar por justiça e igualdade. Através do enredo “Edun Ará Ase Idajo – Força que faz a Justiça”, assinado pelo carnavalesco Delmo de Morais, a Pantera levará ao Sambódromo do Anhembi a história desses reis africanos e do orixá, exaltando seu legado para a humanidade.

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Desfilando pelo Grupo de Acesso 2 no carnaval de 2024, a Camisa 12 passou por apuros após estourar o tempo de apresentação e perder 0,3 ponto. A escola saiu de uma posição de sonhar com o acesso para ficar parte da apuração na zona de rebaixamento. Para 2025, a Pantera confia no potencial que seus quesitos demonstraram para chegar ao Acesso 1, pelo qual não compete desde 2006.

Ancestralidade e o poder da justiça

Em entrevista ao CARNAVALESCO, Delmo de Morais falou sobre a origem da inspiração para o enredo da Camisa 12 para o carnaval de 2025, destacando a característica da temática a qual a escola pretende abordar.

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“A ideia foi do nosso diretor de carnaval, Demis Roberto. Queríamos abordar essa parte da diferenciação do negro e da justiça nas nossas vidas. Para isso, entramos nessa parte dos alafins de Xangô, que é o Rei da Justiça, essa foi a nossa intenção. É um tema que vínhamos querendo falar há muito tempo, temos uma característica de buscar essa coisa afro, a ancestralidade, do poder da justiça maior na nossa vida”, declarou.

Camisa 12 na Avenida: entre palácios e alafins

O desfile da Camisa 12 usará da trajetória dos alafins, título dado aos governantes do antigo Reino de Oyó, situado na atual Nigéria, e da crença em Xangô, orixá da justiça, para inspirar o público que comparecer ao Sambódromo do Anhembi na busca por um mundo mais justo. A proposta de Delmo para o desfile da escola permitirá à escola apresentar em cada ala as principais características desses reis africanos que permitam chegar a esse objetivo, sendo os carros alegóricos as principais representações do legado de cada símbolo abordado na Avenida.

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“Nós vamos desfilar com 12 alas, onde cada ala representa um alafim. Nós vamos trazer no Abre-alas o Palácio dos Alafins e no segundo carro o Palácio de Xangô. Nós vamos distribuir essa ideia toda na Avenida para mostrar cada alafim e o que significa cada um deles. Nós vamos abordar essa parte da justiça, de buscar a justiça de Xangô porque ele é o Rei da Justiça. Estamos desenvolvendo esse trabalho que está maravilhoso. Nós vamos passar na Avenida para poder buscar o título, essa é a ideia nossa”, explicou.

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Estética de qualidade e conscientização: os trunfos da Camisa 12

Delmo confia na qualidade dos trabalhos realizados no barracão e no ateliê da Camisa 12 para alcançar o sonhado acesso da escola. O carnavalesco também exaltou a característica que se tornou marcante nos enredos da escola e demonstrou confiança em um bom resultado para a escola no carnaval de 2025.

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“Eu acho que é o excelente acabamento que nós temos e os materiais que usamos, que são de qualidade. Mesmo estando nesse grupo, que é de um poder aquisitivo bem menor, nós estamos desenvolvendo um trabalho maravilhoso de alegorias e fantasias, além do chão da escola que é muito forte. A nossa intenção é de mostrar a ancestralidade das religiões de matriz africana para conscientizar as pessoas a pararem com essa coisa da intolerância, porque isso já não cabe mais nas nossas vidas. Nós pretendemos mostrar esse lado e vamos batendo nessa tecla a cada ano. Em um ano falamos de Chico Rei, em outro ano vamos falar dos alafins e no próximo ano, se possível, já temos um enredo trunfo na mão que vai ser um espetáculo para fazer no Acesso 1, onde com certeza vamos conseguir chegar. Nós viremos para brigar, para buscar esse título que nós perdemos em 2020, que foi o ano do ‘Pão’, em que nós ficamos por um décimo e só subia uma escola e nós não conseguimos o acesso”, afirmou.

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Mensagem de Delmo de Morais para a comunidade da Camisa 12

“Galera da Camisa 12! Vamos juntos! O espetáculo está aí, e agora cada um de nós temos que fazer a nossa parte porque sozinho eu não consigo nada. Nós estamos aqui não só para passar na Avenida, nós estamos aqui para mostrar um espetáculo porque a concorrência nesse grupo é muito forte. Nós temos que estar preparando sempre os 110%, só 100% não basta. Vamos juntos! Para cima deles e é isso aí! Vai, Corinthians!”.

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Ficha Técnica
Enredo: “Edun Ará Ase Idajo – Força que faz a Justiça”
Alegorias: 2 carros
Alas: 12
Componentes: 1000
Diretor de barracão: Cleiton Sinistro
Diretor de ateliê: Demis Roberto
Ordem de desfile: Décima escola a desfilar no dia 22 de fevereiro de 2025 pelo Grupo de Acesso 2

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Especial Barracões SP: Imperador do Ipiranga contará a história da mágica no Sambódromo do Anhembi

A série “Barracões” convida os apaixonados por carnaval a conhecerem o mundo mágico da Imperador do Ipiranga. Da criação do primeiro truque de mágica, passando pelo reconhecimento de uma das mais intrigantes manifestações artísticas e a consagração de grandes mágicos que marcaram a história. A proposta da escola da Vila Carioca para o desfile pelo Grupo de Acesso 2 é iludir e impressionar o público com as surpresas do enredo “Abrakadabra”, assinado pelos carnavalescos Anselmo Brito e Ivan Pereira.

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Em 2024, a Imperador realizou um desfile que, apesar do grandioso conjunto visual e ser bem recebido pelo público, ficou apenas em quarto lugar após a apuração e não garantiu o sonhado retorno ao Grupo de Acesso 1. A reformulada diretoria chega para trazer à escola novas ideias dentro das propostas que renderam o esperado sucesso a outras agremiações, com destaque para o diretor de carnaval Rapha Maslionis, um dos destaques na trajetória surpreendente da Unidos de São Lucas, vice-campeã e promovida no ano de retorno ao Sambódromo do Anhembi.

Proposta lúdica, mas contando uma história

O carnavalesco Anselmo Brito atuou no ano anterior como um mentor da equipe que desenvolveu o desfile da Imperador do Ipiranga. Para 2025, o artista chega para assinar o projeto da escola apresentando um enredo com características similares, no sentido de se ter uma ambientação lúdica. De acordo com Anselmo, a ideia é falar sobre a trajetória dos mágicos ao longo da história.

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“A ideia parte do carnaval passado. A Imperador fez um carnaval que chamou a atenção por vir na contramão de todo mundo, e desfilou em 2024 com um enredo falando do universo infantil. Nós entendemos que teríamos que trazer algo que não fosse uma trilogia, mas que viesse nesse mesmo caminho. Eu já tinha uma ideia porque eu também sou muito apaixonado por esse universo de mágicos, de magia, e após assistir um grande espetáculo, também chamado ‘Abrakadabra’, saiu a ideia de falarmos sobre a história dos mágicos”, declarou.

Enredo desenvolvido com a ajuda de mágicos

Para falar da história desses fascinantes artistas, Anselmo Brito contou com a ajuda dos próprios. A pesquisa para o desenvolvimento do enredo foi ampla, contando com a visita a diferentes lugares e contato com profissionais que fazem a magia acontecer, despertando a curiosidade e inspirando o carnavalesco.

“Quando eu adentrei nesse universo mágico primeiro tive que ter ajuda, e nada melhor do que um grande mágico para poder me ajudar a desvendar esse universo e poder ter esse compromisso de iludir a todos. Para isso, eu tive a ajuda do mágico Dimy, que me proporcionou o conhecimento desse universo. Esse conhecimento veio através de pesquisas, de mágicos, a Casa dos Mágicos, a qual eu sou muito grato, e a Fábrica da Ciência, que também contribuiu para esse universo de pesquisas. O que mais me chamou a atenção eu acho que é isso que todo mundo tinha curiosidade: de onde eles surgiram? Como que surgiram? E por que eles surgiram? Essas respostas, quando adentrei nesse universo através da pesquisa, eu tive e é dessa maneira que eu vou compartilhar com todos os espectadores do CARNAVALESCO que estarão no Anhembi e toda a imprensa, para desvendarem junto comigo esse grande universo mágico”, disse.

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Anselmo afirmou que os mágicos não apenas ajudaram a desenvolver o enredo, como farão parte do espetáculo desenvolvido para impressionar o público do Anhembi com surpresas e mágicas.

“Foi fascinante (contar com a ajuda dos artistas). Primeiro porque eu visitei o estúdio que o mágico Dimy tem lá em São Caetano, que tem um galpão fantástico. Melhor do que isso, eu me aventurei não só na pesquisa, mas conheci mágicas e truques. Eu me senti meio que o ‘Mister M’ desvendando os mistérios desse universo mágico. Mas é claro que o objetivo da Imperador não é revelar truques, mas sim iludir você e todo mundo”.

Do primeiro truque de mágica aos grandes espetáculos

Contar a história do ilusionismo no mundo inevitavelmente passa por uma época em que tudo que não houvesse uma explicação na religião era visto como algo ruim. O primeiro truque de mágica nasceu da ideia de causar espanto, e para transformar a ilusão em arte foi preciso a humanidade amadurecer. Anselmo Brito explica como que a Imperador contará na Avenida os caminhos que levaram os mágicos de seres renegados aos detentores de uma das mais fascinantes manifestações artísticas, muito influenciado pelo nascimento de um dos personagens mais icônicos da história da literatura, o Mago Merlin.

“Nós vamos convidar todos para uma viagem. Nós vamos fazer uma viagem no tempo, e para isso vamos para o Egito, onde tudo começou. Essa história é fabulosa porque ela começa no Egito e isso é descrito em um papiro no Museu dos Mágicos. A primeira mágica surgiu no Egito a pedido do Faraó. O Grande Faraó queria causar uma grande impressão diante dos súditos, fazer algo inédito. A ideia dele era causar medo, mas na verdade nada mais do que surge um truque mágico, que foi a primeira decapitação. A primeira mágica foi feita através de uma decapitação, que era o corte da cabeça, mas que na verdade era apenas um truque. Ele queria assustar seus súditos dizendo: ‘olha, se não for do jeito que eu quero, as cabeças vão rolar’, e assim foi feito o primeiro truque. Nós vamos começar lá no Egito, e logo depois já vamos para um outro período que é a Era Medieval, onde eu trago as nossas baianas abrindo o nosso desfile. Elas vêm representando aquilo que era a visão que naquele período se tinha dos mágicos, em que os atos que eles faziam eram bruxarias, que tinham algum pacto, alguma semelhança com bruxas, e a Inquisição levou muitos deles até a fogueira por conta de acharem que os truques dos mágicos nada mais era do que feitiçaria. Esse é o próximo passo para contar a história do mágico porque não é só de magia ou de alegria que viveram esses mágicos, eles também foram perseguidos ao longo da história. E aí nós vamos nos deparar com um outro universo medieval, aonde nós vamos cair no Grande Castelo da Magia. Nesse castelo nós vamos ter como morador um dos personagens mais importantes da história, que nada mais é do que o próprio Mago Merlin. Ele será ilustrado no nosso Abre-alas, o grande castelo medieval aonde o Mago Merlin foi o primeiro a dizer ‘não, tudo que acontece nada mais são do que truques’, e aí ele lança o primeiro livro para mostrar que tudo isso não passava apenas de truques, ilusão de ótica, era um verdadeiro teatro. Para que? Para que essa função do mágico pudesse chegar até onde chegou tendo esse prestígio e respeito. Logo depois, vamos seguir nesse caminho para mostrar como esses mágicos foram reconhecidos. Diferente do que todo mundo pensa, o primeiro palco, o primeiro lugar onde os mágicos faziam suas apresentações era no teatro. É o teatro sendo uma peça muito importante e palco para os grandes mágicos. Para depois eles se tornarem conhecidos mundialmente, e todos os continentes e nações conhecerem os truques de magia, eles começam a embarcar no circo, que passa a ter uma grande importância para o mágico”, explicou.

O desfile da Imperador mostrará ao público que a magia está mais presente na vida das pessoas do que se pode imaginar. De truques cinematográficos à computação gráfica presentes em filmes e séries, Anselmo mostra que as ilusões de ótica foram fundamentais para o desenvolvimento do cinema. A modernidade também permitiu o surgimento de alguns dos nomes mais famosos e populares da história dos mágicos.

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“Também nós vamos retratar no nosso desfile que os truques mágicos eles estão presentes em várias partes da arte, entre elas o cinema. Hoje aquilo que chamamos de efeitos especiais nada mais é do que um truque de mágica. Também vamos celebrar um dos mágicos mais importantes da história, o mágico Houdini que ousou no seu tempo criando uma das mágicas mais conhecidas e desafiadoras até hoje, que até levou ele à morte, que era entrar dentro de uma caixa, ser acorrentado, ser jogado dentro do mar e quando resgatavam aquela caixa ele já não estava mais lá dentro, de uma forma surpreendente e mágica saia vivo daquilo. Não podemos deixar de falar de um outro mágico polêmico, mas que contribuiu muito que foi o Mister M. O Mister M é uma figura importante para os mágicos, mesmo com as suas polêmicas. Por uns ele é odiado, e nós, curiosos, adoramos ele afinal quem nunca quis desvendar um truque de magia? Nós vamos falar também de Mister M, e nessa viagem nós vamos retratar muitas outras questões importantes dos mágicos. Quem não sabe da importância da cartola para o mágico? De dentro da cartola muitas coisas surgem, desde o coelho, baralhos, pombas. São elementos importantes que nós vamos mostrar: as ferramentas, os instrumentos usados pelos mágicos com o poder de ilusão. Mais do que isso, nós vamos apresentar essa palavra muito forte que é a ilusão. Nós vamos iludir as pessoas na Avenida, nosso objetivo é esse. Além de encantar pela trajetória por esse universo tão interessante, também poder iludir a todos. E aí nós vamos finalizar o nosso desfile de uma forma muito interessante, que é poder mostrar a importância do mágico, do espetáculo do mágico, que são grandes espetáculos. Nesse carro nós vamos trazer um mágico e ele vai fazer uma surpresa na nossa alegoria. É um carro que também vai ter elementos de magia. Nós vamos apresentar alguns truques de mágicos. Quem nunca viu os truques dos dados, dos baralhos, o que de dentro da cartola pode sair? E também vamos trazer uma outra figura: o coringa. Mas o que tem a ver o coringa com a história dos mágicos? Muito, porque o coringa é um elemento surpresa. Ele é o animador, a chave do mágico. Por isso que existe nos baralhos o personagem coringa, como elemento surpresa. Esse coringa vem para isso, para divertir, confundir, que é o papel dele na história do universo mágico. É toda essa trajetória que nós vamos passar no Sambódromo, o objetivo é contar história onde começou, a importância do mágico dentro da história e finalizar com aquilo que o mágico mais faz, que são os seus grandes espetáculos de magia”.

Anselmo garante que a própria comunidade da Imperador do Ipiranga, nascida de um grupo carnavalesco voltado para crianças, aparecerá no desfile na forma de uma das alas. “A nossa comunidade também está inserida no enredo. Nós vamos ter uma ala que é a nossa comunidade, a magia que tem a nossa comunidade, no sentido subjetivo, no sentido de alegria mesmo, de dizer que a magia da nossa comunidade é adentrar na passarela para poder trazer a sua alegria e buscar esse tão sonhado título que estamos almejando”.

Carta na manga: o trunfo da Imperador do Ipiranga em 2025

Se no ano anterior a comissão de frente encantou o público que compareceu ao Sambódromo do Anhembi, para 2025 a Imperador do Ipiranga apostará ainda mais alto no segmento. Anselmo Brito aposta no quesito como o grande trunfo da escola para chamar a atenção do público logo nos primeiros minutos de desfile.

“A nossa comissão de frente (é o trunfo). Ano passado ela surpreendeu, assim como acho que todo o desfile do ano passado foi marcado por vários momentos inesquecíveis, que nos deram tantas alegrias. Aquele desfile nos trouxe muitas alegrias, muitos prêmios. Novamente buscamos essa receita, e novamente a nossa comissão de frente é diferente porque é ousada para o grupo, com cara de Grupo Especial, com ousadia de Grupo Especial, com investimento de Grupo Especial. E é um dos trunfos, eu creio que temos outros, mas eu vou destacar de início uma boa abertura. A escola vai abrir muito bem com a nossa comissão de frente, dando já um recado de como será o desfile, como nós vamos iludir a todos”, afirmou.

Mensagem de Anselmo Brito para a comunidade da Imperador do Ipiranga

“Eu convido toda a nossa comunidade, todo mundo do samba, todos os apaixonados pelo CARNAVALESCO, que vem fazendo um trabalho belíssimo o qual eu sou muito grato mais uma vez por estar recebendo vocês, que cada vez mais só vem abrilhantar o carnaval de São Paulo. Minha gratidão. O que eu posso dizer é convocar a todos a participar desse grande espetáculo, o qual eu convido a todos vocês a ver uma Imperador novamente desfilando na Passarela do Samba e fazendo um grande espetáculo cheio de surpresas e novamente com alegorias, que o forte da nossa escola é a plástica que vem esses anos aí, novamente vindo muito bem. Nós vamos vir plasticamente muito bem, com muito bom gosto e com muito luxo, que é a cara da escola. E uma escola diferente, esse ano eu diria que é uma Imperador diferente porque o enredo pede. Nós vamos fazer uma grande ópera a céu aberto, um grande teatro onde cada componente já está sendo preparado pela nossa comissão de carnaval, juntamente com o nosso diretor de carnaval, diretores de harmonia. Para que? Para que o nosso componente não seja apenas um brincante ali, que ele realmente vista essa fantasia e naquele momento ele vai ser um grande personagem. Ele sabe da importância dele para esse grande desfile, para sairmos desse ‘quase’, buscarmos esse tão sonhado título e levar a nossa escola ao Grupo de Acesso 1. Você, mais do que nunca, está convidadíssimo a viajar com a gente nessa linda história e se fascinar com o nosso desfile. Nossa palavra-chave é o ‘Abrakadabra’. Que o ‘Abrakadabra’ seja o nosso troféu, que nós consigamos tirar de uma das inúmeras cartolas que nós vamos levar para a Avenida esse troféu desse tão sonhado título para a nossa comunidade”.

Ficha Técnica
Enredo: “Abrakadabra”
Componentes: 700
Alegorias: 2 carros
Alas: 10
Diretor de barracão: Mestre Dentinho
Diretor de ateliê: Comissão de ateliê
Ordem de desfile: Sétima escola a desfilar no dia 22 de fevereiro de 2025 pelo Grupo de Acesso 2

Botafogo Samba Clube repudia decisão de tirar identificação da escola da fachada do barracão

A Botafogo Samba Clube, que estreia na Série Ouro, no Carnaval 2025, emitiu uma nota repudiando uma decisão que determina a retirada imediata da identificação de nossa agremiação na fachada do barracão de alegorias, localizado na Rua Catumbi, esquina com a Rua Frei Caneca. Veja abaixo.

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Fotos: Divulgação/Botafogo Samba Clube

“A Botafogo Samba Clube vem a público manifestar seu total repúdio ao ofício assinado pela Sra. Silvia Mizrahi, coordenadora de Licenciamento e Fiscalização da Prefeitura do Rio de Janeiro, que, sem respeitar o direito à ampla defesa e ao contraditório, determinou a retirada imediata da identificação de nossa agremiação na fachada do barracão de alegorias, localizado na Rua Catumbi, esquina com a Rua Frei Caneca.

A justificativa apresentada, baseada na suposta necessidade de preservar a paisagem da cidade, é completamente infundada. É de conhecimento público que a associação que administra o espaço público cedido pela Prefeitura comercializa amplamente áreas para publicidade de patrocinadores, incluindo banners e telões em toda a Avenida Marquês de Sapucaí e na Praça da Apoteose. No entanto, a Botafogo Samba Clube está sendo alvo de um claro tratamento desigual, justamente às vésperas do Carnaval.

Causa estranheza que, nos últimos dias, representantes dessa associação tenham solicitado a retirada do banner do barracão da Botafogo Samba Clube alegando que contrariaria interesses comerciais e poderia aparecer na transmissão da empresa responsável pela exibição oficial do Carnaval. Agora, recebemos um ofício da Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização, assinado pela Sra. Silvia Mizrahi, exigindo a mesma medida, reforçando a impressão de que a máquina pública está sendo utilizada para atender a interesses privados.

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Se o objetivo da Coordenadoria fosse realmente garantir a preservação da paisagem urbana, a mesma regra deveria ser aplicada a todas as publicidades exibidas na região. No entanto, o que se vê é um rigor seletivo contra nossa agremiação, enquanto camarotes e patrocinadores do evento continuam exibindo suas marcas sem qualquer impedimento.

Ainda mais grave é a tentativa de intimidação contida no documento, que sugere uma possível ação legal por suposto crime de desobediência. A Botafogo Samba Clube sempre atuou dentro da legalidade e exige o mesmo respeito e tratamento isonômico concedido às demais entidades envolvidas no Carnaval do Rio de Janeiro.

Diante disso, deixamos claro que não aceitaremos essa tentativa de censura disfarçada de fiscalização e tomaremos todas as medidas cabíveis para garantir que nossos direitos sejam respeitados. O Carnaval é do povo, e não de interesses privados que tentam se sobrepor ao que é justo”.

Liesa divulga relação de julgadores para o Carnaval 2025 com sete estreantes

A Liesa divulgou nesta quinta-feira a lista com os jurados que irão avaliar os desfiles competitivos do Grupo Especial do Rio de Janeiro para o Carnaval 2025. Serão 36 profissionais, que estarão divididos em quatro módulos, e avaliarão nove diferentes quesitos. Desse total, sete são estreantes.

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Foto: Fábio Costa/Liesa

Ao longo da semana, os selecionados participaram de encontros com dirigentes e representantes das 12 escolas de samba, na sede da Liga, para o chamado “Curso de Jurados”, onde puderam tirar dúvidas e obter informações sobre a metodologia de avaliação. Neste ano, com três dias de desfiles, domingo, segunda e terça-feira, as notas serão fechadas ao final de cada data.

Os módulos em que cada julgador atuará na Sapucaí serão sorteados posteriormente, em um novo encontro. Confira a lista com os jurados do Rio Carnaval 2025:

Evolução
Gerson Martins
Lucila de Beaurepaire
Mateus Dutra
Verônica Torres

Bateria
Ary Jayme Cohen
Geiza Carvalho (nova)
Philipe Galdino
Rafael Barros Castro

Harmonia
Bruno Marques
Rodrigo Lima
Jardel Maia Rodrigues
Júlia Félix

Comissão de frente
Rafaela Riveiro Ribeiro
Raffael Araújo
Raphael David Filho
Paola Novaes

Fantasias
Paulo Paradela
Betto Gomes (novo)
Sérgio Henrique Silva
Wagner Louza

Samba-enredo
Alfredo Del-Penho
Ana Paula Fernandes (nova)
Alessandro Ventura
Igor Fagundes (novo)

Enredo
Arthur Nunes Gomes
Johny Soares
Monica Mançur (nova)
Marcelo Rodrigues

Alegorias e Adereços
Madson Oliveira
Fernando Lima
Soter Bentes
Walber Ângelo de Freitas

Mestre-sala e porta-bandeira
Mônica Barbosa
Eduardo Torres (novo)
Fernando Bersot
Henna Melo (nova)

Após ser alvo de intolerância religiosa, Wander Pires desabafa: ‘É tão difícil sambista ser respeitado?’

O intérprete da Viradouro, Wander Pires, publicou nas redes sociais que recebeu ataques de intolerância religiosa na última quarta-feira. Segundo ele, a pesssoa o acusa de ter sido “preso por cantar música do capeta”.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

“Estou sendo alvo de preconceito religioso após os vídeos cantando os pontos de Malunguinho repercurtir, esse é só um dos vários comentários que recebi, me entristece demais. Eu não vou na rede de nenhuma pessoa atacar ou falar da vida delas. É tão difícil sambista ser respeitado? É tão difícil respeitarem uma religião? Onde está a alma que não se deve julgar dessas pessoas?”, questionou o cantor.

O vídeo publicado por Wander Pires é o que ele canta o samba-enredo da Viradouro para o Carnaval 2025. A escola de Niterói, atual campeã do Grupo Especial, será a terceira escola a desfilar no domingo de carnaval e levará para a avenida o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon.