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Rocinha apresenta samba e equipe para 2020 com muito axé

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A Rocinha promete trazer muito axé e cultura para a Sapucaí. Em 2020, a escola vai contar a história de Maria Conga, uma escrava do Congo trazida ao Brasil onde se tornou guerreira. Maria é considerada a heroína em Magé, lugar que conta com o único quilombo reconhecido na Baixada Fluminense. A escola será a segunda a desfilar na sexta-feira pela Série A.

O samba apresentado na voz de Ciganerey foi encomendado aos autores Cláudio Russo, Fadico e Anderson Benson. O presidente Ronaldo Oliveira que disse preferir as eliminatórias de samba, mas explicou porque esse ano a escola decidiu pela encomenda.

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“Na verdade, não foi escolha. A gente começou a ver os enredos, os que teriam provável ajuda e acabou que não aconteceu. Escolhemos o enredo muito tarde para que houvesse uma disputa. Não ia ter tempo hábil porque a gente já tinha o calendário da Lierj. Foi a única opção. Eu gosto muito de disputa de samba, mas com as incertezas do poder público, a gente não tem números, nem nada”, disse o presidente.

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O carnavalesco Marcus Paulo, membro da comissão de carnaval da Unidos da Tijuca e estreante na Rocinha, revelou que durante o processo de confecção da obra conversou bastante com os autores.

“O contato foi o tempo inteiro. Tenho muita intimidade com o Fadico que mandava coisa de madrugada perguntando: ‘o que você acha disso?’, ‘o que você acha daquilo?’. A gente bateu bastante bola sobre o enredo para fazer o samba”.

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Marcus Paulo, além de estrear na agremiação, também estreia um trabalho solo na série A.

“Eu já venho calejado fazendo há uns 6 carnavais lá na Tijuca, dividindo as ideias com os meus companheiros. Só que o trabalho solo te dá um novo gás, novo ânimo. É sua arte que está ali, é sua cara. A partir daí fica mais claro para todo mundo qual o seu estilo de trabalho. O que mais me encanta na comunidade é que é uma escola muito unida. Tem uma coisa diferente, de amor mesmo, de todo mundo se ajudar”, contou Marcus bastante feliz pela oportunidade.

Enredo cultural e samba com melodia diferente

A festa na escola contou também com uma representação teatral de Maria Conga saindo de sua terra de origem em direção ao Brasil. Após foi apresentado o novo time do carro de som da Rocinha que será comandado mais uma vez pelo experiente intérprete Ciganerey. O cantor falou sobre a obra de 2020 e o andamento do trabalho.

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“O samba está gravado e agora é trabalhar com a equipe nova de cantores, ensaiar e fazer o melhor possível. O samba é bom, tem uma letra bonita e uma melodia diferente. Acho que vai ser uma grande surpresa na Avenida”.

O compositor Fadico elogiou o enredo e falou sobre a proximidade com o carnavalesco Marcus Paulo durante a composição do samba.

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“Foi uma coisa bem legal e que teve um desenvolvimento bem tranquilo porque a gente já se conhece. E com um enredo desses ficou ainda mais fácil. Um enredo com muito conteúdo, um enredo nosso, que é cultural para caramba. Foi bem fácil e até pela parceria com o Cláudio Russo e com o Anderson Benson que a gente já tem um entrosamento legal”.

Sem previsão de verba, escola se vira como pode

A apresentação do enredo e do samba para 2020 contou também com a presença do prefeito de Magé. O chefe do executivo do município, que também é citado no enredo, prometeu se esforçar para ajudar a escola a fazer um bonito desfile.

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Sem ainda nenhuma notícia concreta a respeito de verba para as escolas da Série A, o presidente Ronaldo Oliveira lamentou esta ausência de perspectiva que segundo ele aumenta ainda mais a dificuldade do trabalho.

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“O que a gente faz é quase um milagre. Tivemos dois anos de corte de verba. A gente recicla muito para diminuir o custo, diminuímos também o número de alas porque o custo é alto, a mão de obra é muito alta. O que é complicado pra gente é a incerteza de números. Se os governantes montassem um cronograma de julho para frente seria outra coisa, pois os valores são outros”.

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O carnavalesco Marcus Paulo também ressaltou a necessidade de que seja feita alguma previsão de dinheiro, mesmo que mínima, para poder produzir o carnaval da Rocinha.

“A gente sabe que não adianta eu vir aqui e dizer que vou tirar da cabeça o recurso, que não dá. Pra tudo precisa de dinheiro. Mas, eu já estou desenvolvendo esse projeto para essa dificuldade, tanto a respeito de uso de material e de visual que eu vou dar. Mas sempre precisa de alguma verba, e torcemos para que essa incerteza possa acabar. Precisamos do mínimo para desenvolver o projeto”.

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O diretor de carnaval Maurício Santana explicou quais as medidas que a escola vem tomando para driblar a crise.

“É difícil né, mas a gente tem que se adaptar a essa nova realidade. Estamos começando esta semana o barracão, parte de cortar alegoria para começar a levantar o projeto do carnavalesco. E fantasias nós estamos começando a parte de fazer protótipos para depois fazer reprodução, materiais alternativos e muita criatividade”.

Maurício Santana também revelou que a escola em 2020 virá com 3 alegorias, 17 alas, e um número em torno de 1200 à 1300 componentes.

Escolinha de percussão vem dando frutos e é aposta da escola

A Ritmo Avassalador de mestre Júnior não poderia faltar na festa da escola. Para o próximo carnaval, a aposta está em colher os frutos do trabalho realizado na formação de novos ritmistas. Mestre Júnior adiantou também em conversa com a reportagem do CARNAVALESCO que virá com 230 ritmistas.

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“Esse ano a gente está trabalhando com quatro bossas. Na hora a gente vê o que está mais encaixado para usar. E hoje estamos com a nossa escolinha de percussão, que graças a Deus todo ano rende frutos. Tem a ala de marcação toda da casa, repique todo da casa, chocalho praticamente todo da casa, cuíca toda da casa. Todo ano vai acrescentando para bateria gente da escolinha. A fantasia vem bem leve mais um ano sem nada para atrapalhar. O que vai representar é uma surpresa”.

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Casal mostra entrosamento também fora do carnaval

Morando juntos, Viviane Oliveira e Vinícius Jesus são um casal dentro e fora do carnaval. Em 2020, serão mais uma vez o casal de mestre-sala e porta-bandeira principal da Rocinha. Ano passado bateram na trave no objetivo dos 30 pontos por apenas um décimo perdido. Vinícius contou que o trabalho para 2020 é não deixar mais nenhuma nota escapar.

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“O carnaval passado foi muito bom para mim por ter sido o meu primeiro como primeiro mestre-sala da Rocinha e as notas também foram muito boas, só perdemos um décimo. Então, a gente vai trabalhar mais e mais para vir os 30 pontos. Nesta semana vamos começar os ensaios com o novo coreógrafo, ano passado a gente não teve, esse ano vamos ter, e eu estou muito feliz com o enredo também, bonito e emocionante”.

Viviane Oliveira revelou que a vida de casada facilita a rotina de ensaios da dupla e revelou que a fantasia já está em processo de confecção.

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“Ele (carnavalesco Marcus Paulo) conversou com a gente e já até começou a fazer e vai ser linda a fantasia. Como somos casados isso já facilita e favorece o nosso trabalho para o carnaval”.

Focada no bicampeonato, Mangueira aprimora parceria e gera benefícios para casal e comissão de frente

Por Alberto João e Daniela Safadi

O desfile é no palco sagrado da Marquês de Sapucaí, mas o caminho fica mais curto quando a escola prepara desde cedo seus quesitos para brilhar na Avenida. Sonhando com o bicampeonato do Grupo Especial, a Estação Primeira de Mangueira deu um upgrade na parceria com o Hotel Vila Galé e conquistou um espaço exclusivo para os ensaios da comissão de frente e do casal de mestre-sala e porta-bandeira, além de alimentação e outros mimos para os integrantes que podem somar até 80 pontos no desfile da verde e rosa.

Há quatro anos, a Mangueira realiza sua feijoada de carnaval no Hotel Vila Galé. A satisfação com o resultado é mútua.

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“O ambiente é favorável pelo hotel estar na Lapa e nosso ambiente ser fantástico para quem quer viver a experiência do samba. Nada fala mais forte na cultura do que o carnaval”, disse Fernanda Santos, Gerente Geral do Vila Galé.

Para o presidente mangueirense, Elias Riche, a ideia é avançar internacionalmente na parceria com o hotel.

“Queremos evoluir e ir para Europa. Levar nosso show Matrizes. Sei que um dia vai acontecer. Estivemos em Natal e foi um sucesso muito grande. A parceria vem crescendo a cada ano. Sabemos que temos 90% dos hóspedes que são mangueirenses. O hotel é perto do Sambódromo. É uma parceria campeã”, comemorou Elias.

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Responsáveis pelos quesitos, os coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri e o casal Matheus e Squel aprovaram a parceria e o conforte para realização dos ensaios, inclusive, os secretos.

“Os bailarinos nem acreditaram. É um diferencial. Aqui é perfeito para fazer o trabalho”, garantiu Priscilla. “É um espaço reservado que vale muito nesse momento da criação da comissão”, completou Rodrigo.

“Ajuda na concentração e logística. A gente se sente em casa”, afirmou o mestre-sala. “É gratificante ter o lugar tranquilo e com estrutura. Ganhamos o espaço para ensaiarmos com calma e montarmos a coreografia. É bom para ter o sigilo e desenvolver o trabalho de forma positiva”, comentou a porta-bandeira.

Hóspede do Vila Galé viverá a experiência do carnaval

Se os quesitos mangueirenses estão comemorando a renovação da parceria com o hotel é bom citar que os turistas que estiverem hospedados no Vila Galé para a folia de 2020 vão viver a experiência inesquecível do maior carnaval do mundo. Ah, a rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos, fica hospedada no hotel e também estará presente nos eventos.

O pacote de R$ 2.160 por pessoa oferece uma cesta variada de opções. Em três noites de hospedagem, durante o período da folia, a pessoa ficará em um apartamento duplo e poderá participar da feijoada especial (open bar) com a presença da Mangueira e sua bateria, além de um grande baile na segunda-feira de carnaval, incluindo, open bar de caipirinha. O melhor é que o pacote já pode ser comprado e parcelado em seis vezes no cartão de crédito. Entrando no site vilagale.com até o dia 30 de dezembro e usando o código mangueira2020 ainda é possível ganhar 15% de desconto.

Sossego opta por linha tradicional e apresenta samba para Carnaval 2020

A Acadêmicos do Sossego, antes mesmo de conquistar de volta o seu acesso ao Sambódromo em 2016, optou por seguir uma linha moderna na construção de sambas. Em 2016, a obra não tinha rima, no ano seguinte era um diálogo e mais à frente suplantava os verbos da composição. Porém, a linha será diferente para o Carnaval 2020. A azul e branca do Larga da Batalha, em Niterói, optou por seguir um caminho mais tradicional.

A escola apresentou sua obra para o ano que vem, composta pelos compositores Orlando Ambrósio, Diego Nicolau, Richard Valença, Renan Diniz, Jefferson Oliveira, Chaynne Santos, Jp Monteiro, Dudu Senna, Thiago Vaz, Professor Laranjo, Sérgio Joca e Mário da Vila Progresso, neste sábado no Clube 5 de Julho, no bairro do Barreto. A Sossego será a primeira a desfilar no sábado de carnaval, segunda noite de desfiles da Série A. A azul e branca apresenta o enredo ‘Tambores de Olokun’, do carnavalesco Marco Antônio Faleiros.

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Melodia em tom menor e linha de samba mais tradicionalista

Diego Nicolau é um dos autores da obra que a Sossego apresentou para o Carnaval 2020. Experiente poeta do carnaval, o intérprete da Unidos de Pare Miguel, explicou ao site CARNAVALESCO como foi definida a linha de composição determinada pela agremiação.

“A escola optou por seguir com novos compositores acredito que tentando uma nova linha melódica para seu samba de 2020. Tentamos que a letra tivesse relação íntima com a melodia, quando o enredo é mais sombrio no utilizamos uma melodia em tom menor, quando falamos da travessia pra Pernambuco, do Maracatu e manifestações folclóricas pensamos numa melodia que tivesse essas nuances e assim por fim. É uma estrutura sem nenhuma grande novidade mas buscando qualidade e coerência. Achamos que o samba deve servir ao projeto de carnaval”, explicou.

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Vivendo os dois lados na vida de compositor, compondo tanto para encomendas como para concursos tradicionais, Nicolau explica o que para ele são as principais diferenças estruturais nos dois modelos de composição.

“Na verdade, de cara converge a vontade de ter uma letra de boa qualidade e pertinência ao enredo e uma melodia que proporcione bom desempenho pra escola, seu cantor e bateria. Talvez, aí mora a diferença, temos a possibilidade de consultar e trocar ideia com os mais interessados pela obra é de acordo com isso ir tornando o samba o mais propício ao sucesso no desfile”, destaca.

Enredo exaltará traços da cultura popular

Marco Antônio Faleiros fará sua estreia na Sossego em 2020. O artista, depois de bons carnavais pela Alegria da Zona Sul, foi elogiado por Leandro Vieira na transmissão da Série A da TV Globo em 2019. Citando o colega como referência, Marco Antônio celebra sua chegada ao Largo da Batalha.

“Eu fiquei grato pelos elogios do Leandro na transmissão. Ele é uma referência como artista para qualquer carnavalesco. A opção pelo enredo foi não fugir de minha característica. Quando fui contratado, a escola me deu liberdade. Das três opções dadas a mim por eles, essa foi a escolha”, destaca.

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Na entrevista ao site CARNAVALESCO, o artista busca explicar como será desenvolvido o enredo da Acadêmicos do Sossego para o desfile do ano que vem.

“O enredo mostra a força da cultura brasileira. Vamos passar por Pernambuco, a capital Recife, teremos o Maracatu, Nossa Senhora do Rozário, o bate-virado. Vamos fazer uma exaltação à cultura popular brasileira, voltada ao maracatu e encerramos com o grupo Tambores de Olokun, que é aqui do Rio de Janeiro”.

Presidente afirma que escola está profissionalizando pratas da casa

Desde que subiu para a Série A em 2016, a Sossego conseguiu permanecer em 2017 e 2019. Em 2018 acabou rebaixada, mas uma virada de mesa a manteve no grupo. Para seguir entre as principais escolas do carnaval, o novo presidente Hugo Júnior destaca que a agremiação está profissionalizando seus segmentos e departamentos.

“A gente assumiu tem uns 3 meses, estamos implantando um método de profissionalização das pratas da casa. É a única forma de conseguir destaque na Série A, na minha visão. A direção da escola está toda voltada nesse projeto. Além de observar onde houve erros e acertos em 2019. Ficar entre os 5 primeiras”, explica.

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Hugo destaca que assim como as demais escolas de Niterói, a Sossego receberá um aporte da prefeitura local. Portanto, ele não sou precisar nem quanto e nem quando a escola irá receber a prometida verba.

“Nosso carnavalesco trouxe um enredo fácil de desenvolver, que gerou esse grande samba. Nosso ateliê está preparando as fantasias dentro do cronograma pensado. A escola comprou a briga dessa nossa administração. Não sabemos quando e quanto vamos receber, mas a prefeitura de Niterói já nos garantiu que vai ajudar as agremiações de Niterói. Receberemos esse suporte”.

Sossego irá ensaiar na Amaral Peixoto, garante diretor de carnaval

Alexandre Dias será o diretor de carnaval da Sossego no desfile de 2020. O dirigente falou ao CARNAVALESCO sobre as dificuldades para se colocar o carnaval na rua, mas destacou que a união da comunidade minimiza todas as dificuldades.

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“O desafio primordial é a questão da união da comunidade. sem isso as escolas da Série A não andam. Apesar das adversidades, com os pés no chão estamos caminhando bem”.

Alexandre confirma os ensaios de rua na Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Niterói e revela a estrutura de desfile da Sossego no Carnaval 2020.

“São 21 alas, viremos com 1.600 componentes, três alegorias, sendo um acoplamento. Estamos em parceria com a Neltur (Niterói – Empresa de Lazer e Turismo S/A), vamos realizar nossos eventos aqui no Clube 5 de Julho para o Carnaval 2020. Mais para frente vamos fazer os ensaios de rua na Amaral Peixoto”.

Intérprete Guto colhe os frutos de grande estreia

Filho de Nova Friburgo, assim como o intérprete da Grande Rio, Evandro Mallandro, Guto vai para o seu segundo desfile à frente do carro de som no Largo da Batalha. Em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, ele fez um balanço desse ano de estreia.

“Esse ano foi importante demais para mim, dei o primeiro passo como intérprete, ao lado da Juliana, foi um trabalho muito elogiado. Agora estou sozinho, com expectativa de novamente realizar um bom carnaval. Agradeço à escola pela oportunidade novamente”.

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Guto falou sobre as características mais tradicionais do samba de 2020 e opção por uma linha melódica mais valente.

“O samba tem sido dito por muita gente como sendo melhor do que 2019. É uma obra que segue uma linha um pouco diferente. É mais valente, está mais dentro daquilo que as pessoas estavam acostumadas a ouvir. De 2016 a 2019 a agremiação seguiu uma linha moderna de composição. E a obra dessa vez opta por aquela mais tradicional de sambas”.

Casal vai estrear junto no Sambódromo

A grande novidade da Sossego no desfile de 2020 é o casal Emanuel e Cassiane. A dupla não só estreia no Sambódromo como também jamais havia dançado junta. A porta-bandeira recebeu essa oportunidade, já que Bruna Santos aceitou a proposta da Mocidade para ser primeira porta-bandeira em Padre Miguel.

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“É a minha primeira oportunidade, é bem gratificante por ser meu retorno. Toda a comunidade me recebeu muito bem. Tem sido muito legal. Eu saí da escola em 2018, como segunda. Não queria mais desfilar, estou concluindo uma pós. Fui convidada pela Ponte com o Rafael. Vim como segunda da Ponte em 2019. Estávamos sendo bem elogiados e quando a Bruna decidiu aceitar a proposta da Mocidade, o presidente Hugo me ligou fazendo convite. A minha relação com o Emanuel é maravilhosa. O primeiro foi contato foi excelente, até porque não nos conhecíamos, estamos ensaiando com o nosso coreógrafo. Pegando muito firme. É uma parceria fechadíssima. Estamos correndo atrás”, destaca a porta-bandeira.

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O parceiro de Cassiane, Emanuel faz coro com a opinião da colega, ressalta ter se surpreendido com a proposta da Sossego, comemora a oportunidade recebida por Bruna, sua ex-parceira, e também cita o início da parceria com a nova porta-bandeira.

“Como primeiro é a primeira vez. Sou terceiro na Portela, mas estou estreando. Foi uma grata surpresa esse convite. Foi um dia depois do meu aniversário. A Bruna era a porta-bandeira na ocasião e indicou o meu nome. Naquele momento ainda era o Wallace o presidente. Ele tinha a vontade de trabalhar comigo. O Hugo também abraçou a causa. Me deixou bastante feliz. Veio rápido a oportunidade. Fiquei muito feliz pela Bruna, é uma oportunidade muito merecida para ela, que é cria da Mocidade. Realmente não conhecia a Cassiane, mas ela chegou com muita vontade. Eu de cara abracei essa parceria. Me sinto muito feliz, nos tornamos muito amigos, além dela ser uma excelente porta-bandeira. Que seja uma parceria de vida também. E assim está sendo”, finaliza.

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Swing da Batalha com quatro paradinhas no desfile, garante mestre

Outro membro da equipe da Sossego em 2020 que estreou em 2019 e permaneceu é o mestre da bateria Swing da Batalha, Laion Jorge. Ele faz um balanço desse ano de estreia.

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“Foi um ano gratificante, realizei um sonho junto da minha equipe. Tivemos uma transição difícil, mas conseguimos cumprir os nossos objetivos. Devido ao mau tempo foi um desfile complicado, mas estamos trabalhando de uma maneira mais madura para 2020. Já estamos ensaiando há quatro meses”.

Quem gosta de bateria ousada pode ficar de olho na Sossego em 2020. O mestre garante ao site CARNAVALESCO que a Swing da Batalha irá realizar no mínimo quatro paradinhas na Marquês de Sapucaí em 2020.

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“Estamos trabalhando o samba de 15 em 15 dias. É uma obra excelente, sendo a primeira escola da noite de sábado, nossa proposta é fazer um desfile de mais ousadia. Vamos fazer quatro paradinhas, dentro da melodia da composição, algumas novidades. Nesse período estou realizando ensaios de duas bossas. Andamento será mais atrás. Vamos passar com cerca de 230 ritmistas” conclui.

Show de arranjos de percussão e gêneros musicais misturados no show do SPRitmo

Na noite de sexta-feira, o Sesc Belenzinho sediou o primeiro show do SPRitmo. O projeto reúne grandes percussionistas e mestres de baterias do samba paulistano. Estavam presentes nomes como; Mestre Zoinho, Vitor da Candelária, Fabiano Sorriso, Acerola Angola, Paulinho Sampagode, Rodrigo Moleza, Danilo Buiu, Carlos Café, Klemen Gioz, Guma Sena, entre outros músicos.

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A diversidade de musicas cantadas, somado aos arranjos de percussão e cordas em todo o repertório, torna o show diferenciado ao paulistano fã de samba nacional. Dennys Silva, um dos idealizadores, discursou momentos antes do show.

“Agradeço a todos que vieram prestigiar o SPRitmo. A gente sabe o tamanho da dificuldade de colocar um projeto de percussão no palco do Sesc, mas graça ao esforço de todos, conseguimos. E é só o começo”.

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Além de muito show de percussão, a parte musical ficou na responsabilidade das vozes de Guilherme Cruz, Clayton Reis, Keilla Regina, Grazzi Brasil e Jorginho Soares. O show contou com a apresentação de Leandro Lehart, que recordou musicas da carreira e sambas-enredo antigos do carnaval de São Paulo. Antes de encerrar a participação, o cantor relembrou projeto que reuniu a maior bateria de escola de samba do mundo e comentou sobre parte dois do DVD ensaio de escola de samba.

“Esse pessoal aqui esteve comigo lá em 2009, na gravação de um projeto super bacana. Muito respeito a cada um que está aqui. É muito legal ver o carinho das pessoas com o projeto de anos atrás, estudantes de música me mandam mensagem até hoje sobre aquele DVD, e eu sou muito grato. O pessoal pede o ensaio de escola de samba parte dois, mas vamos ver”.

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Todos os músicos estavam trajados com conjunto combinado entre preto e branco, assim como os profissionais de apoio. A alegria esteve presente em praticamente todos os músicos do palco durante o show.

Momentos antes do final, Dennys comentou sobre as dificuldades e explicou que escolha dos profissionais envolve questões de amizade e entrosamento.

O show encerrou com a música “Assim Caminha a Humanidade”, e levantou o público.

Estado e Prefeitura se reúnem para discutir soluções para o Sambódromo

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    RIO DE JANEIRO (RJ), 18.10.2019 -sec Andre Moura em reunião com riotour sobre carnaval – Foto: Magá Jr

    O Governo do Estado e a Prefeitura do Rio se reuniram, nesta sexta-feira para discutir soluções para o Carnaval 2020. No encontro, no Palácio Guanabara, o secretário da Casa Civil e Governança, André Moura, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, e o Procurador-Geral do Estado, Marcelo Lopes da Silva, trataram sobre as obras emergenciais no Sambódromo. As intervenções são uma exigência do Ministério Público Estadual e, para o carnaval do ano que vem, o município ainda precisa obter a autorização do Corpo de Bombeiros para que a Marquês de Sapucaí possa receber os desfiles das escolas de samba.

    “Seguindo a orientação do governador Wilson Witzel, nos reunimos para encontrar uma solução para o carnaval 2020, uma vez que a Prefeitura do Rio não tinha perspectiva de solucionar o problema para atender à exigência do Ministério Público ao realizar as obras que permitem os desfiles. A Prefeitura apresentou os projetos de intervenção no Sambódromo, que giram em torno de R$8,2 milhões. A partir de agora, vamos cuidar da parte burocrática para que, o mais breve possível, o governador Wilson Witzel possa convidar o prefeito Marcelo Crivella, onde vão anunciar a solução do problema. Em paralelo, seguiremos com as tratativas para, após o carnaval do ano que vem, o Estado possa assumir o Sambódromo e revitalizá-lo. A ideia do governador Witzel é que o espaço tenha um calendário de eventos ao longo de todo o ano para trazer ainda mais turistas para o Rio de Janeiro e, assim, gerar emprego e renda para o estado”, disse o secretário da Casa Civil e Governança, André Moura.

    Além das partes elétricas, as obras emergenciais incluem ainda, a estrutural do Sambódromo. Para o aval do Corpo de Bombeiros, também é preciso uma nova sinalização de rotas de fuga de expectadores. De acordo com a Riotur, o foco é o Carnaval de 2020, pois é necessário que a reforma esteja concluída antes da festa. Marcelo Alves, presidente do órgão municipal, avaliou o encontro como positivo.

    “Quando dialogamos, é possível esclarecer dúvidas e encontrar caminhos. A Prefeitura do Rio e a Riotur estão à disposição para a parceria e apoio que o Governo do Estado está se empenhando a nos dar. Sempre são bem-vindas iniciativas para que o Carnaval e outros eventos no Rio de Janeiro ganhem mais estrutura”, afirmou o presidente da Riotur.

    Ouça o samba-enredo da Rocinha para o Carnaval 2020 na versão do CD

    Compositores: Cláudio Russo, Fadico e Anderson Benson
    Intérprete: Ciganerey

    NASCEU MARIA!
    NOBREZA EM SUA TRIBO AFRICANA
    TÃO LIVRE QUANTO OS VENTOS DA SAVANA
    E A LUA CHEIA PRA TESTEMUNHAR
    QUE A DOR, CORTA O MAR
    CHORA MARIA!
    QUE ÁGUA DO OCEANO SABE O GOSTO
    DÁ LÁGRIMA QUE ESCORRE EM SEU ROSTO
    E OS SANTOS QUE APORTAM NO CAIS DA BAHIA
    PROTEGEM QUEM JÁ FOI MERCADORIA

    LEILOEIRO CANTA O LOTE
    N’OUTRO CANTO O CHICOTE
    SEGUE A VIA DA BRAVURA
    É MARIA DA NEGRURA

    ERGUEU QUILOMBO
    DEU UM TOMBO NO APARATO
    DESSES CAPITÃES DO MATO
    CLAMANDO LIBERTAÇÃO
    JA FOI VIDRAÇA, FEZ DA LUTA UMA CORAÇA
    E HOJE O NEGRO SEM MORDAÇA
    VEM EXPOR SUA GRATIDÃO
    LUMIA O CRUZEIRO DAS ALMAS
    QUE É LINHA DE FORÇA MAIOR
    A GIRA JÁ VAI COMEÇAR!
    E HOJE A ROCINHA, INCENSA ESSE CATIMBÓ
    RISCA A PEMBA NO TERREIRO, PEDE A BÊNÇÃO A MINHA VÓ

    MARIA CONGA É QUE VENCE DEMANDA!
    MARIA CONGA É QUE VENCE DEMANDA!
    SARAVÁ VÓ BENZEDEIRA PRETA VELHA DE ARUANDA

    Mocidade lidera ranking dos sambas mais ouvidos do Grupo Especial

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    O site CARNAVALESCO divulga a primeira lista dos sambas-enredo mais ouvidos do Grupo Especial para o Carnaval de 2020. A contagem segue o link de cada samba. A próxima lista será divulgada no dia 25 de outubro.

    Confira abaixo o ranking:

    1 – Mocidade: 47.794 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    2 – Mangueira: 36.349 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    3 – Paraíso do Tuiuti: 34.628 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    4 – Beija-Flor: 30.383 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    5 – Salgueiro: 23.009 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    6 – Portela: 21.679 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    7 – Grande Rio: 20.713 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    8 – Viradouro: 18.588 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    9 – Vila Isabel: 16.251 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    10 – São Clemente: 17.309 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    11 – Unidos da Tijuca: 11.742 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    12 – União da Ilha: 10.243 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    13 – Estácio de Sá: 7.207 audições (CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SAMBA)

    Imagens das fantasias das alas comerciais do Salgueiro para 2020

    Estudo da sinopse: Paraíso do Tuiuti 2020

    Salve Sebastião! Do trono ao altar, a Tuiuti canta e evoca a esperança

    Nome do enredo: O santo e o rei: encantarias de Sebastião
    Nome do carnavalesco: João Vitor Araújo

    Para o carnaval de 2020, o carnavalesco João Vitor Araújo aposta em um enredo
    autoral que tem ligação direta com o Paraíso do Tuiuti. Um dado a ser lembrado
    é que o enredo atual não foi cogitado inicialmente: o presidente havia solicitado outro
    enredo, mas o próprio João Vitor disse, em entrevista, que pensou nessa proposta desde
    a primeira vez que foi ao barracão da escola e se deparou com a imagem de São
    Sebastião logo na entrada. Ali percebeu que aquela imagem e que a devoção de toda a
    comunidade poderiam ser levadas para a avenida. E eis o resultado: a Paraíso do Tuiuti
    nos revelará as encantarias de Sebastião, ao cruzar as histórias de Dom Sebastião (Rei
    de Portugal) às de São Sebastião (padroeiro da cidade do Rio de Janeiro e da
    agremiação), propondo ligações entre as mazelas do povo de Portugal e as do povo
    brasileiro e, principalmente, nos enchendo de muita esperança para acreditar em tempos
    melhores em nossa cidade. Afinal, segundo João Vitor, somos todos sebastianistas à
    espera do retorno do rei Sebastião!

    tuiuti apresenta samba2020 84

    A sinopse do enredo é assinada por João Gustavo Melo. Para a escrita do texto,
    ele se debruçou sobre diversas bibliografias e buscou inspiração em duas fontes
    principais: o poema O Rei que Mora no Mar, de Ferreira Gullar e Almanaque
    brasilidades: um inventário do Brasil popular, de Luiz Antônio Simas. O texto se inicia
    com a oração sebastianista e em seguida é dividido em seis partes. Cada uma delas nos
    traz um panorama vasto de informações sobre a história, a vida e a morte
    (desaparecimento) do rei; além de fazer as ligações necessárias com o santo padroeiro.

    Ao se debruçar sobre a história de Dom Sebastião, é possível perceber que o rei
    não morre, mas desaparece, ou seja, não há uma morte física do corpo. O rei se
    transforma em um espírito encantado. Na encantaria, não há semelhança com a
    desencarnação, pois muitas vezes não há morte. As pessoas (e até mesmo animais)
    vivem, mas não necessariamente morrem. Elas têm a experiência do encantamento e
    vão morar em algum lugar no invisível.

    A encantaria é uma manifestação espiritual e religiosa afro-ameríndia que,
    diferente da Umbanda – na qual as entidades são espíritos que desencarnaram e
    trabalham individualmente -, os encantados se transformam em seres invisíveis,
    mitológicos ou até mesmo do folclore brasileiro – como por exemplo, sereias, botos e
    curupiras. Esses seres vivem em famílias e possuem nome e sobrenome, podendo contar
    suas histórias de quando estiveram vivos na terra, antes de se encantarem.

    Por não haver corpo para certificar a morte, diversas lendas são criadas ao longo
    do tempo para se aproximarem desse fato. É a partir do encantamento do rei Dom
    Sebastião que surgem as lendas referentes a ele presentes no texto, para alimentar a
    esperança de que ele, um dia, volte.

    Apesar de São Sebastião não estar inteiramente explícito ao longo da sinopse, é
    possível notá-lo a todo momento presente na vida do rei. Com a Paraíso do Tuiuti não é
    diferente: a comunidade que se veste de azul e amarelo, veste-se também de fidelidade
    ao samba e ao santo padroeiro da agremiação. Não é necessário que falem sempre de
    São Sebastião para que a devoção seja notória. Ao pisar na quadra, é possível sentir a
    atmosfera de fé, amor e gratidão ao protetor da escola, pelas bênçãos e pelo cuidado.

    Como dito anteriormente, João Vitor teve certeza desse enredo quando viu a
    imagem de São Sebastião no barracão da escola, e vale ressaltar que a quadra de ensaios
    também possui uma imagem do santo padroeiro, o que demonstra – e confirma – a fiel
    devoção dos foliões da agremiação. O carnavalesco disse em entrevistas que esse
    enredo segue a linha crítica dos últimos anos da escola, mas pontuou que são críticas
    implícitas e que não são necessariamente ao governo, como sempre esperam. Segundo
    ele, é preciso uma pitada de crítica, pois as coisas não andam bem para os cariocas, e
    que é impossível exaltar São Sebastião – que é padroeiro da cidade – sem falar dos
    problemas que vivemos nos últimos anos.

    Nesse formato de crítica mais velada e implícita, acredita-se ser possível atingir
    o objetivo de propor as indignações da comunidade de forma sutil e harmônica. João
    Vitor aposta na narrativa religiosa e não partidária, fazendo com que a fé prevaleça mais
    do que a abordagem política. É fato que o sentimento de que as coisas não andam bem
    afeta os cariocas em geral e a proposta da agremiação é cativar e chamar a atenção pela
    emoção e pelo sentimento próprio de devoção religiosa para uma questão que é comum
    aos habitantes da Cidade Maravilhosa.

    A narrativa da sinopse se dá em seis partes (pode-se pensar nos seis setores do
    desfile). João Gustavo nos faz perceber, aos poucos, a ligação entre Dom Sebastião e
    São Sebastião. A primeira parte conta o nascimento do rei Dom Sebastião e é intitulada
    de “O rei desejado”, pois seus pais possuíam dificuldades em ter filhos. Dom Sebastião
    nasceu no mesmo dia de São Sebastião, 20 de janeiro, e carrega esse nome por conta do
    santo.

    Na segunda parte, é narrado o momento em que o rei sai para a guerra de
    Alcácer Quibir. Com as bênçãos de São Sebastião, acredita ter grande proteção religiosa
    devido a sua fiel devoção ao santo. Ainda nesse capítulo, fala-se do desaparecimento do
    rei nas areias de Marrocos.

    Em Portugal, existe uma lenda que Dom Sebastião teria sumido e estaria no
    fundo do mar, em um palácio de cristal, pronto para sair de lá e proteger o país. Outra
    lenda narrada é que Dom Sebastião é representado como um touro negro e acreditam
    que se alguém acertasse uma flecha na testa desse touro, ele se transformaria na
    personificação do rei e retornaria para salvar o povo. Dessa lenda veio a inspiração para
    as vestimentas do bumba-meu-boi. A partir da capa real do rei, teceram as vestes do boi,
    que dá origem à tradicional dança das regiões Norte e Nordeste. Outra lenda presente
    diz que, no dia 20 de janeiro, Estácio de Sá foi flechado em batalha pelos índios e que
    São Sebastião lutava ao seu lado.

    A sinopse também conta a história do conselheiro Beato Antônio, de Pernambuco, que acreditava que Dom Sebastião voltaria se houvesse uma guerra muito grande e jorrasse sangue das pedras para salvar os flagelados (pessoas que tinham muitos problemas naquela época). Passada a Guerra de Canudos, mesmo que Dom Sebastião não tenha voltado, a fé e o encanto continuaram presentes naquele povo. A narrativa da última parte é esperançosa e diz que mesmo em lutas e dor, o espírito sebastianista continua a guiar o povo para o seu próprio destino. A sinopse finda dizendo que o verdadeiro rei há de voltar e que São Sebastião irá restaurar o trono do rei Dom Sebastião e irá restaurar o seu próprio altar, para trazer a tão aguardada paz para o povo.

    Outro aspecto bem presente na sinopse é o movimento sebastianista, cujo início
    deu-se logo após o desaparecimento do corpo do rei Dom Sebastião e, ao longo dos
    anos, se perpetua em Portugal. Sebastianismo, de forma exemplificada, significa
    esperança, ou seja, o povo de Portugal aguarda até hoje o retorno do rei para salvar
    Portugal de todos os percalços e de todas as mazelas existentes.

    O sebastianismo é mais que um sentimento: é um ato político. Como Dom Sebastião não possuía herdeiros, o trono de Portugal foi assumido pelo rei Felipe II, da Espanha. Os portugueses ficaram insatisfeitos com esse poderio e inconformados com a situação política da época. Com isso, o povo de Portugal alimentou essa esperança da volta do rei e espalhou a crença que Dom Sebastião estava vivo e aguardava o momento certo para retornar ao trono e afastar, então, o rei estrangeiro.

    Esse movimento chega ao nordeste do Brasil em formato de crença popular.
    Acredita-se na aparição de um novo rei, que seria melhor e tornaria a vida do povo mais
    digna e leve. Hoje esse movimento torna-se novamente um ato político para muitos
    cariocas, que não estão conformados com a situação política atual e aguardam
    incansavelmente a chegada desse rei bom, para assumir o trono e trazer paz para a
    cidade do Rio de janeiro.

    Conforme nos aprofundamos na sinopse e na história de Dom Sebastião e de
    Portugal, notamos as semelhanças e as ligações presentes. De acordo com João Vitor, é
    possível enxergar diálogos entre nós cariocas e o povo português, pois nós cariocas
    estamos vivendo de forma precária e repletos de esperanças por algo melhor. Segundo o
    mesmo, somos sebastianistas também por mantermos essa esperança viva e, enquanto
    Portugal alimenta essa esperança em Dom Sebastião, nós cariocas alimentamos nossa
    esperança no padroeiro da nossa cidade, São Sebastião. Essa é a ligação que João Vitor
    nos traz entre o rei e o santo e entre Portugal e Rio de Janeiro, de forma sutil, mas bem
    presente.

    Para uma percepção de São Sebastião na sinopse, é necessária certa atenção na
    leitura e no entendimento da narrativa. Espera-se que a tradução em fantasias e alegorias
    na avenida seja feita de forma evidente e perceptível. É possível imaginar certo luxo nos
    setores que trarão a história de Dom Sebastião – por se tratar de um rei – e nos setores
    seguintes fica no imaginário, pois pode-se representar as lendas de diversas maneiras, ainda mais se tratando de carnaval. Que João Vitor nos surpreenda com suas belas
    encantarias na Sapucaí!

    O enredo vem em um momento bem oportuno para a cidade do Rio de Janeiro,
    pois de forma implícita ou não, todos vivem um ato político – até mesmo quando dizem
    não escolher nenhum lado partidário. Se o sebastianismo de Portugal chegou outrora ao
    nordeste do Brasil, hoje se faz presente mais do que nunca em todo o Rio de Janeiro,
    onde os cariocas passam dias, meses e mesmo anos no aguardo de dias melhores.

    Esperamos que a comunidade do Paraíso do Tuiuti nos envolva com seu belo
    desfile e que o canto de esperança ecoe para além da avenida e se faça presente na vida
    dos cariocas diariamente, assim como a fé e a devoção em São Sebastião se faz presente
    todos os dias na vida da agremiação.

    Com as bênçãos e com a proteção do santo e com a esperança na volta do rei,
    desejo um ótimo desfile para o GRES Paraíso do Tuiuti em 2020!

    Autor: Ronaldo da Silva Junior – [email protected]
    Graduando em Teoria da Dança/UFRJ
    Membro efetivo do OBCAR/UFRJ
    Leitor orientador: Cleiton Almeida
    Graduando em Artes Visuais – Escultura – EBA/UFRJ
    Instagram: observatoriodecarnaval_ufrj

     

     

    Salgueiro Convida está de volta e terá escolas do Grupo de Acesso e também de São Paulo

    convida

    O evento que é sempre esperado pelo público que não perde uma noite de samba na quadra do Salgueiro está de volta a partir desta semana. Após o período da disputa que elegeu o hino para o Carnaval 2020, a vermelha e branca retoma os já tradicionais ensaios de quadra levando, a cada edição, uma escola coirmã como convidada e neste rol estão agremiações que integram a Série A carioca e o Grupo Especial de São Paulo.

    Para começar a festa de confraternização dos sambistas, a Academia do Samba recebe neste sábado o Império da Tijuca para uma noite onde a garantia de bons sambas é certa.

    “Vamos aproveitar este período de fim de temporada de disputa em todas as escolas para celebrar a boa safra de sambas que teremos, tanto no carnaval do Rio como em São Paulo. O sambista, mais do que nunca, precisa estar unido e a gente aqui no Salgueiro fica muito feliz em receber nossas coirmãs. Este ano ampliamos um pouco mais o “Salgueiro Convida” e vamos ver qual é a repercussão. Se for aprovado, quem sabe ano que vem não conseguimos estender ainda mais”, comenta Alexandre Couto, diretor de Carnaval da escola da Tijuca.

    Dentro da programação, a escola ainda receberá Porto da Pedra, Renascer de Jacarepaguá, Unidos de Padre Miguel, Império Serrano e Cubango, além de Mocidade Alegre, Mancha Verde e X-9 Paulistana. A agenda completa do mês de outubro já está no site da escola (salgueiro.com.br)

    A festa na Silva Teles começa às 20h30 com ingressos a R$ 40. Mesas e camarotes podem ser adquiridos através do telefone (21) 2238 9226. A quadra do Salgueiro fica na Rua Silva Teles, 104 – Andaraí.

    Serviço: Salgueiro Convida

    Data: 19 de outubro, sábado
    Atrações: Bateria Furiosa, elenco show do Salgueiro e Império da Tijuca
    Valor: R$ 40 ( vendas www.ingressocerto.com.br ou bilheteria da quadra no dia do evento)
    Horário: 20h30
    Classificação: 18 anos
    Local: quadra do Salgueiro ( rua Silva Teles, 104 – Andaraí)
    Informações: (21) 2238 9226