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Despedida em grande estilo! Imperatriz fecha seus ensaios de rua com emoção e entrega impecável da comunidade

O último domingo marcou o fim de uma temporada de ensaios que já entrou para a história da Imperatriz Leopoldinense. Mas calma! Os ensaios de rua podem até ter chegado ao fim, mas os da Sapucaí estão só começando. Serão duas grandes oportunidades para o povo de Ramos mostrar ao público tudo o que fez de melhor na Rua Euclides Farias durante o pré-carnaval.

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No último ensaio, como de costume, o show foi todo da comunidade, que, por incrível que pareça, consegue evoluir a cada semana. O canto e a desenvoltura foram impecáveis, muito graças à dupla Pitty de Menezes e mestre Lolo, que já atingiram a excelência harmônica e entregam um verdadeiro espetáculo a cada ensaio. Vale ressaltar ainda o impacto inicial causado pela comissão de frente e o casal de mestre-sala e porta-bandeira.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

Antes mesmo do início do ensaio, já era possível notar a emoção nos rostos dos componentes e segmentos. A energia que o enredo carrega se fez presente mais uma vez, mas foi após o discurso inflamado do diretor executivo, João Drumond, que as lágrimas tomaram conta dos gresilenses. Nele, o diretor pediu para que a comunidade entregasse o melhor dela, pois o carnaval da escola já está pronto.

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Foto; Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

Ao final do ensaio o diretor de carnaval, Pedro Henrique Leite, falou ao CARNAVALESCO.

“Eu nem tenho raciocínio para falar. É meu primeiro ano como diretor de carnaval, e ser diretor de carnaval é muito difícil. Mas, ao mesmo tempo, me sinto muito honrado. Eu sou nascido e criado aqui, e ver todo esse povo abraçando o projeto, abraçando a forma como a Imperatriz está sendo conduzida, não tem preço, cara. Independente de qualquer coisa, claro que a gente quer ser campeão—seria hipocrisia dizer que não. Mas, para a gente, esse título simbólico, esse reconhecimento, já vale muito. Eu estou muito feliz, realmente muito emocionado, e espero que, nos próximos quatro finais de semana, a gente esteja na Sapucaí, fazendo o povo feliz”, disse Pedro.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

A Imperatriz será a segunda escola a desfilar no domingo, 2 de março, primeiro dia de desfile do Grupo Especial. O enredo “Ómi Tútu ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón” está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira. Os próximos ensaios da verde e branca ocorreram na Sapucaí nos dias 15 e 23 de fevereiro.

Comissão de frente

O coreógrafo Patrick Carvalho presenteou o público com uma comissão de frente de tirar o fôlego. A coreografia foi a mesma apresentada no mini-desfile na Cidade do Samba, na qual todos os componentes representavam Exu. O cuidado minucioso com a pintura corporal e o figurino – elementos essenciais para causar o impacto desejado – ficou evidente.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

A expressividade dos bailarinos, que, ao longo de todo o cortejo, instigavam o público nas grades, merece destaque, assim como a dança intensa e repleta de vigor. E como se tudo isso não bastasse para arrepiar a plateia, ao final da apresentação, todos os componentes ainda manuseavam fogo, elevando o espetáculo a um nível ainda mais impressionante.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

A dupla Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro encantou o público presente na Euclides Farias neste domingo, o que já não é novidade. Vestidos de branco, eles protagonizaram apresentações intensas, marcadas pela força e expressividade. Rafaela brilhou especialmente nos giros, demonstrando extrema segurança em cada passo e mantendo o pavilhão sempre desfraldado com elegância. A sintonia com Phelipe é evidente, tanto no cortejo dele quanto na troca de olhares entre os dois, reforçando a conexão que faz dessa parceria um espetáculo à parte.

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Foto; Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

Embora apresentem um bailado solto e espontâneo, em alguns momentos incorporaram trechos do samba à coreografia, principalmente no refrão principal, onde realizaram movimentos afros que deram ainda mais significado à apresentação.

Harmonia e Samba

Elogiar o desempenho musical da Imperatriz já virou rotina, mas o que Pitty de Menezes e Mestre Lolo entregam a cada ensaio é algo que beira a perfeição. A sintonia entre os dois é tão forte que quase não há necessidade de troca de palavras durante a apresentação—basta um olhar, um gesto, e tudo se encaixa naturalmente. Pitty conduziu o samba com maestria, sabendo exatamente como dialogar com a bateria, que, sob o comando preciso de Mestre Lolo, respondeu diversas paradinhas ao longo do ensaio. Entre elas, uma que utilizou atabaques chamou atenção e fez jus ao próprio samba, reforçando o trecho emblemático: “rufam atabaques da Imperatriz”.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

Toda essa excelência impulsiona o componente a cantar com força e paixão um samba que, ainda na disputa para se tornar o hino oficial deste ano, já havia conquistado a comunidade. O gresilense defende a obra com unhas e dentes, entoando cada verso com entrega total. Em alguns trechos, o canto se transforma em um verdadeiro grito de devoção e emoção, especialmente nos momentos mais impactantes, como em: “Oní sáà wúre! Awure! Awure!”, “Orinxalá destina seu caminhar”, “Ofereça para Exu”, “Mas o dono do caminho não abranda”, “Justiça maior é de meu pai Xangô” e “Preceito nagô a purificar”.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

Evolução

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Foto; Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

A Imperatriz vive uma nova era ao lado de sua comunidade. Se antes era conhecida por sua precisão técnica e um desfile milimetricamente calculado, hoje a escola esbanja espontaneidade na avenida, mas sem perder sua identidade. O componente se diverte, se emociona e evolui com fluidez. No ensaio deste domingo, isso ficou ainda mais evidente. Do primeiro ao último setor, a escola mostrou uma evolução leve e cadenciada, sem atropelos ou hesitações. O andamento firme e constante permitiu que cada ala desfilasse com segurança e coesão.

Outros Destaques

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Foto; Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

O resgate que a verde e branca promoveu junto à sua comunidade merece todos os aplausos. Não apenas para quem desfila, mas também para quem acompanha e vibra do lado de fora. As ruas ficaram lotadas, os moradores assistiram de suas casas, e ao final, em uníssono, ecoaram gritos emocionados de “A campeã voltou”.

É favela! Comunidade da Mangueira dá outro show de canto em ensaio com excelência para demais quesitos

Depois de fazer um ensaio de alto nível na Marquês de Sapucaí, no fim de semana passado, a Mangueira voltou a Visconde de Niterói em mais um show de canto dado pela comunidade que compareceu em peso ao ensaio do último domingo. Leve, solta, com o samba na ponta da língua, os componentes evoluíram com fluidez e desenvoltura, curtindo bastante, não só o samba, como o enredo que permitiu, mais uma vez, uma Mangueira ancestral, africana, com suas raizes bem fincadas contando heranças do povo banto. De quebra, o público também viu que foi mantido o nível alto de alguns quesitos que geraram entusiasmo na Passarela do Samba, como o casal e a comissão de frente, impressionando os presentes, que se aglomeravam nas calçadas para ver as apresentações.

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O samba mais uma vez rendeu com o ótimo excelente casamento de Marquinhos Art’ Samba e Dowglas Diniz, mostrando muita maturidade e domínio da obra e do guiar a comunidade, com a “Tem Que Respeitar Meu Tamborim”, dos mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto, dando mais um show de musicalidade. Ensaio com muita força no samba e nos quesitos de chão. Em 2025, a Mangueira vai fechar a primeira noite de desfiles do Grupo Especial com o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”, desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França.

O intérprete Dowglas Diniz avaliou o ensaio da escola e indicou coml momento muito forte que a escola vive na parte musical em comunhão com a vontade que a comunidade tem de cantar na Mangueira.

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Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

“Nós não queremos desfazer de ninguém, ou ter soberba, marra, mas eu acho que a comunidade da Mangueira está pronta, feliz. E isso acontece tambem porque a escola percebe que nós estamos aqui para trabalhar, a escola vé quel é o nosso ideal, e a comunidade está fazendo de tudo, treinando toda semana, mostrando que a Mangueira tem um grande samba e se Deus quiser com essa satisfação da comunidade a gente vai buscar mais. Estou satisfeito com esse casamento ala musical, bateria e comunidade. Isso vem dando certo desde 2023; Entramos no ideial de que temos que batalhar junto. Acho que esse é o ano que estamos mais prontos”.

Marquinhos Art’ Samba foi pela mesma avaliação ressaltando a maturidade do trabalho e entrosamento da dupla indo para o terceiro carnaval juntos.

“Já vamos fazer três anos juntos. É claro que a gente sempre tem alguma coisa para ajustar, mas nós já conseguimos chegar nessa maturidade porque a gente se respeita acima de tudo, muito respeito. E, com mais essa bateria maravilhosa, com mais esse carro de som, comunidade também, a gente vai chegar em nosso objetivo, que é a nota 10. Agora é manter os treinamentos, nosso foco até o dia do desfile. É lógico que sem a comunidade a gente não consegue nada”.

Comissão de frente

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Mesmo sem toda a parte pirotécnica do ensaio técnico na Sapucaí, a comissão dos coreógrafos Lucas Maciel e Karina Dias voltou a ter uma excelente recepção do público, com movimentos muito bem coordenados unindo uma parte mais ancestral casada com a primeira parte do samba até o climax com o jovem mandando “passinhos” na segunda do samba. Bem carioca, bem Mangueira.

Outros pontos positivos que merecem ser destacados, ainda fora da coreografia apresentada nos locais que simulavam as cabines de julgadores, foram movimentos com bastante vigor e alguns momentos bem claros do enredo e emocionantes, como quando os componentes estão com o punho cerrado no trecho “Sou a voz do gueto, dona das multidões”. Abriu muito bem o ensaio.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Matheus Olivério e Cintya Santos mantiveram uma coreografia mais próxima do ensaio técnico, buscando uma dança mais características do casal de mestre-sala e porta-bandeira, mantendo o vigor dos dois. Por isso, o apelido “casal Furacão” e não buscando pontuar tanto os versos do samba. Ainda que um dos momentos mais aclamados da apresentação era quando Matheus no trecho “quer imitar meus riscado, descolorir o cabelo” fazia-se alguns passos mais próximos dos “passinhos” e passava a mal no cabelo.

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Aliás, o mestre-sala andou dando uns pulinhos, muito dentro da sua característica e lembrando alguns antigos mestres. Sempre é importante frisar como o profissional busca a referência óbvia do quesito dentro da Mangueira, como mestre Delegado. E, de Cintya Santos, temos para falar o que é sempre dito, tem conseguido colocar o seu vigor a serviço da dança, mas também com doçura e pompa. A bandeirada no final da apresentação segue sendo uma das coisas mais lindas, assim como os giros em “É de arerê “. Apresentação impecável.

Harmonia e Samba

O canto da escola, mais uma vez, foi o grande destaque. A comunidade realmente comprou o samba, e tem cantado com garra e de maneira incessante sem deixar a obra cair. Ponto mais uma vez que deve ser ressaltado em relação a união entre ala musical com bateria e a comunidade. O samba, se não foi dos mais aclamados logo após as finais do Grupo Especial, no segundo semestre de 2024, foi bem trabalhado e de mansinho foi conquistando o coração do mangueirense.

Tem muito da essência de Mangueira, principalmente, na segunda do samba. Umas das partes mais cantadas da obra é sem dúvida “Quer imitar meu riscado/ descolorir o cabelo/ Bater cabeça no meu terreiro”. Dowglas e Marquinhos tem mostrado um bom entrosamento. Dowglas é mais energético, procura inflamar mais o público, vai pra galera, enquanto Marquinhos, mais próximo ao carro de som dá o sustento de forma muito correta e com o vozeirão, com boas chegadas do grave. Ambos tem mostrado muito boa sintonia com a escola e estão tendo o “feeling” de colocar com a voz somente aquilo que é pertinente ao samba. Além de estarem cantando muito, afinados e com muita energia, dando vibração ao samba e força. Mais um excelente ensaio de Mangueira, com nada a se pontuar de falha sobre samba e harmonia.

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Evolução

A Mangueira também repetiu o ensaio da tecnico na evolução ao mostrar fluidez, espontaneidade e muita correção. Correta na parte técnica, ou seja, sem deixar buracos ou grandes espaçamentos entre as alas, e sem deixar que as mesmas se embolassem. Na parte de chão, a escola fez mais um ensaio muito forte, com a cabeça da agremiação apostando em algumas alas coreografadas, muito bonitas, principalmente, as que vinham com saias, e no grande restante da escola de forma mais espontânea e brincando carnaval. As horas mais cirúrgicas do desfile também foram bem realizadas, como nas apresentações da comissão de frente e do casal, tal como a entrada e a saída da bateria do recuo. Nas alas, muitos foliões com adereços, como em algumas com bambolês.

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Outros destaques

A rainha Evelyn Bastos, novamente, mostrou ser bem querida de toda a comunidade, mas principalmente pela criançada, que se aglomerou ao lado da majestade que reina à frente da “Tem Que Respeitar Meu Tamborim”, querendo uma foto, ou só sambar do lado dela.

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No final da escola, a fofura também esteve com as crianças na ala Mirim, mais uma vez, mostrando que se depender de samba no pé, a Mangueira tem muito futuro. Antes do ensaio, o diretor de Carnaval Dudu Azevedo fez questão de parabenizar a comunidade no ensaio técnico ao enfrentar os problemas no som com canto potente.

União faz a força! São Clemente volta às origens em ensaio cheio de garra em Copacabana

A São Clemente provou que tem garra e está preparada para enfrentarqualquer adversidade. O carro de som da escola teve um problema mecânico e não conseguiu chegar na Avenida Atlântica, em Copacabana, local onde foi realizado o ensaio do último domingo. Sem deixar se abater, a Preta e Amarela de Botafogo contou com uma bateria preparada e o forte canto dos seus componentes para dar um show na orla mais amada do país.

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Fotos: Carolina Fretas/CARNAVALESCO

O intérprete Tinguinha, que não pôde puxar o samba, não lamentou o ocorrido. Em vez disso, ele afirmou estar ainda mais orgulhoso da comunidade: “Tenho certeza que para o próximo ensaio acertaremos isso e faremos ainda melhor do que fizemos hoje. Quando não temos carro de som o jeito é ir no gogó, não é mesmo? O episódio de hoje serviu para a nossa escola mostrar que tem condição de chegar lá na avenida e fazer bonito, cantando bastante. A São Clemente está vindo preparada e com pessoas firmes no samba, que vão
cantar dessa forma lá na Sapucaí, tenho certeza”.

Além do ensaio ser importante para a reta final do Carnaval 2025, ele também é especial, pois representa a volta da escola às suas origens na Zona Sul carioca.

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“Estamos agora na Presidente Vargas, mas a São Clemente é fundada em Botafogo, e sempre teve uma forte comunidade oriunda de toda a Zona Sul. Nunca podemos perder o direito de ensaiar aqui. Não podemos deixar essa magia acabar. O povo daqui sente falta disso. Eles querem uma brincadeira, uma farra, porque na avenida é mais sério. Eu acho que o nosso maior compromisso hoje é levar alegria e brincar para caramba”, disse o presidente Renatinho Almeida Gomes.

Neste ano, a agremiação sai em defesa dos direitos dos animais com o enredo “A São Clemente Dá Voz a Quem Não Tem”, que incentiva a adoção e mostra os pets como amigos. Para isso, ela uniu esforços com a ONG Paraiso dos Focinhos, que existe há 14 anos. Atualmente, tem cerca de 500 animais resgatados, que convivem em três sítios em Guaratiba, um para cavalos, um para cachorros e outro para gatos. O CARNAVALESCO conversou com a presidente da ONG, Hanri Soares, que contou como está sendo essa parceria.

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“Nós resgatamos os animais mais ferrados da rua e levamos para cuidar. Nossa luta é para dar um lar feliz a eles, por isso essa parceria com a São Clemente tem grande importância. Quando soube que ela vinha com essa pauta, eu mesma me convidei para participar do projeto. Teremos uma ala inteira, com 60 fantasias, que virá falando sobre a proteção e defesa dos animais, só com a galera que realmente gosta de animal”.

Renatinho é um desses apaixonado por pets. Seu melhor amigo é Fred, de quem ele fala com muito carinho: “Eu gosto para caramba de bichos. Estou com 62 anos, e nos últimos nove, tive cachorros. Já tive dois rottweilers, pastor alemão, pequinês, depois buldogue francês, e agora estou com o Fred, que é vira-lata. O adoro, ele até dorme na minha cama”.

Comissão de frente

A comissão de frente vem com uma coreografia muito interessante, que abordará os maus-tratos aos animais de rua. O coreógrafo David Lima deu detalhes do que veremos na Sapucaí.

“Os bailarinos virão representando esses animais. A ideia é colocar os humanos no lugar deles. O homem que maltrata o animal, está maltratando a si mesmo. Nossos bailarinos visitaram um hospital de cachorros, onde procuramos um adestrador que nos passou o olhar dos animais. É fascinante ver como aqueles seres nos dão tantos sinais, mesmo sem terem voz. É emocionante”.

Ele ainda conta o que podemos esperar de novidade no desfile: “Estou muito feliz muito feliz de estar realizando esse trabalho e tenho certeza que o público vai se emocionar muito. Estamos ensaiando quatro vezes por semana. No ensaio de hoje vocês verão 98% do nosso trabalho pronto, só iremos acertar os detalhes. E vou revelar uma surpresa para vocês: também teremos um tripé maravilhoso, que já está em fase de acabamento”.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Alex Marcelino e Thais Romi demonstrou experiência e profissionalismo com movimentos bem executados. Com carisma para dar e vender, eles cativaram o público. A dupla considera o ensaio de rua uma experiência indispensável para a preparação para o Sambódromo. “É muito importante nessa reta final. A plateia aqui nos ajuda a ter mais gás e nos faz querer mostrar mais, o que é muito bom para a escola. Além de tudo, é um privilégio estar aqui em Copacabana, mostrando a força da Zona Sul”, diz a porta-bandeira.

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“Ensaiar no  meio das pessoas é melhor ainda, porque no desfile tem muita gente. Se inibirmos alguma coisa, temos que jogar para fora agora. Aqui estamos perto dos turistas e dos cariocas que também irão nos ver lá na avenida. Espero que essa galera corresponda.”, complementa o mestre-sala.

Sobre a performance oficial, Thais garante que eles seguirão com uma “dança mais solta, leve, bem alegre, com romantismo e sem muita coreografia”.

Harmonia

O canto precisou ser puxado pelos componentes da escola, o que não foi um problema, pois todos estavam com o samba-enredo na ponta da língua. Mas quem ficou com a missão de conduzir a galera, dessa vez, foi o mestre Marfim, da bateria, que fez um ótimo trabalho. Ele atribuiu o sucesso à experiência que construiu nos últimos meses de ensaio.

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“Estamos na final, aproveitando esse ensaio de rua para colocar em prática o que a desenvolvemos ao longo desses últimos seis ou sete meses de trabalho. Buscamos valorizar e enaltecer tanto o samba quanto a melodia, até porque os arranjos da bateria aí são em cima dessa melodia, e isso faz com que tenhamos uma harmonia entre o canto, a bateria e, obviamente, a evolução da escola”.

Samba

Com uma letra que gera identificação popular ao mencionar figuras conhecidas, como o vira-lata caramelo, o samba diverte e emociona.

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“É um samba que já vem crescendo muito e está sendo bem aceito pela escola, graças a Deus. A letra e a melodia me permitem passar alegria para as pessoas. O entrosamento com a bateria já parece vir de anos, pois eu e o mestre Marfim escolhemos um samba que já vínhamos conversando sobre há muito tempo, e agora botamos em prática. E está dando certo!”, se gaba o intérprete Tinguinha.

Outros destaques

A escola foi puxada pela bateria. Passou bem, em um tempo dentro do estimado, sem grandes buracos ou embolações. Os diretores de cada ala estavam empenhados em deixar tudo organizado. Tudo isso resultou na aprovação do público, que contava com turistas de todas as partes do mundo.

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“Foi maravilhoso, eu quero que tenha todo final da semana”, diz, empolgada a professora de Educação Física Selma Brito, de 60 anos, moradora de Copacabana, que assistiu tudo acompanhada pelos amigos.

“Achei o ensaio incrível. Foi uma abertura de carnaval onde pudemos prestigiar a São Clemente, que é maravilhosa, e está vindo com essa mensagem de respeitar os animais, que são como filhos para as nossas famílias”, complementa o arquiteto Ramon Nunes, de 47 anos, também morador de Copacabana.

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“Mais que isso, adorei o fato dela estar abordando a relação de São Francisco com os animais, que é algo muito mais amplo. Transborda muito amor”, fez questão de ressaltar a publicitária gaúcha Nilda Schneider, de 63 anos, que diz vir todo ano para o Rio nessa época do ano. “Adoro o carnaval carioca. Amo brincar e dançar com todo mundo nas ruas e amo as escolas de samba. O ensaio de rua une essas paixões”.

‘Ori do meu pavilhão’ em boas mãos! Com bela apresentação do casal, Tijuca ensaia na Conde de Bonfim

A Unidos da Tijuca realizou no último domingo mais um ensaio de rua na Conde de Bonfim, coração do bairro de origem. O Pavão do Borel reuniu diversos torcedores de diferentes pontos da região para acompanharem o treino, que foi marcado por uma bela performance do primeiro casal da escola, Matheus André e Lucinha Nobre, da bateria “Pura Cadência”, e pela evolução dos componentes. A escola levará à Sapucaí o enredo “Logun-Edé — Santo menino que velho respeita”, do carnavalesco Edson Pereira, abrindo o segundo dia de desfiles na Passarela do Samba.

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Em entrevista ao CARNAVALESCO, Matheus André e Lucinha Nobre, comentaram sobre a realização do ensaio na Conde de Bonfim, e como isso ajuda a escola e ao casal.

“Estou adorando, para mim é um déjà-vu, porque eu ensaiei muito aqui na minha primeira fase tijucana e no ano passado eu senti muita falta de não ter esse ensaio. Acho que é bacana, tem o pessoal nos prédios, a gente tem uma resposta direta, desce muita gente do Borel para assistir. A gente vê muita criança, galera da comunidade, gente com a camisa da escola, pessoas que, de fato, torcem para a Unidos da Tijuca. Fico muito feliz. É um ensaio que dá muito gás para a gente”, comentou Lucinha.

“Acho excelente para o preparo, além do nosso ensaio de quinta-feira que também é na rua. Esse encontro aqui nos ajuda para poder estar cada vez mais limpando, trazendo novidades para a nossa dança, pegando um condicionamento físico maior, porque na rua puxa bem mais o asfalto. É melhor para o nosso preparo e para o contato com o público. Sentir essa atmosfera é incrível”, apontou Matheus.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Ito Melodia também comentou com o CARNAVALESCO sobre o ensaio da Tijuca, fazendo um balanço deste domingo na Conde de Bonfim.

“Muito emocionado, muito feliz, porque tudo aquilo que a gente está estudando, desde que escolheu o samba, está dando certo. Sei que vai ter escolas riquíssimas na avenida, mas a gente vai vir com um trabalho que, independente da riqueza, sabe que o chão é um mistério muito grande. E esse mistério, modéstia a parte, a Tijuca sabe buscar. A gente vai vir pra disputar esse título. Se Deus quiser, na fé dos orixás, axé Logun-Edé, aguardem a Tijuca”.

Comissão de frente

Sob a responsabilidade de Ariadne Lax e Bruna Lopes, a comissão de frente tijucana foi muito bem recebida na Conde de Bomfim, com seus integrantes cantando forte o samba durante a passagem da escola. A apresentação contou com os membros executando uma coreografia com muitos passos de dança afro e com movimentos relativos a passos de orixás de forma bem rápida e bem sincronizada. Além da segunda parte da coreografia, após o refrão do meio, ser dedicada a louvação a Logun-Edé, representado por um dos membros com uma cauda de pavão amarrada em seu corpo, aberta pelos outros integrantes. Foi uma apresentação já conhecida dos ensaios de rua da agremiação, mas marcada justamente pela força da proposta, que também é de fácil entendimento, e sendo bem recebida pelos torcedores que acompanharam a passagem da escola.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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Matheus André e Lucinha Nobre pisaram com energia e suavidade no chão tijucano. Muito aplaudidos pelos torcedores presentes, o casal apresentou uma dança onde Matheus se destacou pela agilidade dos passos, e Lucinha pela categoria do bailado. Mostraram a coreografia com passos referenciando a letra do samba em certos momentos, alem de giros e cortejos tradicionais. Não falou a bandeirada de Lucinha. Ambos encantaram pela sintonia demonstrada ao longo de toda a dança.

Harmonia

Ito Melodia comandou o carro de som tijucano com muito vigor. Trabalho feito de forma consistente durante o tempo do ensaio. Com seus cantores auxiliares, eles não deixaram o samba cair em nenhum momento. Foi mais uma prova que a comunidade do Borel abraçou a obra para o desfile de 2025.

“Acho que corrigimos o que tinha que corrigir, tanto no canto, quanto na bateria. Coisas simples, só harmonizar. O que mais estamos fazendo é reunião para dar certo na avenida. Uma escola que está vindo para competir, preparada, com uma evolução e canto muito fortes, cheia de vibração e tendo uma bateria que dispensa comentários. A grande intenção nossa é manter um desfile que nós vamos cantar de ponta a ponta o samba sem perder o pique, com toda a garra, até o final”, destacou Ito Melodia.

Evolução

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Os componentes tijucanos vieram empolgados durante o treino no bairro onde a agremiação nasceu, passando bem organizados e animados pela Conde de Bonfim. Diversas alas estavam com objetos nas mãos, como leques e bastões. Destaque em especial para a última ala, que veio no ritmo do funk com samba, fazendo diversos passos, arrancos gritos e aplausos do público.

Samba-Enredo

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A letra da obra composta por Anitta, Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho, Luiz Antonio Simas, Gustavo Clarão e Diego Nicolau não deixou de ser cantada em nenhum momento pelos tijucanos. Contagiou os torcedores presentes, principalmente, no refrão final, ponto alto do samba, que cita diretamente o morro do Borel. A subida para este mesmo refrão “Eu não descanso depois da missão cumprida / A minha sina é recomeçar” também foi outro momento alto da letra durante o treino da escola.

Outros destaques

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A “Pura Cadência” levantou a poeira da rua, com uma performance muito boa de mestre Casagrande e seus ritmistas, executando algumas bossas e em momentos com batidas que remetem ao funk. Juliana Alves, atriz e ex-rainha de bateria da escola, veio à frente do ensaio com muita simpatia e sendo reverenciada pelos torcedores.

Harmonia é destaque em primeiro ensaio técnico da Unidos do Peruche

Por Naomi Prado e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Lucas Sampaio, Gustavo Lima, Nabor Salvagnini e Will Ferreira)

A Unidos do Peruche realizou no último sábado seu primeiro ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi para 2025. O canto e a evolução da comunidade perucheana foram destaques. Ainda que estivesse um clima de muito calor, os componentes não diminuíram o rendimento e seguiram firmes no treino.

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A escola será a terceira a desfilar no sábado de carnaval no Grupo de Acesso 2, levando para avenida o enredo “ Axé Griô! Carlão do Peruche, o cardeal preto do samba”, assinado pelo carnavalesco Chico. A agremiação fará uma homenagem ao Seo Carlão, um dos fundadores da escola, grande baluarte do carnaval paulistano.

Comissão de frente

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A ala dirigida pelo coreógrafo Carllos Alvez, realizou uma encenação baseada na letra do samba-enredo, alternando com alguns passos afros e até emitindo sons. A comissão apresentou um tripé e nele tinha uma criança coreografando igual aos demais componentes que estavam no chão. Além disso, dois personagens aparentaram ser elementos principais dentro da comissão de frente. Vestidos com tecidos afro, eles reverenciaram a escola e a cabine de jurados.

Mestre-sala e Porta-bandeira

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A dupla Patrick e Sophia, apresentou um desenho de pista com muita coesão, fazendo passos que são alusão ao samba- enredo. Para a apresentação aos jurados, o casal investiu em também representar o enredo além de passos originais do quesito. O mestre- sala apresentou uma excelente variedade de jogo de perna já a porta-bandeira em determinados momentos enfrentou o vento mas manteve o pavilhão desfraldado. O casal apresentou muito sincronismo e segurança.

Harmonia

Foi uma ótima tarde para a harmonia do Peruche. Em determinado momento algumas caixas de som do Anhembi pararam de funcionar e pudemos ouvir o bom canto da comunidade. O intérprete Renan Bier interpretou o samba-enredo com maestria, trazendo toda a comunidade e o público presente para apreciarem a obra.

Evolução

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Em sinergia com a harmonia, a evolução também foi um ponto positivo. Além do bom canto dos componentes, os perucheanos dançaram o samba. A escola apostou em uma evolução leve, fazendo com que os integrantes aproveitassem o momento e sentissem de fato a homenagem ao Seo Carlão.

Samba-enredo

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O Peruche levará para 2025 um samba que contém uma melodia fácil de gravar e junto com isso um refrão principal que tem potencial de encantar o público. Como citado acima o cantor Renan Bier apresentou maestria ao interpretar a obra pois além do talento do puxador, a ala musical cantará um bom samba e podendo ajustar a harmonia e potência do carro de som tem bons requisitos para alcançar a excelência.

Outros destaques

A bateria de mestre Marcel realizou um ensaio com muitas bossas e um bom andamento. As bossas foram coesas e harmônicas com a parte musical da escola. Os ritimistas apostaram não só na boa performance musical mas também em coreografia em uma das bossas apresentadas. A corte da bateria também apresentou um bom desempenho ao fazerem o recuo além de mostrarem muito glamour.

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O primeiro ensaio técnico do Peruche foi marcado por muita alegria e canto. Com uma harmonia e uma evolução significativa a escola tem potencial para alcançar o resultado esperado.

Veja mais imagens do ensaio

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Comissão de Frente se sobressai em conjunto melhorado no segundo ensaio técnico da X-9 Paulistana

Por Lucas Sampaio e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Naomi Prado, Gustavo Lima, Nabor Salvagnini e Will Ferreira)

A X-9 Paulistana realizou no último sábado seu segundo ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi em preparação para seu desfile no carnaval de 2025. A evolução no desempenho da comissão de frente se destacou em um conjunto geral de melhoras da escola, que encerrou sua passagem pela Avenida após 59 minutos. A X-9 será a sétima a se apresentar pelo Grupo de Acesso 1 com o enredo “Clareou! Um novo dia sempre vai raiar”, assinado pelo carnavalesco Amauri Santos.

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Serjão, um dos diretores de harmonia da X-9 Paulistana, ficou satisfeito com a evolução geral da escola ao analisar o segundo ensaio técnico, apontando elementos observados em que foram trabalhadas correções.

“No primeiro ensaio técnico tivemos uma questão de algumas alas que não tinham participado de ensaios gerais e hoje conseguimos ter uma resposta de evolução, de harmonia, uma sintonia muito grande. Hoje foi um ensaio muito bacana, perto do que esperamos para o dia do desfile oficial”, avaliou.

O diretor exaltou o quesito samba-enredo ao apontar os elementos de principal destaque na X-9 Paulistana, além de sinalizar um importante ajuste feito para otimizar o desempenho geral da escola.

“O ponto forte é o nosso samba e os nossos intérpretes. Nossa comunidade agora pegou o samba, fizemos alguns ajustes, que são os pontos a melhorar. Tínhamos feito uma bossa e essa palma estava atravessando a nossa bossa, portanto hoje abortamos as palmas e a bossa ficou bem legal, ficou limpa”, afirmou.

Comissão de Frente

X9 et Comissao 1

Ensaiada pelo coreógrafo Pedro Vinicius, a comissão de frente da X-9 Paulistana realizou uma apresentação com duração de uma passagem do samba. O vigor da coreografia cresceu significantemente em relação ao primeiro ensaio, e a expressividade dos dois personagens principais da atuação ficou ainda mais evidente, transmitindo com ainda mais clareza a mensagem de superação proposta pelo enredo. A confiança dos atores fizeram do quesito aquele que mais evoluiu entre os treinamentos gerais da escola da Zona Norte, sendo assim o principal elemento de destaque dessa segunda passagem da X-9 pela Avenida.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Novamente, o vento tentou atrapalhar os trabalhos de Igor Sena e Julia Mary, primeiro casal da X-9 Paulistana, mas foi em vão. A dupla soube lidar com a adversidade e conseguiu cravar seus movimentos obrigatórios com segurança em todos os quatro módulos de jurados, mantendo a energia e o carisma já apresentados no primeiro ensaio. O quesito sai do último treinamento geral com ainda mais expectativas para conquistar as notas almejadas neste carnaval.

X9 et PrimeiroCasal 1

Julia apontou o desafio proporcionado pelos ventos ao avaliar o desempenho do casal no segundo ensaio técnico da X-9 Paulistana.

“No primeiro ensaio tivemos alguns pequenos ajustes para realizar, e hoje no segundo ensaio conseguimos acertar esses pequenos ajustes. Deu tudo certo, apesar do vento que estava tremendo hoje, mas graças a Deus nós ajustamos e fizemos as correções necessárias para o grande dia”, analisou.

O casal levantou os aspectos que conseguiram evoluir e foram capazes de manter se comparado com o primeiro ensaio técnico.

X9 et 2 1

“No último ensaio tivemos alguns pequenos ajustes para realizar com relação à coreografia. Como já tinha esses pequenos ajustes e algumas movimentações ainda que estávamos analisando para ver se ia caber dentro do regulamento, reunimos tudo em uma coisa só e conseguimos acertar hoje no nosso segundo ensaio”, apontou Julia.

“Melhoramos em algumas movimentações que tinham para esse ensaio, ajustamos nos ensaios que fizemos durante a semana e hoje foi bem melhor, graças a Deus. Acho que o que conseguimos manter foi a nossa sintonia, mesmo com os imprevistos do vento. No primeiro olhar, conseguimos lidar com essa ventania e deu tudo certo”, afirmou Igor.

Harmonia

Houve uma melhora significativa no canto da comunidade da X-9 Paulistana no segundo ensaio técnico. As correções realizadas em relação ao primeiro surtiram efeito, os pontos de preocupação maior foram sanados. Os componentes demonstraram mais espontaneidade e contribuíram positivamente para a melhora no desempenho geral da escola.

Evolução

X9 et 7

Outro elemento de segurança no ensaio, a evolução da X-9 na Avenida foi tranquila e fazendo bom aproveitando do tempo regulamentar de desfile. Os componentes puderam desfilar livremente entre as alas e a separação entre cada uma e as marcações de alegorias foi adequada por todo o percurso na Avenida. Tecnicamente falando, a escola está pronta para buscar as esperadas notas do quesito no carnaval.

Samba-Enredo

O desempenho do carro de som comandado por Daniel Collete, Helber Medeiros e Royce do Cavaco também foi um ponto de melhora na X-9 Paulistana. Royce esteve mais participativo no começo do ensaio em relação ao primeiro, aplicando cacos em momentos em que anteriormente só se ouvia Daniel. O trio conseguiu desenvolver mais suas qualidades e fizeram um trabalho ainda melhor juntos, o que traz ainda mais esperanças de uma boa apresentação do quesito no dia do desfile oficial.

X9 et InterpreteDanielCollete

“Graças a Deus foi legal. Fico só escutando as outras pessoas, falaram que foi melhor que o primeiro que já foi muito bom, com coisas para consertar. Já ficamos com uma motivação a mais para poder chegar no dia do desfile. O samba é lindo, é bom de se cantar. É um samba limpo, com uma mensagem maravilhosa que nos traz motivação para sempre termos um amanhã”, avaliou Daniel Collete o desempenho do carro de som e do samba no ensaio.

X9 et InterpreteHelber

“Foi maravilhoso. Sempre temos pontos a melhorar, como tivemos no primeiro ensaio e agora também. Acho que estamos uns 90%, 95% preparados. O carro de som está superpreparado, só tem fera! Daniel Collete, Royce do Cavaco e nossa aula musical que está fortíssima. Estamos preparados e ansiosos pelo dia do desfile”, analisou Helber Medeiros.

Daniel Collete e Helber Medeiros apontaram os elementos que consideraram de manutenção e evolução no desempenho do quesito se comparado com o primeiro ensaio técnico da X-9 Paulistana.

X9 et InterpreteRoyce

“Tranquilidade, que no outro ensaio deu muito certo e agora já sabíamos o que tinha que fazer, porque o primeiro passo dado. Nossa motivação melhorou porque estamos sempre como se fosse a primeira vez. Tem 25 anos, tem 30 anos, é sempre lindo ver o Royce cantar e meu filho cantar junto”, afirmou Daniel.

“Mantivemos a nossa cronologia de ensaio, cronologia de desfile no carro de som acertamos em alguns pontos, que tem alguns contracantos dentro do nosso canto, é forte, pesado gostamos disso, mantivemos todas as questões e só aprimoramos mesmo essa questão de canto, aí nossa escola com certeza veio cantando mais. Melhorou a nossa energia e alegria, que nos ensaios isso já vem cada dia mais. No último ensaio foi maravilhoso lá na quadra e trouxemos essa alegria, essa energia para o ensaio técnico agora”, disse Helber.

Outros Destaques

O forte sol no final da tarde não desanimou os ritmistas da bateria “Pulsação Nota 1000”. A bateria novamente teve grande atuação no ensaio, aplicando bossas caprichadas em pontos-chave do samba e realizando apagões bem respondidos pelas alas da escola, sem sofrer atravessamentos ao retornar ao ritmo normal.

X9 et Baianas

Mestre Keel Silva demonstrou satisfação com o desempenho de seus comandados ao avaliar o desempenho do quesito no segundo ensaio técnico da X-9 Paulistana.

“Esse ensaio foi muito melhor do que o outro. O outro eu já tinha gostado, mas esse nós pegamos para simular o desfile mesmo. O outro foi para tirarmos a tensão, viemos brincando a Avenida toda. Hoje viemos brincando só no final porque ali já não tem mais jurados, fizemos o espetáculo com o povo que está nos prestigiando. Conseguimos fazer os ajustes que precisávamos, sinto que já estamos praticamente 99% prontos para o desfile. Obviamente sempre tem alguma coisa para ajustar, mas deixamos bem encaminhado”, avaliou.

X9 et MestreKeel

Ao apontar os elementos de melhora e ainda a serem ajustados até o dia do desfile oficial, o mestre contou que a bateria se manteve em constante preparação neste ciclo, encarando diferentes situações que foram capazes de consolidar o trabalho realizado.

“O ponto de destaque, além do conjunto da bateria inteira é que estamos ensaiando nessa chuva que está tendo em São Paulo. Com vento, com frio, não deixamos de ensaiar, mas o ponto de destaque maior eu deixo para os arranjos, para as bossas que estamos fazendo. Os arranjos são para a escola, não são nem para a bateria, nós fazemos os arranjos para impulsionar a escola. Eu sinto que a escola está vindo junto, está nos abraçando nos arranjos. Quanto a pontos para melhorar é questão de ajustar com o diretor de harmonia, alinharmos melhor as coisas quando vão andar, quando vão parar, mas é coisa mínima porque hoje teve chuva em alguns lugares aqui em São Paulo. A X-9 tem alas em outros lugares que não conseguiram vir e isso segura um pouco o passo, mas na pista não vai ser assim, vai ser mais e é o único ponto. Isso daí é detalhe, é coisa mínima que conseguiremos arrumar na pista”, afirmou.

X9 et MadrinhaValeria

A X-9 Paulistana conseguiu em seu último ensaio técnico corrigir as falhas que preocupavam em relação ao treinamento realizado anteriormente no Sambódromo do Anhembi. Demonstrando foco na busca por um bom resultado, a atual campeã do Grupo de Acesso 2 reforçou a impressão de que a disputa do domingo de carnaval será uma das mais acirradas já vistas, honrando assim o legado de seu pavilhão bicampeão do carnaval.

Mais imagens do ensaio

X9 et 8 X9 et 6 X9 et 4 X9 et 12 X9 et Comissao1 X9 et Bateria X9 et PresidenteAdamastor X9 et VelhaGuarda

Casal supera fortes ventos e abrilhanta segundo ensaio técnico da Unidos de Vila Maria

Por Lucas Sampaio e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Naomi Prado, Gustavo Lima, Nabor Salvagnini e Will Ferreira)

A Unidos de Vila Maria realizou no último sábado seu segundo ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi em preparação para o desfile no carnaval de 2025. A atuação corajosa de Kawê e Nathalia, superando os desafios do clima sem perder a elegância, foi o principal destaque do treinamento da escola, encerrado após 56 minutos na Avenida. A Mais Famosa será a quarta a se apresentar pelo Grupo de Acesso 1 com o enredo “O Planeta Terra pede socorro. É tempo de renovar e preservar!”, assinado pelo carnavalesco Eduardo Caetano.

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Vinda de um primeiro ensaio já com um desempenho positivo, a Vila Maria mostrou uma evolução ainda maior e deixou o diretor de carnaval Júlio César Dias Alves, o Queijo, animado.

“A escola está vindo numa evolução muito grande. No primeiro ensaio tiveram alguns erros, algumas coisas que nós estudamos bastante para esse segundo. Vamos chegar para o último dia e mostrar o que é, vamos voltar para o lugar merecido que não deveríamos ter saído. Trabalhamos muito, estamos quietos, é só trabalhar e se Deus quiser, Deus vai abençoar”, avaliou.

O diretor está orgulhoso do desempenho de sua comunidade e confiante ao avaliar o saldo positivo da Vila Maria e o que ainda pode ser afinado até o dia do desfile.

VilaMaria et RainhaNathany 1

“Um ponto positivo da escola é a alegria, o canto e o que pode ser ajustado é sempre mais. Nunca estamos contentes, sempre achamos que tem que melhorar mais, mas eu estou muito feliz de verdade. Estou indo embora satisfeito com o ensaio de hoje e no dia 2 eu tenho certeza de que vai ser um espetáculo”, disse.

Comissão de Frente

VilaMaria et ComissaoDeFrente

Ensaiada pela coreógrafa Taiana Freitas, a comissão de frente da Vila Maria conseguiu manter o excelente desempenho do primeiro ensaio aliado a evoluções. Suas coreografias estão mais firmes e confiantes, e neste ensaio contaram com o tripé com um estágio mais avançado de montagem, mesmo que a finalização ocorra apenas para o desfile. O quesito, que retratará no primeiro ato o lado da destruição do planeta com uma explícita antagonista no topo da alegoria, e no segundo ato mostrando a atuação dos elementos de preservação, traz segurança para a escola pelas boas expectativas de nota.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

VilaMaria et PrimeiroCasal 1

O primeiro casal da Vila Maria, formado por Kawê Lacorte e Nathalia Bete, foram o grande destaque do segundo ensaio com uma apresentação valente. Nos dois primeiros módulos, a dupla encarou ventos muito fortes, mas souberam lidar com calma e sem perder a elegância. Para os segundos jurados, as lufadas tornaram o pavilhão arisco, principalmente na hora de apresentá-lo, mas Nathalia e Kawê souberam ter paciência e agiram no momento certo. Nos módulos finais o clima ajudou, o que permitiu aos guardiões do manto da Mais Famosa brilharem, executando todas as obrigatoriedades adequadamente com sintonia e brilho no olhar.

O mestre-sala saiu muito orgulhoso do trabalho executado na Avenida neste segundo ensaio ao analisar o desempenho do casal.

VilaMaria et VelhaGuarda 2

“Eu falei na última entrevista que estávamos muito satisfeitos com a nossa coreografia e que não tinha muita coisa para mudar. Porém, dentro de uma semana, nós mudamos muitas coisas e ensaiamos bastante para poder fazer essas mudanças. Deu muito certo, deu tudo positivo, nós não erramos em nenhum jurado foi um ensaio perfeito. Falando de energia, estava muito forte, muito boa, positiva, tenho certeza de que a mudança que propusemos para esse ensaio deu certo”, avaliou.

Os fortes ventos que podem ocorrer durante a passagem na Avenida impactam especialmente o trabalho da porta-bandeira, e Nathalia explicou os desafios que encarou, além de exaltar o saldo positivo do segundo ensaio geral do casal.

VilaMaria et 2

“Esse foi um ensaio bem difícil. O Kawê disse que foi perfeito, mas para mim foi muito difícil por conta do vento. O vento, a chuva, para nós que somos porta-bandeiras é muito cruel. Por mais que tenhamos conseguido ajustar nas duas últimas semanas os deslocamentos de pista e o que faltava nos jurados, o vento ele atrapalha um pouco a desenvoltura. Mas tirando isso, foi um ensaio onde nós conseguimos colocar em prática todas as pontuações que faltaram no primeiro ensaio. Isso foi um ponto muito positivo porque hoje é quando nós fazemos principalmente as últimas alterações para o dia do desfile”, afirmou.

Harmonia

Ainda mais espontânea e mais vívida, a comunidade da Vila Maria representou muito bem seu papel e engrandeceu ainda mais o bom ensaio da escola. Quando acionados pelas constantes bossas da “Cadência da Vila”, a Avenida se tornou um fervor. É evidente que o senso de compromisso com os objetivos da Mais Famosa neste carnaval está forte nos componentes, dispostos a brincar o carnaval ao máximo como deve ser.

Evolução

VilaMaria et 8 1

Na primeira parte do ensaio, a Vila Maria manteve um ritmo seguro de evolução, com boa compactação entre as alas e realizando um bom recuo de bateria. Na metade final, porém, notou-se um pequeno acelerar do passo, gerando breve descompasso entre o terceiro carro e a ala que vem logo à frente. Os portões se fecharam aos 56 minutos, então a escola possui margem para passar pela Avenida de forma mais tranquila.

Samba-Enredo

Clayton Reis teve novamente uma boa atuação à frente do carro de som da Vila Maria. O intérprete conseguiu conduzir com segurança o samba da escola e contribuiu para animar o canto da comunidade, fazendo junto à bateria uma apresentação de alto nível.

“Esse segundo ensaio técnico acho que veio mais firme. Eu acho, eu não estou puxando sardinha, acho que foi muito bom, foi muito melhor que o primeiro. O primeiro foi mais para esquentar, mas após o segundo eu achei que o nosso carro de som está preparado e vai vir com muita força, com muita energia”, avaliou Clayton o desempenho do carro de som no ensaio.

VilaMaria et interpreteClaytonReys

O desempenho do samba neste segundo ensaio agradou o intérprete, sendo fruto de pedido realizado nos ensaios realizados desde a última passagem geral pelo Anhembi.

“Eu achei que foi muito melhor, muito superior ao primeiro ensaio. Acho que eles vieram com mais garra, com mais alegria, mais soltos. Foi o que nós falamos bastante lá na quadra: ‘vamos vir mais soltos, mais alegres, vamos cantar o samba!’, e aconteceu essa alegria toda”, opinou.

A preparação da Vila Maria seguirá firme até o dia do desfile, com a escola tendo na agenda ao menos mais um ensaio de rua que, na visão de Clayton Reis, manterá os ânimos da comunidade afiados até o domingo de carnaval.

VilaMaria et Baianas

“Como tem mais alguns ensaios, tem algumas coisas para acertar ainda. Alguma coisa, alguns errinhos, mas isso daí eu acho que é coisa pouca. Acho que nesses ensaios que tem agora, vai ter um ensaio de rua também dia 22 para não perdermos esse costume do ar livre. Nós ficamos muito dentro da quadra, daí perde essa vazão, o som que vai embora, não fica tudo ali. Acho que é isso, que é esse treino agora e descansar para o dia e rezar para o jurado olhar tudo certinho, dar tudo 10 e nós podermos subir”, afirmou.

Outros Destaques

A insaciável “Cadência da Vila” parece não ver limites para o quanto pode melhorar. Ousada, a bateria aplicou bossas precisas e variadas por toda a Avenida, não dando chances para o samba cansar na voz dos componentes. Mesmo diante de uma obra para um enredo com uma temática tão séria, o que se viu no Anhembi foi carnaval de escola de samba na sua mais pura essência, e os comandados de mestre Moleza tem muito mérito nisso.

VilaMaria et MestreMoleza 5

“A bateria evoluiu dos dois primeiros ensaios. Teve o específico de bateria, teve o primeiro técnico e hoje já com a sonorização da Avenida, para a galera se acostumar com o som que vai ser no dia de desfile. Minha análise é positiva pelo que escutamos na frente, agora é continuar trabalhando o tempinho que falta, assistir aos vídeos, como eu sempre digo, analisar tudo para chegar a 110% no dia do desfile. Foi uma evolução dos últimos ensaios, muito mais acertos do que imprecisões. Tentar trabalhar 110% para quando os 10% faltarem pelo menos termos 100%”, avaliou Moleza o ensaio.

O mestre valorizou a presença do sistema de som instalado na Avenida para estimular os ânimos dos ritmistas da “Cadência da Vila”, fazendo com que eles se sintam ainda mais motivados para o dia do desfile oficial.

VilaMaria et 10 1

“Melhora com a sonoridade da Avenida. Com o som, a bateria consegue pulsar mais porque quando, quando tem a sonoriza geral da Avenida tem mais clima para a bateria. É importante porque a bateria toca mais animada, com mais emoção, melhorou foi isso. A galera estava mais animada, mais cantando samba, essa adrenalina de estar chegando no carnaval impulsiona, a galera fica mais confiante, nesse sentido mais motivacional. Mantivemos a técnica, fizeram um trabalho para ser muito técnica, para além de cumprir o que o regulamento do carnaval precisa. A bateria ensaia muito separada por naipes, para ser tudo no seu lugar, para não ter nada que sobressai. Uma bateria que tudo você vai ouvir é de forma proporcional, não vai ter nada se destacando e nada faltando, é isso que tentamos fazer e manter essa parte técnica”, afirmou.

A Vila Maria deixou o Sambódromo do Anhembi na noite de sábado com muita vontade de brigar pela vaga no Grupo Especial. Se o primeiro ensaio já deixara boa impressão, o segundo serviu para reforçar ainda mais quesitos bem cotados para garantir as notas 10. Se conseguirem ajustar os pequenos detalhes técnicos que faltam, só tornará a disputa do Grupo de Acesso 1 ainda mais grandiosa.

Mais imagens do ensaio

VilaMaria et 6 VilaMaria et 9 1 VilaMaria et 11 2 VilaMaria et DiretorQueijo VilaMaria et Passista 1 VilaMaria et PresidenteAdilson 1

Carismático, Zé Paulo conquista torcida da Mocidade e ensaio de rua é forte no canto com destaque para comissão de frente

Por Carolina Freitas e Juliana Henrik

Com alas cheias, poucas musas, comunidade apaixonada e presença da comissão de frente, a Mocidade Independente de Padre Miguel fez um marcante ensaio de rua no último sábado, duas semanas após ter estreado nos ensaios técnicos do Sambódromo. A escola, que abrirá o último dia de desfiles do Grupo Especial em 2025, com o enredo “Voltando para o Futuro – Não há limites para sonhar”, mostrou evolução e maior preparo para o desfile oficial na avenida. Ao longo da noite, foram distribuídos adesivos da campanha “Feminicídio Zero; Nenhuma violência contra mulher deve ser tolerada”, lançada pelo Governo Federal, em parceria com a Liesa, por meio do Ministério das Mulheres, para promover um carnaval mais seguro para as mulheres.

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Comissão de Frente e Casal

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A comissão de frente esteve impecável. Foi o ponto mais alto do ensaio. Os bailarinos estão bem ensaiados e reproduzindo em perfeita sincronia a coreografia de Marcelo Misailidis, que estava presente, os coordenando. Foi a ala que mais atraiu olhares da plateia, que parava para gravar e tirar fotos dos rapazes.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diogo e Bruna, fez uma apresentação bonita, com cautela e pausas para seguir as diretrizes da coreógrafa Ana Paula Lessa.

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Harmonia

Desde que o intérprete Zé Paulo Sierra começou a cantar o samba-enredo deste ano, ele foi acompanhado em alto tom pelos componentes da escola e pelos torcedores que estavam lá para assistir o ensaio, demonstrando ser um bom condutor. Com status de celebridade, o cantor é muito querido dentro da comunidade que integra pelo segundo ano consecutivo.

“Estou muito feliz! Acredito que temos trabalhado intensamente após um ano extremamente positivo em relação ao samba-enredo, particularmente por conta do caju. A Mocidade abraçou com entusiasmo a luta pelo samba junto à comunidade, estão todos cantando bastante. Já cantei em outras escolas, no entanto, esta é singular. Ao atravessar aquela passarela no ensaio técnico da Sapucaí e ver a festa que o povo promove, sinto uma renovação de ânimo e novas metas surgem. É imensamente gratificante ter o carinho das pessoas. Sou eternamente grato a Deus por me colocar aqui. Sinto que tenho muito a retribuir à comunidade da Mocidade Independente de Padre Miguel, e farei isso com muito trabalho, dedicação e gratidão”.

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Samba

É inegável o quanto o samba-enredo já virou um hino na boca do Independente. Com um dos refrões mais chicletes da temporada, junto a ótima condução de Zé Paulo e uma bateria sincronizada, o público gritou forte os versos “O céu vai clarear, iluminar a Zona Oeste da cidade! E Deus vai desfilar, pra ver o mago recriar a Mocidade”.

Evolução

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A Mocidade, assim como sua xará de São Paulo, veio bastante alegre. A expressão “para cima” pode definir a passagem da Estrela Guia pelas ruas de Padre Miguel. A agremiação andou em um bom tempo, sem buracos ou embolações, e com as alas cheias de componentes animados do início ao fim. O diretor Mauro Amorim é um dos grandes responsáveis por essa boa evolução. Super animado e confiante no bom desempenho da escola, ele passou toda a sua empolgação para os integrantes de cada ala, os incentivando a manter a energia sempre lá em cima. Ele se joga no meio das pessoas sem medo de ser feliz! Ao CARNAVALESCO, confessou ter muito orgulho do trabalho feito.

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“Em uma análise geral, eu, toda a diretoria e a comunidade sabemos que esse foi mais um bom ensaio. Estamos satisfeitos. O nosso chão forte nos motiva. Sabemos que ainda temos alguns ajustes para fazer, e até o último momento iremos ajustar tudo o que entendermos que merece um pouquinho mais de atenção, mas hoje já mostramos que estamos preparados para a avenida. Temos a plena consciência disso”, comentou ele, ao fim do ensaio.

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Sobre a Sapucaí, ele garante que veremos “a mesma escola vibrante e pulsante” dos ensaios, em um desfile que promete ser “lindo, emocionante e inovador”.

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“Ainda temos mais três ensaios aqui na Guilherme da Silveira. Acredito que ainda há alguns pontos para ajustar, mas isso é válido, pois o que realmente importa é chegarmos 100% no dia da apresentação. Não adianta estarmos perfeitos agora; tudo o que fazemos aqui, envolvendo a harmonia com o Capoeira, o Sandro e a direção de carnaval com o Mauro, assim como a avaliação do carro de som, é fundamental. Estamos ajustando cada detalhe, e acho que este ensaio técnico foi muito proveitoso, ele nos proporcionou uma visão do que podemos aprimorar” complementou o intérprete Zé Paulo.

Camisa Verde e Branco encerra seu ciclo de ensaios técnicos com destaque para bateria e comissão de frente

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Naomi Prado, Lucas Sampaio, Nabor Salvagnini e Will Ferreira)

Encerrando mais um sábado de sete ensaios técnicos, o Camisa Verde e Branco finalizou a sua temporada de três treinos disponíveis. Todo o ciclo foi bastante positivo e a escola pode tirar bastante proveito para se aperfeiçoar para o desfile. Especificamente neste último ensaio no Anhembi, a bateria juntamente a criativa comissão de frente se destacaram. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Everson Sena e Lyssandra Grooters realizaram mais um ensaio que mostrou a regularidade da dupla formada para este carnaval e, por isso, vale a menção. O Trevo da Barra Funda será a última escola a desfilar na sexta-feira de carnaval, tendo como enredo “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive”.

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“É aquilo que eu sempre falo: às vezes, não dá para gente ter uma noção muito boa. Eu, particularmente, não consigo ter uma noção: eu venho com a comissão, então não dá para entender o que está acontecendo no fundo da escola, por exemplo. Porém, em relação aos demais ensaios, a escola seguia cantando e a escola estava compacta. A gente conseguiu entregar tudo o que a gente fez nesse processo. Eu acredito que a escola está numa crescente: do primeiro para o segundo até esse terceiro ensaio. Eu acho que a escola progrediu tanto em canto, quanto em evolução e organização. Mas a gente só consegue avaliar de fato depois, quando eu vejo os vídeos, quando eu pego as súmulas dos jurados – a gente coloca jurado para julgar os ensaios técnicos. Só aí a gente consegue ter um termômetro”, avaliou o vice-presidente e diretor de carnaval, João Victor Ferro.

Comissão de frente

CamisaVerde et Comissao 2

Coreografada por Luiz Romero, desta vez a ala optou por desfilar com a camisa da escola, pois nos outros dois ensaios os componentes foram para a pista trajados com roupas aleatórias no estilo do rock. A dança foi realizada em dois atos, repetindo o que foi feito nos outros ensaios: No primeiro, os bailarinos exaltam o pequeno ‘Cazuzinha’, que circulava toda a pista, fazia gestos, os demais componentes realizavam acrobacias com ele e o levantavam no verso “O poeta não morreu”. É basicamente uma passagem do samba dedicada ao Cazuza criança.

Após, na segunda passagem do samba, a dança deu mais ênfase ao tripé, onde de lá saía o Cazuza jovem ou adulto com a faixa escrita “Campeão 1988” – O curioso é que em outrora saía dali a bandeira do Brasil. A ver o que realmente será no desfile oficial.

Mestre-sala e Porta-bandeira

É mais do que claro que o casal Everson Sena e Lyssandra Grooters priorizou a coreografia dentro do samba. Foi assim especialmente nos últimos dois ensaios, e conseguiram realizar tal feito. A sincronia da dupla, que foi formada neste ciclo carnavalesco, está forte e novamente foi um dos destaques do ensaio. Por sinal, é uma coreografia bastante criativa, tendo uma alta sincronia no ritmo do samba.

CamisaVerde et PrimeiroCasal 2

Lyssandra não escondeu a felicidade, e disse que este ensaio foi para coroar o trabalho feito em todos os outros. “Nós estamos muito felizes com o trabalho que estamos executando, particularmente o Everson. Estamos trabalhando desde julho, quando assumimos no Camisa Verde e Branco essa responsabilidade, que é uma escola de peso. Eu, particularmente, nunca tinha dançado em uma escola tão pesada como o Camisa. Eu estou muito feliz, é um marco também na minha carreira, para o meu currículo é ótimo. No nosso ensaio de hoje nós consagramos tudo que viemos alinhando no primeiro e no segundo, e agora conseguimos finalmente colocar o que vai para a pista. Nós estamos muito satisfeitos, estamos situando o máximo para conseguir essa nota para o Camisa e é isso. É trabalho, é suor, é amor pelo samba, é amor pelo Camisa e amor pela nossa arte”, comentou a porta-bandeira.

Everson enalteceu a parceria formada para este carnaval e falou que a dança dos dois casou muito. “Eu sinceramente estou muito feliz e satisfeito mesmo, vendo um Camisa muito mais técnico, um Camisa muito organizado. O nosso andamento está indo muito bem, está perfeito dentro do que nós precisamos. Eu acredito muito que, se nós viermos, que eu acredito que vamos vir no desfile com esse andamento, com a maneira que a escola está entrando tranquila e entregando tudo ali embaixo do regulamento, nós temos grandes chances de estar entre as cinco. Eu acho que, como a Liz falou, nós viemos fazendo um trabalho desde junho e aí é uma coisa que são estilos diferentes, dança diferente. Nós estamos em uma construção e mesmo com essa construção estamos muito felizes porque casou. Conseguimos entregar o que ela tinha de melhor, o que eu tenho de melhor e conseguimos construir o nosso melhor. Isso é muito bacana e dentro de um desafio onde são renovados todos os jurados do carnaval de São Paulo, com tantas mudanças dentro do regulamento, eu acho que saímos desse último ensaio técnico geral vitoriosos. Eu estou muito feliz e grato a Deus por isso”, completou o mestre-sala.

Harmonia

No dia 25/01 foi destacado que o canto prevaleceu no segundo ensaio. Desde que subiu o Camisa Verde e Branco escolheu dois grandes sambas e conta muito com a força da sua comunidade. Este ensaio também foi marcado por um grande empenho nesse quesito. É outra agremiação que vem levantando as arquibancadas com as bossas da “Furiosa” e, logicamente, isso influi diretamente no ânimo dos componentes. Mais uma vez a harmonia do Trevo da Barra Funda fez sucesso. Agora foi com a caixa de som do Anhembi. Sendo assim, é um quesito que a direção de carnaval pode contar.

CamisaVerde et InterpreteIgorViana

João Ferro destacou que há segurança em alguns quesitos, mas sente que ainda pode melhorar, citando o canto. “Eu sinto alguns quesitos do Camisa muito seguros. A comissão de frente, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, a bateria… eles estão fazendo um trabalho exaustivo. Eu sinto a escola muito segura, na verdade. E eu procuro a cereça do bolo, que é essa explosão da comunidade. A escola está cantando? Está cantando. Mas eu acredito que sempre pode melhorar mais. É um trabalho que a gente está fazendo de forma incansável, que é progredir mais nos quesitos Harmonia e Evolução. É soltar a escola de forma organizada para fazer a escola acontecer”, afirmou.

Evolução

Aparentemente, nos ensaios de quadra e reuniões, a orientação para os componentes, lideranças e harmonias, é fazer a escola desfilar solta. Bem como nos outros ensaios, a evolução foi leve e descontraída. Não há coreografias dentro do samba, apenas o feito das palmas levantadas ao alto nos últimos versos: “A Barra Funda mostra sua cara/Relembrando o seu apogeu/Declama em lindos versos/O poeta não morreu”.

CamisaVerde et VelhaGuarda1

 

Uma observação é que para dar os 55 minutos necessários mínimos para o fechamento dos portões, as lideranças tiveram que segurar os últimos componentes, diminuindo consideravelmente o andamento no final do ensaio.

Samba

O samba-enredo do Camisa novamente funcionou na pista e na arquibancada. Desta vez, uma cantora fez a introdução na largada, cantando um sucesso de Cazuza. O intérprete Igor Vianna mostrou grande entrosamento com o mestre Jeyson Ferro, principalmente dentro de várias bossas realizadas no treino e, também, na introdução, onde a ala musical canta um trecho da música “Pro dia nascer feliz”, para assim embalar a obra do desfile.

CamisaVerde et Passista

Igor Vianna falou sobre o trabalho com a sua ala musical e destacou a evolução. “O carro de som está evoluindo gradativamente, se apegando mais ao samba, se conhecendo mais e foi uma escadinha ao meu ver. Um trabalho melhor que o outro e agora vamos acertar alguns detalhes dentro da nossa quadra, junto à nossa comunidade para chegar ao destino e fazer o melhor”, declarou.

Outros destaques

A bateria “Furiosa”, comandada pelo mestre Jeyson, com a sua tradicional batida de caixa, executou várias bossas corretas que deram um gás maior para o samba.

CamisaVerde et MestreJeyson 2 1

Jeyson falou sobre isso. ‘’Gostei do andamento da bateria, da execução das bossas, porém ainda temos 20 dias e dá para melhorar. Lógico que tem umas coisinhas que mudamos na nossa estratégia das bossas de fazer para os jurados. Executando em uma cabine e depois em outra… Deixando cinco bossas livres para a Monumental’’, disse.

Veja mais imagens do ensaio

CamisaVerde et 7 CamisaVerde et 12 1 CamisaVerde et 14 1 CamisaVerde et 19 CamisaVerde et 10 CamisaVerde et Baiana 1 CamisaVerde et CasalMirim 1 CamisaVerde et Comissao1 CamisaVerde et CoreografoLuizRomero CamisaVerde et DiretorCarnavalJoaoVictor 2 CamisaVerde et MestreJeyson 4 CamisaVerde et MusaBrunaSarro CamisaVerde et PresidenteEricaFERRO CamisaVerde et RainhaSophia 1 CamisaVerde et VelhaGuarda 4

Mantendo o sucesso do segundo ensaio, Barroca Zona Sul fecha temporada com altas expectativas para o desfile oficial

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Naomi Prado, Lucas Sampaio, Nabor Salvagnini e Will Ferreira)

A Barroca Zona Sul manteve o desempenho no seu último ensaio técnico, na noite do último sábado, no Anhembi, do que tinha apresentado no treino de 25 de janeiro. Naquela oportunidade, o CARNAVALESCO classificou como um sucesso coletivo, o que também aconteceu neste sábado no Anhembi, mas tendo um destaque principal para o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Lenita e Marquinhos. O canto da comunidade somado à resposta do público também ficou em evidência, fora a bateria “Tudo Nosso”, que trabalhou nesses três ensaios para impressionar, além do ritmo imposto dentro da obra.

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A agremiação do Jabaquara terá como tema “Os nove oruns de Iansã”, assinado pelo carnavalesco Pedro Magoo, sendo a segunda agremiação da sexta-feira de carnaval.

‘’O ensaio trabalhoso. Nós passamos com mais de 1.200 pessoas na avenida, ensaio espetacular para o Barroca Zona Sul, todos nós sabemos que um grande espetáculo, o Barroca vem seguindo com o máximo de aperfeiçoamento em cada ensaio, trazendo todos os nossos trabalhos de reuniões incansáveis, noites de cálculo e estratégia para que o espetáculo seja feliz, como vocês puderam ver hoje na arquibancada o pessoal cantando o nosso samba. Hoje a gente fez mais um show como sempre’’, avaliou o integrante da direção de harmonia, Jairo Araújo.

Comissão de frente

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Coreografada por Chris Brasil, a comissão da Barroca revelou mais alguns segredos neste último ensaio da verde e rosa. Os ‘tubos alegóricos’, no segundo treino foram apenas carregados pelos bailarinos. Desta vez, o objeto foi para a passarela de um formato maior e os componentes interagiam mais e entravam dentro. As vestimentas também permitiram maiores teatros, como um vestido que escondia o rosto dos bailarinos em determinados momentos.

A comissão de frente conta com uma personagem central representando Iansã, onde ela é enaltecida quase que todo o tempo do ato. Um tripé com cinco mulheres vestidas de rosas, aparentemente também representando entidades de matriz africanas vinham logo atrás de todo o teatro. Após os três ensaios da Barroca Zona Sul, conclui-se que a comissão de frente da verde e rosa de Jabaquara talvez seja a mais complexa de decifrar, além de que, provavelmente, há muitas surpresas reservadas para o desfile oficial.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Foi o grande destaque do ensaio. Marquinhos e Lenita levitaram na pista. Se em outra oportunidade eles tiveram certas dificuldades como no treino passado ou alguns ajustes, neste ensaio foi ótimo. A marcação dos passos dentro do samba, a coreografia, o sorriso e, sobretudo, a alegria de estar pisando no Anhembi. Era nítida a força que eles transmitiam para o público. Todas as vezes que estendiam o pavilhão, arrancavam inúmeros aplausos. Se o nível deste treino for levado para o desfile oficial, as chances de sucesso são grandes. E o melhor de tudo que foi no último ensaio da escola, o que mostra uma maior sincronia cada vez mais perto do grande dia.

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Lenita se diz totalmente satisfeita e classifica o ensaio como excelente, apesar de sempre buscar a melhora. ‘’Análise no nosso ponto é que cada dia está melhorando. Não podemos falar nunca que é perfeito, porque eu acho que a dança é contínua, é movimento, cada dia é buscando melhorar. Foi um ensaio excelente, estamos realizando o ensaio de hoje, no decorrer desses dois outros ensaios que tivemos, melhoramos ainda mais e está tendo os ensaios específicos, estamos aqui de segunda a segunda contribuindo ainda mais com a nossa dança e vai ser um trabalho muito bonito. E a análise é essa, que foi boa, que foi produtiva, mas sempre tem coisa para trabalhar e buscar ainda trazer o melhor no dia do desfile’’, afirmou.

Marquinhos segue a linha de raciocínio da porta-bandeira. ”É bom que estamos nos sentindo cada vez mais à vontade, cada ano, cada montagem de pista que fizemos, cada coreografia, o ponto de ficar à vontade de uma forma natural estamos nos divertindo’’, completou.

Harmonia

O samba caiu nas graças da comunidade e da arquibancada. Cada vez que o público respondia, contagiava ainda mais os componentes. O nível de canto dos desfilantes se manteve o mesmo do último ensaio, que foi acima da média. Novamente o refrão principal e o semi-refrão (“Akoro mina dewá”), são as partes mais cantadas. As bossas da bateria “Tudo Nosso”, do mestre Fernando Negão levantaram a arquibancada, provocando uma reação imediata para o samba ser ainda mais entoado.

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Jairo Araújo, da comissão de harmonia, enalteceu o canto da escola. ‘’Mantivemos o canto, graças a Deus. A escola está cada vez cantando mais, nós corrigimos uma ala ou outra, que estava batendo uma palma, fazendo uma coisinha. Nós cortamos isso para chegar mais próximo do que vai ser feito no dia’’, contou.

Evolução

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Assim como nos ensaios anteriores, a escola desfilou leve e sorridente. Contente com o desempenho na pista, os componentes dançavam de um lado para o outro nas suas fileiras compactas. Porém, houve um grande espaçamento dentro da comissão de frente entre o tripé que vinha logo atrás e os outros dançarinos que estavam à frente. A escola deve se atentar a isso. Não há certeza de que haverá tolerância para buraco dentro da comissão de frente, mas de acordo com o manual do julgador de 2024, não cita nada que a ala seja isenta a isso. Também não cita que a comissão de frente pode abrir espaços de 12 grades nela própria, pois foi isso que ocorreu.

Samba

Outra grande atuação dos intérpretes Cris Santos e Dodô Ananias, mostrando que as apostas para substituir o renomado Pixulé deram mais do que certo. O samba-enredo, como citado acima, caiu nas graças de todos e é um dos ‘xodós’ do carnaval paulistano. A Barroca faz de tudo para a arquibancada chegar junto no canto, o que eleva o patamar da obra.

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“A evolução que tivemos foi muito grande. A avenida com o som ligado já dá uma diferença gigantesca no trabalho, tanto na ala musical quanto nas cordas. A comunidade vai cantar mais porque ela vai escutar a ala musical e escutar ela mesma. Foi uma evolução muito boa e agora é aguardar o desfile, acertar detalhes que sempre tem que acertar, mas são coisas nossas, temos sempre que fazer o melhor, não só para o desfile, mas para a comunidade, para a arquibancada, e para o espetáculo que é o carnaval”, disse o intérprete Cris Santos.

“A cada ensaio, a cada dia que passa a evolução é constante. Nos nossos ensaios de quadra e de rua e principalmente no ensaio de hoje que foi nosso terceiro e último técnico, a evolução não só dentro da comunidade dos desfilantes, mas também na arquibancada, a resposta do público com o samba é excepcional e eu acredito que o povo junto com a comunidade criou uma sinergia excelente para a gente chegar no êxito final”, completou Dodô Ananias.

Outros destaques

A bateria “Tudo Nosso”, comandada por Fernando Negão, está dando shows à parte. Leques nos chocalhos e fumaças em frente ao setor monumental são destaques para levar o público ao delírio. O povo gosta de inovação e, além de tocar, a batucada está mostrando coisas diferentes.

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Analisando o ciclo dos ensaios técnico, o mestre aprova o empenho de todos e se diz orgulhoso “Eu saio bastante satisfeito, bastante orgulhoso porque a galera se empenhou muito, ensaiou muito. Foi muito desgaste, mudamos a bossa algumas vezes para ver se melhorava, para encaixar uma melhor no samba e graças a Deus hoje eu digo que estou satisfeito com a minha bateria”, declarou.

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Fernando Negão ainda diz que ajustes sempre serão feitos, mas o que foi apresentado no ensaio é realmente o que será feito na avenida. “Eu sempre digo que nós temos sempre o que ajustar. Um detalhezinho ou outro, uma escapada, uma passada, uma falta de atenção. Mas o que nós apresentamos hoje foi 90% do que vai acontecer no nosso desfile”, completou.

Veja mais imagens do ensaio

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