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Vigário Geral faz ensaio com grande destaque para bateria e a comissão de frente

Por Matheus Vinícius  e fotos de Magaiver Fernandes (Colaboraram Allan Duffes, Marcos Marinho, Guibsom Romão, Marielli Patrocínio e Rhyan de Meira)

Era 19h30 do domingo, 09 de fevereiro, quando a Vigário Geral pisou na Avenida Marquês de Sapucaí, logo após o Arranco de Engenho de Dentro. A azul, vermelha e branca abriu o desfile com uma comissão de frente dinâmica e com bastante energia para representar o seu homenageado, Francisco Guimarães – jornalista negro relevante durante a Primeira República. A bateria de mestre Luygui também merece elogios pela condução, assim como o mestre-sala Diego Jenkis e a porta-bandeira Thaina Teixeira que se exibiram com precisão e competência.

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Um ponto negativo do ensaio da Vigário foi no quesito Harmonia, já que muitos componentes passaram sem entoar seu samba-enredo. Em contrapartida, o carro de som de Danilo Cezar fez um bom trabalho na Sapucaí. Os diretores de carnaval e harmonia, Ismar Silva, Renato Cosme e Ney Junior, avaliaram positivamente o ensaio técnico.

“Depois vamos assistir, mas inicialmente, dentro da nossa logística e de tudo que nós programamos foi melhor. Esperávamos a escola cantando, mas foi surreal de canto pelo que vimos. Animação e andamento foram perfeitos. Evolução foi perfeita. Saiu tudo como nós queríamos e até melhor. Para o desfile oficial, lógico, vamos melhorar o canto, apesar de acharmos que foi ótimo. Nós vamos buscar um canto impulsionado. De verdade, eu posso dizer que o intuito e o trabalho da Vigário são para vir para as cabeças e disputar o título”, analisou Ismar.

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O diretor Renato Cosme complementou já pensando no desfile oficial: “Se Deus quiser, no dia do desfile, estaremos melhor ainda, mais afiados e com mais animação. Vocês vão ver muitas coisas lindas nos nossos carros, com nossas musas. Vai ser tudo show de bola! A escola já está linda e nós vamos chegar no pedaço de cima [da tabela da Série Ouro]”, declarou.

Ney Junior acredita que há margem para melhorar o canto dos componentes: “Foi gratificante o nosso ensaio hoje. A escola cantou bem, foi compacta. E agora é esperar o dia do desfile para mostrar que a Vigário chegou para fazer um belíssimo desfile. Podemos melhorar o canto da escola, algumas alas eu acredito que podem melhorar. No dia do desfile estaremos 100%, com uma plástica muito bonita. Nós confiamos nos nossos componentes que vamos fazer um lindo desfile”, acrescentou Ney.

Freddy Ferreira analisa a bateria da Vigário Geral no ensaio técnico

A Acadêmicos de Vigário Geral será a terceira escola a desfilar no sábado de Carnaval da Série Ouro, 1º de março, com o enredo “Ecos de um Vagalume” desenvolvido pelos carnavalescos Alex Carvalho e Caio Cidrini.

Comissão de Frente

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Coreografados por Handerson Big, os integrantes do quesito representavam jornalistas do final do séc XIX, com suas bolsas-carteiro e figurino de época, e entre eles estava aquele que representou Francisco Guimarães. Entre os passos sincronizados e ágeis dos componentes foi possível notar movimentos de dança urbana e de referências à religiosidade de matriz africana. No encerramento da apresentação, os componentes cobriam a boca com as mãos causando um impacto de crítica.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Diego Jenkis e Thaina Teixeira apresentaram um bailado mais próximo do tradicional, demonstrando bastante sintonia e confiança no casal. Na parte do “sino da igrejinha”, o casal executava movimentos que remetem a terreiro. Um detalhe que não passou despercebido foi o fato de que a porta-bandeira se apresentou no último módulo descalça, por conta de um problema que teve com o salto em a 3ª e 4ª cabine de jurados.

“Hoje nós apresentamos cerca de 80% do que pretendemos trazer para o desfile. Vão ter alguns ajustes e tem algumas coisas que a gente não colocou por serem movimentos específicos de fantasia e para o ensaio técnico não funcionariam tanto. Estou bem satisfeita, a gente pegou bastante vento, o que não é um problema, mas dificulta um pouco o desenvolvimento dentro das cabine, mas a gente conseguiu apresentar da forma que ensaiamos. Estou muito feliz com o trabalho, muito feliz com a energia, com a nossa entrega. A gente está ensaiando praticamente todos os dias aqui há Sapucaí. Está sendo tudo muito pensando e desenvolvido com muito carinho e muita dedicação”, disse a porta-bandeira.

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“Eu chego aqui na linha final com o sentimento de muita felicidade e muita gratidão. Primeiramente, agradeço à Deus, aos nossos Orixás e à presidente Betinha que mais um ano deu a oportunidade de continuarmos conduzindo o primeiro pavilhão dessa escola que faz parte da minha história e da minha vida. Estou muito feliz, é um sentimento de felicidade. Antes de entrar na última cabine, nós olhamos para a nossa coreógrafa, que é a Bia Oliveira, e eu falei assim ‘gente, tem mais duas?’, porque a gente tava com tanta vontade, com tanta felicidade que a gente nem sentiu passar essa quarta cabine que esse ano nós intensificamos o trabalho justamente por ter mais um cabine. Mas, fluiu tudo perfeitamente. O vento tentou nos atrapalhar, mas eu tenho uma porta-bandeira, que me desculpem as outras portas-bandeiras do Carnaval, mas eu tenho a melhor e ela conseguiu driblar todas as adversidades da natureza que o que vem de Deus, a gente não pode que é um ruim. Estou muito feliz”, completou o mestre-sala.

Harmonia

É relevante destacar a condução do intérprete Danilo Cezar à frente do carro de som. O trabalho foi bem executado pela equipe e em parceria com a bateria de mestre Luygui. Infelizmente, a escola não respondeu à altura, afinal os componentes não tiveram uma boa desenvoltura cantando o hino deste ano. Muitas alas passaram com canto irregular.

“Eu achei legal. No último ensaio que a gente fez no Parque Madureira, a escola tava cantando. A evolução do carro de som foi boa. Bateria deu um show, como sempre, Mestre Luygui, sempre deu um show. Acho que o trabalho foi feito. É só esperar mesmo, continuar ensaiando e esperar o desfile”, comentou o intérprete.

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Samba

A composição de Marcelinho Santos, Tem-Tem Jr, João Vidal, Romeu D’Malandro, Julio Cesar, Telmo Augusto, Mauricio Amorim, Marcos Barbeiro, Edu Casa Leme, Ricardo Simpatia e Totonho garantiu uma boa levada por parte do carro de som e da bateria. Em contrapartida, o samba não entrou integralmente na cabeça da maioria dos desfilantes. O segundo refrão é a parte que rende mais devido às palavras mais fortes com “vadeia” e “bambeia”.

Evolução

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A escola veio pequena e optou pela bateria não entrar no recuo. Para administrar melhor o tempo, a agremiação optou por segurar um pouco os últimos componentes ao final do ensaio. Apesar disso, a escola passou bem organizada ala a ala, não apresentando problemas graves neste quesito.

Outro destaque

A bateria de mestre Luygui merece uma menção honrosa neste ensaio técnico. Apresentou duas bossas muito interessantes: uma simulava um funk batidão no refrão principal e outra um ritmo ponto no trecho “O sino da igrejinha faz belém-blém-blom”. Além disso, fez teve um ótimo desempenho ao longo de todo ensaio e deu ritmo adequado para a evolução dos desfilantes.

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“Saio daqui bem feliz, muito satisfeito com o que a bateria Swing Puro apresentou. Tivemos umas semanas bem difíceis por causa da guerra lá em Vigário Geral, além da chuva, e com isso tivemos que cancelar alguns ensaios, mas eu confio muito na minha equipe, confio muito na minha bateria e eu sempre tive certeza que a gente iria apresentar um grande espetáculo hoje aqui no ensaio técnico. Destaco os meus surdos, primeiro, segundo e terceira, por causa da jogadinha que a gente tem, além das caixas de guerra que sustentam o nosso ritmo e o conjunto também do tamborim com chocalho”, afirmou o mestre.

Freddy Ferreira analisa a bateria da Vigário Geral no ensaio técnico

Um ótimo ensaio técnico da bateria “Swing Puro” do Acadêmicos de Vigário Geral, sob o comando de mestre Luygui. Um ritmo com potência da pressão sonora dos surdos foi exibido junto de bossas igualmente explosivas que se pautavam pela melodia do samba da escola.

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Na cabeça da bateria da Vigário Geral, um naipe de cuícas tocou com segurança. A ala de agogôs mostrou valor sonoro, executando um desenho rítmico baseado nas nuances melódicas da obra da Vigário. Um naipe de tamborins eficiente também ajudou a complementar as peças leves com qualidade musical. Uma ala de chocalhos extremamente acima da média mostrou um apuro técnico elevado. Vale mencionar que os chocalhos estavam vestidos de vagalumes, com direito a luzes piscando na parte traseira da saia transparente, se conectando visualmente ao personagem homenageado pela agremiação.

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Uma parte de trás do ritmo da “Swing Puro” marcada por uma afinação de surdos bastante pesada. Marcadores de primeira e segunda foram firmes e seguros durante o cortejo. Surdos de terceira contribuíram dando um balanço envolvente na cozinha da bateria da Vigário, além da participação destacada nas paradinhas. Um naipe de repiques se exibiu de forma coesa, assim como caixas de guerra ressonantes e taróis sólidos ajudaram no preenchimento musical dos médios. Em meio ao corredor foi possível perceber atabaques e um agogô de duas campanas (bocas), sendo participativos principalmente nas bossas.

Bossas que se aproveitavam das variações melódicas do samba-enredo da Vigário foram percebidas. Bem como um trabalho de potência e pressão sonora envolvendo a afinação pesada de surdos demonstrou eficiência, deixando os arranjos altamente explosivos. Destaque para a participação das terceiras e das caixas nas bossas, que mesmo mais complexas, foram bem executadas.

Uma ótima apresentação da bateria “Swing Puro” da Vigário Geral, dirigida por mestre Luygui. Um ritmo potente, consistente e com bossas explosivas, envolvendo a boa e pesada afinação de surdos. Destaque para um naipe de chocalhos bastante diferenciado e surdos de terceira que ajudaram na boa musicalidade das paradinhas com nítida pressão sonora. Um trabalho para deixar mestre Luygui, seus diretores e ritmistas empolgados em realizar um bom desfile.

Comissão de frente do Arranco brilha no ensaio técnico na Sapucaí

Por Marcos Marinho e fotos de Magaiver Fernandes (Colaboraram Allan Duffes, Matheus Vinícius, Guibsom Romão, Marielli Patrocínio e Rhyan de Meira)

O Arranco do Engenho de Dentro levou à Avenida, no ensaio técnico, no último domingo, na Sapucaí, um treino que reverenciou a força, a resistência e os saberes das mulheres negras, com destaque para a comissão de frente composta por 15 mulheres que performaram a força feminina no axé. A apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Falcão e Laryssa Victória, emocionou com gestos simbólicos de resistência e afeto, enquanto a bateria, comandada por mestre Gilmar, elevou o público com o ritmo contagiante do ijexá. Apesar de momentos em que a evolução oscilou, a escola mostrou dedicação e energia ao transmitir a mensagem do samba-enredo, celebrando o axé e a ancestralidade.

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“Excelente! Superou as minhas expectativas. A escola soube fazer um ensaio muito produtivo, que é uma coisa que a gente vem buscando. Hoje eu saí daqui satisfeito demais com o desempenho da escola. Sempre tem uma coisinha ou outra para melhorar até o desfile. Até mesmo porque cada ano é uma novidade pra gente. A gente pode ensaiar, fazer tudo 100%, que chega no dia, acontecem algumas coisas que fazem parte do processo. Eu sei que com a garra da escola a gente vai conseguir combater junto”, explicou Múcio Travasos, diretor de carnaval do Arranco.

Comissão de frente

Sob a concepção dos coreógrafos Lipe Rodrigues e Márcio Dellawegah, a comissão de frente do Arranco encantou a avenida com um bailado que reverenciou as mulheres detentoras dos segredos no axé. Composta por 15 mulheres negras, a apresentação destacou figuras poderosas, como a guerreira, a sacerdotisa, a yaô e a trabalhadora, simbolizando a diversidade das performances femininas. Em um momento de grande força e significado, uma cesta com frutas foi um importante elemento cênico, representando os alimentos preparados por aqueles que cuidam da comida dos orixás. Enquanto dançavam, os componentes entoaram com emoção os versos do samba-enredo, celebrando a ancestralidade e a resistência.

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Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Falcão e Laryssa Victória, apresentou uma dança tradicional e cadenciada, com movimentos suaves e elegantes. A proposta da coreografia, que priorizava a delicadeza e evitava movimentos bruscos ou rápidos, foi bem executada. No entanto, em alguns momentos, os movimentos poderiam ganhar mais vigor e presença para conquistar ainda mais os módulos de jurados.

Um dos pontos altos da apresentação aconteceu no trecho emocionante do samba, onde se canta “Yalorixá que homem nenhum enfrenta”. Nesse momento, Laryssa levantou a mão com o punho cerrado, em um gesto poderoso e cheio de significado, simbolizando resistência e força feminina e de axé. Já no trecho em que o samba diz “Embala eu mamãe / Teu colo é chão onde eu quero morar”, Diego transformou-se na figura de um menino pássaro, recebendo em seu coração um toque carinhoso da mãe. Esses momentos foram destaques da apresentação, celebrando tradição, sentimento e a conexão da dança do casal com o enredo.

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“Hoje foi tudo dentro do nosso previsto. Por conta do horário a gente já imaginou o vento justamente, alteramos o ensaio para gente poder pegar esse tempo. Acredito que a gente fez tudo o que a gente queria fazer, tudo que a gente ensaiou, a gente conseguiu executar aqui hoje, vimos o que precisamos ajustar para o desfile. Eu estou muito feliz, acredito que meu mestre-sala também está porque tenho certeza que a gente entregou o melhor para a nossa escola. Acredito que a surpresa para o desfile oficial será a fantasia. O que a gente vem representando para esse enredo é muito importante”, revelou a porta-bandeira.

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“Os ensaios técnicos tomaram uma proporção de desfile mesmo, só que a gente enquanto sambista tem que atentar que isso é um ensaio e a gente trabalha para que tudo ocorra na mais perfeita harmonia. Mas, aqui é o lugar de errar, aqui é o lugar de ver o que dá certo e o que não dá, o calor da emoção do público, da bateria ao vivo. Têm ensaios nossos que são a gente, a caixa de som e o coreógrafo. A pegada da bateria dá toda uma diferença na coreografia e hoje é o dia da gente ajustar o que cabe e o que não cabe. E a gente está feliz porque 95% que a gente preparou para o desfile conseguimos encaixar dentro do tempo da bateria, do andamento da escola, da ala que vem posteriormente e isso é muito importante e é um sinal de que a gente está caminhando o trabalho para o caminho certo. O que muda realmente no dia do desfile oficial nem é o nosso trabalho, mas é a questão de áudio e canto da escola para gente introduzir com a pressão”, completou o mestre-sala.

Harmonia e Samba

A harmonia da escola se destacou pelo canto honesto e envolvente, alternando momentos de maior intensidade com outros mais contidos. Embora a escola não tenha cantado o samba por completo, entregou com muita força e energia trechos marcantes, como o que diz: “É samba de Yaô, na curimba de mulher / Quem não pode com mandinga, não carrega meu axé / Tenho sangue de rainha, que o sagrado alimenta / Yalorixá que homem nenhum enfrenta”.

Os intérpretes Pamela Falcão e Thiago Acácio merecem elogios pela condução firme do samba, transmitindo da mensagem das mulheres que alimentam o sagrado com muito axé. Outro ponto alto foi o entrosamento impecável entre o carro de som e a bateria, comandada por mestre Gilmar. A bossa no ritmo do ijexá, trazida pela bateria, foi um dos grandes destaques da apresentação, com um ritmo contagiante que elevou ainda mais a energia da escola.

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“Temos pontos a serem acertados, mas pontos acertados depois de tantos ensaios. Isso aqui é um teste, aqui é um treino, mas no geral pelo que a gente pôde sentir do termômetro, ali do carro de som, com a escola evoluindo, com as pessoas ali vibrando, que foi ótimo. E ainda temos ensaio de rua, comunidade do Arranco vai estar lá com certeza para nós entregarmos o melhor que pudermos. Podemos perceber que em uma bossa nossa com atabaques, ela não estava microfonada, então tivemos uma questão com o delay e são nove vozes para integrar, mas só precisamos ajustar essa questão”, disse a cantora.

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“Só agradecer, a Liga RJ que fez um trabalho incrível, ofereceu para nós um carro de som maravilhoso, conseguimos fazer o nosso ensaio sem problemas técnicos nenhum, graças a Deus deu tudo certo. Estamos com um samba incrível, nossa comunidade cantou muito e estou muito feliz, ansioso pelo desfile porque vai dar tudo certo, o show está só começando. Podemos perceber que em uma bossa nossa com atabaques, ela não estava microfonada, então tivemos uma questão com o delay e são nove vozes para integrar, mas só precisamos ajustar essa questão”, completou o cantor.

Freddy Ferreira analisa a bateria do Arranco no ensaio técnico

Evolução

Algumas alas apresentaram certa desorganização, e o terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira teve pouco espaço para se movimentar com a liberdade que merecia. Após a saída do segundo recuo, com a bateria já totalmente de volta à avenida, surgiu um buraco no desfile. Rapidamente, os diretores de harmonia entraram em ação, correndo para segurar a escola e garantir que o ritmo e a energia fossem mantidos. Um momento de tensão, mas que mostrou a dedicação da equipe para evoluir na avenida.

“Minha avaliação é a melhor possível! Colocamos tudo em prática. Tínhamos um pouco de dúvida em uma bossa que era na cabeça e ela é bem perigosa porque a contagem é muito em cima, mas fluiu perfeitamente. Tenho que agradecer 100% à minha diretoria. Meus diretores de bateria fizeram um trabalho magnífico. Aos meus ritmistas, foi tudo impecável. Tudo que nós ensaiamos foi botado em prática, os atabaques, a Pamela e o Thiago, o nosso carro de som. Foi tudo perfeito! Quarta-feira que vem nós temos o nosso ensaio no Setor 11. Vamos para esse ensaio muito feliz e muito convicto do que fizemos hoje. Sempre tem uns detalhes que tem que melhorar, mas eu estou muito que, do que apresentamos hoje, nós só temos que lapidar. Não é preciso mudar, é só lapidar. Vamos continuar na mesma pegada. E algumas coisinhas a mais. Tem surpresa, mas é surpresa [risos]”, avaliou mestre Gilmar.

Freddy Ferreira analisa a bateria do Arranco no ensaio técnico

Um ensaio técnico muito bom da bateria “Sensação” do Arranco do Engenho de Dentro, sob o comando de mestre Gilmar. Um ritmo seguro, equilibrado e com bossas bem conectadas ao tema da agremiação. Com sua afinação tradicionalmente mais pesada, as paradinhas também eram marcadas pela pressão sonora envolvendo os surdos.

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Na parte de frente do ritmo, um naipe de cuícas efetuou seu toque com segurança, ajudando a marcar o samba. Uma ala de agogôs eficiente fez um desenho rítmico pautado pelas nuances melódicas do samba da azul e branca do bairro do Engenho de Dentro. Uma ala de chocalhos bem acima da média fez um trabalho impecável durante todo o cortejo. Assim como um naipe de tamborins funcional executou uma convenção rítmica simples com precisão.

Na cozinha da bateria “Sensação”, logo após a primeira fila haviam atabaques que contribuíram com o preenchimento musical da parte de trás do ritmo, assim como auxiliaram em bossas. Uma boa afinação de surdos foi percebida, com o tradicional peso da bateria do Arranco. Surdos de primeira e segunda foram firmes e seguros. Já os surdos de terceira ficaram responsáveis pelo bom balanço da bateria “Sensação” do Arranco, além da participação precisa em paradinhas. Repiques corretos executaram o toque junto de um bom naipe de caixas, recheando ritmicamente os naipes médios.

Bossas que se aproveitavam da melodia do samba foram notadas. Arranjos com auxílio do trabalho diferenciado das peças leves se juntaram a uma eficiente pressão sonora propiciada pela afinação de surdos mais pesada. Atabaques também deram uma preciosa contribuição consolidando um toque afro. Inclusive na bossa da cabeça utilizaram baquetas de madeira, que representam o aguidavi sagrado no Candomblé e no Candomblé Queto. Um trabalho de paradinhas bem concebido, além de bastante conectado ao tema da escola, dando ênfase às potencialidades do ritmo do Arranco.

Galeria de fotos do ensaio técnico do Arranco na Sapucaí

Uma apresentação muito boa da bateria do Arranco, dirigida por mestre Gilmar. Um ritmo consistente, bastante vinculado ao enredo da escola e com a característica afinação mais pesada de surdos da agremiação. Um treino que certamente deixou mestre Gilmar, sua diretoria e ritmistas felizes e satisfeitos na volta para casa. Vale ressaltar a participação feminina em simplesmente todos os naipes, transformando a luta por equidade sexual dentro do ritmo numa verdadeira “Sensação” dentro da bateria do Arranco do Engenho de Dentro.

Unidos da Tijuca não terá rainha de bateria para o Carnaval 2025

Através de um texto, de autoria do presidente Fernando Horta, a Unidos da Tijuca anunciou que não terá nenhuma rainha de bateria para o Carnaval 2025. A decisão é por respeito a cantora Lexa, que nesta segunda-feira perdeu sua filha. Veja abaixo o texto.

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Post

“Olórun Kò sí pure ô

Através desta mensagem, que é também uma prece, desejamos nossos mais profundos sentimentos à Lexa e seu companheiro Ricardo Vianna, pela passagem da menina Sofia de volta aos braços do Orum.

Oxum, senhora da fertilidade, da maternidade e do amor, é a padroeira da Unidos da Tijuca e também a mãe de Logun-Edé, nosso enredo para o próximo carnaval.

Junto a cada mãe que chora está o choro de Oxum, e é nos braços dela, onde nos encontramos acolhidos, repletos de amor, doçura e afeto, que desejamos que toda a família esteja nesse momento.

Nossa pequena Sofia será, agora e para sempre, uma estrela a iluminar a vida de seus pais e familiares, e também uma estrela a iluminar os nossos caminhos.

E é por respeito, consideração e carinho, que anunciamos a decisão de não estabelecer ninguém a frente da bateria Pura Cadência para esse carnaval, num gesto de empatia, de importância e de homenagem.

Estejam na paz e na luz.

Fernando Horta”

Galeria de fotos do ensaio técnico da Estácio na Sapucaí

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Galeria de fotos do ensaio técnico da União de Maricá na Sapucaí

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Galeria de fotos do ensaio técnico da Vigário Geral na Sapucaí

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Galeria de fotos do ensaio técnico do Arranco na Sapucaí

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‘Casal Foguinho’ e canto forte são o ponto alto de ensaio técnico da Acadêmicos do Tatuapé

Por Will Ferreira e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Naomi Prado, Gustavo Lima, Nabor Salvagnini e Lucas Sampaio)

Algumas escolas são conhecidas pela força de determinados quesitos em particular. No carnaval paulistano, esse é o caso da Acadêmicos do Tatuapé. A agremiação é famosa pela força do canto da comunidade da Zona Leste e, também, pelo chamado Casal Foguinho – Diego do Nascimento e Jussara de Sousa, primeira dupla de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação. Comprovando a fama de tais setores da azul e branca, ambos foram as grandes forças do segundo ensaio técnico da agremiação no Anhembi, neste domingo (09 de fevereiro). A exibição do enredo “Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer É Uma Ameaça À Justiça Em Todo Lugar”, que será o quinto a desfilar na sexta-feira de carnaval (28 de fevereiro) teve 56 minutos.

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Presente no Sambódromo para acompanhar o dia de exibições, o CARNAVALESCO conta tudo sobre a apresentação da Acadêmicos do Tatuapé, quesito a quesito – e já adianta que a agremiação mostrou a força que lhe é característica.

Comissão de Frente

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O tripé do quesito veio mostrando ainda menos que no primeiro ensaio técnico, quase que inteiramente coberto por sacos pretos. O que ficou mais claro em relação ao setor foi a disposição dos componentes: um deles claramente tem destaque, com pintura corporal bastante colorida. Os demais tinham uma única cor no corpo – em uma provável marcação de fantasias e/ou de funções na coreografia. Em um rápido momento, todos eles ficam no tripé – mas boa parte da dança ligada ao quesito acontece com muitos dos componentes no chão, interagindo entre si.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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Desde 2012 na agremiação, Diego do Nascimento e Jussara de Sousa tiveram mais uma exibição que explica, de maneira prática, o motivo pelo qual ambos gabaritam o quesito desde 2018. Com exibições arrebatadoras nos quatro módulos, o Casal Foguinho mostrou ótimo entrosamento entre si e também com o samba-enredo – fazendo, em determinados momentos, por exemplo, um gesto tapando ouvidos e orelhas, um dos símbolos universais de sistemas judiciários. Inteiros de azul, ambos cumpriram todas as obrigatoriedades e usaram e abusaram dos giros, bastante rápidos – por sinal, se o ensaio técnico começou com um vento bastante considerável, as correntes de ar diminuíram sensivelmente a partir do primeiro módulo, em sinal de que, aparentemente, até a natureza queria ajudá-los. Isso sem falar nos sorrisos que se tornaram símbolos da dupla.

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O próprio casal admite o excelente desempenho: “Hoje, sem a chuva e como a pista estava seca, deu para sentir melhor a coreografia, fazer mais marcação do que a gente já fez no primeiro. Fizemos algumas alterações também devido ao posicionamento, ao andamento da escola, para estar dentro do andamento e poder ajudar a escola também no quesito de Evolução. Hoje, com certeza, em vista do anterior, foi 80% melhor”, disse Jussara. Diego complementou: “Conseguimos sentir bem, de verdade, o que a gente vai fazer no dia do desfile. Conseguimos colocar tudo em prática, tivemos algumas alterações, mas coisas poucas, só para poder entrar no andamento da escola – e viemos muito bem. Agora, como eu sempre falo, nós somos muito perfeccionistas. Claro que ainda vamos trabalhar muito, ajustar algumas coisas, mas a gente está no caminho certo, graças a Deus – e, se Deus quiser, vai dar tudo certo e a gente vai conseguir trazer a nota para essa comunidade maravilhosa”, agradeceu.

Harmonia

O canto da agremiação é reconhecido como, no mínimo, um dos mais fortes de todo o carnaval paulistano. E, novamente, tal característica se mostrou bastante evidente: a única agremiação da Zona Leste no Grupo Especial novamente bradou o samba-enredo aos quatro ventos – sobretudo alguns versos do refrão (a saber: “A ‘Escola da Emoção’ veste a toga da justiça” e “Respeite o meu Tatuapé”).

Celsinho Mody, intérprete da agremiação, falou sobre o ensaio: “Fizemos um excelente primeiro ensaio técnico do carro de som, temos um trabalho técnico muito forte, muito rigoroso em busca do que os jurados querem. Fazemos música, que é o patrimônio maior do samba, direcionamos toda a nossa música dentro do que os jurados querem no balizamento das escolas de samba. Tivemos um bom rendimento no ensaio passado e, agora, fizemos correções técnicas. Colocamos ainda mais alegria, mais emoção. O samba sem emoção não tem graça nenhuma – e, para o próximo, vamos melhorar ainda mais pequenos pontos técnicos e grandes pontos de felicidade para poder colocar esse samba nos braços do povo. Nosso papel é conduzir a escola para cantar, levar a mensagem do samba para a arquibancada, para que as pessoas se sintam seduzidas com esse canto da sereia e venham cantar com a escola. Estamos acrescentando coisas a um trabalho que está sendo feito há cinco meses, e vamos acrescentando coisas na base que já está sólida da minha parte. São dez anos de um trabalho, todos esses anos subiram degraus para esse trabalho. Quanto mais gás tiver, mais gás a escola tem. Ainda tem coisas para acrescentar no sentido de se comunicar mais com o samba no geral, o samba está um pouco mais solto, um pouco mais nos braços do povo. isso também depende da quantidade de pessoas que tem, também. Quanto mais próximo do carnaval, mais a obra cresce. Não falo só a obra do samba, a obra do carnaval. Vamos crescer, crescer, crescer, vamos melhorar”, analisou.

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Evolução

Com componentes sempre animados, sorridentes e se movimentando bastante, o quesito também teve bom desempenho ao longo do ensaio técnico. Vale destacar, porém, que alguns harmonias estavam repetidamente pedindo atenção de desfilantes em relação ao alinhamento dentro de cada ala – muito embora não foram notados problemas em tal questão em grupo algum e em momento nenhum do ensaio.

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Erivelto Coelho, um dos presidentes e integrantes da direção de Carnaval da agremiação, comentou sobre o ensaio: “A cada ensaio é notório que estamos evoluindo. No primeiro ensaio, cumprimos o papel. Estávamos ainda muito tensos, nervosos, porque já é um ano que nós passamos aqui, e acredito que nesse ensaio a escola veio mais solta, veio balançando mais. Essas eram algumas questões que estávamos discutindo durante a semana na quadra. É um ponto positivo. Saímos daqui muito felizes. Que no domingo que vem a gente consiga evoluir ainda mais – e que, no desfile oficial, quanto ao que planejamos lá em abril, tenho certeza que vai ser um espetáculo muito bom. As pessoas vão se surpreender com a Tatuapé”, destacou.

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Ao ser perguntado sobre o nível de crescimento da agremiação em cada ensaio técnico, Erivelto foi sucinto: “Expressão corporal, andamento, bom contingente. Houve uma evolução muito significativa se compararmos com o último ensaio. Isso é um recado de que estamos dando para a comunidade, todos esses meses e eles vêm escutando, vêm nos entendendo. Acredito que no domingo que vem vai ser ainda melhor. O nosso time é muito competente, nosso casal é muito bom, nossa área musical é muito boa, nossa bateria é muito boa. Os profissionais que aqui estão há muito tempo, entregam há muitos anos e num nível muito alto”, comemorou.

Samba

Se divide opiniões de maneira bastante extremada na bolha do carnaval paulistano (já que conta com defensores ferrenhos e críticos ácidos), a canção teve ótimo rendimento na passarela. Não apenas pelo já tradicional forte canto dos componentes da azul e branco, é importante destacar: cada vez mais à vontade, Leonardo Costa, popularmente conhecido como Léo Cupim, segue em ótimo trabalho à frente da “Qualidade Especial”, bateria da agremiação. O elogiadíssimo carro de som da instituição, comandado por Celsinho Mody e com presenças ilustres como Keila Regina e André Ricardo, também brilhou.

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Cupim, por sinal, detalhou a estratégia para o ensaio: “Hoje viemos com o andamento um pouquinho mais tranquilo, a gente deu uma seguradinha no pedal e acho que a escola conseguiu evoluir. Para a bateria esse andamento também é confortável. Cada vez mais está chegando perto de se aproximar do ideal – que é no dia da pista, mas sempre tem o que melhorar. É hora de voltarmos para casa, estudarmos bastante todos os vídeos, fazermos reuniões de diretoria e vermos o que a gente precisa melhorar. Com certeza a gente vai ter pontos a melhorar. Pensamos sempre na construção das bossas, na questão da Evolução da escola e da Harmonia. Creio que esse casamento está rolando legal”, comentou.

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Celsinho também elogiou a força da canção: “o Samba é muito bom, é um samba redondo, um samba bem enquadrado. a melodia tem um caminho que é bem popular e as pessoas estão cantando bastante. A bateria está redonda com o samba, estamos adicionando com andamento um pouco mais lento que os outros anos. O samba está cumprindo com a sua função”, finalizou o intérprete.

Outros Destaques

A numerosa corte de bateria da “Qualidade Especial” tinha Muriel Quixaba, a rainha, de preto; Carmen Reis, a madrinha, de azul; Talita Guastelli, a princesa, de branco; e Daniel Manzini, o rei. Com eles, um pandeirista.

Veja mais imagens do ensaio

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