Nesta quinta-feira, o carnavalesco da Unidos de Vila Isabel, Edson Pereira, teve o celular clonado e sua conta no Facebook invadida. A pessoa responsável pelo ataque compartilhou uma publicação com críticas ao enredo de uma de nossas coirmãs, o que não condiz com a opinião do artista ou da direção da Vila. Abaixo a nota do próprio Edson Pereira que explica o episódio.
A Caprichosos de Pilares é a grande campeã do Acesso na Intendente Magalhães e no carnaval do ano que vem estará na Série B, fica muito próxima de retornar ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí. A escola somou 269,9 pontos. Em segundo lugar ficou a Leão de Nova Iguaçu com 269,8 pontos. Também subiram: Acadêmicos da Diversidade com 269,8 pontos, Independente da Praça da Bandeira com 269,6, Abolição com 269,6, Imperadores Rubro-Negros com 269,3 e Rosa de Ouro com 269 pontos. A Unidos de Cosmos foi rebaixada com 266,2 pontos.
“Muita emoção. É um sentimento de resgate. A Caprichosos voltou e rapidamente estará no lugar que não deveria ter saído”, disse Henrique Bianchi, diretor de carnaval.
Presidente da agremiação, Carlos Leandro, falou do título e do futuro.
“É um sentimento de dever cumprido. A escola não desfilou nos últimos dois anos. Agora é trabalhar mais ainda. Ano que vem não é brincadeira. São muitas escolas com pavilhões fortes e com tradição. Será um trabalho maior ainda. Devo esse carnaval ao Fernando e Alberto Leandro e minha esposa Juliana, além de toda minha família. Eu amo Pilares e o que puder fazer pela escola vou fazer com muito amor, carinho e respeito”, afirmou o presidente Carlos Leandro.
Por Eduardo Fonseca
Penúltima escola a desfilar na segunda de carnaval, a Mocidade levou o enredo “Elza Deusa Soares” feito por Jack Vasconcelos. A escola de Padre Miguel saiu da avenida confiante no resultado da apuração. Os torcedores estavam bastante felizes antes da abertura dos envelopes. Ao final a escola foi terceira colocada. Melhor colocação após o título de 2017. Em 2018 e 2019 a escola terminou em sexto lugar. Pelo quarto ano seguido a Estrela-Guia retorna no sábado das campeãs.
As notas:
A Mocidade obteve nota máxima nos seguintes em 6 quesitos: Samba-enredo, Comissão de frente, enredo, alegorias e adereços, evolução e harmonia.
Em Fantasias a escola perdeu 0,3 décimos. Sendo, 9.9 10 9.9 9.9 e 9.8 . O mesmo quesito que tirou o título da Mocidade em 2018.
Em bateria, a escola não obteve uma única sequer nota 10. Os torcedores presentes na quadra não acreditaram nas notas baixas para a bateria.
Já o recém formado casal de mestre-sala e porta-Bandeira Diogo Jesus e Bruna Santos, perderam 0,1 décimo no total.
O resultado:
Ao se confirmar o título para a Unidos do Viradouro, os torcedores presentes reconheceram a vitória da escola de Niterói e aplaudiram o resultado. Durante toda apuração o clima era de festa e crença no título. Mas, o terceiro lugar foi muito comemorado na quadra. Alguns integrantes da bateria começaram a tocar e o samba em homenagem a Elza Soares foi cantado a plenos pulmões.
O que dizem os Independentes:
Ao mesmo tempo em que estavam felizes com o terceiro lugar, os torcedores da Mocidade estavam incrédulos e indignados com as notas baixas em bateria.
Luciana Figueiredo, integrante da ala Loucos de Paixão, Exaltou a colocação da escola. “Meu coração está transbordando de alegria. Somos top 3. E protestou contra as notas da bateria. “Mais uma vez, injustamente fomos canetados em bateria”.
Já, Marcelo Guimarães, componente da Mocidade desde 1983, está muito feliz. Porém, sem entender as notas para a bateria. “Estou muito feliz! Não tenho ficar de fora das campeãs . Pois, sabia que a nossa evolução e harmonia iam nos levar ao sábado das campeãs. Mas, eu não aceito essas notas de bateria”.
Para Paula Rosário, do departamento social, ela está contente. Mas, queria ser campeã. “Estou feliz, mas queria ser campeã. Essas notas de bateria ainda não desceram”.
Por Juliana Cardoso
A Beija-Flor de Nilópolis foi a quarta colocada na apuração do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, que aconteceu nesta quarta-feira e premiou como grande campeã a Unidos do Viradouro. Mesmo com um resultado aquém do esperado pelos nilopolitanos, o retorno da agremiação ao desfile das campeãs deixou os torcedores da azul e branca felizes e com o sentimento de que a escola está voltando a sua antiga forma de fazer carnaval.
Os integrantes e fãs da “Deusa da Passarela” se reuniram em frente a um telão instalado na Estrada Mirandela, pois a quadra estava fechada. A escola permaneceu entre as três melhores durante quase toda a apuração, ficando em primeiro lugar nos quesitos “Fantasia”, “Samba-Enredo” e “Comissão de Frente”. Os nilopolitanos puderam sentir o gosto da vitória por alguns momentos, até que uma virada surpreendente em “Evolução” e “Harmonia” revelou a agremiação de Niterói como campeã do carnaval carioca.
Os torcedores e componentes, entretanto, se mostraram animados com o quarto lugar. Depois do desfile de 2019, onde a escola ficou com a décima primeira posição, poder voltar nas campeãs é excelente, um alívio.
“Achei o resultado ótimo e a Viradouro mereceu! Assim como a minha escola, ela estava linda. É bom ver que a Beija-Flor está voltando para suas antigas raízes e agora posso dizer que nos recuperamos do que aconteceu ano passado. Só não concordei com as notas dadas em harmonia, mas em 2021 estaremos na Sapucaí para fazer melhor”, afirmou Lucas Fonseca, 21, ritmista da bateria Soberana.
A componente Celina Araújo disse que para ela o resultado não foi o ideal. Porém se mostrou muito feliz em poder desfilar mais uma vez no próximo fim de semana.
“A Beija-Flor que eu conheço é campeã. Mas carnaval é isso, teremos que fazer melhor em 2021. O que importa hoje é que poderei estar na Sapucaí novamente com a minha escola”, afirmou a integrante de uma ala da comunidade.
Após o resultado, a bateria subiu ao palco e fez uma festa acontecer, tocando sambas-enredos antigos da agremiação. A maioria dos torcedores não foi embora e curtiu o show até anoitecer.
Toda preocupação acumulada que o torcedor insulano carregou após o desfile se transformou naquilo que o sambista mais detesta. O rebaixamento de sua escola. Com graves problemas na condução do enredo e notas baixas até onde não esperava (casal de Mestre-sala e porta-bandeira), a União da Ilha em 2021 provará mais uma vez o sabor amargo de desfilar na Série A.
Se por um lado o carnaval promove novos talentos e se oxigena, com a vitória de Marcus Ferreira e Tarcísio na Viradouro, ou o vice de Gabriel Haddad e Leonardo Bora, por outro pode condenar veteranos da folia. Rosa Magalhães foi rebaixada, e Laíla, junto com sua comissão também.
Assinando o desfile ao lado de uma das maiores personalidades do carnaval estava Cahê Rodrigues. O artista que já teve passagens por potências como Imperatriz e Grande Rio, desabafou em rede social sobre o sentimento de ir para a Série A. Confira na íntegra o que disse o carnavalesco.
“UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR:
Quando fui convidado pelo presidente Djalma para participar da comissão de carnaval fiquei extremamente feliz e honrado, pois sempre tive uma admiração muito grande por essa escola. Foram meses de muito trabalho e dedicação. Vi de perto todo o esforço do presidente para tirar o carnaval do Barracão. Posso dizer que a Ilha tem uma das melhores equipes de barracão que já trabalhei. As poucas vezes que consegui ir a quadra fui recebido sempre com muito carinho por todos. É uma escola apaixonante! Mestre Keko e Marcelo já sou fã de vocês, Phelipe e Dandara vocês são únicos e quem tem Ito Melodia tem tudo. Infelizmente o resultado não foi positivo, mas carnaval é isso… uns ganham outros perdem. perdemos a chance de se manter no grupo especial ou até mesmo ter disputado uma posição melhor. Mas nada nessa vida acontece por acaso e o cara lá de cima não dorme nunca. Ele é justo e fiel! ILHA você é especial! sou grato por ter sido abraçado por vocês. Meu eterno respeito a esse pavilhão insulano”
Cahe ainda concluiu com um versículo bíblico do livro de Sofonias.
“No meio dela está o Senhor,
que é justo e jamais comete injustiça.
A cada manhã ele ministra a sua justiça,
e a cada novo dia ele não falha,
mas o injusto não se envergonha
da sua injustiça”.
O quesito comissão de frente é o calcanhar de aquiles da Portela, comprovadamente. Nos últimos dois carnavais nenhuma nota 10, em nove notas dadas. Após o Carnaval 2018 a Majestade do Samba apostou no experiente Carlinhos de Jesus para conduzir o quesito. Nestes dois anos de trabalho foram sete décimos perdidos, considerando que há descartes de notas.
Em 2019, de acordo com as justificativas, o mal acabamento do tripé, acarretou na perda de décimos em todos os módulos de julgamento. Mesmo premiada, a comissão de frente foi o pior quesito da escola. Em 2020 ainda é preciso aguardar o que alegaram os jurados para punir o quesito. Mas o que se viu na avenida foi o tripé novamente sem funcionar corretamente, com os leds colocados para simular uma fogueira apagados desde o setor 6.
Em 2019 foram cinco décimos de punição, com três 9,9 e um 9,8. No carnaval deste ano foram punições ainda mais rigorosas: três 9,9 e dois 9,8. Sem o descarte, mais sete décimos. Somando os dois últimos anos são 1,2 pontos.
Na Série A deu o óbvio. A verde e branca de Ramos sobrou, subiu para o Grupo Especial e em 2020 vai novamente disputar entre as maiores do carnaval. Após a apuração, Luizinho Drumond se mostrou muito satisfeito com o campeonato.
“Fizemos um trabalho bom com renovação dentro da escola. Agora é trabalhar para o Grupo Especial”, declarou.
Sobre o artista Leandro Vieira, o mandatário da Imperatriz afirmou que a escola vai tentar fazer com que ele fique.
“Ainda não sei se fica. Mas eu vou conversar com ele e se ele quiser ficar, faremos o possível”.
Desfilando com o enredo “Só da Lalá”, a Imperatriz sagrou-se campeã da Série A 2020 com 270 pontos.
Em meio as comemorações do título na da Viradouro na praça da Apoteose, o carnavalesco campeão deixou um recado para a administração do Império Serrano. Escola que o demitiu em 2017, após conquista da Série A.
“Em 2017 eu fui campeão com o Império e não tive a oportunidade de fazer carnaval no Especial. Dedico esse título a minha comunidade, eles merecem”, afirmou Marcus.
O presidente da União da Ilha do Governador, rebaixada para o a Série A, utilizou o Facebook da escola para tomar a culpa para si. Leia na íntegra a declaração do dirigente:
“Uma das funções do presidente é contratar, delegar poderes e cobrar resultados. Quando o resultado é bom ele se torna cúmplice desse bom rendimento, quando é ruim, ele é o verdadeiro responsável.
Um abraço carinhoso a todos que de alguma forma trabalharam pelo bem da agremiação, que está acima de todos nós”.
