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Mocidade valoriza bateria em enredo sobre Oxóssi e toca o coração dos independentes

Povo da Vila Vintém está bastante satisfeito com o trabalho realizado por mestre Dudu

“Não existe mais quente” é o apelido dado a bateria da Mocidade, hoje comandada por mestre Dudu. No comando dos ritmistas, a agremiação já teve entre os seus comandantes, o lendário mestre André, e mestre Coé, ao qual Dudu é herdeiro. E, nada mais justo do que um quesito, uma parte da escola que está tão dentro da essência da Mocidade, que já puxou grandes desfiles da escola, receba uma homenagem dentro de um enredo que fala sobre o padroeiro da Verde e Branco da Zona Oeste.

A história do padroeiro e a homenagem a ícones espetaculares da bateria da Mocidade e do Carnaval Carioca dialogam entre si no enredo “Batuque ao caçador”. A batida da caixa de guerra da “Não Existe Mais Quente” toca no estilo “Agueré”, o toque para Oxóssi, colocando padroeiro e ritmistas em perfeita sincronia.

Mestre Dudu, hoje no comando da bateria, também é citado na letra do samba: “Inverteu meu tambor, de Dudu e de Coé”. O comandante está próximo de bater uma marca importante. Completando 10 anos à frente da bateria, faltam mais quatro para chegar ao recorde de 14 anos do icônico mestre André, grande referência para os independentes.

E o povo da Vila Vintém está bastante satisfeito com o trabalho realizado por mestre Dudu. Pelo menos foi essa a impressão passada à reportagem do site CARNAVALESCO depois de conversar com alguns fãs da Verde e Branco de Padre Miguel que foram prestigiar a apresentação e minidesfile da escola na Abertura do Rio Carnaval na Cidade do Samba.

Para o analista de sistema Leandro Martins, de 46 anos, mestre Dudu inclusive tem sofrido injustiças com as notas dos jurados nos últimos carnavais. Mas, Leandro acredita que com a mobilização da escola ao qual ele tem acompanhado para o carnaval de 2022, a “Não Existe Mais Quente” deve superar as dificuldades e colocar a escola no lugar mais alto do pódio nos desfiles de abril.

“A bateria vem sofrendo nos últimos tempos injustiça com as notas dos jurados. Esse ano, é aquele ano assim que a bateria tem que dar aquela volta por cima e os jurados confirmarem que a bateria de mestre André é bateria nota 10. E sempre foi nota 10. Mestre Dudu vem fazendo um grande trabalho junto com a bateria e quem está assistindo os ensaios, assistiu os de rua, até hoje, aqui mesmo (Abertura do Rio Carnaval), está vendo que a bateria está muito preparada e mais do que nunca é uma bela homenagem ao mestre André para que as pessoas venham a conhecer a história da Mocidade”.

Leandro também aproveitou para deixar claro o quanto a escolha do enredo tem tocado o coração do torcedor independente e apresentando a história da Mocidade para todos os sambistas e simpatizantes do carnaval.

“As pessoas estão conhecendo a história da Mocidade através da bateria, estão conhecendo a história de Tia Chica que muita gente não conhecia. A Mocidade está dando essa oportunidade de todos conhecerem um pouco mais de suas raízes. Esse enredo é o que o coração do independente estava querendo”, completou o analista de sistemas.

Opinião compartilhada pelo servidor público Diogo Menezes que também aprovou a escolha do tema para o carnaval 2022, ressaltando a bateria como grande fundamento da escola desde o seu início.

“A bateria da Mocidade é a bateria diferente desde 1955, desde quando a Mocidade nasceu. O mestre André já vinha com a bateria que carregava a escola, depois a escola veio carregando a bateria. E, de fato, é a bateria diferente do carnaval carioca, é a ‘Não existe mais quente’, é a bateria nota 10. Trazer a questão do fundamento da escola ou o principal fundamento, o que foi quesito desempate durante milhões de anos, sempre foi bateria, hoje não é mais, mas de fato a Mocidade agora traz a importância para que a bateria tenha esse destaque no carnaval carioca o que é de merecimento das baterias de escola de samba”, entende Diogo.

Outra torcedora da escola presente à Abertura do Rio Carnaval na Cidade do Samba, a professora de inglês Rosileia de Almeida, de 59 anos, fez questão de ressaltar também o poder do samba da Mocidade de 2022 em conjunto com a bateria de Mestre André e a energia e a relação com a obra que já tomou conta não só dos fãs da Mocidade, mas de todo o mundo do samba.

“Nossa, eu acompanhei toda a torcida, todo o processo de escolha de samba, eu achei uma escolha acertada, o ‘Arerê’ vai ‘areretizar’ tudo mesmo, vai ficar muito bom, eu sou muito fã do Carlinhos Brown que é um dos compositores do samba. E, eu sou apaixonada pela Mocidade, vai vir com tudo. A bateria da Mocidade, não existe mais quente, né? Ainda mais com esse samba. Eu gosto de todas as escolas, mas todo mundo sabe que essa aqui é do coração (ao apontar para a blusa do enredo que levava o rosto de Elza Soares, homenageada em 2020)”, definiu a professora de inglês.

Com o enredo “Batuque ao Caçador”, a Mocidade será a terceira escola a pisar na Marquês de Sapucaí no segundo dia dos desfiles do Grupo Especial em abril de 2022.

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