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Casal e bateria são destaques no ensaio técnico da São Clemente

Por Luiz Gustavo e fotos de Magaiver Fernandes (Colaboraram Allan Duffes, Matheus Vinícius, Carolina Freitas, Freddy Ferreira, Juliana Henrik, Marielli Patrocínio e Marcos Marinho)

A São Clemente realizou na noite do último domingo seu ensaio técnico no Sambódromo da Marquês de Sapucaí como preparação para os desfiles da série Ouro que ocorrerão daqui a duas semanas. Foi um ensaio que mostrou uma escola com contingente muito pequeno para quem passou recentemente uma década no Grupo Especial, a preto e amarelo acabou passando acanhada pela pista, mas teve bons momentos como a apresentação do seu casal de mestre-sala e porta-bandeira, Alex Marcelino e Thais Romi. Uma apresentação de gala de Alex, combinando leveza com a graciosa Thais, num desempenho excelente. Segundo o colunista, Freddy Ferreira, foi um ótimo ensaio técnico da “Fiel Bateria” da São Clemente, comandada por mestre Bruno Marfim. Um ritmo consistente e com pressão sonora provocada pela afinação tradicionalmente pesada de surdos. Tudo isso junto de bossas que se aproveitavam disso para gerar impacto em suas execuções.

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A comissão de frente trouxe a síntese do enredo, com São Francisco de Assis protegendo
cachorros de rua, uma coreografia de fácil leitura que foi bem recebida pelo público. Os quesitos de chão não tiveram seu melhor desempenho, em boa parte pelo pequeno contingente da escola que não preenchia a pista, fazendo algumas alas evoluírem bem alargadas abrindo espaços entre as fileiras. O canto foi bem falho, obtendo algum êxito apenas na parte final do seu ensaio. Um treino de alerta para a São Clemente, que tem um know-how adquirido nesse período de Grupo Especial para desempenhar muito mais no
desfile oficial.

A agremiação será a sexta escola a desfilar no sábado de carnaval, dia 01 de março, trazendo o enredo “A São Clemente dá voz a quem não tem”, desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Leite, estreante na escola.

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“São Clemente está pronta! Demonstramos canto, demonstramos uma harmonia muito sólida matendo a escola compacta, mostramos uma bateria excepcional falando de um tema que não é uma coisa supérflua, nós estamos falando da causa animal, da prevenção, do cuidado, do carinho, a São Clemente transmitiu a mensagem e isso é só um cartão de visita para o que vai acontecer em nosso desfile oficial. Eu venho a frente da escola e vejo o que chega para mim, a partir de semana que vem nós vamos ter a última reunião de Harmonia, de diretoria, de ala e aí a gente vai chegar em algum denominador. Para mim, chegou muito bem, não vi buraco, a escola cantando e mesmo sem as caminhas para identificar setores, a escola veio com muito amor, com muito carinho, cada um resgatou aquela sua camisa do coração e veio desfilar. Eu acho que foi 98%, 100% a gente vai conseguir no dia do desfile”, disse Roberto Gomes, diretor de carnaval.

Comissão de Frente

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A comissão, coreografada pelo estreante na agremiação David Lima, resumiu o que a escola pretende trazer em seu enredo. São Francisco protegendo os animais de rua de maus-tratos, neste caso cachorros. A coreografia trouxe uma madame tratando com desdém os bichos e sendo confrontada por São Francisco. Uma comissão que dialogou bem com o público, foi bem realizada por seus componentes e cumpriu o seu papel na questão da leitura do enredo.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O destaque absoluto do ensaio da São Clemente. Alex Marcelino e Thais Romi fizeram uma apresentação muito bonita, marcada pela leveza e interação entre os dois. Alex foi impecável em cada movimento, extremamente elegante em seu sapateado, mantém
uma postura ereta em todos os seus passos, uma apresentação de manual. E foi bem acompanhado por Thais que teve uma apresentação de muita leveza e precisão nos giros.

Aliás, a leveza e uma interação singela marcou toda a coreografia do casal. Thais vai readquirindo o nível dos seus grandes momentos na Porto da Pedra e promete um desfile ao lado de Alex. Ao fim do ensaio, o casal falou sobre o que foi realizado.

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“O ensaio de hoje foi incrível. Conseguimos colocar em prática tudo o que havíamos ensaiado e, mais importante, a nossa proposta para este ano foi desenvolver uma dança mais solta, leve e tradicional. Nos divertimos, nos soltamos e nos deixamos levar pela energia do momento. Além de ressaltar essa dança mais dançante, também buscamos transmitir muito amor, e acredito que conseguimos fazer com que as pessoas se apaixonassem pela nossa apresentação e compreendessem o verdadeiro significado da dança do mestre-sala e da porta-bandeira. Espero que tenhamos conseguido transmitir esse encantamento. Eu me diverti imensamente, emocionei-me, dancei e sorri bastante. Essa é a proposta, esse é o verdadeiro sentido do carnaval. Ah, não posso revelar detalhes sobre a minha fantasia! Mas imagino que seja confortável para dançar. Trata-se de uma fantasia que está muito relacionada ao enredo e a esse movimento animal. Tenho certeza de que será uma experiência divertida”, declarou Thais Romi.

“Acredito que nosso ensaio foi muito positivo. Era uma proposta que já queríamos implementar, trazendo o amor como tema central, especialmente o amor pelos animais. Foi bastante enriquecedor, pois temos trabalhado de forma contínua. Este é nosso primeiro ano juntos, então sabemos que o entrosamento vai se fortalecendo com os desfiles seguintes. No entanto, já foi uma experiência muito proveitosa. Acreditamos que sempre há espaço para ajustes e melhorias. Aproveitamos bem o ensaio técnico, mas sentimos que podemos adicionar algumas ideias que discutimos, talvez, tenham sido apresentadas apenas para um dos jurados, mas podemos incorporá-las nas quatro cabines”, afirmou Alex Marcelino.

Samba e Harmonia

Foi uma jornada irregular do samba da São Clemente neste ensaio técnico. A obra que é fruto de uma junção não teve um desempenho constante durante sua passagem, rendendo mais na parte final do ensaio, tendo como ponto alto o refrão central. O ótimo Rafael Tinguinha, um dos intérpretes de destaque da nova geração, em alguns momentos acabou focando muito em cacos para levantar o canto da escola. Nas passadas em que cantou o samba numa sequência maior mostrou a competência habitual.

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Com um número pequeno de componentes, a agremiação deixou a desejar no canto. As primeiras alas pouco cantavam inclusive nos refrãos, passando praticamente mudas. O desempenho cresceu nas alas que vieram atrás do carro de som, com um samba de letra
de fácil assimilação sendo mais entoado pelos componentes. No geral, não foi um bom desempenho da harmonia da São Clemente.

“Para mim o ensaio fluiu muito bem, a escola estava muito alegre. A escola passou por mim vibrante e cantando muito. Fiquei muito feliz com o resultado e saio daqui bastante satisfeito, principalmente com a nossa bateria e com o nosso carro de som. Temos pequenos ajustes a fazer, mas considero que deu tudo certo, o casamento com a bateria foi perfeito, só tenho a agradecer”, disse o intérprete Rafael Tinguinha.

Evolução

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Com uma escola bem pequena, a evolução funcionou num ritmo tranquilo de andamento, sem correria e com espaço para a escola passar nos setores finais com tranquilidade. O ponto falho da evolução da São Clemente foi o espaço entre as fileiras de mesmas alas na maior parte delas, na tentativa de alargar mais a escola e preencher melhor a pista. As alas acabaram não passando compactas, e a organização dentro das alas se mostrou confusa, com espaçamentos até grandes em alguns casos.

Outros Destaques

A ala de passistas da escola veio representando o filme 101 Dalmatas, com as mulheres de Cruella de Vil, a vilã do filme, e os homens vestidos como a raça de cachorros, uma solução bem criativa e a ala passou muito bem-vestida.

A bateria de mestre Marfim se apresentou com muita firmeza, seguindo o trabalho que deu 40 pontos à escola no quesito em 2024.

“Foi um ensaio muito proveitoso. A gente conseguiu desenvolver tudo que vem ensaiando durante esses sete meses de trabalho na quadra. E aqui é onde a gente tem a oportunidade de acertar, de errar, de fazer de novo, de repetir. Eu acho que foi válido e muito positivo. A gente conseguiu desenvolver o que a gente vem ensaiando e foi um ensaio bem positivo. Saio daqui feliz. Podem ter certeza que vão ser paradinhas bem contagiantes e que vai enaltecer o samba, a harmonia e o canto da escola no desfile”, afirmou mestre Marfim.

Freddy Ferreira analisa a bateria da Niterói no ensaio técnico

Um ensaio técnico muito bom da bateria “Cadência de Niterói”, comandada por mestre Demétrius. Um ritmo consistente e com uma equalização de timbres de alto nível se juntou a conjunto de bossas com bastante nordestinidade dando o tom desse grande ensaio da bateria da Niterói.

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Na parte da frente do ritmo, uma ala de cuícas exibiu um trabalho muito bom, com solidez musical e consistência. Um naipe de chocalhos de imensa qualidade técnica veio vestida com roupas juninas, entrando no clima do enredo da escola. Uma ala de tamborins com carreteiro volumoso e uníssono, desfilou com um desenho rítmico de certa complexidade, melhorando sua execução conforme o ensaio passava e os ritmistas talentosos se adequavam à batida. Um trabalho magistral envolvendo as peças leves, mostrando coesão musical e adicionando valor sonoro à cabeça da bateria da Niterói.

A cozinha da bateria da “Cadência de Niterói” apresentou um ritmo consistente, com uma ótima afinação de surdos, além de uma equalização de timbres simplesmente fabulosa. Foi possível ouvir todos os naipes da bateria da Niterói, independentemente do ponto em que se estivesse pela pista. Surdos de primeira e segunda foram precisos e seguros ao longo do cortejo. Já as terceiras exibiram um balanço envolvente tanto fazendo ritmo, quanto na hora das bossas. Uma ala de repiques de boa técnica musical ajudou no preenchimento dos médios, junto de um naipe de caixas de guerra ressonante, que serviu como base musical para as mais diversas peças. Em meio ao ritmo também desfilaram zabumbas e triângulos, tendo papel importante em bossas.

As bossas da Niterói exibiram uma musicalidade bastante atrelada ao enredo da escola, de vertente junina. A mescla por ritmos nordestinos conduziu por completo a construção musical privilegiada, que apresentou inegável bom gosto musical, com direito a zabumbas e triângulos em meio ao ritmo. São paradinhas dançantes, que embalam o componente no desfile, impulsionando a evolução da agremiação. Os dois refrões possuem bossas com essas características, já a paradinha da cabeça do samba é a única sem levada nordestina, se aproveitando da pressão de surdos e do bom molho dos médios (caixas e repiques).

Niterói apresenta bons quesitos e ótimo desempenho do casal em ensaio técnico

Por Luiz Gustavo e fotos de Magaiver Fernandes (Colaboraram Allan Duffes, Matheus Vinícius, Carolina Freitas, Juliana Henrik, Marielli Patrocínio e Marcos Marinho)

A Acadêmicos de Niterói está em seu terceiro ano como escola de samba e consequentemente na série Ouro, e a cada ano mostra uma evolução, ganhando mais corpo e fundamentos. No ensaio do último domingo, a azul e branco apresentou quesitos fortes, como uma comissão de frente muito bem coreografada por Fábio Batista, uma bateria comandada pelo experiente mestre Demétrius e o casal de mestre-sala e porta-bandeira Vinicius e Jackeline Pessanha que alcançaram 40 pontos no ano passado e seguem em alto nível buscando novamente a nota máxima. Uma escola que também vem
ganhando componentes, apesar de ainda ter passado com um contingente mais diminuto em relação à algumas escolas da série Ouro, mostra uma continuidade em seu processo.

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Evolução e harmonia foram mais irregulares, com momentos de acerto e outros pontos falhos, se mostrando os quesitos a serem mais trabalhados pela escola nas duas semanas restantes até o desfile oficial, que será no sábado de carnaval (01/03), sendo a sétima e penúltima escola a desfilar no grupo, apresentando o enredo “Vixe Maria” sobre a festa de são João realizada em Maracanaú, Ceará. O carnaval da Acadêmicos de Niterói será desenvolvido pelo carnavalesco Tiago Martins, em seu segundo ano na agremiação.

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“Minha análise é que nossa escola veio muito bem, veio tudo dentro do planejado. Estou muito orgulhosa da minha equipe e do trabalho que nós fizemos e agora é rumo ao desfile oficial. A gente tem muito planejamento, a minha equipe de harmonia é maravilhosa e de direção de Carnaval e minha expectativa é que dê tudo certo porque estamos trabalhando muito para isso. A minha perspectiva quando eu estava na pista, não conseguia ter 100%, mas acredito que a gente tenha feito um bom ensaio e a gente vai manter tudo o que a gente fez aqui, mas a tendência é só melhorar”, explicou Amanda Palhares, diretora de carnaval da Niterói.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Vinicius e Jack Pessanha mostraram todo o entrosamento de irmãos que dançam há duas décadas juntos. Se em 2024 eles conquistaram os 40 pontos, neste ensaio mostraram que estão aptos a novamente levarem a nota máxima. Apresentação limpa, com excelente combinação de passos entre ambos, ótimo uso do espaço para a evolução do casal, e sorriso estampado no rosto de ambos. Um desempenho de grande nível do experiente casal, que falou ao CARNAVALESCO sobre o desempenho e a parceria.

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“Considero que o ensaio foi muito bom. Acredito que realizamos cerca de 80% do que apresentaremos na avenida, pois a fantasia altera bastante a performance. Teremos a oportunidade de ajustar alguns detalhes. Contudo, em minha opinião, tudo ocorreu bem e estou confiante de que a nossa coreografia será utilizada ao máximo. Temos uma sincronia incrível. Além de sermos irmãos, somos também melhores amigos e dançamos juntos há 26 anos. Por isso, somos conhecidos como o casal Pessanha”, afirmou Vinícius Pessanha.

“Com certeza, até o dia do desfile é possível ajustar alguns detalhes. O ensaio técnico serve exatamente para isso: para adaptarmos e aprimorarmos a apresentação. Portanto, o ensaio técnico é sempre muito benéfico, não é mesmo? Agora, é partir para o grande dia e dar o nosso melhor. Podem esperar de nossa fantasia uma verdadeira festa junina. É, de fato, bastante junina! O Carnaval de Niterói será deslumbrante, criativo e repleto de cores. Thiago, como um verdadeiro fã do estilo junino, está de parabéns pela proposta visual que apresentará durante o desfile. Portanto, não há como fugir dessa temática, um pequeno spoiler é que traremos elementos típicos das festas juninas”, declarou Jack Pessanha.

Comissão de Frente

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Fábio Batista apresentou uma comissão que foi outro ponto positivo do ensaio da Niterói, trazendo uma típica quadrilha junina. Uma coreografia com mudanças de posição dos componentes o tempo todo, formando rodas, duplas, pessoas em fila, com ótimo dinamismo e uma dança leve. Pequenos descompassos de sincronia nas trocas de movimentos entre os componentes ocorreram, principalmente na apresentação no segundo módulo. Mas no geral foi a comissão agradou bastante e mostrou suas credenciais para o desfile.

Samba e Harmonia

O samba da Acadêmicos de Niterói conseguiu um bom desempenho durante toda sua passagem na Sapucaí, sob o comando do veterano Nego. O intérprete sustentou o samba do início ao fim do ensaio e garantiu um rendimento satisfatório, sobretudo nas passagens em tons mais agudos, como são os dois refrãos. Esse desempenho contrastou com uma harmonia bem irregular que a escola apresentou, com muitos componentes calados na maior parte dos trechos do samba, com os refrãos trazendo algum canto. A ala que se destacou positivamente no quesito foi a que veio logo atrás do tripé com o símbolo da escola, usando chapéu colorido de quadrilha e cantando o samba inteiro com vigor, o que não se viu nas demais alas da Niterói.

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“A Niterói hoje fez um ensaio impecável, maravilhoso. A escola ensaiou tanto lá na Amaral Peixoto, e quando a gente ensaia bem, tenho certeza que a gente vai fazer um grande desfile. E vem surpresa aí hein, que ainda não posso contar. Mas temos uma boa bateria e uma boa harmonia, e quando uma escola tem esses quesitos, ela com certeza tem que tirar bons pontos. A nossa escola está de parabéns. Vamos juntos! Com relação ao samba, a afinação é primordial. O nosso canto está afinado, dentro da característica da harmonia da escola. Todo mundo nos seus devidos microfones, a afinação de “sol si e ré” e cavaquinho normais, violão sete cordas maravilhoso, afinação ótima do Chocolate e do Tico, a menina que toca a cavaquinho também. Se vamos fazer um grande desfile? Vamos fazer uma farra na Marquês! Sapucaí, espera que a avenida é nossa”, garantiu o intérprete Nêgo.

Evolução

Outro quesito que se comportou de forma irregular. A escola arrancou com um ritmo forte, até acelerado em alguns momentos, que foi assentando ao longo da passagem pela pista, porém nos setores finais a escola apresentou uma lentidão e uma evolução mais travada, não teve linearidade. Um ponto positivo foi que mesmo com essa irregularidade de ritmo que a escola imprimiu, não foram abertos buracos ou espaçamentos maiores, Niterói conseguiu se manter compacta, característica que a escola mostrou nos dois desfiles anteriores.

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“O ensaio foi muito produtivo. Testamos as três paradinhas, mantivemos o andamento até o final. A qualidade rítmica da bateria segue o mesmo padrão, você consegue ouvir todos os instrumentos. Sempre tem que acertar uma coisa, uma aqui, outra ali. Vamos nos reunir para o último ensaio e acertar os detalhes. A conexão com o carro de som é boa. O Nego é um grande cantor, já ganhou vários Estandartes de Ouro. Estamos bem entrosados”, disse mestre Demétrius.

Freddy Ferreira analisa a bateria da Botafogo Samba Clube no ensaio técnico

Um bom ensaio da bateria “Ritmo Alvi Negro” da Botafogo Samba Clube, comandada por mestre Branco Ribeiro. Um ritmo equilibrado e com bossas intuitivas foi exibido. Destaque para o trabalho sólido envolvendo as peças leves.

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Na cabeça da bateria da Botafogo, uma ala de tamborins ressonante executou um desenho rítmico simples com precisão e qualidade sonora. Um bom naipe de chocalhos ajudou no preenchimento musical da parte da frente do ritmo, assim como cuícas seguras contribuíram com o bom trabalho apresentado pelas leves.

A parte de trás do ritmo contou com afinação de surdos correta, além de marcadores de primeira e segunda tocando com firmeza. Por vezes foi possível perceber um toque com uma dose de força perigosa, principalmente vindo das primeiras. Esse movimento de colocar um gás maior do que o sugerido no instrumento pode provocar oscilações rítmicas no entorno, dando sensação de desajustes sonoros, principalmente quando o ritmo se locomove pela pista. Um bom trabalho das terceiras, seja fazendo ritmo ou em bossas. Um naipe eficiente de repiques adicionou valor sonoro aos médios, junto de caixas de guerra dando um bom volume à sonoridade.

As bossas eram pautadas pela melodia do samba-enredo da escola, se aproveitando das nuances da canção para consolidar seu ritmo. Destaque para um arranjo iniciado na segunda do samba, que conta com ritmistas se abaixando em cumprimento e levantando. A paradinha se estende, efetuando tapas ritmados em conjunto, com direito a dancinha pra lá e pra cá antes da retomada, na segunda passada do refrão principal.

Uma boa apresentação da bateria “Ritmo Alvi Negro” da Botafogo Samba Clube, dirigida por mestre Branco Ribeiro. Um ritmo com equilíbrio e musicalidade das bossas seguindo as variações melódicas do samba foi exibido, no que pode ser considerado um treino oficial satisfatório para efetuar os últimos ajustes, visando o desfile oficial.

Botafogo Samba Clube é uma grata surpresa com bom desempenho do casal e samba na ponta da língua

Por Matheus Vinícius e fotos de Magaiver Fernandes (Colaboraram Allan Duffes, Luiz Gustavo, Carolina Freitas, Juliana Henrik, Marielli Patrocínio e Marcos Marinho)

Recém-chegado à Série Ouro, Botafogo Samba Clube esbanjou alegria e vontade de ficar nesta divisão nesta última noite de ensaios técnicos. A estreante abriu as apresentações da noite com uma comissão de frente satisfatória, o 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira encantador e se destacando pelo empenho dos componentes em cantar o samba-enredo. O principal ponto de atenção que a escola deve ter é no quesito Evolução para evitar formação de buracos entre alas, como ocorreu durante o ensaio.

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O Botafogo apresentará na Sapucaí o enredo “Uma Gloriosa História em Preto e Branco”, desenvolvido por Alex de Souza, uma narrativa que irá desde a formação do bairro Botafogo até a história do clube de futebol de onde a escola se originou.

“É a nossa estreia e foi muito bom, estou muito contente. A escola cantando, evoluindo, é o reflexo do trabalho que a gente vem fazendo lá toda sexta-feira, muito sacrifício mas a gente está muito feliz, muito bom. A escola está motivada, preparada e a gente vai vir fazer um grande Carnaval, com respeito às coirmãs, mas a gente veio para ficar, a gente não veio aqui só de passagem não e almejar com o tempo, fazendo um bom trabalho, coisas maiores. Pode esperar muita energia, muita vibração, aquela mesma vibração que a gente tem pelo nosso Botafogo, a gente vai trazer para a avenida. É futebol, é samba, é paixão e é com essa paixão que a gente vai desfilar”, analisou Válber Frutuoso, diretor de carnaval.

Comissão de Frente

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A comissão do coreógrafo Jardel Augusto Lemos simulava um time de futebol em todos os seus momentos de glória e de dificuldade. O clímax da comissão se dava na encenação do momento do gol. Nas partes de dança conjunta, os integrantes tiveram sincronia e executaram com precisão os passos. Mas em outros momentos, a ideia era que cada integrante simbolizasse em câmera lenta uma situação específica de um jogo – uma contusão, uma defesa de gol, uma falta, entre outras – e isso pode gerar confusão no público que assistiu.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O vento não abalou o casal Diego Moreira e Beatriz Paula. Mestre-sala e porta-bandeira fizeram um bom uso do espaço com um bailado alegre e bem executado. Diego e Beatriz apresentaram passos ágeis e leves, dentro de características tradicionais do quesito. O casal avaliou o ensaio desta noite e falou sobre as expectativas para o dia do desfile.

“Estamos dançando juntos há cinco anos. Entrei na escola em 2019 para o Carnaval de 2020, e o Diego está conosco desde a primeira vez na Intendente. Por isso, estamos ansiosos para este carnaval. Sempre buscamos dar a nota máxima para a escola na Intendente, e este ano não será diferente. Estamos trabalhando arduamente, e o barracão está deslumbrante. As fantasias estão realmente lindas, e tenho certeza de que a Botafogo realizará um desfile magnífico, surpreendendo a todos no dia 28! A fantasia e todos os elementos estão leves, graças a Deus. O Alex criou uma roupa linda, bem diferente do que estamos acostumados a usar. Um spoiler que posso dar é que vocês não nos verão de preto e branco. Vamos surpreender com cores vibrantes, que acredito que serão bem impactantes!”, declarou Beatriz Paula.

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Diego Moreira complementou e disse que não tem medo de arriscar. “O coração não consegue explicar! Além de defendermos nosso amor pelo samba, também defendemos, através do samba, nosso amor pelo futebol, que está em nosso coração alvinegro. A expectativa é a melhor possível. Já trabalhamos juntos por muito tempo, graças a Deus. Estamos fazendo de tudo para agradar tanto o povo do carnaval quanto nossa gloriosa torcida! Podemos fazer mudanças, sim, porque somos muito detalhistas. Quando percebemos que algo não está de acordo com nosso gosto, não hesitamos em alterar. Ontem já fizemos mudanças em relação a hoje, e se for preciso mudar novamente, não temos medo de arriscar, faremos, sim!”, acrescentou o mestre-sala.

Harmonia

Um ponto alto do ensaio foi observar que a maioria dos componentes estava cantando o samba, revelando uma Harmonia satisfatória. O carro de som liderado por Emerson Dias também fez um trabalho muito competente que se encaixou com a alegria que este samba pede.

“Foi um ensaio digno, alegre e vibrante. O samba estava surpreendentemente na boca do povo, mostrando que a escola está muito feliz de estar pela primeira vez na Marquês de Sapucaí. Fiquei muito feliz com a torcida acompanhando o canto. Deu tudo certo. Viemos para ficar e arrepiar”, afirmou Emerson Dias.

Samba

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A composição de Aline Bordalo, Ricardo Goes, Gutemberg Kunta, Julinho Dojuara, Mauricio Almeida, Fernando de Lima, Daniel Bomfim e Serginho Machado combinou com o estilo do intérprete Emerson Dias cantar. É um samba que faz sentido para agremiação e alegra os componentes. Os pontos mais fortes, além dos refrões, são os trechos “Lalá, nosso hino virou poesia! // E ser escolhido por ti me arrepia” e “Eu vou pro Niltão com a massa // Pra levantar mais uma taça // Atletas que o mundo aplaudiu, que constelação! // Meu time virou seleção!”.

Evolução

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A Estrela Solitária do samba trouxe componentes animados para este ensaio, realmente foliões. Porém, a escola precisa se atentar com os espaçamentos entre os componentes, para evitar uma evolução confusa e descaracterização de alguma ala. Próximo ao segundo recuo, um ônibus, que representava um carro, abriu distância da ala da velha-guarda que vem atrás.

Outros Destaques

O mestre de bateria, Branco Ribeiro, fez sua estreia na escola com um trabalho competente e por vezes ousado, com direito a paradinhas ao estilo apagão, para deixar o público cantar.

“Nós viemos ensaiando em um processo de implantação de identidade de bateria desde abril. Hoje, aqui, a gente está colhendo os frutos do nosso trabalho. Obviamente que a gente tem uma galera aqui, uns amigos que ajudam a gente. A gente pode hoje falar que é independente. A gente tem mais de 70% de ritmistas da nossa própria bateria. É algo de muito orgulho. E, que agora, a nossa tentativa é ajustar mínimos detalhes para poder aparecer no dia 28 de fevereiro com a máxima performance. Temos a questão das pessoas que chegaram ao nosso trabalho, agora recentemente, que vão se adequar hoje, e tiveram experiência de contato com as nossas paradinhas e isso, requer a correção é uma avaliação individual”, explicou o mestre.

Recebida com gritos de ‘é campeã’, Grande Rio faz ensaio com sede de vitória e reafirma briga pelo título do Carnaval 2025

Unida e com o samba na alma e na ponta da língua, a Acadêmicos do Grande Rio fez seu melhor treino da temporada e encerrou o período de ensaios de rua, no último domingo, na região central de Duque de Caxias. O canto forte e a excelência dos quesitos foram os destaques de uma noite que reafirmou que a Tricolor Caxiense entrará na Avenida para brigar pela segunda estrela.

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Ao fim dos quase 700 metros de percurso, a escola foi recebida pela torcida aos gritos de “É campeã”. Juntos, Fafá e Evandro Malandro puxaram um coro com com os componentes, e a emoção tomou conta dos quesitos. Para o diretor de carnaval, Thiago Monteiro, a agremiação está preparada para entrar no Sambódromo e brigar pelo título.

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“Hoje foi diferente. A escola está pronta. Estamos prontos para fazer um grande carnaval. A Grande Rio que queremos mostrar é uma Grande Rio aguerrida, com sede de vencer e que quer reconquistar o título para colocar a segunda estrela no pavilhão. Está todo mundo nesse espírito. O que tem que acertar, já acertou; o que tem que treinar, já treinou. Vamos fazer o último preparo nesta terça-feira e, no dia 23, uma apresentação na Sapucaí. Mas, hoje, temos uma escola pronta para entrar na Avenida e disputar o Carnaval”, afirmou o diretor de carnaval.

Neste ano, a Grande Rio levará para a Passarela do Samba o enredo “Pororocas Parawaras: As águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”, assinado pelos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Sempre marcado pela excelência, o primeiro casal Daniel Werneck e Taciana Couto foi, mais uma vez, um espetáculo à parte no carnaval da Vermelha, Verde e Branca. A coreografia com traços do carimbó embalada na tradicional dança do quesito é encantadora e vai de encontro ao tema central do enredo. Os giros precisos da porta-bandeira, o bailado e a sintonia realçada pela troca de olhares entre os dois também são destaques.

Harmonia e Samba

A temporada de ensaios de rua da Grande Rio foi marcada pelo canto intenso da comunidade. Após um ensaio técnico no qual o componente precisou cantar ainda mais intensamente, o que se viu na noite deste domingo foi uma escola muito bem alinhada com seu chão e que atingiu a excelência do canto. Isso é resultado não somente de um samba forte que está na boca do povo, mas de um longo trabalho desenvolvido pela comissão de harmonia nos últimos anos. Da primeira ala até a última, todos cantavam. Entre os destaques, vale pontuar o canto aguerrido da ala 24 durante o início do treino. A excelência musical, que passa por Fafá, Evandro e pelos cantores de apoio, contribuiu ainda mais para uma harmonia impecável e que promete buscar o gabarito.

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Evolução

Coesa, mas sem engessar o componente. A evolução da Grande Rio se destaca pela liberdade que dá ao desfilante para brincar carnaval. Muitos torcedores pulavam, dançavam e até rodavam ao longo da avenida. Alas coreografadas se destacam em meio a uma comunidade feliz e saltitante, entre elas, a ala do carimbó. A ótima evolução se torna o complemento de uma harmonia impecável.

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“A nossa filosofia é deixar a escola solta, livre de fileiras e com a liberdade que a fantasia vai impor ao componente. Está todo mundo unido para fazer, para brincar e para buscar este campeonato, mas de forma livre, solta e buscando seu espaço na Avenida para brindar o público e para que o componente possa se divertir”, pontuou Thiago Monteiro.

Outros destaques

Destaque para a bateria comandada pelo – “major” – mestre Fafá. As bossas muito bem encaixadas ajudam a levar o samba-enredo ainda mais, como nos versos: “Pro mestre batucar a sua fé//” e “Protege Caxias nas águas de Nazaré//”. Também vale o destaque para as bossas dos curimbós e maracás. Já em ritmo de agradecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos meses, Fafá pontuou o que o mundo do samba pode esperar do quesito no desfile oficial.

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“Uma bateria ciente do que deve ser feito. Uma bateria alegre, feliz. A gente está com uma fantasia muito leve e agradável, o que vai facilitar muito o nosso trabalho. Eu quero agradecer aos meus 270 ritmistas por tudo o que eles fizeram ao longo desta temporada. Foi uma temporada incrível de ensaios de rua e de quadra. Estou muito feliz e só quero agradecer a cada um deles”, analisou o mestre de bateria.

Assim como Thiago Monteiro, Fafá disse acreditar que a agremiação está 100% pronta para o desfile oficial. Não à toa, o mestre de bateria e o intérprete Evandro Malandro fizeram questão de levar um cartaz escrito “Acadêmicos do Grande Rio rumo ao bicampeonato”.

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“Acredito que mostramos no ensaio quando houve a falha do som. Isso mostrou o quanto a Grande Rio está pronta, porque a gente sustentou no canto da escola junto à bateria. Foi a maior resposta que a gente poderia dar para as pessoas que diziam que a Grande Rio não tem comunidade, que é escola de artistas, e outras dessas baboseiras de sempre. Aqui há uma comunidade aguerrida e uma bateria que evolui a cada ano que passa, sempre buscando se adequar e entender o enredo que tem para poder fazer um grande espetáculo na Avenida. Só tenho a agradecer e esperar para o último ensaio e o grande dia do desfile”, disse Fafá.

Autoridades municipais também marcaram presença no último ensaio de rua da Grande Rio, como o prefeito de Duque de Caxias, Netinho Reis, e a vereadora Delza de Oliveira.

Império Serrano mostra força e resiliência em um ensaio técnico marcado pela emoção

Quando a Sinfônica do Samba se posicionou em frente ao Setor 1, vieram descendo a avenida os presidentes das escolas de samba da Série Ouro e dirigentes da Liga RJ de mãos dadas com Flávio França, presidente do Império Serrano. Gesto de solidariedade e de força das coirmãs pelo incêndio na Maximus Confecções, em Ramos, que matou o trabalhador Rodrigo de Oliveira, deixou outras 8 pessoas internadas, sendo 6 delas em estado grave, e queimou 97% das fantasias do Império Serrano. No discurso de abertura, o presidente da agremiação pediu 1 minuto de silêncio pelas pessoas que seguem hospitalizadas e pela vítima fatal do incêndio. Em entrevista ao CARNAVALESCO, Flávio França agradeceu o carinho dos presidentes das outras agremiações e do momento de luto que a escola está atravessando.

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“A dor dessa fatalidade todos os outros presidentes estão sentindo. Não só do grupo de acesso, mas também das outras coirmãs. Ninguém queria passar por um processo desses. É claro que para as famílias das pessoas hospitalizadas estão sentindo uma dor muito pior. O momento é de ressignificar muita coisa. É um momento doloroso, não desejo para ninguém. Peço muito a Deus e aos meus Orixás de força para conseguir atravessar essa tempestade e vencer”, declarou o presidente que ainda revelou que a escola montou um departamento de crise para dar a assistência necessária para as famílias dos trabalhadores atingidos no incêndio. “Primeiro, a gente está montando um departamento de crise para poder tratar dessa questão. A prioridade total são as famílias dos envolvidos. A prioridade hoje é ser solidário com essa questão toda”, comentou o presidente imperiano.

Renato Esteves, carnavalesco do Império Serrano, reviveu um trauma. Em 2011, ele estava dormindo na Cidade do Samba quando um incêndio destruiu os barracões da Grande Rio, Portela e União da Ilha, escola onde ele trabalhava.

“A minha preocupação foi com as pessoas. Eu já passei por um incêndio, estava lá dormindo no incêndio da União da Ilha em 2011. Revivi o meu trauma do incêndio”, lamentou o carnavalesco que pediu um pouco mais de carinho com o carnaval. “A gente só pede que sejamos olhados com um pouco mais de carinho. Somos trabalhos do carnaval. O Império tem esse poder de seguir pra frente e de se reerguer. Essa comunidade é incrível. O império é um dos pilares do carnaval. É o Império e a comunidade que me dá força para seguir adiante”, afirmou.

A rainha Quitéria Chagas falou sobre o momento de superação que a escola vive. “A gente veio aqui para dar força para a comunidade. Eu como rainha tenho que resgatar o ânimo e fortalecer com o ritmo. O samba cura. O samba vai nos dar força para resgatar a energia do Império Serrano”, declarou Quitéria aos prantos.

Mestre Vitinho contou ao CARNAVALESCO como recebeu a notícia do incêndio. “Foi uma choradeira danada. Eu tinha acabado de chegar da quadra, tinha tido um evento um dia antes. Estávamos na quadra finalizando alguns instrumentos. Cheguei em casa e recebi uma ligação: Liga na Globo! A tristeza foi com a minha bateria, com a escola, com o Império Serrano. Perdemos um membro da nossa equipe, triste demais. É como se perdêssemos um membro da nossa família. Temos que tocar por eles, temos que pulsar por eles, temos que espantar a tristeza. O que espanta a miséria é a festa. Então, eu digo: o que espanta a tristeza é a festa”, afirmou.

Fechando o último dia de ensaios técnicos da Série Ouro, a passagem do Império Serrano foi marcada por muita emoção. Desde a ala formada por harmonias de outras escolas até o canto forte dos componentes da escola. Da ala jongueira da galera do Fuzuê de Aruanda até os bandeirões que relembravam os baluartes da escola como Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz e Wilson das Neves. Em meio às cinzas, o Império Serrano reacendeu a chama da esperança, mostrando que a força do samba e a união de sua comunidade são capazes de superar qualquer desafio. Com cada batida do surdo e cada verso cantado, a escola provou que, mesmo diante da tragédia, o carnaval segue pulsando como um símbolo de vida e resistência.

Galeria de fotos do ensaio técnico da Botafogo Samba Clube na Sapucaí

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