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Emocionante! Sambista Mauro Diniz recuperado da Covid-19 deixa o hospital

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Internado desde o dia 4 de maio, no Hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca, o sambista Mauro Diniz teve alta hospitalar nesta terça-feira, após estar recuperado do novo Coronavírus.

Mauro Diniz é filho de Monarco, presidente de honra da Portela. Ele chegou a ser internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo).

Veja abaixo o vídeo do sambista deixando o hospital, muito emocionado, ao lado da família.

Coreógrafo da Beija-Flor produz equipamentos de proteção para profissionais da saúde do Rio e Baixada

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O coreógrafo Marcelo Misailidis, comandante da comissão de frente da Beija-Flor, está produzindo equipamentos de proteção individual (EPI) para profissionais da saúde do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense.

Durante um mês de trabalho, com apoio financeiro da agremiação, Misailidis e sua equipe já produziram 700 unidades de protetores faciais transparentes, todos destinados ao Hospital Pedro Ernesto e a unidades hospitalares localizadas em Nilópolis.

Misalidis tem trabalhado de casa, completamente protegido para evitar a contaminação dos materiais em produção, está feliz com os resultados da iniciativa, que conta com o apoio de voluntários do Instituto Bees of Love.

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“Quando estamos na Sapucaí, tenho consciência de que o resultado do trabalho que apresentado não é só meu, mas de toda a nossa comunidade. Ela se doa de corpo e alma para aquele espetáculo incrível e emocionante. Ajudar no combate ao coronavírus é representar a luta de toda essa comunidade”, afirma Misailidis.

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Imperatriz 2002: ‘A grande comilança’

O desfile realizado pela Imperatriz Leopoldinense no ano de 2002 é presença confirmada nas rodas de prosa carnavalesca quando o assunto é a espinhosa questão chamada “patrocínio” – em específico, os ditos “enredos CEP” e os limites da autoria, temas que certamente rendem páginas infinitas (renderam a minha dissertação de mestrado, inclusive, adaptada e publicada em livro – “A Antropofagia de Rosa Magalhães”).

“Goitacazes: Tupi or not Tupi, in a South American Way!”, enredo assinado por Rosa Magalhães, está registrado na nossa memória como um exemplo radical de insubordinação ao patrocinador: a artista, que já havia conquistado cinco campeonatos para a agremiação do bairro de Ramos, se negou a homenagear a cidade fluminense de Campos dos Goytacazes sob um viés “convencional”, recheado de clichês. Não falou de bandeirantes, canaviais, personalidades que lá nasceram, comidas típicas e demais regionalismos – para tudo terminar nos “trilhos do progresso”, a visão empoeirada de “futuro”. Buscando outras rotas discursivas, optou por passar em revista o conceito de “antropofagia” – uma reflexão densa, enraizada nos estudos literários.

Tudo começou com o nome da cidade. A artista narra, em seu livro “O inverso das origens”, que iniciou a pesquisa do enredo com a leitura das atas da Câmara dos Vereadores de Campos. A atividade bem poderia parecer enfadonha, não fosse o fato de que, ainda nos primeiros volumes consultados, Rosa se deparou com uma série de debates envolvendo a palavra “Goytacazes” e uma possível mudança do nome do município (havia divergências sobre a grafia do nome, se deveria ser redigido com “i” ou “y”).

Com a curiosidade aguçada, decidiu vasculhar as bibliotecas à procura de informações sobre as populações indígenas que habitavam a planície campista nos primórdios da colonização – e foi aí que mergulhou de cabeça nos rituais antropofágicos. Trocando em miúdos: do nome da cidade patrocinadora a narradora extraiu o fundamento do enredo a ser desfiado, enxergando ali, na palavra “Goytacazes”, o estopim de uma série de explosões poéticas (e imagéticas, como não poderia deixar de ser) acerca da antropofagia.

O texto-base do enredo é uma colagem de fragmentos literários, estratégia narrativa amplamente utilizada no contexto das vanguardas da primeira metade do século XX. Trata-se de um passeio por mais de cinco séculos da “história oficial” brasileira, tomando por base (daí o meu interesse, espinha-dorsal da pesquisa de mestrado em Teoria Literária na UFRJ) uma série de obras que nos ajudam a pensar as múltiplas dimensões da antropofagia (física, metafísica, ritual, cultural).

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A autora, com notável concisão, apresenta as visões etnocêntricas presentes nos relatos de cronistas estrangeiros como Hans Staden, André Thévet e Jean de Léry; passeia pelas páginas românticas de José de Alencar e pelas partituras do maestro Carlos Gomes, enfocando a imagem de Peri, o bravo guerreiro goitacá que protagoniza o romance “O Guarani”, de 1857; varre os poemas e manifestos modernistas, da década de 1920 – em especial o “Manifesto Antropófago” de Oswald de Andrade, publicado em 1928, extraindo das tintas e das cores de Tarsila do Amaral um farto material poético; e celebra a “geleia geral brasileira” cantada pelos tropicalistas da década de 1960, artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que “redescobriram” as palavras de Oswald (a montagem de “O Rei da Vela” dirigida por José Celso Martinez Corrêa adquire posição de centralidade, traduzida nos traços de Hélio Eichbauer) e redigiram canções altamente provocativas. Ao final, encerrando a brincadeira, louvava a tropicalidade de Carmen Miranda, artista que personificou os excessos e as “cafonices” do “south american way”.

O cortejo, embalado por composição de Marquinhos Lessa, Guga e Tuninho Professor, levou à Passarela do Samba uma sucessão de imagens impactantes. A comissão de frente fantasiada de Bicho-Papão (coreografada por Fábio de Mello) e o carro abre-alas, intitulado “A Grande Comilança”, formavam um conjunto visual deslocado do tempo histórico e expressavam um misto de ironia (a escola pisava a avenida para disputar um inédito tetracampeonato – era, portanto, a “bicho-papão” dos últimos carnavais) e experimentação, surpreendendo o público com o uso de cores escuras (preto, verde musgo, verde bandeira) e formas pontiagudas, contundentes, inusitadas se comparadas ao “padrão Rosa” – a conhecida generalização que tende a reduzir os sentidos da dita estética “barroca”.

No carro, animais pré-históricos exibiam bocas, línguas e dentes em meio a um monturo de ossos, espécie de grande estômago ancestral: os “monstros” que outrora se devoravam viraram combustíveis fósseis e jaziam nos poços de petróleo de Campos (premissa análoga àquela apresentada por Joãosinho Trinta na também polêmica abertura de “Todo mundo nasceu nu”, o enredo desenvolvido para a Beija-Flor de Nilópolis, no carnaval de 1990, que misturava vulcões, hominídeos e dinossauros).

Mais do que a síntese do conceito, o processo saltava aos olhos: a alegoria havia sido confeccionada com os restos do incêndio que consumiu grande parte do barracão gresilense, na Zona Portuária, em agosto de 2001. A carnavalesca, ciente do caráter antropofágico do processo criativo em si, se utilizou do entulho (ferros retorcidos, esculturas derretidas, restos de fantasias e adereços de outros, muitos!, carnavais) para a construção do carro que expressava o núcleo (ou, melhor dizendo, o suco gástrico) da proposta narrativa.

Nas demais alegorias e na sequência de fantasias apresentadas pelas alas viam-se espantosos contrastes estilísticos, estratégia que nos remete, de imediato, às estéticas de vanguarda e às construções tropicalistas – algo, portanto, coerente e pertinente, antropofagia na veia. A sofisticada “colcha de retalhos”, porém, não foi bem avaliada pelo júri. De uma forma geral, imperou a incompreensão: os julgadores de alegorias e adereços não aprovaram a escatologia do carro abre-alas, considerando-o “fúnebre”, “pesado”, “mal acabado” e de “mau gosto”; os avaliadores do quesito enredo consideraram a narrativa difícil, desconjuntada, pouco legível.

As canetas, afiadas feito garras, descontaram décimos que tiraram a escola da briga pelo título. Na quarta-feira de cinzas, Ramos não comemorou o terceiro lugar (uma excelente colocação, diga-se de passagem, que parecia infinitamente triste se comparada aos triunfos anteriores). A prefeitura da cidade de Campos também não aprovou o banquete. Foi à imprensa, sem papas na língua, e declarou que desejava reaver o dinheiro investido, imbróglio jurídico que até hoje rende intermináveis teorias, nos corredores do carnaval carioca.

Espécie de síntese, continuidade e, ao mesmo tempo, refutação e reprocessamento dos dez trabalhos que Rosa Magalhães havia anteriormente desenvolvido para a Imperatriz Leopoldinense (a figura do índio brasileiro adquire posição de destaque em oito das onze narrativas empreendidas no período de 1992 a 2002), fato é que tal desfile se mostra provocativo inclusive no que diz respeito à recepção de público e crítica. Qualquer experimentação, especialmente em um universo artístico marcado pela competitividade e pelo culto a determinadas ideias de “beleza”, “correção”, “acabamento” e “bom gosto”, tende a ser, de saída, rechaçada por parte dos receptores.

O fato de dividir opiniões, no entendimento deste humilde autor, é uma das maiores qualidades de “Goitacazes”, um desfile que muito injustamente tende a ser subestimado. Tal narrativa estilhaçada é um questionamento vivo aos padrões pré-estabelecidos e às certezas asfixiantes. No céu da boca do bicho-papão há um universo inteiro – cabe ao folião esfomeado o desejo de mostrar os dentes, pegar dos talheres e encarar a fera.

Autor: Leonardo A. Bora – Doutor em Ciência da Literatura, pesquisador-orientador do
OBCAR/UFRJ.
Instagram: @obcar_ufrj

Buracos nas alas da Mancha Verde são citados na justificativa dos jurados de evolução

A escola de samba Mancha Verde, segunda colocada do carnaval de 2020, perdeu décimos importantes no quesito evolução. Dois jurados despontuaram um décimo cada. A jurada Bia Cagliani, da torre 03, alegou buraco na ala 11 “A Justiça”. A Patricia também citou buraco dentro da ala, porém observou na primeira ala da escola, “Anjo”. As duas deram 9.9.

Por conta dos problemas na dispersão, os desfiles atrasaram e os cronômetros permaneceram zerados durante a passagem da Mancha Verde.

Confira as justificativas na íntegra

Patricia Spadacci – “De acordo com o manual do julgador, houve buraco a frente da primeira ala (anjo)”.

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Bia Cagliani de Oliveira e Silva – “Durante o desfile, a escola de samba Mancha Verde não cumpriu com o seguinte ponto de avaliação contido no manual do julgador 2020. Buraco na ala 11 – A Justiça, devido a problemas técnicos no cronômetro não foi possível afirmar o minuto de desfile, pois o mesmo permaneceu zerado durante toda a passagem da agremiação. A falha no ponto de avaliação buraco acarreta decréscimo de 0,1 na nota final”.

Live de Zeca Pagodinho uma das mais assistidas no YouTube no Dia das Mães

    A live de Zeca Pagodinho foi uma das mais assistidas no YouTube, neste Dia das Mães, atingindo mais de 3 milhões e 100 mil visualizações, ficando em primeiro nos vídeos em alta da plataforma, colocando o artista no ranking de assuntos mais comentados do Twitter no Mundo e no Top 3 dos Trending Topics no Brasil, ocupando o 1º , 2º e 3º lugar ao mesmo tempo.

    Nas redes sociais do sambista, o crescimento dos números foi impressionante. No YouTube, conquistando 129 mil novos seguidores em menos de uma semana. No Instagram, ele ultrapassou 2 milhões de seguidores, 9 milhões de contas foram atingidas durante a live e no Twitter teve mais de 2 milhões e 500 mil impressões nos últimos 5 dias.

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    A apresentação, gravada na parte externa do Bar do Zeca Pagodinho, arrecadou mais de 20 toneladas de alimentos que serão doadas para o projeto “Mães da Favela”, que é realizado pela CUFA.

    Campanha Ritmo Solidário fez doação de mais 90 cestas básicas

      A Campanha Ritmo Solidário segue realizando todos os sábados a doação de cestas básicas para ritmistas de escolas de samba cadastrados que se encontram em situação de vulnerabilidade. No último sábado foi realizada a entrega de mais 90 cestas, dessa vez, para componentes da Unidos de Vila Isabel, Porto da Pedra e Paraíso do Tuiuti.

      Dessa vez, as doações tiveram uma contribuição importante do Condomínio Like Residencial Club com produtos de higiene e a visita ilustre de Viviane Araújo conhecendo o projeto de perto.

      Outra novidade é que a ação conta agora com uma Kombi e um caminhão para buscar as doações. Quem quiser doar e não tiver como levar até o ponto de recolhimento, basta entrar em contato com o e-mail [email protected].

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      A campanha segue durante toda a pandemia, acontece no Setor 10 da Sapucaí e conta com o apoio da Riotur. A arrecadação e a entrega de alimentos e materiais de limpeza e higiene acontecem de segunda à sexta, das 10h às 17h, no local.

      Clarice Lispector é o enredo da Tradição para o Carnaval 2021

        A Tradição irá contar a vida e obra de uma das mais emblemáticas representantes da literatura brasileira: Clarice Lispector. A Tradição, campeã pela liga Livres em 2020, garante que desfilará na Série A, embora, a Lierj tenha informado que subiram Lins Imperial (campeã) e Em Cima da Hora (vice) do Grupo Especial da Intendente Magalhães, comandado pela Liesb.

        O enredo “Clarice”, de autoria do carnavalesco e artista plástico Leandro Valente, tem significado singular para a presidente da azul e branca de campinho, Raphaela Nascimento.

        “Que honra poder levar a intensidade e o amor de Clarice Lispector para a Sapucaí em 2021. Para mim é um momento singular. Poder brindar o público na Avenida com uma história tão visceral e nossa. Brasileiríssima! Quando escolhemos o enredo, minha equipe e eu ficamos extremamente emocionados. Será a terceira vez que, na minha gestão, iremos homenagear e aplaudir a história de uma mulher. Essa representatividade é importante demais na minha trajetória de defensora dos direitos das mulheres e de valorização. Clarice foi e é um ícone! Faremos toda sua narrativa brilhar na Sapucaí”, garantiu a presidente.

        Logo Tradição Carnaval 2021

        Segundo o carnavalesco do Condor, Leandro Valente, que está de volta ao Carnaval e a agremiação depois de cinco carnavais consecutivos na azul e branco, falar de Clarice é uma mistura de prazer e muita responsabilidade.

        “Sou fã de sua obra desde muito jovem. Um apaixonado declarado por Clarice Lispector. Estou extremamente honrado em poder levar esse enredo no retorno da Tradição para a Série A. Uma escola que tenho total liberdade artística, lugar que considero minha segunda casa e, principalmente, agremiação que a presidente Raphaela faz questão de participar de cada etapa. Isso é raro no Carnaval. Ela conhece tudo, cada detalhe e faz muito a diferença. É uma mistura de prazer, emoção e responsabilidade enorme narrar esse ícone da literatura brasileira e do mundo”, salientou.

        Morre Marie Louise Nery, a primeira carnavalesca

        marieFaleceu nesta segunda-feira, vítima da Covid-19, Marie Louise Nery, que é considerada pioneira no ofício de carnavalesca.

        Suíça de nascimento e brasileira por amor, ela foi a autora do primeiro capítulo da revolução salgueirense. Debret, o enredo de 1959, encanta ao falar de um artista e leva Pamplona a se apaixonar pela escola.

        Veja abaixo trecho da mensagem do Salgueiro:

        “Hoje, esta artista de vanguarda nos deixa, vítima da Covid-19 aumentando este leque de mentes criativas que chegam ao plano espiritual em virtude deste virus. Reafirmamos o nosso pedido para que todos vocês se cuidem e fiquem em casa. Cuidem dos seus! Nosso pesar à toda a familia da querida Marie”.

        Tuiuti distribui máscaras e cestas básicas para comunidade

        donativo

        A solidariedade continua tendo vez no Paraíso do Tuiuti. Durante o fim de semana, a escola de samba distribuiu 400 cestas básicas, 1.200 máscaras de proteção facial e álcool gel para moradores do Morro do Tuiuti, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. A medida visa ajudar os mais necessitados nesse momento da pandemia do novo coronavírus.

        A entrega ocorreu respeitando todos os protocolos sanitários de prevenção ao vírus. Ou seja, com distanciamento nas filas de espera, além da constante higienização das mãos e objetos de manuseio.

        Doações

        De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, quem quiser pode deixar na quadra do Tuiuti doações de alimentos de cesta básicas e produtos de higiene. A quadra do Paraíso do Tuiuti fica no Campo de São Cristóvão, número 33, bairro de São Cristóvão.

        Gabriel David, um dos idealizadores da Live do Samba, celebra sucesso do encontro no ambiente digital

        A Live do Samba, que reuniu no sábado, na Cidade do Samba, a Beija-Flor e mais seis escolas do Grupo Especial (Tijuca, Mangueira, Portela, Tuiuti, Vila Isabel e Viradouro) foi um sucesso na arrecadação de alimentos (60 toneladas) e de público (com mais de 184 mil visualizações durante a live), inclusive, liderando os assuntos mais comentados no Twitter. Gabriel David, um dos idealizadores do encontro, ao lado de Almir Reis (vice-presidente da Beija-Flor) e Dudu Azevedo (diretor de carnaval da escola), celebrou o resultado.

        “É um momento que temos que se unir para ajudar quem mais necessita. Agradeço muito a todas escolas que participaram e ao Milton Cunha. Não foi importante só para comunidade do samba, mas para todos, afinal, muitas pessoas vão ser ajudadas”, disse.

        Gabriel David aproveitou para refletir sobre o sucesso da Live do Samba em termos de alcance do público, mostrando a potência do carnaval também no ambiente digital.

        “A gente vem de todos esse caos que foi criado em cima do carnaval. A crise do carnaval. Eu falo o tempo inteiro que o carnaval tem que se reinventar, isso é óbvio, e pudemos ver quanto o samba é forte, raiz, o poder que ele tem para representar o brasileiro e o povo. Não imagina o resultado que alcançamos durante a live. Foi incrível demais”.