Com o enredo “A Festa de Preto”, dos carnavalescos Amauri Santos e Miro Teixeira, a agremiação da Baixada trouxe a musicalidade negra, através de tambores, maracatu, capoeira e viola, usando-a como forma de resistência à escravidão. A escola teve conjunto plástico que ajudou a contar a história. O canto forte dos componentes, da primeira à última ala, foi o destaque maior. Na frente do último carro, o leão, símbolo da agremiação, abriu-se um pequeno buraco na frente do último módulo de jurados.

Fotos: Divulgação/Superliga

Comissão de Frente

Os componentes representavam o mosaico cultural brasileiro, com fantasias que expressavam a diversidade cultural. Vieram acompanhados de um tripé, que mostrou os diversos gêneros musicais. Apresentaram várias danças e foram muito aplaudidos pelo público e jurados.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal, formado por Jorge Vinícius e Amanda Rodrigues, representou a riqueza ancestral. Apresentou-se com bastante entrosamento e sincronia, em um bailado leve e suave, que arrancou aplausos do público e dos jurados.

Enredo

O enredo foi contado de forma bastante clara, nas fantasias e alegorias, com toda a diversidade da festa do preto, desde que eles foram trazidos como escravizados até os dias atuais. Qualquer um que não soubesse o enredo, veria a história que estava sendo apresentada.

Fantasias

Embora não fossem luxuosas, as fantasias eram bonitas e de bom acabamento, com fácil leitura. Cumpriram o papel de contar o enredo. Destaque para as fantasias dos componentes dos carros alegóricos, que iam do luxo à simplicidade e dentro da proposta do enredo.

Harmonia

Os componentes, em todas alas cantaram forte o samba, levantando o público nas arquibancadas, que cantou junto. O que ajudou muito na evolução e no desenvolvimento do samba-enredo.

Samba-enredo

O samba teve como compositores Roxinho, Menilson, André Freitas, Adilson Dr. Nilton e Gesualdi. Os refrões “Axé meu Leão, Axé herdeiro de Ciata, Voz que vem do gueto, traz a emoção nesse tambor, é festa de preto” e “Na fé do Rosário, o amor infinito, Viva São Benedito”, foram bastante cantados no desfile. O timbre forte do intérprete Tiganá ajudou a levar o samba para cima.

Evolução

A evolução foi um dos pontos mais fortes do desfile. Os componentes evoluíram com facilidade e garra, empolgando o público nas arquibancadas. Não houve uma única ala parada.

Outros destaques

A bateria, comandada pela diretora de bateria Laísa Lima, foi bem cadenciada, apresentando diversas bossas no desfile, todas dentro do enredo afro. As alegorias, bem bonitas e com bom acabamento também foram outro destaque.