Compositores: Jorge Arthur, Tião Pinheiro, Júlio Alves, Carlos Kind, Léo Freire e Cláudio Russo
Participação especial: Silas Augusto e Maninho do Ponto
Intérprete: Wander Pires

Pois é, Volta Seca tá sangrando…
Ô Zé! Cai o bando na caatinga.
Papo Amarelo soluçando,
O Capitão se derramando,
Feito água da moringa.
E Lampião, muito vivo meio morto,
Foi falar com o capiroto
Sobre a sua serventia.
Mas cramulhão, que não é de fazer rodeio,
Deu início ao aperreio
Lhe negando moradia!

Começou a confusão… Oba! Oba!
Virgulino tá no meio – “vixe Maria!”
Cai Propina e Bananinha,
Cai o inferno todo cheio…
E o tinhoso viu morrer o Belzebu
Que sururu, oi, que sururu!

Banido, esquecido e sem Corisco,
Viu que não era bem quisto,
Lá se foi o Capitão…
Danado um dia pra virar cordel, foi até o portão do céu
No cangote do azulão.
Ferreira, cangaceiro ardiloso,
Viu que o Todo Poderoso era sua salvação!
Mas Pedro nunca viu tanta ousadia,
Convocou a santaria e retomou a confusão…
Não morre pagão quem tem Padinho,
Vixe, menino! Qual será a sua sina?
Não morre pagão mas sai de fininho,
Enquanto o céu parece até festa junina.
Pelas águas de Francisco, em um olho moribundo,
Nem em riba nem embaixo,
Só restou morar no mundo!

A Imperatriz encarnou o seu legado,
E o levou pra todo lado de sanfona e zabumba.
É Vitalino! É Luiz! É Januário…
E pra Dona Leopoldina: cabra-macho da quizumba!

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