Além de grande companheiro, Demétrio Costa – que “está residindo no andar de cima”, como diriam os estilosos – era um grande boa praça. Era paulista, do interior, mas um carioca da gema no espírito. Com o seu vozeirão, anunciando a entrada das Escolas de Samba, emocionou o público por mais de 40 carnavais. E também causou muita curiosidade.

Contava ele que, certa vez, uma socialite foi procurá-lo na cabine de locução. A visitante bateu no vidro, chamando-o. Enquanto acabava de ler um dos textos de apresentação, gesticulou, pedindo que a senhora esperasse, pois já iria atendê-la. Foi o que aconteceu logo em seguida:

“Boa noite. Pois não?”

E a visitante, eufórica:

“O senhor que é o dono desse vozeirão maravilhoso?”

O locutor estufou o peito, orgulhoso:

“Sim, sou eu.”

Ela não escondeu a decepção:

”Puxa, mas o senhor é tão feio…”

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