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Balanço! Bora e Haddad avaliam o carnaval de 2025 e os cinco anos de Grande Rio

Na noite do último domingo, foi anunciada a saída dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora da Acadêmicos do Grande Rio, encerrando um ciclo de cinco anos marcantes na agremiação de Duque de Caxias. O balanço desse período foi feito por eles durante a dispersão do Desfile das Campeãs, onde refletiram sobre suas trajetórias e o impacto de seu trabalho na Tricolor. A despedida ocorre após a conquista do vice-campeonato deste ano com o enredo “Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós”, que abordou a encantaria do Pará e as tradições culturais ligadas às águas amazônicas.

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Gabriel Haddad e Leonardo Bora iniciaram sua trajetória no carnaval carioca em 2013, na Mocidade Unida do Santa Marta, onde conquistaram o título da Série D. No ano seguinte, levaram a escola ao campeonato da Série C. Em 2015, assumiram o Acadêmicos do Sossego e, em 2016, sagraram-se campeões da Série B, garantindo o acesso à Série A. Pela Acadêmicos do Cubango, obtiveram o vice-campeonato da Série A em 2019, o que os credenciou a assumir o carnaval da Grande Rio em 2020.

Sobre o, até então, último enredo pela Grande Rio, a dupla demonstrou estar em paz e satisfeitos com a jornada da entrega de 2025.

“Foi um carnaval onde a pesquisa se tornou muito intensa, pesquisa minha, do Léo, da Rafa e de toda a nossa equipe. A gente conseguiu trazer muita emoção para o desfile, acho que com tudo aquilo que a gente foi buscando nas conversas, nas entrevistas. Então, foi o carnaval que trouxe muita emoção para a gente, do início ao fim. Eu acho que o resultado foi no samba, e o samba trouxe a Sapucaí cantando com a gente. Então, foi uma conjuntura muito bonita, carregada de emoção”, destacou Gabriel Haddad.

“Foi um Carnaval muito bonito, muito encantado. A gente falou de encantaria, a gente precisava encantar a avenida, a gente precisava se encantar com essa proposta, e acho que esse encantamento ali transbordou e envolveu todo mundo, de modo que acredito que está todo mundo muito feliz”, complementou Leonardo Bora.

Sob a liderança de Bora Haddad, como são conhecidos, a Grande Rio viveu uma fase de renascimento artístico, sempre voltando no desfile das campeãs. Em 2020, a escola foi vice-campeã com o enredo “Tata Londirá: O Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias”. O ápice veio em 2022, quando a escola e dupla conquistaram o, até então, primeiro título no Grupo Especial com “Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu”, desfile aclamado pela crítica como um dos maiores do século. Em 2023, a escola ficou em sexto lugar com “Ô Zeca, o pagode onde é que é? Andei descalço, carroça e trem, procurando por Xerém, pra te ver, pra te abraçar, pra beber e batucar”. Já em 2024, alcançou a terceira colocação com “Nosso Destino É Ser Onça”.

“Ah, são carnavais que se conectam, os carnavais que se reconectaram com a comunidade de Duque de Caxias, com sambas maravilhosos, desfiles incríveis que a gente fez. Foi uma trajetória muito bonita que a gente construiu em Caxias, trazendo enredo, trazendo tudo que a gente podia imaginar numa ideia de narrativa completa de desfile de escola de samba. Então, a gente tem uma trajetória muito bonita dentro da escola”, refletiu Gabriel Haddad.

“São enredos que se conectam, isso para nós é muito importante, sempre pensando em territorialidades, sempre pensando em conexões com a comunidade da Tricolor de Caxias, esse processo contínuo de conexão, reconexão e entendimento dessas identidades que forjam a escola. Que formam essa agremiação tão poderosa. É uma caminhada muito bonita e acredito que o carnaval de 2025 é um reflexo disso, uma continuidade disso”, acrescentou Leonardo Bora.

O desfile deste ano, “Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós”, foi uma celebração das águas amazônicas e das entidades encantadas que habitam o encontro do rio com o mar. A escola apresentou um espetáculo deslumbrante, que encantou público e jurados, garantindo o vice-campeonato do Grupo Especial.

Questionado sobre a avaliação das baterias que tiraram o título da Grande Rio, Gabriel Haddad comentou:

“Ah, sempre dói, principalmente pela dedicação que a gente sabe que o mestre Fafá tem, pela maneira como ele ensaia desde abril, então a gente ficou realmente muito triste”.

A saída de Gabriel Haddad e Leonardo Bora marca o fim de um ciclo de inovação e sucesso na Grande Rio. A escola agora se prepara para uma nova fase, enquanto a dupla de carnavalescos deixa um legado de criatividade e excelência que será lembrado por anos.

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