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Ausência de setorização no desfile da Viradouro motivou perda de ponto em enredo, aponta jurado

A Viradouro não tirou uma única nota 10 no quesito enredo no Carnaval 2025. Os descontos resultaram na perda de três décimos o que contribuiu sobremaneira para que a escola alcançasse apenas o 4º lugar. De acordo com os jurados posicionados nas quatro cabines de julgamento, a ausência de setorização do enredo e a ausência de clareza na defesa do tema foram as principais responsáveis pelas notas baixas da vermelho e branco.

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Marcelo Filgureira em sua justificativa alegou que a ausência de setorização do desfile foi responsável pela punição. Segundo ele a escola optou por apresentações teatralizadas ao invés de alegorias para marcar a mudança de capitulo do enredo.

“Despontua-se a escola em 1 décimo em realização por certa dificuldade para entendimento de parte do argumento proposto, muito em virtude da opção de não setorização do desfile. Quando se opta por não utilizar os carros alegóricos como abertura e fechamento de setores do enredo, faz-se necessária a substituição por escolha que passe a ideia de que a história tem novo ‘capítulo’ a partir dali. Ao se utilizar de performances teatralizadas para que haja entendimento buscado, é primordial assistir a toda a apresentação. “(…) Apresentações dos grupos performáticos 1 e 2 – a escola estava passando de forma acelerada e muito compacta pelo módulo 4, prejudicando o entendimento da apresentação. É fundamental de que ali se inicie um novo setor. Gostaria de ressaltar o primoroso trabalho de pesquisa que baseou a bela concepção do enredo. Concepção: 5,0 – Realização: 4,9”, detalhou.

Jhonny Soares apontou que a narrativa do enredo focou demasiadamente na dimensão espiritual do homenageado, deixando de esclarecer sua importância histórica e real como líder quilombola. Isso resultou na perda de um décimo na nota de concepção.

“Concepção: Retira-se 1 décimo devido à dificuldade de compreensão da existência humana da figura central do enredo: João Batista – o Malunguinho. A narrativa concentra-se excessivamente na dimensão mística do homenageado, sem esclarecer adequadamente a identidade do personagem histórico do século XIX. Dessa forma, a condição terrena de João Batista, considerado o último dos malungos do Quilombo do Catucá, não é bem elucidada, restrita apenas à abertura, enquanto os aspectos espirituais (a tirada dos mundos) são priorizados, impedindo que o caráter real e terreno do segundo maior líder quilombola do Brasil seja de fato, coincidentemente, enpontuado. A compreensão da relevância histórica do personagem é diluída, reduzindo o potencial educativo do tema. Realização: 5,0”, elucidou.

Arthur Nunes Gomes tirou 0,1 ponto devido à falta de clareza na narrativa do enredo, segundo ele. A crítica principal é a dificuldade de distinguir os diferentes mundos retratados no desfile, especialmente na parte final, o que impactou a compreensão da proposta.

“Concepção: 4,9; Desconta-se 0,1 pela falta de clareza e coesão no recorte e na roteirização apresentados no desenvolvimento do enredo. Não fica claro, em algumas passagens, qual dos três mundos em que se manifesta o personagem central da narrativa está sendo representado. Esse problema fica mais evidente na última parte do cortejo. Na fantasia da ala da Bacamas (16), da personagem de chão que a antecede, e das alas 19 e 21, são retomados argumentos e signos que remontam aos dois mundos anteriores. Essa incerteza contribui sobremaneira para a dificuldade da plena compreensão, em desfile, do que se pretendia comunicar. Realização: 5,0”, explicou.

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