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Apesar de belo desfile plástico, problema em alegoria compromete o desfile do Cubango

Por Luiz Gustavo

A Acadêmicos do Cubango foi a décima segunda escola a desfilar na segunda noite da Série Prata, já com os primeiros indícios de céu clareando na passarela. E foi um desfile para os apaixonados pela verde e branco de Niterói lamentarem profundamente. Apresentando o enredo “Fruto da África do Brasil de fé: candomblé”, reedição do desfile que a escola apresentou no grupo de Acesso em 2005, a agremiação teve problemas de locomoção nos dois primeiros carros, sendo que a segunda alegoria empacou no meio da pista e teve que ser retirada para uma via lateral sem completar o desfile, acabando com a evolução da escola que estourou 13 minutos do tempo máximo de apresentação, terminando o desfile em 53 minutos. Assim, a escola começará a apuração com uma punição de 1.3 pontos, além de ter comprometido seriamente os quesitos evolução, alegorias e enredo, além da harmonia já que em alguns pontos da passarela simplesmente não tinham componentes tamanho os espaços que a escola abriu.

Comissão de frente

Através de Oduduwu, a comissão mostra a criação dos orixás, com cada componente representando um orixá diferente e seu símbolo nas mãos, como o machado de Xangô. Uma comissão bastante colorida e com bom desenvolvimento de sua coreografia.

Mestre-sala e porta-bandeira

Diego Falcão e Aline Torres fizeram apresentações corretas nas três cabines, com destaque para a segunda cabine, onde o casal teve o bailado mais azeitado.

Enredo

Jorge Caribé fez a releitura do enredo criado originalmente por Jaime Cezário, conseguindo realizar um trabalho com a sua cara e os seus signos e elementos de assimacao com o tema, conhecedor das religiões de matiz africana que é. Em termos de concepção é um dos pontos fortes da escola, porém o quesito foi prejudicado pela quebra do segundo carro no meio da pista, todas as alas e a alegoria que vinham atrás ultrapassaram o carro e este foi colocado num ponto de escape da avenida.

Samba

O samba é reconhecido como uma grande obra pelos sambistas e mostrou novamente sua força e beleza. Se não teve a apresentação marcante de 2005, passou sem cair até mesmo nos momentos de tensão que marcaram o desfile. Tiãozinho Cruz teve a chance de cantar novamente o samba, desta vez, ao lado de Wagner do Valle.

Alegorias/fantasias

Alegorias vieram luxuosas para os padrões do grupo, a segunda alegoria que representava o surgimento do templo de Iya Nasso era belíssima, porém essa grandiosidade acabou causando os problemas. Já as fantasias tiveram menos opulência, mas boa leitura e jogo de cores.

Harmonia/evolução

O maior drama do desfile da Cubango. A evolução foi um caos desde a largada, logo no início a primeira alegoria bateu em uma grade travando a escola, a alegoria passou a andar quando o segundo carro também travou, e ficou agarrado por bons minutos ali. Até os diretores decidirem por tirar o carro da pista o estrago já tinha feito.

A escola tinha sido dividida em vários pedaços com buracos enormes e alas espalhadas tentando disfarçar a magnitude dos espaços deixados. Nesse aspecto a harmonia ficou bem prejudicada, já que eram diversos pontos da pista com claro espaçamento, sem componentes para puxarem o canto da escola novamente.

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