A mudança de Acadêmicos do Sossego para Acadêmicos de Niterói impactou o mundo dos sambistas. Os componentes que já desfilavam pelo Sossego e viram de perto essa troca de CNPJ, em sua maioria, aprovaram a mudança pela abrangência do nome “Niterói”. Apesar disso, existem saudosistas que ainda sentem saudade da antiga identidade.

Allan Mahet, assistente social de 40 anos, é carioca, porém mora em Niterói já há bastante tempo. Allan é desfilante do Sossego desde 2019. Apesar de gostar do nome antigo, ele aprovou a troca por achar que pode agregar mais torcedores e ajudar no crescimento do carnaval niteroiense.

“Niterói carrega um peso maior por causa do nome. Apesar de eu achar o nome ‘Sossego’ muito bacana, Niterói tem uma capacidade maior de agregar pessoas (…) Eu sou do Rio, moro em Niterói há um tempo com a minha esposa, a gente tem orgulho da cidade em que nós moramos (…) Tem tudo para avançar (o carnaval de Niterói). A Cubango deu uma caída, mas tem tudo para voltar. O objetivo é fixar essas duas escolas na Série Ouro, e depois subir ao Grupo Especial”, disse Allan.

A prova que o nome “Niterói” consegue juntar simpatizantes esteve na Marquês de Sapucaí hoje: Roberto Júnior, contador potiguar de 36 anos. Apaixonado pela cidade, Roberto estreou na Avenida pela Acadêmicos de Niterói. Mesmo distante, o contador se orgulha em fazer parte dessa história.

“Eu recebi o convite para desfilar na escola, e estou estreando no carnaval (…) Tem tudo para subir para o Grupo Especial (…) Ser Niterói é ter alegria, samba no pé e abraçar todo mundo”, expressou Roberto.

Nem todo mundo ficou 100% feliz com a mudança, Carlos Henrique da Silva, dono de buffet de 32 anos, sente saudades da antiga identidade. Contudo, como componente da Niterói, Carlos quer aproveitar o momento na Marquês de Sapucaí.

“A Sossego tinha uma organização maravilhosa (…) Eu sou componente da Niterói, espero que tudo aconteça bem, que a Niterói vença o desfile esse ano. A Niterói para mim está sendo tudo: tem os melhores carros, animação (…) A Niterói está sendo tudo para mim”, explicou Carlos.

Há também quem só queira desfilar independentemente do nome da escola. A telefonista de 48 anos, Ivana Santos, era componente do Sossego, e agora está estreando pela Niterói.

“O que eu gosto mesmo é de desfilar. Hoje eu estou aqui, está tudo certo. A outra eu amava, essa eu estou amando também (…) Ser Niterói é tudo. Eu não tenho nem palavras para falar o quanto eu amo Niterói. Niterói para mim é a terra maravilhosa aqui do Brasil, é linda”, falou Ivana.