A Acadêmicos de Niterói trouxe nesta sexta-feira, no desfile da Série Ouro, a ala de baianas com o tema Solteirinhas de Engenhoca. A escola representa o bloco, do carnaval de 1958, com baianas vestindo roupas leves. “São todas senhoras, elas precisam evoluir e não carregar peso”, explica o presidente da ala de baianas.

A roupa das baianas é branca e azul, os tecidos são finos e aparentam ser leves. De acordo com as baianas, o vestido é o mais leve que elas já vestiram. “Essa é a mais leve. Às vezes o tempo também prejudica, quando chove, fantasias pesadas ficam mais pesadas”, explica Darli Onias, costureira animada por desfilar pelo sexto ano consecutivo como baiana na escola.

Para o presidente da ala de Baianas, Amilio Magalhães, o fato da fantasia ser leve é o diferencial da ala. “No carnaval de hoje, as baianas vem pesadas e brutas. As baianas de Niterói não, elas são leves para poder brincar e se divertir”, diz Amilio.

A fantasia das baianas conta um pouco da história de Niterói. O bloco das Solteirinhas da Engenhoca era repleto de mulheres alegres e animadas que tinham uma grande especialidade em fantasias. As fantasias das baianas são leves em representação a esse carnaval de rua, que precisa ser leve e alegre.

“É uma alegria muito grande vestir essa fantasia, é autêntica porque conta nossa história. A gente tem que ensaiar tanto pra na hora colocarem uns 32kg em cima da gente. Esta não. Esta é leve e maravilhosa”, diz Lúcia Rêgo, baiana mais antiga da escola, com 33 anos de desfile na Sapucaí.

A escola é a sexta a desfilar na Sapucaí pelo Grupo de Acesso representando as festas da cidade de Araribóia como um marco do carnaval.