O ‘caminho que vai dar no Sol’, homenagem da maior campeã do Carnaval Carioca a Milton Nascimento resultou num quinto lugar. Seis décimos separaram a águia de Madureira do título. Mas, a pontuação de 269,4 foi suficiente para mante-lá no desfile das campeãs que acontece neste sábado.

Pós resultado, o vice-presidente da Portela, Junior Escafura, conversou com a equipe do site CARNAVALESCO e disse que apesar do resultado, sempre se espera mais da Portela.
“Estamos com a sensação de dever cumprido. A Portela podia mais e a gente queria mais. Sabemos de todos problemas que tivemos e vamos corrigir para que a gente consiga melhorar cada vez mais a estrutura da nossa escola. Porque o carnaval de hoje está muito disputado e a Portela tem que estar sempr ali no hall das melhores. É preciso trabalhar mais, se reforçar mais para que o portelense tenha cada vez mais orgulho da sua escola”, comentou Escafura.
Sobre voltar as campeãs neste sábado, o dirigente lembrou que o trabalho para 2026 já começou e que a escola não vai parar no tempo.
“Estamos felizes por voltar as campeãs de um carnaval disputado como esse. Mas queremos mais. Não vamos nos acomodar. Queremos disputar primeiro lugar e vamos trabalhar a partir de agora”, finalizou.
Marlon Lamar, mestre-sala da azul e branco, que voltou a gabaritar no quesito com sua porta-bandeira Squel, também fez questão de exaltar o quinto lugar e apontou algumas dificuldades enfrentadas pelas escolas que não possuem patronos.
“É importante ressaltar que carnaval se ganha na avenida. Existem jurados para isso, pessoas capacitadas. Todo mundo tem seu ponto de vista e é válido, baseado naquilo que acreditamos. Mas carnaval tem jurados capacitados para tal. Independente de tudo precisamos enaltecer todas as escolas. Ninguém vai para Sapucaí esperando ter problemas, fantasias desmontarem e etc. A Portela é uma escola de samba que não tem patrono, não tem grandes empresários, nós fazemos com dinheiro da quadra, governo e prefeitura. Óbvio que isso deixa o carnaval desigual. Enquanto poucas tem muito, outras não tem. Mas, nós temos emoção, garra e entrega da comunidade. Eles vestem a camisa. Isso foi o diferencial. Esse quinto lugar para mim é um título. Tem 9 anos que defendo o pavilhão portelense, nos últimos 2 acabei não entregando nota e agora volto aos 40 pontos. Pra mim, estou devolvendo aquilo que mais anho do portelense. Amor, afeto e atenção”, desabafou.
A rainha de bateria Bianca Monteiro destacou que colocar uma escola na avenida já é uma vitória e retornar nas campeãs com um carnaval tão disputado é para se festejar.
“Nós voltaremos nas campeãs e isso me deixa feliz. O trabalho de todas escolas é árduo. Quando entro na avenida e vejo os carros prontos eu já me sinto campeã. A Beija-Flor foi campeã homenageando Laíla, no último ano do Neguinho, isso é muito bonito. Mas nós estaremos de volta no sábado, homenageando nosso rei Milton Nascimento que é merecedor dessa glória”.