O Águia de Ouro abriu o sábado de carnaval realizando um grande tributo musical em homenagem ao Benito di Paula. Foi um enredo contado em homenagem às suas músicas, desde a comissão de frente representando o seu famoso piano até a última alegoria, onde desfilou o homenageado junto do seu maior sucesso, que foi “Charlie Brown”. O desfile teve como aspectos positivos a comissão de frente, o casal João e Monalisa e o canto da comunidade, além de empolgar o público que estava na ansiedade pela primeira agremiação na pista. Entretanto, a escola sofreu com alguns problemas de acabamento nas alegorias e falhas na evolução. O desfile terminou em 1h03 com o enredo “Em Retalhos de Cetim, A Águia de Ouro, do Jeito Que a Vida Quer”, assinado pelo carnavalesco André Machado.
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Comissão de frente
A ala, coreografada por Ruy Oliveira, teve como significado “Benito Di Paula – Embalando o coração do sambista” – O elenco era integrado pelo próprio homenageado Benito e personagens representando “Teclas de Piano” – Os bailarinos vestiam fantasias com brilho nas cores branca e preta, nas cores do elemento alegórico que acompanhava a comissão de frente, que representava um piano. A coreografia era bem criativa, onde os componentes se alinhavam e interagiam com os outros integrantes que representavam Benito. Haviam dois, sendo que um ficava mais pelo chão e outro na pista. Um ponto alto da encenação foi quando as “Teclas de Piano” pegavam notas musicais e faziam efeitos especiais como se elas tivessem flutuando nas mãos. Sendo assim, foi o destaque principal do desfile, pois teve fácil leitura, exaltando a musicalidade do homenageado.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal João Camargo e Monalisa Bueno, com fantasia de “Herança cigana”, teve um belo desempenho nesta noite. Com uma bela fantasia, Monalisa carregava um véu cigano, sem o tradicional adereço de cabeça que as porta-bandeiras usam. A dupla, pelo segundo ano juntos, realizaram um grande desempenho juntos, priorizando os movimentos obrigatórios, ao invés das próprias coreografias dentro do samba.
Enredo
Assinado pelo carnavalesco André Machado, o enredo “Em Retalhos de Cetim, a Águia de Ouro do jeito que a vida quer”, o desfile consistiu em homenagear Benito di Paula através de suas músicas. A ideia foi feita de forma correta, principalmente olhando a questão dos carros alegóricos. A ideia de colocar o artista na última alegoria junto ao seu maior sucesso, que é a canção “Charlie Brown”.
Alegorias
A primeira alegoria da Pompeia desfilou representando “Retalhos de cetim” – Um carro bem carnavalizado e colorido, com máscaras e instrumentos que remete à folia. Vale ressaltar o símbolo maior, a águia, que teve a suas asas em forma de piano. Porém, nesta mesma alegoria houve um erro: Foi observado uma sacola plástica no carro, o que representa um item anônimo.
O segundo carro alegórico teve como ideia o “Amigo do sol e da lua”, onde tinha duas esculturas de crianças com metade de faces de sol e lua, remetendo ao clássico do Benito di Paula.
O terceiro carro foi nomeado “Sanfona Branca” – Uma grande homenagem ao Luiz Gonzaga, que foi um artista muito importante na carreira do artista. Pessoas maquiadas realizando coreografias deram o tom desta alegoria.
“Eh! Meu amigo Charlie Brown” foi a alegoria que fechou o desfile da escola. Nela, uma grande escultura do personagem de quadrinhos e desenhos animados “Charlie Brown”, além do cão Snoopy, que é o seu melhor amigo nas histórias. A ideia do carro foi contar a história da principal obra da história do Benito di Paula.
Harmonia
A força do canto da Vila Pompeia se fez presente no desfile. É ‘chover no molhado’ discorrer sobre a potência da harmonia que a agremiação sempre imprime. A parte mais cantada foi o refrão principal, que é bem ‘chiclete’ e até a arquibancada jogou junto, além do refrão do meio – São duas partes em que a melodia se eleva e o canto dos componentes vai para cima.
Fantasias
A escola optou por vestimentas simples para o desfile. Não usaram materiais de luxo e, nitidamente, quiseram fazer roupas confortáveis para o componente vestir e evoluir com certa tranquilidade. Entre todas, vale destacar o colorido da ala das baianas.
Samba-enredo
A obra foi muito bem interpretada pelos intérpretes Douglinhas Aguiar e Serginho do Porto. Em mais um ano juntos, a dupla mostrou novamente grande entrosamento. A sinergia com a “Batucada da Pompeia” de mestre Juca merece destaque.
Evolução
Um quesito que o Águia de Ouro teve um certo incômodo no desfile. No segundo módulo, ocorreu um problema com o tripé da Águia e a ala de trás, tendo que correr acelerar para corrigir. Em outro momento, esse mesmo elemento alegórico ficou distante do carro da comissão de frente, podendo dar buraco. Não teve, mas correu perigo. Além disso, após os 30 minutos, os componentes tiveram que acelerar consideravelmente o passo.
Outros destaques
A “Batucada da Pompeia”, de mestre Juca se destacou pelo bom andamento que deu para a comunidade e a bossa do refrão do meio. O baião do Luiz Gonzaga. A ala das baianas, nomeada “Em retalhos de cetim a cabrocha jurou desfilar pra mim”, teve uma bela fantasia toda colorida. Victor Hugo e Marcus Prado desfilaram como destaques no tripé.