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Zé Paulo sobre a Mocidade 2025: ‘patamar muito maior do que foi desse ano’

Cantor fez balanço do Carnaval de 2024, o primeiro na Mocidade, falou sobre o samba do caju, e o uso da internet e das plataformas digitais de música como alternativas para divulgação de sambas-enredo

Durante o aniversário do Tuiuti, no início de abril, o CARNAVALESCO conversou com Zé Paulo Sierra, intérprete da Mocidade, que fez balanço do Carnaval de 2024, o primeiro na Mocidade, falou sobre o samba do caju, e o uso da internet e das plataformas digitais de música como alternativas para divulgação de sambas-enredo.

Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

Ao falar do Carnaval de 2024, Zé Paulo citou o resgate que a Mocidade realizou em si e no mundo do samba, apesar do décimo lugar, e que para 2025 os preparativos já estão ocorrendo, com o retorno de Renato Lage, por exemplo:

“Acho que dentro da nossa proposta a gente levou o que a gente queria. Julgamento a gente sabe que o jurado tem uma visão diferente mesmo do que rola, então é consequência do trabalho, faz parte. É claro que a gente tem que melhorar, não tem ninguém satisfeito com o décimo lugar, mas é um resgate também. Acho que a Mocidade conseguiu resgatar muita coisa esse ano, não só de fora para dentro, mas de dentro para fora também. Acho que com a chegado do Renato Lage agora, do Misailidis, do Mauro, que vem agregar ainda mais a um time, não desmerecendo quem saiu que são profissionais maravilhosos também, mas eu acho que a chegada dessas pessoas tem tudo para trazer a Mocidade para um patamar muito maior do que foi desse ano, mas o balanço é muito positivo. Acho que dentro da proposta que a gente quer apresentar de alegria, de trazer o povo para perto, acho que a gente conseguiu”.

O cantor contou também sobre a recepção e a popularidade que o samba da Mocidade teve neste carnaval, virando um verdadeiro hit, e aproveitou para falar do uso de plataformas de música para ajudar na divulgação e consumo do gênero futuramente:

“Eu acho que esse foi um dos resgaste, resgatar o gênero. A pouco tempo a Imperatriz agora também estava viral no Spotify com o samba ao vivo. Então, eu acho que isso é muito importante para o gênero. Acho que algumas pessoas levaram isso para um lado de ego e acabaram batendo no samba da Mocidade sem pensar no futuro do carnaval, do gênero. Então, acho que tudo que fortalece o gênero samba-enredo e o carnaval tem que ser comemorado pelo sambista. A gente entende a disputa, tudo que acontece, mas acho que a gente tem que ver o lado bom das coisas que acontecem para o carnaval, esquecer um pouco as vezes a disputa e ver o que é bom para o carnaval, o que é salutar para o carnaval. Acho que essa coisa do samba da Mocidade ter furado a bolha, como eles dizem, ter viralizado, é importante não só para a Mocidade, foi muito importante para a gente porque a gente estava ali no meio do círculo, mas foi muito importante para o gênero. E eu hoje fico muito feliz de ver a Imperatriz também no mesmo processo com o samba ao vivo ter sido viral em uma semana fora do carnaval”.

Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Zé Paulo comentou sobre o caminho do streaming, do Spotify, e das outras plataformas de áudio, como o lugar em que o gênero samba-enredo pode ter esse ‘respiro’: “Eu acho que a gente já deu o start esse ano, acho que as pessoas vão ficar mais ligadas nos sambas ano que vem, para o próximo carnaval. Acho também que a Liesa deve investir nisso, em um marketing agressivo junto com as escolas de samba, já vem fazendo, mas acho que tem que priorizar o seu produto”.

Ele então comentou sobre a valorização que o espetáculo como um todo deve ter por parte da organização e dos dirigentes:

“O carnaval, ele é audiovisual, eu acho ainda que as escolas prezam muito mais pelo visual do que pelo áudio. Com o visual você desfila, sem o áudio você não desfila. Bateria e samba-enredo são muito importantes, 50% de um desfile na minha concepção. Se você parar para pensar, vai ter gente achando que é muito mais. Então, se o visual tem sido uma coisa que tem sido massificado pelas escolas de samba e pela Liesa, nada mais justo que o áudio tenha esse favorecimento também. Uma passagem de som com mais tranquilidade, como a gente faz com a passagem de luz. Fica duas semanas montada, a luz, porque não se criar uma estratégia para ficar montado o som também duas semanas antes. ‘Ah, tem custo…’. Tem investimento. Para o espetáculo fortalecer e a gente ter um produto de ainda mais qualidade é preciso investimento. É um caminho novo a ser seguido, mas eu acho que a gente está pelo menos já trilhando esse caminho, já tem o start. E eu espero que no próximo ano, no carnaval de 2025, a gente tenha não só o samba da Mocidade, mas também outros sambas viralizados, isso é importante para o carnaval”.

O intérprete então comentou sobre seu primeiro ano como a voz da Mocidade, e como foi um bom começo dele na escola, em que já havia ganhado uma disputa de samba anteriormente, e que tem uma forte tradição musical com intérpretes marcantes:

“Eu já tinha um contato muito grande com a comunidade, já ganhei um samba lá em 2016, estava todo ano lá em disputa de samba, eu sei que é diferente, mas era um namoro antigo. Em 2016 eu quase fui para lá ser cantor, acabou não rolando, mas tudo tem hora certa. Acho que eu cheguei em um momento bom para a escola, em um momento bom para mim também, foi uma mudança de chave mesmo, até de visual, as pessoas me olham na rua e falam: ‘olha o cara do caju aí’. Ficou marcado isso, é um bom começo, mas é só o começo, já vamos para mais um ano, espero fazer história aqui não só cantando grandes sambas, mas também conquistando títulos como Ney Vianna, Paulinho Mocidade, Wander Pires, que são os cantores campeões da escola, quero entrar para essa galeria também”.

Por fim, Zé Paulo comentou sobre o futuro da escola com o casal Lage assumindo como carnavalescos, e o que esperar da escola daqui em diante:

“O Renato e a Márcia têm o DNA da escola. Fizeram grandes carnavais, se eu não me engano ganharam três ou quatro. Carnavais emblemáticos cantando a história da própria escola, com enredos usando e abusando de tecnologia. Acho que tem muito esse DNA. Mocidade é uma escola mesmo de vanguarda, de ser pioneira nas coisas, acho que vem coisa boa aí. Não acredito em enredos irreverentes, o carnaval precisa, mas como tem o julgamento e a gente não foi bem julgado no quesito, não acredito que a gente vai ter enredo irreverente esse ano. Em nenhum dos grupos, não só no Especial, porque a nota acaba gerando uma tendência, mas acho que a Mocidade vai ter um enredo com o DNA de Mocidade, porque o casal já assina esse DNA. A expectativa é muito boa para um carnaval gigantesco, grande como a Mocidade merece, como a comunidade merece”.

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