Escola tradicional do Rio de Janeiro, a Vizinha Faladeira, conhecida como “Pioneira do Samba”, sonha em voltar a desfilar na Marquês de Sapucaí. A escola do Santo Cristo está na Série Prata e participa atualmente na Intendente Magalhães. Para transformar o sonho em realidade, a diretoria contratou o carnavalesco Marcus Ferreira, que fez a Mocidade em 2024, e na Série Ouro está na União da Ilha para 2025. Pensando grande surgiu a ideia de montar um novo ateliê para construção das fantasias. Além do carnavalesco Marcus Ferreira, a escola terá Márcio Moura, como diretor artístico.
Marcus Ferreira citou que ter a liberdade de criação e ver o pensamento grande da Vizinha Faladeira mexeu com ele para aceitar o convite de fazer um desfile na Série Prata. Por isso, ele optou por uma abordagem diferente no enredo. “Carnaval para Gringo Ver” promete uma viagem única e emocionante através dos olhos de quem experimenta o carnaval pela primeira vez. Inspirado na perspectiva de estrangeiros que visitam o Rio de Janeiro durante a festa mais emblemática da cidade, o enredo busca capturar a essência, a magia e a exuberância dessa celebração única.
Geralmente, as escolas que desfilam na Intendente Magalhães começam o trabalho no fim do segundo semestre. A Vizinha Faladeira mudou o rumo e criou os protótipos das fantasias para o desfile do ano que vem. Tudo está pronto e agora é só começar a reprodução. Ao site CARNAVALESCO, o presidente David dos Santos revelou a intenção de ter um novo ateliê.
“É fundamental ter esse ateliê. É quesito. Trabalhar com notas. Ter todas fantasias nos nossos braços. O carnavalesco está acompanhando todo o projeto. Olhar ala por ala. Não faltar nada e dar tudo certo no desfile. Focamos tudo nesse espaço. Vamos fazer um carnaval diferente e ousado. A Vizinha faz carnaval, reproduz figurino, a escola trabalha na construção de todas fantasias. Estamos trabalhando desde maio. Começamos pela reforma do ateliê. Será uma escola bem preparada para ganhar o carnaval”, avisou o presidente.
O carnavalesco Marcus Ferreira ressaltou como o novo ateliê favorece o fluxo do trabalho para produção do desfile do ano que vem.
“É o conforto para todos os funcionários. Não tem uma goteira, tudo foi feito com carinho e zelo para cuidarmos do projeto. É bacana ver isso. Me instalei aqui para tocar tanto a Vizinha Faladeira, quanto a União da Ilha. É um carnaval novo para a Série Prata. Projetamos tudo, desde o zero, como nível da Sapucaí para Intendente Magalhães”, frisou.
O presidente David dos Santos citou a estratégia da escola para o carnaval de 2025. Ele ressaltou que quis dar uma “sacudida” no carnaval da Intendente Magalhães.
“Achei o Marcus muito ousado no enredo sobre o Caju na Mocidade. Deu uma sacudida no carnaval, que estava muito mecânico. O enredo é que atraiu ele para Vizinha Faladeira. Independente do resultado, eu já queria a contratação dele. Sei da competência que trabalha com os materiais, que muitas vezes são recicláveis. Ele tem pé no chão, sabe da dificuldade por estarmos na Intendente Magalhães, e sabe que é transformar o lixo em luxo. Assim, a contratação dele foi fundamental. A chegada dele balança todas escolas da Série Prata, mexe com elas”, disse o presidente.
Ao site CARNAVALESCO, o carnavalesco Marcus Ferreira falou da importância de organizar e executar um planejamento que favoreça a produção do desfile.
“É um barato. Já tinha essa ideia. O nosso nível de fantasias eleva o espetáculo. Não é porque é Intendente que não podemos fazer arte. É uma troca entre Vizinha e Ilha. As duas diretorias são muito amigas. A troca é bem legal. Desde o início pensamos em produzir um carnaval grande. Aqui, a gente começou um trabalho cedo, com muita organização e planejamento”.