Os profissionais da cadeia produtiva do carnaval sofrem com o avanço da pandemia e os mais de 365 dias de abandono por parte do poder público. Aderecistas, costureiras, ferreiros, pintores, carnavalescos, cantores, mestre de bateria, casais de mestre-sala e porta-bandeira, passistas e demais produtores do Maior Espetáculo da Terra não conseguiram até hoje um auxílio concreto para suportarem o cancelamento dos desfiles, eventos e dos trabalhos nos barracões. Agora, a novidade é que o vereador Vitor Hugo (MDB), recém eleito e sambista, propôs um Projeto de Lei para criação da renda mínima emergencial, no valor de um salário mínimo, para os profissionais do carnaval.

Ao site CARNAVALESCO, o vereador que também é compositor de samba-enredo na Imperatriz Leopoldinense explicou como funcionaria essa renda mínima.

“A proposta trata-se de um auxílio emergencial para todos os profissionais que trabalham diretamente com o carnaval, enquanto durarem os efeitos do estado de calamidade no município. Entendo que o trabalho de produção do carnaval dura o ano inteiro, assim sendo, com o cancelamento do evento, como esses profissionais estão suprindo suas necessidades? Foi esse questionamento que me motivou a criar esse projeto. Ele engloba todos os trabalhadores que comprovarem o vínculo com as atividades específicas de produção do carnaval”, disse.

O vereador afirmou que o Projeto de Lei caminhará com todos os trâmites da casa. “Estou articulando com a casa para encontrar meio de acelerar o processo”, garantiu. De acordo com o regimento, a proposta passará pelas comissões de Justiça e Redação, Administração e Assuntos Ligados ao Servidor Público, Higiene Saúde Pública e Bem-Estar Social, Trabalho e Emprego, Turismo e Finanças Orçamento e Fiscalização Financeira.

“Sou compositor da Imperatriz Leopoldinense, conheço de perto a realidade dos trabalhadores do carnaval. Tenho um grande grupo de colaboradores trabalhando nesse sentido. E, claro, estamos com o gabinete aberto para o recebimento de propostas para criação de de eventos com regras sanitárias e que fomentem a indústria das escolas de samba ainda nesse período de pandemia”.

Segundo o vereador Vitor Hugo, após a pandemia, a ideia é trabalhar todas demandas do carnaval na Câmara.

“Podemos propor audiências públicas e provocar um debate que leve o executivo a entender a realidade desse setor, e colaborar para encontrarmos, juntos, uma solução”.

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