A bateria da Grande Rio desfilou com uma fantasia que representou “O som do rugido das onças”, e incorporou o poderoso rugido da onça e celebrou os povos originários – homens e mulheres onças. Segundo o mestre os ritmistas da agremiação, a roupa foi destacada pela leveza e a luxuosidade.
Ao todo, a Tricolor de Duque de Caxias levou 270 ritmistas para a Passarela do Samba. A apresentação foi dividida em quatro bossas: na “cabeça” do samba, no meio, uma antes do refrão final e, por último, no final. Comandante da bateria da escola desde 2019, foi a primeira vez que o mestre de bateria desfilou sem a presença do pai, Dú Gás, que também foi mestre da Grande Rio. “É um sentimento diferente e totalmente novo para mim, porque é a primeira vez que o meu pai não veio ao meu lado – o meu ídolo”.
O segmento garantiu os 30 pontos para a Tricolor da Baixada nos últimos três carnavais. Para Fafá, o segredo está no intenso trabalho, além da união e da humildade. Segundo ele, o único pedido feito aos ritmistas foi que eles se divertissem.
“Estar à frente dessa galera é algo muito fantástico. Entendemos o quanto difícil é ensaiar por conta de fatores como a rotina e a violência, mas eles não abandonam. O ensaio esteve lotado todas as semanas. Hoje o meu único pedido foi para eles se divertirem, porque só tenho que agradecer. A união e a humildade são os segredos da bateria da Grande Rio – conseguimos reconhecer quando erramos, e quando acertamos, isso não sobre à cabeça. Acredito que o segredo para o sucesso está na humildade, no silêncio e no trabalho”, disse Fafá.
Com o enredo “Nosso destino é ser onça”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, a Grande Rio foi a quarta agremiação a desfilar neste domingo de carnaval.