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Série Barracões: Viradouro aposta em enredo inédito e forte em trabalho solo de Tarcísio

'As pessoas gostam de falar que é uma escola rica, mas é uma escola rica de trabalho', diz Tarcísio Zanon. Arte cinética é uma das grandes apostas da Viradouro para impressionar o público

Campeã pela última vez do carnaval em 2020, e desde 2019, quando voltou à elite do carnaval carioca, marcando presença no Top 3 do Grupo Especial, a Viradouro quer manter o alto rendimento dos últimos anos, e quem sabe levantar mais uma taça, apostando no inédito enredo sobre a santa brasileira Rosa Maria Egipcíaca. Baseado na obra “Rosa Maria Egipcíaca de Vera Cruz – uma santa africana no Brasil”, de Luiz Mott, o enredo se debruça sobre a história de Rosa Maria Egipcíaca, primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil, também criadora do sagrado coração que hoje é adorado no mundo inteiro, entre outras grandes realizações.

Fotos: Lucas Santos/Site CARNAVALESCO

Sua conexão com o cristianismo preto do Brasil é um aspecto que será bastante abordado no desfile da Vermelha e Branca de Niterói. O tema aliás é bem conhecido do carnavalesco Tarcísio Zanon, que contou a história do Cristo Negro na Estácio de Sá campeã do Grupo de Acesso em 2019. A diferença é que aquele enredo era focado no cristianismo preto do Panamá. Neste enredo, o carnavalesco, agora de volta a um trabalho solo na Sapucaí, terá a oportunidade de desenvolver a temática focando nas particularidades que a religião tem no nosso país. Ao site CARNAVALESCO, Tarcísio conta como surgiu a ideia de levar para a Sapucaí essa história riquíssima que é inédita no carnaval e que infelizmente ainda é desconhecida do grande público.

“Eu tenho esse enredo guardado a sete chaves há três anos. Eu gosto muito de pesquisar em sebos, e ler títulos de livros. Eu li o título do livro do Mott que foi lançado há trinta anos ‘Rosa Maria Egipcíaca de Vera Cruz – uma santa africana no Brasil’. Quando eu li o ‘santa africana no Brasil’, eu me interessei pelo livro e comprei, li a história. Eu não imaginava que fosse uma história tão maravilhosa e profunda. E até me admirei de ser uma personagem tão importante para a história do Brasil, e que ainda não foi contada, o grande público não conhece. A primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil, primeira mulher a ser mais documentada na diáspora entre a África e o Brasil. É uma personagem riquíssima. Eu guardei e com a renovação na Viradouro, entendendo que a escola gosta de trazer enredos inéditos, femininos, místicos, eu achei que a Rosa tinha tudo a ver. Eu trouxe como uma segunda proposta, mas todos se encantaram com a história da Rosa e definimos como o enredo da Viradouro”, revela o carnavalesco.

Rosa veio ao Brasil ainda menina e foi feita escrava e meretriz. Depois, já liberta conseguiu fazer grandes realizações por meninas que passaram por destino similar a ela. Neste meio tempo aprendeu a ler, escreveu um livro que foi publicado, o primeiro de uma mulher negra. Com uma história tão profunda e cheia de desdobramentos, o carnavalesco Tarcísio Zanon esclarece como fez o recorte para que a narrativa pudesse caber em um desfile.

“Quando você pega uma história muito densa, você precisa recortar ela e escolher qual é o fio condutor que você vai dar para essa narrativa. A Rosa tem uma parte da história dela que é muito triste, que é muito pesada e que não cabe hoje você colocar histórias tão pesadas e momentos tão pesados na Avenida. Carnaval é felicidade, é alegria, é um momento de extravasar tudo. Não estamos romantizando a história. A gente está usando uma face da Rosa que é a mais importante talvez dessa mulher que lutou, que conquistou e chegou onde ela chegou, a ponto dos senhores que a compraram se ajoelharem aos pés dela pedindo clemência. A gente entendeu essas frestas sociais que a Rosa, com toda a sagacidade, inteligência, conseguiu enfrentar e chegar no ápice para a época dela e nas condições que ela tinha. Era quase que inimaginável para aquele período uma mulher se alfabetizar. Quanto mais uma mulher negra. E deixaram o registro de um livro”.

Registros físicos da história de Rosa ajudaram no desenvolvimento do enredo

Após a sua iniciação no catolicismo e a participação em sessões de exorcismo, Rosa deixou claro que tinha dons especiais. Esse contato com o mundo espiritual, com o paranormal, será bastante retratado no desfile da Viradouro. A relação de Rosa com o catolicismo preto no Brasil, como santa que ajudou a desenvolver e difundir a religião entre o povo preto, é uma das faces da protagonista que mais encanta o carnavalesco Tarcísio Zanon.

“Os delírios da Rosa são muito ‘carnavalizáveis’, são muito ilustrativos. É claro que ela tinha dons paranormais, inclusive ela dá o nome ao espírito que ela recebia. Duas coisas me deixaram muito intrigado durante o processo de pesquisa. O fato da Rosa conseguir ter liberdade e introduzir a cultura dela, a religiosidade originária do Acotundá, de transes, dentro da liturgia do catolicismo. Aí você começa a entender como que o catolicismo, o cristianismo preto se desenvolveu no Brasil. Hoje o Brasil é o país com maior número de cristãos no mundo, e a maioria negros. Por isso , talvez o catolicismo e o cristianismo como um todo tenha se desenvolvido de uma forma muito particular no Brasil. Aqui a gente adora os santos de uma maneira muito próxima. A gente coloca santo de cabeça para baixo, conversa, isso é muito do panteão africano, de entender a questão dos orixás, que são seres sobrenaturais, mas seres que são errantes também. Isso fez o cristianismo se desenvolver diferente. Eu adoro esses desdobramentos que nunca foram falados no carnaval”, relata o artista.

Ainda se fundamentando na pesquisa de Luiz Mott, o escritor descobriu que havia registros da vida de Rosa na Torre de Tombo em Lisboa, onde fica o arquivo nacional de Portugal, além de registros aqui no Rio de Janeiro. Nesta documentação tem os relatos do depoimento da santa na inquisição quando foi acusada de bruxaria.

“Foi bacana poder encontrar no Rio de Janeiro um registro físico que a Rosa realmente existiu. No cruzamento de pesquisas, o Luiz Mott, quando pesquisou a vida da Rosa, descobriu todos os registros na Torre de Tombo, inclusive estes registros estão lá, documentados para quem quiser ver. Nos relatos dela na inquisição, ela disse que teve uma grande visão dos sagrados corações e que teria uma capela dentro do Convento de Santo Antônio no Largo da Carioca. E essa capela estaria dentro do claustro dos franciscanos. Essa capela existe e o Frei Roger no cruzamento de informações relatou isso para o Mott. A gente tem o registro físico de uma mulher do século XVIII, aqui no Rio de Janeiro, que de fato existiu e que teve essa visão que hoje é adorada no mundo inteiro. O sagrado coração foi uma visão da Rosa. Hoje é artigo de moda, uma série de artigos de arte no mundo todo”, comemora o carnavalesco Tarcísio Zanon.

Organização da Viradouro 

Na Viradouro desde 2020 e já campeão em seu primeiro ano no Grupo Especial, Tarcísio teve nesse e no carnaval de 2022 a parceira do profissional artístico e companheiro de vida, Marcus Ferreira, que este ano irá desenvolver o desfile da Mocidade. O trabalho solo não é novidade para Tarcísio, pois em 2019, desta mesma forma, foi campeão do Grupo de Acesso pela Estácio de Sá. Mas, agora a responsabilidade subiu um pouco de patamar. Pois, Tarcísio teve a confiança da diretoria para estar à frente do carnaval de 2023 da Viradouro. O profissional contou ao site CARNAVALESCO o que entende como vantagens e desvantagens ao desenvolver um projeto sozinho.

“Dividir, fazer parcerias é você negociar, apesar da nossa parceria, eu e o Marcus( Ferreira), que é meu companheiro de vida, nós tivemos sucesso e uma sinergia muito boa, mas é sempre uma negociação. Por um lado, é melhor e por outro é pior. O melhor é que você tem sempre um apoio para decidir algo. E o outro lado, é que você tem que estar sempre negociando para chegar em um ponto. Voar solo na Viradouro, uma escola que eu já estou indo para o quarto ano, se for contar com a pandemia, é muito bom porque eu já conheço a equipe, é uma escola extremamente organizada, estruturada, tudo isso me traz muita confiança nas decisões e nesse vôo solo no Especial”, acredita o carnavalesco.

E essa confiança citada por Tarcísio vem muito do apoio que a direção de carnaval dá ao artista. Alex Fab e Dudu Falcão participam bastante do dia-a-dia do barracão da Viradouro. A dupla está na escola desde 2018 quando a Vermelha e Branca ainda desfilava pelo Grupo de Acesso. Voltaram com a agremiação ao Grupo Especial naquele mesmo ano, foram vice-campeões em 2019, e em 2020, já com Tarcísio, foram campeões do Grupo Especial, acabando com um jejum de mais de 20 anos. O carnavalesco Tarcísio Zanon conta que existe muito diálogo no processo de produção do desfile.

“É muita troca o tempo todo e negociando também. É claro que o Alex e o Dudu têm uma visão muito ampla do carnaval que são conhecimentos que eu não tenho, assim como eu tenho conhecimento de arte que eles não têm. A gente está o tempo todo conversando, dialogando, para chegar no melhor. No embrionário do projeto, a gente já teve a conversa com eles para que os dois possam pontuar algumas coisas, de acessório de mão, de volume de fantasia, de ergonometria, para que o componente possa desenvolver melhor. O Alex e o Dudu gostam de vestir as fantasias para entender tudo isso. É uma contribuição muito grande porque não basta plasticamente a escola estar bem se a escola não evolui. O trabalho do diretor de carnaval é também fazer essa engrenagem funcionar. É um apoio e uma direção maravilhosa sempre”, conclui o profissional.

Outro que participou bastante do processo criativo para o carnaval da Viradouro em 2023 foi o pesquisador Gustavo Melo, responsável pelo desenvolvimento do texto da sinopse do enredo.

“Quando eu chamei o Gustavo porque houve uma oportunidade para isso, eu falei pra ele que ele tinha uma missão. O Gustavo ficou me olhando, eu contei o enredo, aí foi muito legal. O Gustavo é uma pessoa extremamente inteligente, extremamente fácil de se lidar. A gente tem uma sinergia muito boa e em todo o tempo a gente sempre trocou com muito respeito e está sendo maravilhoso. É um parceiro, um amigo, uma pessoa que agregou muito a equipe”, revela o carnavalesco Tarcísio Zanon.

Dinheiro não é o segredo da Viradouro, acredita Tarcisio

Com uma estrutura de barracão bastante desenvolvida, e com uma administração que tem injetado muito dinheiro na escola nos últimos anos, a Viradouro ainda conta com apoio financeiro da Prefeitura de Niterói que não tem medido esforços para fortalecer o carnaval das escolas do município. Para a Viradouro, que está no Grupo Especial, o aporte foi de R$ 4 milhões de reais. Para muita gente o dinheiro tem facilitado o bom rendimento da Vermelha e Branca de Niterói nos carnavais recentes, mas o carnavalesco Tarcísio Zanon procura ver as coisas de outra forma.

“Existem os dois lados da moeda. As pessoas gostam de falar que é uma escola rica, mas é uma escola rica de trabalho. Todo mundo aqui trabalha muito e muito. Desde a presidência até todos os funcionários do barracão. Todos nós nos cobramos o tempo todo. É uma escola que hoje é considerada um padrão empresarial, é considerada uma referência para as outras escolas, mas pela organização e trabalho. Não basta você ter o recurso se você não sabe investir esse recurso. Montar esse time foi um trabalho muito sério feito pela nossa presidência, pela nossa direção e muito louvável”, aponta o artista.

Tarcísio também entende que o estigma de escola rica colocado na Viradouro muitas vezes gera uma expectativa e uma cobrança pouco saudável.

“Existe uma pressão de público, de resultado que é muito grande e, às vezes, até desonesta, pelo fato de a escola estar nesta crescente. Eu acho que era para ser louvável e não depreciada por muitos torcedores, não da Viradouro, e até sambistas, que por conta da competição, deturpam as coisas. Acho que isso precisa ser revisto e a Viradouro precisa ser olhada como um parâmetro, uma referência, e que todas as escola possam se enquadrar em um padrão, não diminuindo as outras escolas de forma alguma, falando de gestão. Que todas as gestões possam chegar em um padrão Viradouro que hoje como profissional desta escola, louvo. E como sambista também louvo. E se estivesse fora daqui também louvaria”.

Para o sucesso desenvolvido pela escola nos últimos anos, Tarcísio acredita que o trabalho da gestão do presidente Marcelinho Calil e do presidente de honra Marcelo Calil tem sido fundamental.

“Eu vejo como uma gestão participativa e humana. Em todo o tempo, eles, como gestores, pensam nas pessoas, no profissional. É claro que tudo visando também um resultado. Todos aqui estamos pelo resultado e isso é sempre discutido, repensado de uma forma franca, sincera, respeitosa e está sendo um crescimento muito grande para mim como profissional, como pessoa e é muito bom estar aqui e viver esse momento como pessoa”, finaliza o carnavalesco.

Arte cinética é uma das grandes apostas da Viradouro para impressionar o público

Sem querer entregar muito do desfile, o carnavalesco Tarcísio Zanon revelou ao site CARNAVALESCO que a Viradouro tem um grande trunfo na parte estética para levantar o público na Sapucaí.

“A gente está investindo em uma coisa que não foi muito utilizada no carnaval. Primeiro que o trunfo, eu já acho o enredo, por ser inédito, e ser incrível. O segundo trunfo, plasticamente que eu poderia dizer, a gente está investindo em algo que foi muito pouco usado, que é a arte cinética. A gente tem muito de arte cinética em uma parceria de um estudo que eu venho fazendo junto aos profissionais de Parintins, que são artífices e incríveis na questão do movimento e agregam muito ao carnaval”.

O artista explicou mais sobre quais as possibilidades que a arte cinética pode trazer para este enredo, principalmente no que cabe a parte mais mística dos delírios da Rosa Maria.

“A arte cinética é quando você alia arte ao movimento. A gente consegue hipnotizar as vezes com a arte cinética. Existem várias técnicas, e esse ano eu estou usando meio que essa hipnose para fechar o desfile e deixar todos enlouquecidos na Marquês de Sapucaí. Eu sempre quis trabalhar mais com arte cinética, só que não adianta você colocar uma técnica artística gratuitamente sem ter relação com o enredo. Quando você consegue é maravilhoso. Eu não penso no efeito antes do conceito. Eu penso o conceito, e alio ao efeito. A arte cinética, dentro do enredo da Rosa é muito positiva porque a Rosa era uma mulher vertiginosa, era uma mulher delirante. E a arte cinética tem um pouco disso, de nos levar para este lugar meio de delírio. Acho que vai funcionar muito no desfile e vai trazer um frescor para as alegorias da Viradouro”, aposta Tarcísio.

Conheça o desfile da Viradouro

A Viradouro vai levar para a Sapucaí em 2023 um total de seis alegorias, um elemento alegórico da comissão de frente e três tripés.O contingente é de 2500 componentes. O carnavalesco Tarcísio Zanon contou um pouco do que pretende levar em cada setor do “Rosa Maria Egipicíaca”. “A gente dividiu a história da Rosa cronologicamente nas faces que ela se revelou”.

Primeiro Setor – A profecia das águas
“A menina da nação Courá. Na abertura, a gente vai ter uma certa liberdade poética porque entendemos que a Rosa já era predestinada ao sobrenatural. Rosa vem para o Rio de Janeiro com seis anos de idade. É uma abertura afro, lúdica e aquática, já que era uma menina ligada às lagoas e ao mar”.

Segundo Setor – Auri Sacra Fames (A Fome de Ouro)
“A rosa é comprada pelas Minas Gerais, a gente está em um período da exploração aurífera. Ela é comprada como uma escravizada meretriz. Ela tinha que cuidar, na fazenda em que ela era cativa, de cerca de 70 homens. Ela vive 10 anos como meretriz e ganha pó de ouro através da mineração. Quando ela tem uma visão e fica doente e se converte ao cristianismo, ela entrega tudo que ela tinha para os pobres. Ela inclui o Egipcíaca ao seu nome, porque ela associa a história dela a uma outra santa egípcia que também foi meretriz e entregou tudo aos pobres”.

Terceiro Setor – Ventanias, visões e possessões
“É quando ela já está introduzida ao catolicismo e ela começa a participar de sessões de exorcismo que era algo que a encantava. Participando dessas sessões de exorcismo ela entra em transe e para aquela sociedade mineira, Rosa passa a ser olhada como uma bruxa, como uma feiticeira porque entrava em transe, era uma das possessas. Só que de fato ela entrava em transe e o espírito que estava nela era real. Ela passa a ganhar fama em Minas Gerais, tanto que incomoda os olhos da inquisição. É o setor do misticismo, da Rosa bruxa, Rosa feiticeira”.

Quarto Setor – A Flor do Rio
“Rosa com mais ou menos trinta e poucos anos volta para o Rio de Janeiro que foi uma visão que ela teve e ela já vem com o padre Antônio Gonçalves Lopes, que compra ela, o padre exorcista, ela é abraçada pelos franciscanos e passa a ser adorada como uma santa. Ela aprende a escrever, escreve um livro, e aí é outra face que eu chamo de Rosa mãe criativa. Ela cria um convento para cuidar de meninas que passaram pela mesma situação que ela passou e se religa com a sua ancestralidade quando ela cria a sua própria família, suas filhas”.

Quinto Setor – A Derradeira Profecia
“No final da vida dela, ela foi para a inquisição. Ela foi presa, ela vai para Portugal e morre lá, sem ter a sentença do destino dela definida. A gente não queria dar um desfecho desse para a Rosa, uma vez que é uma mulher tão importante para a nossa história, tão significativa. A Rosa teve uma profecia que não se cumpriu lá mas que vai se cumprir na Viradouro. A gente não sabe se é uma profecia ou um delírio, mas ela teve uma grande visão de que o Rio de Janeiro iriam se inundar e que o convento que Rosa criou viraria uma grande arca como a arca de Noé, e que as filhas dela seriam salvas e que o “encantado”, Dom Sebastião iria emergir também em uma arca. Eles se casariam e iriam lavar todo o mal do Rio de Janeiro e fundaram aqui um novo império, um império de igualdade e de justiça. Lindo, mas louco. Mas isso é carnaval. É a face da Rosa rainha”.

Sexto Setor – Uma santa negra no céu
“A gente finda a história da Rosa em vida e passa para o legado que seria o nosso último setor. O que ficou de Rosa e o que a gente pode entregar para a Rosa. Seria o legado do cristianismo preto no Brasil. A gente quis fazer nesse final de desfile uma grande procissão de tambores e folguedos populares que estão associados ao cristianismo preto brasileiro, como a Folia de Reis, como a Congada, para aclamação dessa santa do povo. Uma santa que não foi reconhecida pelo Vaticano mas que foi aclamada pelo povo no passado e será aclamada de novo, e a gente entrega a Rosa o nosso símbolo maior, a coroa da Viradouro”.

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