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Série Barracões: Com enredo afro e de fé, Vila Maria busca o retorno ao Grupo Especial de São Paulo

Sexta escola a desfilar no Grupo de Acesso I briga por retorno ao Especial

A Unidos de Vila Maria teve problemas no desfile de 2023 e acabou sendo rebaixada para o Grupo de Acesso I após um tempo distante do grupo. Para o retorno ao Grupo Especial, a escola optou pelo carnavalesco carioca, Fábio Ricardo, e trouxe um enredo diferente para as características da escola, apesar de manter o lado da fé, trouxe o afro com o:  “Forjados na Luta, Guiados na Coragem e Sincretizados na Fé: A Vila Canta Ogum!”.

O site CARNAVALESCO visitou o Barracão da Vila Maria que está localizada perto do Sambódromo do Anhembi, e conversou com o enredista Roberto Vilaronga, já conhecido no carnaval de São Paulo, e seu irmão, Fábio Ricardo, que chega para desenvolver seu primeiro carnaval paulistano.

Conheça o enredo da Vila Maria

Com um enredo afro na Vila Maria, o que não é algo tão comum, o enredista Roberto Vilaronga nos contou sobre o desenvolvimento do enredo e a ligação com a fé da Vila Maria, que é uma escola muito ligada a São Jorge.

“O enredo, ele trata de como o brasileiro, como as pessoas no Brasil se relacionam com o orixá Ogum. Isso, ela fala muito sobre como a gente se relaciona com a fé, de como a gente entende a fé e de como a gente prega a nossa fé. Então a gente buscou no orixá Ogum, que é uma referência também para a comunidade da Vila Maria, como São Jorge. Então iniciamos o nosso enredo falando um pouco sobre ancestralidades, como surge o Ogum, o que o Ogum traz para a humanidade, que é a forja do ferro. Depois a gente fala de como essa religião aporta no Brasil, com a diáspora africana, e ela traz o candomblé e o candomblé se torna uma das principais religiões desse país. Falamos de como é cultuado no Xirê, como é cultuado pelas pessoas e pelos outros orixás. Falamos também de como é cultuado na Umbanda, como o Ogum é venerado na Umbanda, e a gente chega também no final do desfile, no último setor, onde a gente fala como ele é cultuado no catolicismo, chegando nas festas de São Jorge, na Alvorada, e assim a gente encerra o desfile. Então, basicamente, o enredo trata de como nos relacionamos com a nossa fé, como a gente se relaciona com o orixá Ogum”.

O carnavalesco Fábio Ricardo seguiu o enredista Roberto e complementou sobre o enredo: “E com a própria ligação do catolicismo, ela entrou mais forte, eu aponto aí, por conta da própria escola, porque a escola tem o padroeiro que é o São Jorge, e é interessante que existe uma festa todos os anos dedicada a um grupo grande de pessoas ali na Vila Maria, é uma festa grande com festejos mesmo, não é só uma simples feijoada. Tem culto, tem procissão, tem tudo, então eles montam realmente uma Alvorada, uma anunciação da São Jorge. Então assim, não é catolicismo que a gente está falando ali só no último setor, a gente vai ter o representativo do santo guerreiro, mas ali é a própria Vila Maria homenageando o seu padroeiro, entendeu? Então esse último setor, ele é todo realmente pensado nos festejos de São Jorge, como o melhor festejo de São Jorge da própria Vila Maria, as pessoas vão ver Vila Maria e vão ver esse encerramento que a própria escola faz para ela mesmo, o padroeiro, e abre aspas aí, que poucas pessoas sabem disso, esse enredo foi a pedido exatamente do próprio presidente, a gente já tinha vários enredos e foi pedido ao próprio presidente. Pois já tinham falado da padroeira da escola, já tinham falado de tantos enredos e nunca tiveram… O mesmo enredo foi da própria escola, do bairro. E o presidente sentiu no coração que estava na hora de homenagear nesse momento, tão que a gente precisa da força de São Jorge, da força de o mundo, dessa energia, de homenagear o próprio Santo Guerreiro para dar força para a Vila Maria chegar no lugar que ela nunca deveria ter saído. Então assim, foi importante essa decisão do presidente e a gente comprou a ideia e o sentimento, a gente não só comprou a ideia, a gente comprou a ideia e o sentimento da escola também”.

A comunidade aprovou o tema

A alegria da comunidade com o enredo foi contada pelo carnavalesco Fábio Ricardo: “Quando foi anunciado, isso foi um estouro. E aí eu nunca tinha visto pessoas se emocionando também na escola, então é uma escola apaixonada e isso é o que te dá mais força e energia para você continua”.

“É um enredo, um pedido veio da comunidade, uma ideia do presidente, um sentimento que ele teve e isso fez com que a escola abraçasse, todo mundo abraçou e a comunidade festejou, quando o Fábio fala de anúncio, foi numa feijoada da escola e o anúncio, a escola veio abaixo, começou muito bem. Depois teve a disputa de samba, foi escolhido um samba que retrata perfeitamente o nosso enredo e um samba de pessoas da comunidade, de compositores que estão há muitos anos no Vila Maria. Então isso é mais um ponto, mais uma pitada dentro da energia desse enredo”.

As curiosidades descobertas na pesquisa do enredo

O carnavalesco Fábio Ricardo falou sobre as curiosidades que encontraram: “Olha, eu acho, da minha parte, cada coisa que você vai pesquisando, aí tem a pesquisa de texto, a gente embasar tudo, que meu irmão (Roberto, enredista) faz isso, e aí tem a pesquisa de visual, é na pesquisa de visual que a gente começa a descobrir as coisas, entendeu? A gente partiu para os nomes Yorubá, que é importante, e a partir dos Yorubás, fui descobrindo muita coisa, o Google ajuda à beça”.

Complementando a fala do carnavalesco, Roberto ressaltou a identidade visual como o ponto principal como descoberta: “Uma boa referência para dar, né, que você fala de descoberta, é a a própria referência gráfica, visual, que você está dando, de Iracy Carise”… E Fábio Ricardo incrementou falando: “Isso foi muito importante, porque a partir dali eu fui pesquisando”, assim prosseguiu o enredista Roberto citando: “A Iracy Carise, ela, e ele usou a referência de um outro artista, Rubens Valentim, então tem dois artistas aí, os dois são brasileiros, mas o Rubens Valentim ele é mais contemporâneo, ele é mais da atualidade”. e o Fábio Ricardo complementou: “Eu bebi na fonte do Rubens Valentim, não é que eu vou fazer isso, mas eu bebi na fonte ali porque é um cara que mostra para esse segundo setor uma forma de ver a religiosidade dos orixás mais contemporâneos nos dias atuais. O que é São Paulo? Estampa, grafite, sabe, movimento, alguma coisa diferente. Eu quis buscar para o Carnaval, que também é São Paulo, o que é São Paulo, entendeu? Como assim, o Rio de Janeiro apresenta lá, foram 31 lá no janeiro, a gente apresenta a cara do Rio de Janeiro, precisamos mostrar o que é a cara de São Paulo, a ala dos trabalhadores foi dentro do metrô, que eu fiz assim, ó, aqui tá força de Ogum, aí o que que tem de professora, garçom, operário indo trabalhar? Aí eu falei assim, vamos, esse setor vai ser assim… Então sabe, o que São Paulo inspira, entendeu? E aí outras formas, só no Museu de Afro-Brasileira, que é o maior da América Latina, tá?”.

O enredista Roberto prosseguiu falando sobre o tema: “A gente fez a pesquisa no Museu Afro, né, logo no início, então muita referência visual. O Fábio buscou ali, né, então, depois que a gente saiu de lá, ele começou a notar, e aí ele não gosta muito (de internet), e eu acho que respondendo a tua pergunta, o que que tem de curioso, né, de diferente que viu, são as referências que ele utilizou de formas de Iracy Carise, de Rubens Valentim, e de como ele se inspirou no âmbito da cidade, né, no dia a dia de São Paulo, na contemporaneidade de São Paulo, para trazer essa linguagem para o carnaval dele”.

História marcante

Os irmãos falaram sobre toda a fé que o brasileiro tem, e que sempre encontram alguma proteção, seja qual religião for. Foi um assunto muito comentado por ambos durante a entrevista, inclusive dando exemplo deles mesmo. Quando Fábio Ricardo ainda antes de nascer, quase não sobreviveu e teve pedido do seu pai. Assim como a relação dos irmãos que indiretamente frequentaram uma casa espírita juntas, Fábio mesmo sem convidar o irmão, acabou que Roberto um dia cismou, foi, e não saiu mais.

Revelação de uma promessa feita do pai para o Fábio Ricardo: “Faço com muito respeito, porque eu fui batizado na Igreja de São Jorge, graças a Deus assim, cá estou aqui sentado com você, graças ao meu pai, que fez uma promessa São Jorge, para o filho dele, o primeiro filho dele, não perder a vida, porque eu tive uma infecção, nem vinha, e eu fui batizado às pressas, não estava na época, e cá estou vivo. Até hoje meu pai vai na Igreja, e cumpre a promessa dele com São Jorge, porque eu estou aqui de pé, entendeu? Então isso para mim é muito importante, eu não sou só um cara de outro, que passei por alguma religião, meu berço, ligado ao São Jorge, essa energia toda, é ligada também a minha realidade, assim como a Vila Maria. Ou seja, as coisas foram se juntando, eu falo que as coisas quando tem que se juntar, elas se juntam, e aí eu fiquei, o Beto quando começou a escrever para mim e leu, e depois assim, poucas vezes aconteceu isso, eu me emocionei, parei assim”.

O enredo tem grandes representações para os irmãos, e Roberto ressaltou: “A gente tentou trazer referências que fossem verídicas, não só para a escola, mas para o Fábio, que afinal é ele que está fazendo o enredo, sai da cabeça dele o que as pessoas vão ver, então tinha que ter essa pegada voltada para a emoção mesmo, para o que de fato as pessoas cultuam, e a gente na quadra conversou muito com a gente”, e o carnavalesco Fábio Ricardo complementou: “Porque todo mundo falou assim, obrigado porque a gente precisava disso, sabe? Era o mesmo que eu senti quando eu li, o que também foi para mim, quando a gente, ali foi para mim, porque eu vi a minha família ali, na fé, entendeu? Eu vi a minha família na fé, assim como toda Vila Maria quando recebeu o enredo, ele viu a fé deles ali”.

Logo que saiu o enredo da Vila Maria gerou dúvidas sobre do que se tratava, e Roberto resumiu: “É um enredo de fé, se eu for resumir em uma palavra, de tudo que a gente falou, o que que é o enredo? É sobre a fé, é sobre a fé em algum São Jorge, nessa energia que ele traz né, então acho que é a forma mais simplista e mais objetiva de dizer o que que se trata esse enredo né, não é o enredo sobre Ogum, não sei onde, não, é sobre a fé, de como a fé, de como isso toca na vida das pessoas, representam isso né?”

Trunfo do desfile

O enredista Roberto falou sobre o trunfo que a Vila Maria tem: “Para mim, o trunfo é quando a comunidade vê as alegorias. Isso, sim. Isso vai ser o grande trunfo. Para mim vai ser a grande mola propulsora do desfile. Quando eles chegarem ali na concentração e verem os carros da Vila Maria, aquilo vai deixar eles doidos”.

Complementando o enredista, Fábio Ricardo ressaltou o que espera da escola em uma batalha com ela mesmo no canto: “A escola toda. Não só os carros. Quando eles se derem conta que vão… Porque é uma coisa que eu aprendi. Antes de você riscar um figurino… Você faz assim já vê a escola toda montada na avenida pronta. Isso eu aprendi com o Joãosinho Trinta. Antes de você riscar. Quando você sai o enredo, você já vê. Tem que ver ela pronta. Isso é muito importante. Você sabe o que ele vai fazer. E aí isso vai ser pra Vila Maria. Quando todo mundo estiver lá com o carro. E um olhar pro outro e falar assim. Agora vamos  pra batalha. Mas sabe por quê? Não é porque é melhor nem pior do que eles já tiveram, não. Não é nada disso. É porque eu acho que é uma energia diferente. É no momento que ela precisa. Entendeu? Eles vão estar ali, chegando num desfile de acesso. Vai ser antepenúltimo escola. Já vai ter passado grandes escolas na avenida como Nenê. Escolas enormes, maravilhosas. E a Vila Maria vai estar ali, no meio do Fogo Cruzado. Vai ter duas escolas enormes depois para vir. Então eles vão vir ali. Quando olhar a escola montada, eles chegaram e vão”…

Setor a setor 

O enredista Roberto Vilaronga contou sobre os setores da agremiação com ajuda do carnavalesco Fábio Ricardo, foram dando uma pincelada no que vão apresentar no Anhembi:

Setor 1: “O primeiro setor é a ancestralidade, é a força ancestral, é de como o orixá, como o Fábio comentou, como a força animal sempre falou a língua dos homens, a terra vai conversar com isso e onde surge o orixá Ogum. Neste primeiro setor citamos a ancestralidade e o que que o Ogum trouxe para a humanidade, o que, que é? É o ferro, a forja do irin, e isso vai fazer com que o irin a gente use até hoje para tudo, o Ogum é o orixá do ferro e da tecnologia, que é algo que vai levar para as próximas gerações, até quando a gente não estiver mais aqui. Então esse primeiro setor ele é muito isso, então a gente tem ali no primeiro setor a comissão de frente, que a gente não fala ainda sobre. Temos as alas das forças ancestrais dos animais, então tem a girafa, né, tem vários…

O carnavalesco Fábio Ricardo complementou: “Porque os animais, porque até hoje eles fazem os cultos a essa ancestralidade, se você pegar qualquer National Geographic ou Netflix, você vai ver máscaras de animais, aqueles cultos que eles fazem dançando que o pessoal fica assim, aquilo dali é um culto ancestral pra ele, e você vê que a cabeça de boi, entendeu? Vou dar um exemplo, aqui rápido, as pessoas assim, lá é a cultura deles, daqui a gente não fala que tem, os nossos indígenas não têm os animais que conversavam com ele há milhares de anos atrás que eles falam… Que tem um cobra grande, uma que virou lua, virou estrela, exatamente isso era a África, então assim, e foi na Grécia que teve o Minotauro, isso são coisas vividas que estamos trazendo e poucas pessoas têm essa informação. Fui a fundo realmente, nada disso eu tô inventando, estamos criando, dando referências de uma África que poucas pessoas conhecem”

Setor 2: Voltando para o enredista Roberto, contou sobre o segundo setor “Fechando esse primeiro setor, a gente parte para o segundo setor, de como essa energia de ogum, ela chega no Brasil e ela é vestida pelos brasileiros. Como os trabalhadores eles se vestem disso, como eles saem a rua, então temos uma ala ali falando dos trabalhadores”.

O carnavalesco Fábio Ricardo prosseguiu: “Ela passa pela melhor essa energia, ela passa como se fosse uma força e uma potência muito grande que ela vai levando, que vai ser mostrada visualmente em movimentos. Assim, para as pessoas verem o que o ogum, quando tirou o Irim da terra para levar… ‘Ah, o ogum é de terra não, não é só de terra’, o ogum, de um dos itãs, ele viu que o homem, aí entra o homem, nasce o homem na terra, que é o primeiro povo, o povo de elifer, que nasce, os orixás viviam junto, eram deuses que viviam, orixás que viviam junto com o homem, e aí o homem não tinha ainda a sapiência de entender como ele vai tratar da terra, ele só tirava, até que um dia o povo passou fome. O Ogum pegou sua inteligência, um orixá muito inteligência, de pensar muito, com o próprio Irim ele fez, além de ter dado a arma para ele se defenderem, a espada para se defender, ele criou as ferramentas para o homem arar a terra e cuidar da terra e começar a plantar por seu próprio sustento, então, Ogum também matou a fome do povo. Fez o homem trabalhar, o celular que você está segurando, ele tem detalhes em terra, que é tirado dessa grande sensibilidade que nós vivemos hoje”.

Roberto: “No segundo setor, então, a gente fala de como isso se chega no Brasil, e de como isso é tratado no candomblé, então, não vamos falar do candomblé pelo candomblé, falaremos das referências, nas alas você pode perceber que tem das guias, os patuás, tem o Ilê Axé e o Mariô, que a gente fala bastante, como o Fabinho explicou, o que é o Mariô, o Mariô é a planta ali que utiliza o vestimenta”… e o carnavalesco Fábio Ricardo disse: “A folha do dendezeiro, ela trabalhada, não vou dar o oro da folha, é a folha do dendezeiro, que é onde o dendê é um dos alimentos de Ogum também, e essa folha do dendezeiro tem os Itãs, que Ogum um dia se vestiu também de Mariô, um dos Itãs dele”, e Roberto completou explicando outro caso: “Itãs são as lendas que permeiam o Ogum, e tem Itãs de todos os orixás”.

E o Fábio Ricardo complementou “Até porque não existiu um Ogum só, não existiu uma Iemanjá só, não existiu um Odé, existiu várias Oguns, por isso que existe dentro do Candomblé, várias qualidades de Ogum, porque existiam vários Oguns. Então cada Ogum trazia sua energia diferente, o primeiro Ogum se chama Ogum-Ajô, que é o que traz a chave, que abre o caminho, e isso vai estar presente, que é na alegoria, é o que tem o cão, que é um dos elementos que é na natureza dele, isso é muito importante. Pontuei certinho e seguindo também muitas coisas da minha intuição, exatamente desses pontos para ficar de uma leitura fácil, e as pessoas vão olhar, quem tem que entender, se lembrou que tem aquilo, que poucas pessoas não têm informação hoje”, e o Roberto fechou: “E aí a gente fecha o segundo setor com o segundo carro, que é o Shire, o próprio Samba fala, tem festa no Shire, então essa festa no Shire é o Shire que a gente vai fechar no segundo carro”.

Setor 3: “Entramos em um terceiro setor, onde a gente passa como manifestado, cultuado, Ogum na Umbanda, então falamos das sete linhas da Umbanda, dos Caboclos, dos generais de Umbanda, para fazer a referência de fato de que Ogum não é só na Umbanda, no Candomblé, ele também está na Umbanda. E entramos em um setor onde a gente vai festejar, vai falar de como é a relação no catolicismo, de como é que é essa relação, então mais uma vez, como é que é na religião, não é a religião, como é tratado. Falamos das festas, como os passistas, por exemplo, são os festejos para São Jorge, então é como o São Jorge é da Capadócia, mas ele também é daqui, o São Jorge é da Capadócia, mas ele é daqui também, e usamos isso na sinopse”, e o Fábio completa: “São diferentes que são da onde que ele nasceu. O festejo brasileiro”, e Roberto prosseguiu: “Tem a ala da fé, de como pedimos as coisas, como agradecemos, como fazemos promessa. Tem a ala das promessas, a ala da vela, que é uma referência maior, de que eu vou acender vela para São Jorge, vou acender a vela para o Santo, e a gente fecha com um visual, vou tentar falar o menos possível, um visual muito voltado para o que o Fabinho faz, que é o detalhe. Então tem um visual voltado a São Jorge, a gente não tem como deixar de tê-lo, mas vamos criar um visual que ainda não foi usado pela Vila Maria, algo diferente, e de outra escola também, porque já passou muito São Jorge, mas não tem um ego assim, era uma coisa que eu sempre quis fazer, e para apresentar ele, um grande estilo, e da onde que… nós sabemos da onde que ele vem”.

Ficha técnica:
3 alegorias
16 alas
1800 componentes

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