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‘Razão do meu cantar feliz’: quarta alegoria da Beija-Flor levou a essência nilopolitana para a avenida

O carro alegórico trouxe membros da velha guarda, além de grandes nomes da história da agremiação

A quarta alegoria da Beija-Flor de Nilópolis foi batizada de “A razão do meu cantar feliz”, uma representação do povo nilopolitano com seus delirantes enredos rumo à Maceió, para coroar o Rás Alagoano. Repleto de beija-flores e adereços que faziam referência à história da escola, o carro alegórico trouxe membros da velha guarda, além de grandes nomes da história da agremiação, como Sônia Capeta, primeira rainha de bateria nilopolitana, e Cássio Dias. A baluarte Pinah – a destaque que sambou com o então príncipe Charles – foi representada por Renata Pérola, cria da escola.

Um dos maiores passistas do carnaval carioca, Cássio Dias representou o principal símbolo da Azul e Branco: o beija-flor. Há 35 anos na escola ele afirmou ser uma enorme felicidade ser um dos destaques do carro que representou a história da agremiação.

“É a maior felicidade que eu poderia ter. Neste ano, completo 35 anos de Beija-Flor, e desfilar no carro que representa a soberania nilopolitana é um grande presente. Sou muito grato à minha comunidade e à presidência. A alegoria representa muito bem a história da escola. A minha fantasia representa o próprio beija-flor – o maior símbolo da escola. Foi um presente que o ‘seu’ Anísio mandou me entregar. Nunca perco aquele frio na barriga (risos). Agradeço a Deus e aos orixás por estar em mais um carnaval”, contou Cássio.

A velha guarda também foi reverenciada na alegoria. Grandes personalidades do mundo do samba e fundamentais para a concretização do que o espetáculo do carnaval se tornou, os baluartes ficaram emocionados com a alegoria. É o caso de Sueli Martins, aposentada de 68 anos, que desfila na agremiação há 47 anos.

“Este carro não representa só a história da escola, ele me representa. Eu chorei muito quando peguei essa fantasia, porque ela está linda. A alegoria também está maravilhosa e mostra a história e a essência da nossa escola. A Beija-Flor representa tudo na minha vida: saúde, prazer e alegria. Não vivo sem ela e, se um dia eu parar, acho que morro”, disse Sueli, componente da velha guarda.

Pinah, a baluarte nilopolitana que em 1978 encantou o então príncipe Charles, da Inglaterra, também foi homenageada pela alegoria. Ela foi representada por Renata Pérola, 35 anos, cria da Azul e Branca. Na época com dez anos de idade, viu na Cinderela Negra uma inspiração.

“Eu tinha apenas dez anos quando me encantei com essa mulher maravilhosa, que é a Pinah. A partir daí, eu sonhava em me tornar uma mulher igual a ela. Ela é esplêndida e tem muita representatividade na vida da nossa comunidade. A Beija-Flor me deu a oportunidade de ser uma Pinah em um desfile. O carnaval é a realização de sonhos. A Beija-Flor representa isso e é 80% da minha vida. Ela nos trás a representação da nossa raça e luta pela nossa igualdade”, contou Renata.

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