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‘Quando a sanfona chora, mandacaru aflora!’ Saiba como foi a gravação do samba-enredo da Imperatriz para o Carnaval 2023

A Imperatriz Leopoldinense promete relembrar os tempos áureos de sua grandiosa história no próximo carnaval. Focada em fazer esse resgate, a escola de Ramos apostou em grandes contratações e reforçou seu time em diversas áreas, até mesmo seu barracão foi substituído por outro que oferece melhores condições de logística para o desenvolvimento do carnaval. O enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida” está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira que está de volta a Ramos depois do campeonato conquistado na Série Ouro, em 2020.

A ideia é passear por diversas facetas do personagem Lampião através da literatura de cordel. O samba-enredo escolhido foi composto por Me Leva, Gabriel Coelho, Miguel da Imperatriz, Luiz Brinquinho, Antonio Crescente e Renne Barbosa. O site CARNAVALESCO esteve presente na gravação da faixa e conta um pouco sobre o que o torcedor apaixonado pela escola pode esperar.

O intérprete Pitty de Menezes, fará sua estreia no Grupo Especial em 2023, ele disse estar muito feliz por fazer essa estreia. Ele disse estar ansioso, mas que a Imperatriz oferece todo o preparo e que tem certeza de que será uma gravação linda. “A gente tem a doutora Isabel que nos ajuda, nos auxilia nessa preparação vocal, nos ajuda com a saúde da nossa voz, a preparação tá a todo vapor, dormi pouco porque estou um pouco ansioso. Meu primeiro ano no Grupo Especial. Estou muito feliz. Está saindo tudo certo, está dando tudo certo. A gravação vai ficar linda. E vai ser bem especial mesmo. Vai ser o grito literalmente do sonho virou realidade”, disse Pitty.

Perguntado sobre qual é o modelo ideal de gravação, Pitty disse que é importante manter a técnica, mas que é difícil segurar a emoção numa escola como a Imperatriz e com um samba tão forte e bonito como esse, Pitty conta que nesse momento é colocar o que tem de melhor dentro do estúdio.

“Hoje é mais técnica, mas não tem jeito, é um samba maravilhoso, é um samba muito bonito e não tem jeito, a emoção vem, a gente acaba cantando com emoção então junta um pouco da técnica com emoção, mas é ter atenção, é aquela afirmação de que olha, cheguei, tô aqui no Grupo Especial. Colocar tudo pra fora, tudo que tá dentro de mim. A musicalidade, a emoção, a técnica, é o momento de largar tudo ali dentro daquele estúdio”, conta Pitty.

Assim como algumas outras agremiações, a Imperatriz também realizou mudanças pontuais em seu samba, segundo o intérprete, as alterações foram feitas para somar ao samba, não interferiram na melodia, nem no andamento do samba.

“Não são mudanças tão precisas, são mudanças que realmente precisavam ser mudadas e é só pra colocar o sabor, o tempero que faltava no samba. A gente pega o samba dos compositores e a escola Imperatriz tem todo um trabalho, professores de português que corrigem, então acho assim muito interessante foram pontos certeiros que tiveram que que realmente corrigir e foi só sucesso não atrapalhou na melodia, não atrapalho no andamento do samba, não atrapalhou em nada. Só veio pra somar no que já é bom”, finalizou o cantor.

O diretor de carnaval da verde e branca de Ramos, Mauro Diniz, contou ao CARNAVALESCO o que esperava da gravação, para ele, o essencial é que a faixa seja uma referência para o componente da escola, ele acredita que uma boa gravação possibilita um bom entendimento, um bom canto e consequentemente uma boa harmonia no dia do desfile.

“A ideia da gravação é fazer aqui mais próximo daquilo que a gente vai fazer com o componente da quadra, a gente quer que o disco seja uma referência para o componente, que ele possa ouvir o disco, entender e a partir daí isso vai nos ajudar nos ensaios. Então acho que o reflexo é esse, fazer o mais próximo daquilo que a gente vai fazer na quadra e consequentemente na avenida”, disse Mauro.

André Bonatte, recém integrado a equipe de direção de carnaval, contou que as mudanças ocorridas no samba partiram após análises com vários segmentos da escola, e que a palavra final foi da presidente Cátia Drumond, ele disse também que essas mudanças foram verificadas antes mesmo do samba ser escolhido, o que facilitou bastante durante o processo de alteração.

“Partiram da direção de carnaval, eu com o Mauro, com da direção musical da escola, o carnavalesco, a direção executiva e a palavra final que é da presidente, claro. Então, a gente foi pontuando já durante a disputa os sambas que tinham a possibilidade de ir pra avenida e aí a gente já foi identificando nos possíveis algumas alterações que seriam pertinentes e aí quando o samba foi escolhido a coisa já estava 80% encaminhada”, destaca Bonatte.

O instrumentista Alceu Maia, produtor do álbum, falou sobre o que podemos esperar da faixa da Imperatriz, segundo ele, a presença do acordeom será marcante, ele elogiou bastante a obra da escola, destacando o fato de ter uma melodia marcante e de fácil entendimento.

“Tem umas coisas que não são nem novidades, mas é presença do acordeom tem a ver com o enredo. Mestre Lolo fez um negócio muito bacana aí, tão legais pro disco quanto pra a avenida e a gente vai ter essa participação especial, o samba é um samba diferente, ele tem uma melodia que a galera pega muito rápido, não é bem novidade, mas tem essa coisa, vai ter uma jogada da sanfona com sete cordas bem marcantes também e é isso aí, vamos embora Imperatriz”, disse Alceu.

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