A Unidos do Viradouro fez na noite do último sábado, em sua quadra, mais uma etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2024. O site CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você pode conferir a análise de cada apresentação. Ao todo, seis parcerias se apresentaram e cinco estão na semifinal. A semifinal do concurso ocorrerá no sábado que vem, dia 23 de setembro.

disputa niteroi1609
Foto: Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

No ano que vem, a Viradouro será a sexta e última escola a passar pelo Sambódromo da Marquês de Sapucaí na segunda-feira de Carnaval, dia 12 de fevereiro, encerrando os desfiles do Grupo Especial. A agremiação irá em busca do terceiro título de campeã da folia carioca com o enredo “Arroboboi, Dangbé”, sobre a energia do culto ao vodum serpente, que será desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon.

Parceria de Mocotó: A obra é assinada pelos compositores Mocotó, Peralta, Alexandre Fernandes, André Quintanilha, Bira do Canto, Rodrigo Deja, Reinaldo Guimarães, Ronilson, Henrique Vianna, Luiz Mata e com a participação especial de André Diniz. A torcida marcou presença em grande número trazendo luzes florescentes e chuva de papel picado. Emerson Dias e Bruno Ribas, responsáveis pela condução do samba, foram bem demais. A primeira parceria fez uma apresentação muito boa, mostrando que está crescendo na disputa. Um dos pontos que chamaram mais atenção foi a chamada para o refrão de cabeça que é um refrão potente “Arroboboi, à natureza Arroboboi.. O arco íris é dangbé… encanta o amanhecer” essa chamada era berrada pela torcida, além da melodia ser de um extremo bom gosto. Outra parte de grande destaque foi o segundo refrão que era muito cantado pela torcida. O refrão de cabeça também teve um canto contínuo e de bom rendimento. Alguns ritmistas da bateria e da harmonia cantaram o samba.

Parceria de Lucas Macedo: A obra é assinada pelos compositores Lucas Macedo, Diego Nicolau, Richard Valença, João Perigo, Cadu Cardoso, Marquinhos Paloma, Orlando Ambrósio, Lico Monteiro e Silas Augusto. A torcida fez uma festa com inúmeras bandeiras e cantando o tempo todo. Zé Paulo com todo o seu carisma, arrebentou na condução do samba. A apresentação foi um sacode, levantando o camarote que estavam os segmentos da escola. O refrão de cabeça levantou a quadra toda e ninguém ficou parado nas seis passadas da obra. O segundo refrão foi forte durante toda a apresentação também. Outro grande destaque é na virada melódica “Que acolhe a entidade, no clamor do adarrum”. Por falar em melodia, o samba possui algumas variações interessantes tanto na primeira parte quando na segunda parte. Exemplo: “À noite ou no clarão do dia, é ela quem faz o mundo girar”. Outra parte de grande destaque da apresentação é na chamada para o segundo refrão “Alafiou, alafiou, alafiou” a torcida berrava muito essa parte também. Alguns componentes da harmonia, diretoria e bateria cantaram muito o samba.

Parceria de Dudu Nobre: A obra é assinada pelos compositores Dudu Nobre, Deco, Samir Trindade, Victor Rangel, Deiny Leite, Valtinho Botafogo, Fabrício Sena, Felipe Sena e Jefferson Oliveira. A parceria contou com uma torcida apaixonada, que fez bonito na quadra com chuva de papel picado, bandeiras, presença do timbau e teve até serpente gigante no meio da torcida. Guto foi muito seguro na condução. Esse samba mostrou muita força com uma boa sintonia entre palco e torcida. A apresentação foi ótima e o ponto de maior destaque foi o refrão principal que tem sido uma explosão na quadra. O verso “Se me desafinar é guerra” é potente e fácil de grudar. A cabeça do samba também passa força com “Alafiou… lutar ou morrer Viradouro”. O segundo refrão também passou bem na quadra. Outro destaque foi na virada melódica “Jeje matriz do candomblé… Bahia ilê de ifé….toca o adarrum ÔÔÔÔ”. A chamada para o refrão de cabeça também passou com destaque “Quem jamais se rendeu… não vai desistir”. Foi possível notar alguns do segmento de harmonia cantando bastante o samba.

Parceria de Cláudio Mattos: A obra é assinada pelos compositores Cláudio Mattos, Cláudio Russo, Júlio Alves, Thiago Meiners, Manolo, Anderson Lemos, Vinicius Xavier, Celino Dias, Bartolo e Marco Moreno. A torcida também fez a sua festa e não parou de cantar um segundo sequer. Não teve coreografia apenas torcida, pois o camarote também participava toda vez que chegava na parte “Ê alafiou, ê alafiá… é o ninho da serpente jamais tente afrontar”. Pitty de Menezes foi excelente na condução do samba, que também contou com Rafael Tinguinha muito bem. Encerramento com chave de ouro. Um sacode! Assim como na parceria do Lucas Macedo levantou a galera do camarote. O refrão de cabeça passou forte demais e foi sem dúvida um dos destaques. A chamada para o refrão de cabeça foi outro ponto de desequilíbrio da parceria. O segundo refrão também foi muito cantado pela torcida. O verso “Vive em mim” logo na saída do refrão do meio foi berrado, assim como o verso “Ayi! Que seu veneno seja meu poder”. A primeira parte também foi bem executada, mostrando a força logo na cabeça do samba. Alguns componentes da bateria, diretoria e harmonia cantaram.

Parceria de Igor Leal: A obra é assinada pelos compositores Igor Leal, Gustavo Clarão, Inácio Rios, Márcio André, Arlindinho Cruz, Diogo Nogueira, Igor Federal, Rubinho, Vaguinho, Vitor Lajas e Igor Leal. Penúltimo samba da noite fez uma apresentação correta e contou com uma torcida que marcou presença fazendo uma linda coreografia. Freddy Vianna, intérprete da Mancha Verde, foi bem na condução do samba, junto com o time de apoio. O segundo refrão foi um dos grandes destaques da apresentação, sendo bem cantado pela torcida. Outro ponto de destaque vai na variação melódica “Eu vejo um Rio correndo pro mar”. Por falar na melodia, a parceria tem uma melodia que foge do habitual. Foi possível notar alguns ritmistas animados com a passagem da obra. Alguns componentes da harmonia também cantaram o samba.