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‘Não esperava desfilar de manhã, mas a galera se divertiu’, declara carnavalesco do Acadêmicos do Sossego

O Acadêmicos do Sossego encerrou a primeira noite de desfiles da Série Ouro com uma ótima apresentação com o enredo “Visões xamânicas”. A Escola teve uma boa evolução, as fantasias e alegorias bem bonitas. Por conta dos diversos problemas que aconteceram ao longo da noite, quando a Escola pisou na avenida o céu já estava claro. Em entrevista para o site CARNAVALESCO, o carnavalesco declarou que não imaginava desfilar com o dia clareando, mas que o importante foi que a comunidade curtiu.

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Foto: Site CARNAVALESCO

“Não esperava desfilar de manhã, mas se a galera se divertiu, curtiu, é isso que importa. Sou muito estratégico para algumas coisa e fique bem bolado de desfilar de manhã, mas vamos ver o que vai acontecer. Estou feliz com o resultado do trabalho”.

A bateria também fez uma belíssima apresentação sob o comando do Mestre Laion. Era possível ouvir a batida chapada e limpa dos tamborins com nitidez. Foi um conjunto muito bem treinador e deu conta do recado na Sapucaí.

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Foto: Site CARNAVALESCO

“Foram dois anos sem ter aquilo que a gente mais ama na vida, o que eu mais me dedico, mas saio realizado. A minha proposta foi buscar o meu melhor porque me cobro muito. Tenho certeza que Deus me abençoou. Meu aniversário é sábado e seria um presente conquistar os 40 pontos”.

O Acadêmicos do Sossego terminou a apresentação com tranquilidade e alegria. Era possível ver no rostos dos componentes a felicidade e satisfação. Um dos compositores, Marcelo Adnet, estava em êxtase no final do desfile cantando o samba e pulando junto com o presidente Hugo Júnior.

Oito escolas na briga por duas vagas no Especial, Grupo de Acesso de São Paulo acontece nesta quinta

Depois dos desfiles no Grupo de Acesso II, vulgo terceira divisão, chegou a hora de oito escolas entrarem no Sambódromo do Anhembi para os desfiles do Grupo de Acesso I, valendo duas vagas no Grupo Especial de São Paulo em 2023 e uma escola será rebaixada.

As escolas que disputarão o Grupo de Acesso em 2022: Morro de Casa Verde, Camisa Verde e Branco, Mocidade Unida da Mooca, Independente Tricolor, Estrela do Terceiro Milênio, X-9 Paulistana, Leandro de Itaquera e Pérola Negra.

Os desfiles iniciam às 20 horas com a recém-promovida Morro de Casa Verde e a última escola, Pérola Negra entra na pista 3h, segue o giro pelas escolas:

Morro de Casa Verde – 20h

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Voltando ao Grupo de Acesso, a escola vem de anos positivos no Acesso II, chegou ao terceiro lugar em 2018 e vice-campeão em 2019, pois não subiu. Mas em 2020 não deixou escapar, foi campeão e retornou à segunda divisão que esteve entre 2009 até cair em 2016.

É uma escola tradicional da zona norte, e que já disputou o principal grupo paulistano em algumas oportunidades, a última há exatos vinte anos.

Com o carnavalesco Babu Energia pelo terceiro ano consecutivo com bons resultados pela escola, cantará: “Sob a proteção de Oxalá, festa no terreiro de bambas para caçador, curandeiro e padroeiro”. A proposta é trazer os orixás Oxóssi, Obaluaê e São Jorge com proteção de Oxalá em uma grande festa no Anhembi.

Fundação: 1962
Escola Madrinha: Estação Primeira de Mangueira
Participações no Grupo Especial: 9 vezes (última em 2002)
Melhor resultado: 6º lugar no Grupo Especial em 1970
Títulos: Segunda divisão (1971) e Terceira Divisão (1993, 1995, 2005 e 2020)

Camisa Verde e Branco – 21h

Camisa Medio

Uma das escolas mais tradicionais do samba paulistano, nascida na Barra Funda, amarga o oitavo ano consecutivo no Grupo de Acesso. Escola nove vezes campeã do Grupo Especial e uma no Grupo de Acesso, sem contar o tetra nos tempos de Cordões.

Até 1996 era uma escola que vivia somente no Grupo Especial. Tempos mudaram, caiu pela primeira vez, reergueu, chegou a ser vice em 2002. Mas voltou a cair em 2007 e de lá para cá viveu mais no Grupo de Acesso que na elite do carnaval. Em 2020 foi 5ª lugar, correu risco de queda.

Com Leno Vidal e Renan Ribeiro conduzindo o carnaval da escola, irão cantar: “Rezadeiras. Na fé do Trevo te benzo! Na fé do Trevo de curo!”. Em um tema espiritualizado, a agremiação homenageará sua madrinha Mangueira, e suas afilhadas, mas a ideia central é trazer a sabedoria das rezadeiras em sua ancestralidade.

Fundação: 1953
Escola Madrinha: Estação Primeira de Mangueira
Participações no Grupo Especial: 36 vezes (última em 2012)
Melhor resultado: 9 vezes campeã do Grupo Especial (1974, 1975, 1976, 1977, 1979, 1989, 1990, 1991 e 1993)
Títulos: 9 vezes na Primeira Divisão, Segunda Divisão (1997) e Cordões (1954, 1968, 1969, 1971)

Mocidade Unida da Mooca – 22h

Mooca Medio

A famosa MUM é uma escola jovem perante as demais, e chegou no seu auge que é o Grupo de Acesso em 2019 após vencer o Grupo de Acesso II em 2018. Foram apenas dois anos na segunda divisão e dois resultados positivos: 4ª e 5ª lugar. O sonho é chegar na elite pela primeira vez.

Começou a disputar em 1988 e passou pelos grupos da UESP que não são poucos, portanto um caminho árduo até chegar perto do sonho de ser elite do carnaval.

Com André Rodrigues, carnavalesco da escola que ficou na 4ª posição em 2020, trará o enredo: “Aruanda – O Eterno Retorno”. A escola contará sobre o termo que é utilizado em religiões na África, é um local descrito como ‘mundo espiritual’, a escola trará desde a Ilha de Luanda, infantarias espirituais e a relação afro-brasileira com o kardecismo.

Fundação: 1987
Escola Madrinha: Mocidade Alegre
Participações no Grupo Especial: Nenhuma, e no acesso duas: 2019 e 2020
Melhor resultado: 4ª lugar no Grupo de Acesso em 2020
Títulos: Terceira divisão (2018), Quarta divisão (2014 e 2016), Quinta divisão (1999) e Sexta divisão (1991)

Independente Tricolor – 23h

Inde Medio

Oriunda da Torcida Tricolor Independente, do São Paulo Futebol Clube, a escola de samba começou como bloco nos anos 90, mas em 2003 foi desclassificada por uma confusão com membros da Pavilhão 9. Só retornou em 2009 como Malungos Independente.

Desde então foi conquistando seu espaço, títulos atrás de títulos nas divisões da UESP. Foi vice-campeão do Grupo de Acesso em 2017 e disputou o Grupo Especial no ano seguinte. Mas em 2020 não foi julgada devido a incêndio pouco antes do carnaval.

Para 2022, a proposta é cantar “Brava gente é hora de acordar”. A escola vermelha, branca e preta terá o carnavalesco Fabio Gouveia a frente, e a ideia é ‘elucidar os assuntos sociais e culturais de nosso país’. Mas a ideia não é ser político ou criticar, mas mostrar o povo como maior culpado e ao mesmo tempo maior prejudicado pela situação do país.

Fundação: 1987 (refundada 2009)
Escola Madrinha: Império de Casa Verde
Participações no Grupo Especial: Uma em 2017 e cinco vezes no Acesso
Melhor resultado: 13ª lugar no Grupo Especial (2017)
Títulos: Terceira divisão (2014), Quarta divisão (2013) e Sexta divisão (2010)

Estrela do Terceiro Milênio – 0h

Estrela Medio

A mais jovem do Grupo de Acesso, a escola do Grajaú, zona sul, vem crescendo ao longo do tempo e bateu na trave do Grupo Especial algumas vezes, a última em 2020 com o terceiro lugar por 0,3 pontos da Tucuruvi.

A escola começou trabalhos em 2002 teve uma rápida ascensão, chegou ao Grupo de Acesso em 2012 pela primeira vez, teve quedas, mas ressurgiu.

Pelo quarto ano, Murilo Lobo assina o enredo da escola que será: “Ô abre alas que elas vão passar”. A ideia é homenagear várias mulheres diversas do carnaval, de todas as áreas, desde presidente, diretoras de alas, compositoras, intérpretes, costureiras, baianas, enfim, uma gama ampla, inclusive a intérprete Grazzi Brasil.

Fundação: 1998
Escola Madrinha: Rosas de Ouro
Participações no Grupo Especial: Nenhuma, no Acesso foram 5 vezes
Melhor resultado: 13ª lugar no Grupo Especial em 2017
Títulos: Terceira divisão (2014), Quarta divisão (2013) e Sexta divisão (2010)

X-9 Paulistana – 1h

De volta ao Grupo de Acesso após rebaixamento em 2020 por perder 0,5 devido ao carro que quebrou na avenida. A agremiação da zona norte de São Paulo que vinha de três anos consecutivos na elite, busca a retomada. Inclusive 2016 tinha sido a única queda da escola desde 1995 quando retornou ao Grupo Especial.

Bicampeã do carnaval, venceu em 1997 e 2000, buscando reconquistar seu espaço entre jovens sensações e tradicionais que buscam o retorno ao patamar que todas querem estar.

Visando isso, a X-9 Paulistana buscou o carnavalesco Eduardo Felix e o enredo será: “Arapuca Tupi – A Reconquista de uma Terra sem Dono”. Entretanto, a ideia é acertar uma flecha no problema nacional com a devastação do meio ambiente e desmoralização das lutas indígenas, buscando uma reflexão profunda.

Fundação: 1998
Escola Madrinha: Rosas de Ouro
Participações no Grupo Especial: 25 vezes (última 2020) e no Acesso: 12
Melhor resultado: Dois títulos no Grupo Especial em 1997 e 2000
Títulos: Primeira Divisão (1997 e 2000), Segunda Divisão (1994 e 2017), Terceira divisão (1981 e 1987), Quarta divisão (1986)

Leandro de Itaquera – 2h

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No sétimo ano consecutivo no Acesso, a Leandro de Itaquera tem tido resultado apenas para se manter na divisão. A agremiação da zona leste, ficou no 6º lugar em 2020, perto da queda. Afinal só sete escolas foram julgadas, e a Nenê caiu com 268,7, a Leandro ficou com 269,3, uma posição acima.

Nas outras vezes, a escola não obteve grandes resultados, o melhor foi o quarto lugar em 2015. Em 2019 também ficou perto da queda, no 7ª lugar desta vez por 0,2 a frente da Peruche.

Para mudar esse cenário, a escola do carnavalesco Amarildo de Mello terá o enredo: “No ecoar dos tambores e no feitiço da Leandro – De Daomé as terras da encantaria – O cortejo da rainha Jeje e os segredos de Xelegbtá”. Vão falar de arte, fé e cultura em um enredo místico

Fundação: 1982
Escola Madrinha: Nenê de Vila Matilde
Participações no Grupo Especial: 20 vezes (última 2014) e no Acesso: 15
Melhor resultado: 4ª lugar no Grupo Especial em 1991
Títulos: Segunda Divisão (1988 e 1996), Terceira divisão (1985), Quarta divisão (1984) e Quinta divisão (1983)

Pérola Negra – 3h

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Por fim, outra que acabou sofrendo com a queda em 2020 na lanterna, e tem vivido esses altos e baixos. A escola da Vila Madalena sobe e cai, desde 2012 vive esse momento.

Com esses altos e baixos, a escola venceu o Acesso duas vezes, em 2013 e 2019, de cinco títulos na divisão. Ainda teve um vice recente em 2015, outra vez promovida. A melhor época foi a sequência de 1976 até 1981, ou recente de 2007 até 2012 na elite.

Para seguir o momento positivo no Grupo de Acesso, a escola vai cantar “O mergulho nos rios sagrados em busca da cura, do corpo e da alma”. Pois a proposta desenvolvida por Anselmo Brito é uma imersão nas histórias dos rios e a relação espiritual do humano com a água doce.

Fundação: 1973
Escola Madrinha: Acadêmicos do Salgueiro
Participações no Grupo Especial: 19 vezes (última 2020) e no Acesso: 26
Melhor resultado: 5ª lugar no Grupo Especial em 1976
Títulos: Segunda Divisão (1975, 1989, 2000, 2013 e 2015), Terceira divisão (1974 e 1988)

‘Fizemos o que tinha que fazer’, diz presidente da Unidos de Bangu

A Unidos de Bangu sexta a entrar na Sapucaí e homenageou o contraventor Castor de Andrade no enredo “Deu Castor na cabeça”. A apresentação da Escola não saiu como o esperado e apresentou muitos problemas. Perto de estourar o tempo permitido, os componentes precisaram acelerar o passo e a bateria não entrou no recuo. Um buraco enorme se estendeu do setor oito até o 10, o último carro ficou e a escola seguiu rumo a Praça da Apoteose. Quando os portões se fecharam, a agremiação havia passado três minutos além do tempo permitido, sendo penalizada em três décimos.

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Foto: Site CARNAVALESCO

“A gente fez o que tinha que fazer, mas infelizmente tivemos um problema no último carro. Sabemos que perdemos três décimos, mas acreditamos nos nossos quesitos e vamos brigar”, declarou o presidente Leandro Augusto, para o site CARNAVALESCO.

“Foi um desfile emocionante. O regulamento precisa ser cumprido. Diminuiu tempo e vai ficar difícil para todas as escolas. Vamos ver o que vai dar”, disse Marcelo do Rap, diretor de carnaval, para o site CARNAVALESCO.

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Foto: site CARNAVALESCO

O carro de som foi o ponto alto do desfile. O intérprete Thiago Brito e as vozes de apoio demonstraram entrosamento e empolgação. O trecho “Vai dar Bangu na cabeça” foi muito cantado pelos componentes e por quem estava na arquibancada.

“Foi boa a harmonia no carro de som. A escola cantou, a galera respondeu. Acho que foi um desfile muito digno para a comunidade de Bangu”.

Fotos: alegorias do Império Serrano na área de concentração

Fotos: alegorias da Santa Cruz na área de concentração

‘Conseguimos emocionar a Sapucaí’, declara carnavalesco da União da Ilha do Governador

União da Ilha do Governador deu o nome da avenida e mostrou que é uma fortíssima candidata ao título, mas acabou pecando na evolução e teve que correr para fechar o desfile com 54 minutos. O carnavalesco Cahê Rodrigues declarou que um dos objetivos era emocionar a Sapucaí e a missão foi realizada com sucesso.

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Foto: Site CARNAVALESCO

“Acho que o mais importante a gente conseguiu que era emocionar o Sambódromo. Foi um desfile de fé, de amor e esperança depois de tanta dor e sofrimento. Resgatar, trazer de volta a alegria pro Sambódromo com uma mensagem como essa não tem preço”.

Com uma belíssima apresentação do enredo “O vendedor de orações”. A emocionante comissão de frente foi feita por Priscilla Mota e Rodrigo Neri, trazendo 15 componentes, sendo duas mulheres e 13 homens. A atriz Cacau Protásio representou Nossa Senhora.

“Foi fantástico, uma delícia. Estou muito feliz com o projeto e por ter tido coragem de assinar duas comissões de frente. Foi corrido, foi intenso, mas valeu a pena”, declarou a coreógrafa Priscilla Mota.

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Foto: Site CARNAVALESCO

A “Baterilha” dispensa comentários. Os ritmistas do mestre Keko levantaram as arquibancadas e serão importante nas notas para ajudarem a Escola a voltar para o Grupo Especial. Foi uma apresentação sem erros.

“A nossa Ilha tem muita devoção e resolvemos fazer essa junção para trazer mais sorte para nossa escola voltar para o lugar de onde não deveria ter saído. Tenho certeza que os resultados foram positivos e nossa bateria passou impecável”.

Fotos: alegorias da Inocentes na área de concentração

Fotos: alegorias da Lins na área de concentração

Fotos: alegorias da Estácio na área de concentração