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Império Serrano 2023: samba da parceria de Paulinho Valença

Compositores: Paulinho Valença, Zé Paulo da Viola, Nilson Rangel, Cunha Bueno, Fernandinho Silva, Jorge Callado e Paulo Barba

OGUM
ABRE OS CAMINHOS PRA SERRINHA PASSAR
COM A POESIA DO “BOM APRENDIZ”
FELIZ A CANTAR!
O GENIAL, SAMBISTA RAIZ
QUE CONQUISTOU O SEU LUGAR
SOB A LUZ DE CANDEIA
COMPONDO EMBAIXO DA TAMARINEIRA
PAIXÕES, AMOR E CARNAVAL
AO AMANHECER, A SAIDEIRA
NO PALCO DO FUNDO DE QUINTAL
DE BANJO, “EM CADA ESQUINA UM PAGODE NUM BAR”
“BURACO E SUECA PRO TEMPO PASSAR”
“E CERVEJA PRA COMEMORAR”

TÁ NO BATUQUE, O AXÉ DE XANGÔ
O CORPO FECHADO VENCEU
VERSOS AO SOM DO TAMBOR
QUE “VÓ MARIA” BENZEU

“SAMBISTA PERFEITO”, “BATUQUEIRO DO AMOR”
AMOR À BANDEIRA E À PORTA-BANDEIRA
“ADEUS TIMIDEZ”, “A FAMÍLIA AUMENTOU”
“ALTO LÁ”, FELICIDADE CHEGOU
VAI DAR A VOLTA POR CIMA
E VER O SEU POVO BRILHAR
“IMPERIANO DE FÉ NÃO CANSA” (JAMAIS”
“É DOCE DIZER”, NA LUZ DO LUAR
POETA, AQUI É SEU LUGAR”

ENTRE BECOS E VIELAS, NA FAVELA
“O SHOW TEM QUE CONTINUAR”
IMPÉRIO E ARLINDO, O AMOR PRA VIDA INTEIRA
É DE MADUREIRA!

Império Serrano 2023: samba da parceria de Victor Mendes

Compositores: Victor Mendes, Leandro Gaúcho, Andréia Araújo, Kauã Feiju Lima, Bruno Mazonni Barros e Lucas Vapor
Intérprete: Igor Vianna

UM CANTO NO TERREIRO ECOOU
TOQUE DE ALUJÁ NO COURO DO TAMBOR
NA SERRA A FALANGE REUNIDA
UMA CENA TÃO BONITA AO RECEBER O GRANDE OBÁ
OFERENDAS, ALFAZEMA, BENJOIM
UM CHEIRO DE ALECRIM E NA GAMELA UM AMALÁ

PRA EVOCAR O GUERREIRO DE OYÓ (2x)

OGUNHÊ! É SUA FORÇA PRA VENCER TANTOS DRAGÕES
EPARREY! O VENTO SOPRA E ACALANTA CORAÇÕES
A LUZ DE CANDEIA ILUMINA
O DOM DE CANTAR ENOBRECE
UM BANJO, UMA GUIA, UMA PRECE
“SAMBISTA PERFEITO” PRO MEU CARNAVAL
FLORESCE NO FUNDO DO NOSSO QUINTAL

UM “SAMBA DE AMOR” TÃO LINDO
“O BEM ILUMINA O SORRISO”
DA FILHA DE OXUMARÊ QUE SE APAIXONOU
POR UM FILHO DE XANGÔ

COMPOSITOR, MALANDRO, SUBURBANO
MENSAGEIRO DO SAGRADO E DO PROFANO
POR BECOS E VIELAS SEMEOU AS MELODIAS QUE AO MUNDO CATIVOU
FOI TÃO “DIVINO” VER A “FESTA NO ARRAIÁ”
“ANDO LOUCO DE SAUDADE” PRA TE ENCONTRAR
VERSANDO NO IMPÉRIO SERRANO À LUZ DO LUAR (LARAIÁ LAIÁLAIÁ)
“CANTANDO EM FORMA DE ORAÇÃO”
DE JORGE UM FIEL PEREGRINO
TODO CAMINHO ME LEVA AOS “LUGARES DE ARLINDO”

MADUREIRA
“UMA GINGA EM CADA ANDAR”
MADUREIRA, SERRINHA
NO TOQUE DO AGOGÔ MAREJA O MEU OLHAR
TE VENDO DESFILAR

Ouça o samba-enredo do Império Serrano para o Carnaval 2023

Compositores: Sombrinha, Aluísio Machado, Carlos Senna, Carlitos Beto Br, Rubens Gordinho e Ambrosio Aurélio
Intérpretes: Evandro Malandro, Tem Tem Jr, Pitty de Menezes

ACORDE PARTIDEIRO SEM IGUAL, NASCIA ENTÃO, UM SAMBA DO SEU JEITO
RELUZ FEITO CANDEIA, IMORTAL, O COMPOSITOR, SAMBISTA PERFEITO
LEVADA DE TANTAM, BANJO E REPIQUE, POESIA DE UM CACIQUE, MALANDRAGEM DEU LIÇÃO
INSPIRAÇÃO DE VENTRE ANCESTRAL, O DUETO, A PATENTE VEM DO FUNDO DO QUINTAL NA BOEMIA, NO SUBÚRBIO, NA VIELA, O SEU NOME É FAVELA… MADUREIRA

DAGÔ, DAGÔ SARAVÁ, OBA KAÔ
O BRADO QUE TRAZ JUSTIÇA FAZ A VIDA RECOMPOR

DEIXA, O FIM DA TRISTEZA AINDA HA DE CHEGAR
O SHOW DO ARTISTA VAI CONTINUAR MORANDO NOS SAMBAS QUE VOCÊ FEZ PRA MIM
IMPERIANO SIM!
NO VERSO QUE AFLORA
GIRAM OS SONHOS DA PORTA BANDEIRA
O AMOR DE ORFEU, MELODIA NAMORA
SERRINHA É TEU CANTO PRA VIDA INTEIRA

DAGÔ, DAGÔ É A LUA DE ARUANDA
A ESPADA É DE GUERRA E OGUM VENCE DEMANDA

CERCADO DE AXÉ, SEMEIA O BEM, O POVO A CANTAR
RECEBA A GRATIDÃO, REIZINHO DESSE CHÃO, AQUI É O TEU LUGAR
U MA PORÇÃO DE FÉ, O FILHO DO VERDE ESPERANÇA NOS CONDUZ
ZAMBI DA COROA IMPERIAL, ABIAXÉ, ARLINDO CRUZ

FIRMA NA PALMA DA MÃO, TEM ALUJA E AGOGÔ
IMPÉRIO SERRANO FALANGE DE JORGE NO OXÊ DE XANGÔ
LAROYÊ, EPA BABÁ
HÁ DE RONCAR MEU TAMBOR
O VERSO DE ARLINDO, POEMA INFINDO, MORADA DO AMOR

Império Serrano 2023: samba da parceria de Quinzinho

Compositores: Quinzinho, Chacal do Sax, Edirley Fernandes, Junior Bicalho, Fabrício Miranda e Jota erre Marcondes
Intérpretes: Quinzinho e Marquinhos Art Samba

Ogum abraça Xangô, Serrinha
O Agogô vai marcar o teu Alujá
Artista do povo, sambista perfeito
Teu canto é nobreza de Orixá
Levanta Candeia e te ilumina
Acordes encontram tua melodia
É partido alto, favela e asfalto
É banjo , é cacique, o mais popular
De todos poetas que brotam de lá
O fundo da alma o dom de tocar

Suburbano nato, malandro de fato
Orfeu conquistou a porta bandeira
Quem cantou o amor e a pureza da flor
Também encantou Madureira

Na passarela, no altar do carnaval
No desfile principal ,refletiu na sua tela
E dentre os filhos da coroa imperial
Seu talento genial completou nossa aquarela
Óh! mãe, negritude mãe
Te fez caminhar de cabeça erguida
Fazer da caneta a lança pra realizar
O sonho da vida
O verde na pele é nossa esperança
O branco é a força de pai oxalá
Reizinho é o seu lugar

Imperiano não perde a fé
De novamente ver brilhar a sua luz
O nosso Império é inspiração e axé
Da poesia de Arlindo Cruz

Imperatriz Leopoldinense realiza audição para ala de passistas nesta sexta-feira

A direção da ala de passistas da Imperatriz Leopoldinense promove, nesta sexta-feira, uma audição para novos componentes. A seletiva será realizada na quadra da escola, que fica na Rua Professor Lacê, 235, em Ramos, Zona Norte do Rio, a partir das 19h. O processo é gratuito e será conduzido pelos diretores da ala, Wesley Rabisca e Tati Rosa. O concurso é aberto para homens e mulheres a partir de 18 anos.

passistas imperatriz
Foto: Nelson Malfacini/Divulgação

Além dos responsáveis pela condução da “Riscado da Leopoldina”, os candidatos também serão avaliados pelos coreógrafos da Imperatriz, Márcio Dellawegah e Sabrina Sant’anna, e dois convidados especiais: Thai Rodrigues, Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro 2022, e João Paulo, presidente do prêmio “Passista Samba no Pé”.

As inscrições devem ser feitas até a data da audição através do link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdVzkEbSl0DzWeqzcIXF_NyEBr7qJdm6oTw8Y5HtxEXcwXy0w/viewform

Unidos de Padre Miguel divulga sinopse do enredo ‘Baião de Mouros’ para 2023

“Eu era feliz vestindo os couros de cabra que outrora usava. Mais do que o sou agoraem suntuosas roupas. Se eu pudesse viveria, não neste alcáçar, mas na tenda do deserto onde muge o vento. O camelo impetuoso de passo agitado eu amo mais que a mula de pacífico passo” (Califa Moawi)

“A Música árabe veio roçar com sua asa de fogo os cantares do nosso Romanceiro, assim como os toques das nossas violas e rabecas, (…) trazendo nas cordas de seus instrumentos e nas de suas gargantas as coplas, xácaras e romances cantados em ladino.” (Ariano Suassuna)

upm enredo2023

Tudo é sertão para quem é do Nordeste. Tudo é terra para quem não a tem. Forasteiros pisaram na terra nordestina. Ao cantarem, suas músicas tinham como plateia os ouvidos mais absolutos: os meninos descalços que corriam pela terra dura da lida. Reza a lenda sertaneja que “Criança, diante de sua sabedoria, faz bem três coisas: Brincar, chorar e imitar”. De memória, o som da música dos turcos-que-nem-sempre-são-turcos passou a ser repetida. Na transversal do tempo, o vulto branco que a poeira ruiva envolvia transformou-se em palavra cantada. Virou história romanceada. Fez nascer o Rei do Baião. O Baião é árabe, talvez por conta de o acordeon de Lua e Januário terem a ver com o Maltuf de outrora. De “repente”, tudo vem do passado.

A influência árabe no Nordeste está presente em muita coisa: no chapéu do cangaceiro, nos leques e guarda-sóis, na maquiagem das sobrancelhas e olhos, no ato de recitar a tabuada, na mantilha das mulheres, no uso de tapetes, nas janelas quadriculadas e nos azulejos… do comérciodo mascate ao turbante branco muruçumim, inclusive no gibão que cobre um cabra…

Diante dos conflitos mouriscos na Península Ibérica, a expressão cultural de Portugal e Espanha fundiram-se em poemas e romances de cavalaria, que encontrariam uma nova morada em terras nordestinas, de “pedras” e “reinos” e castelos armoriais. Palavras cantadas por homensque, de lá e de cá, conhecem o Sol e o deserto, as vértebras do camelo, as dunas que fazem as vezes de florestas, as vitórias na guerra cavalhada onde uma cabeça de boi se finge de máscara…Os “beduínos do Nordeste” são nômades que seguem firmes na luta. O verbo é a arma que eles usam na disputa dos repentes.

Das feiras de Ocaz, cidade vizinha de Meca, ao canto do Guerreiro Menino de Orós. Anualmente, milhões de islâmicos do mundo inteiro refazem os passos do profeta Maomé em sua “romaria”. Todo muçulmano deve ir uma vez à meca da mesma forma como todo sertanejo deve visitar ao menos uma vez na vida o santuário de Padre Cícero, a quarta figura da Santíssima Trindade.

Nesse contexto encantado, o tempo explica esta vitalidade garrida de um povo, que, de tão único, parece lendário, armorial. Aqui, os muezins das mesquitas passaram a ter o som do aboiodos vaqueiros. Os raqs viraram pandeiros, os tabals, zabumbas, e há quem diga que o atabaque também tem sangue mourisco. Assim como a trilogia sertaneja – pífano, rabeca e viola – ainda ressoa em solo nordestino a sua música num passado andaluz. Terra onde as morenas também nascem esculpidas pelo vento. A brisa mourisca ainda respira nos pulmões o lingui-lingui – ou a lenga-lenga – na gíria dos cantadores: De Taboca à Rancharia, de Salgueiro a Bodocó, graças a Deus! (Ou seria Alhamdulillah? Arre!)

A barra do dia veio avermelhando o céu. A lâmpada maravilhosa, “Lampião” que alumia a estrada revela que tudo é migração. Tudo é êxodo. Tudo é guardado na potência da memória e na força da cultura. O barro seco do caminho que levou o árabe ao Nordeste parece ser o mesmoque leva o nordestino ao Sul. E todos têm a cor da poeira vermelha que a Unidos de Padre Miguellevanta ao desfilar. Nas terras ruivas da Rua Mesquita, tudo é Sertão, o boi é mouro e a vitória vem de Alá!

UNIDOS DE PADRE MIGUEL, 2023
Carnavalescos: Edson Pereira e Wagner Gonçalves
Texto: Vítor Antunes

Vocabulário:

“A vitória vem de Alá!”: Trecho de um amuleto malê confiscado durante a Revolta dos
Malês.

Alcácer/Alcáçar: Castelo ou fortaleza que, criado pelos mouros, era usado para hospedar reisou governantes Alhamdulillah: Graças a Deus, em árabe

Arre!: Interjeição de espanto que, supostamente, tem origem árabe

Beduínos: Nômades do norte da África

Califa: sucessor do profeta Maomé. Guia ou líder temporal e espiritual da comunidade islâmica.

Mouro/Mourisco/Mouresco/Moura: Nome pelo qual os descendentes do norte da África costumavam ser chamados na península ibérica

Muezins: Aquele que anuncia em voz alta, ao cantar, do alto dos minaretes das mesquitas, o momento das cinco preces diárias.

Muruçumim: Atribuição que os negros muçulmanos davam a si próprios. Os outros os chamavam malês. Os turbantes brancos usados nas religiões afro-brasileiras teriam origem nos filás malê/muruçumim.

Referências:
ASMAR, João. Os árabes no sertão. 1.ed. 2010. São Paulo: Kelps, 2010.
CÂMARA CASCUDO, L. da. Mouros, franceses e judeus: três presenças no Brasil. 3. ed. São Paulo: Global,2001.
DEL CAMPO, Luis Soler. Origens Árabes no Folclore Brasileiro ed.
GAIÃO, Pedro. História Islâmica, 21 de Maio de 2021.
MUSSA, Alberto. Os Poemas Suspensos. 1.ed. Rio de Janeiro. Record. 2006
RAMOS, Alex. PEREIRA, Estevão. DIAS, Rômulo. EL DROUBI, Assaf. Dos Mouros ao Baião: a influência árabe na música do nordeste brasileiro.

Um sopro do passado: as bobinas frutadas valem um giro

Com tantos Slots disponíveis para jogar on-line nos tempos modernos, não há nada como voltar às suas raízes e afundar seus dentes em alguns dos mais doces jogos de slots retro, inspirados nas máquinas de frutas clássicas.

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Se a jogabilidade icônica leva sua fantasia, então estes caça-níqueis online no Betfair casino farão seu paladar formigar enquanto o transportamos de volta no tempo para girar algumas das bobinas mais frutíferas de todos os tempos.

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Neste espaço frutado, a ação ocorre em seis bobinas e três filas, com 40 linhas de pagamento, wild, scatter e símbolos de bônus, bem como a chance de ensacar algumas rotações livres. Quando a jogabilidade é lançada pela primeira vez, você se verá diante do que parece ser um caça-níqueis clássico, apesar de haver mais carretéis do que o normal. Quando você pousar três ou mais símbolos de bônus, você poderá escolher se quer reivindicar giros grátis ou ganhar a entrada no jogo de bônus “gire e ganhe”. As giros livres podem ser acionadas novamente e, no modo “girar e ganhar”, cada símbolo de diamante tem um valor em dinheiro aleatório, esperando que você o descubra.

Sete símbolos clássicos de frutas compõem os ícones do jogo base, e dois 7s de sorte são os símbolos mais lucrativos. Com uma trilha sonora otimista, quatro jackpots fixos em oferta e a mais doce torção de frutas em um slot retrô, este jogo com certeza vai deixar seu paladar formigar!

Super Hot Fruits
Super Hot Fruits é outro jogo que deu uma reviravolta à clássica máquina de frutas. Coloque as cinco bobinas e as três filas acesas com este slot ardente, que vai fazer com que sua jogabilidade se torne mais intensa.

Entre no fundo vermelho brilhante, onde a jogabilidade é emoldurada pelo fogo e a fruta em forma de desenho animado tem o potencial de pagar um banquete frutado cheio de algumas recompensas bem grandes. Ao lado dos limões, uvas, ameixas, laranjas e cerejas, você encontrará alguns 7 sortudos, o sino dourado e a coroa icônica acrescentando ainda mais sabor à sua jogabilidade.

Há um jogo Hot Spins no qual as bobinas se dividirão em quatro seções com cada uma das novas bobinas jogando como um conjunto separado. Há a adição especial de um selvagem empilhado durante esta rodada, e com um Jackpot de Diamante para agarrar, será que este jogo satisfará seu dente doce?

Fruit Stack
Outra ranhura inspirada na máquina de frutas com uma tomada moderna é o Fruit Stack. Destacando-se do resto, este jogo vem com um jackpot máximo de 10.000x sua aposta, ao lado de cinco carretéis e nove linhas de pagamento.

O tema presta homenagem às máquinas de frutas retro que conhecemos e adoramos e apresenta melancias, cerejas, limões, laranjas e uvas, bem como os símbolos de barra simples, dupla e tripla. O selvagem é representado por um diamante azul, e há um sino dourado que pode desbloquear giros livres quando um mínimo de três terras nas bobinas. Três ícones de roda de bônus podem ativar a rodada de bônus, onde um mini jogo da Roda da Fortuna pode ajudar a obter ganhos adicionais.

Com uma característica de jogo, jackpots enormes e uma salada de frutas cheia de bônus, você será o próximo a girar e ganhar com esta rodada?

Marca Rio Carnaval ganha mais três prêmios e Liesa é escolhida como melhor cliente do ano

A marca Rio Carnaval, recém-desenvolvida para representar mundialmente os desfiles das Escolas de Samba cariocas, ganhou três prêmios no Latin America Design Awards (LadAwards), realizado em Lima, no Peru, no último dia 11.

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Foto: Divulgação

Mais relevante honraria do setor de comunicação visual latino-americano, a premiação concedeu ao símbolo brasileiro, inspirado na dança da porta-bandeira, troféu de ouro na categoria Brand Moving Image (“Marca em Movimento”) e de prata, em New Identity (“Nova Identidade”). Os títulos foram entregues à Tátil Design, autora do projeto, do designer e empresário Fred Gelli.

Além da equipe de Gelli, responsável pela criação da marca, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) também foi escolhida como Melhor Cliente do Ano pelo LadAwards. A entidade, presidida por Jorge Perlingeiro, foi premiada graças ao processo de branding promovido pelo empresário Gabriel David, diretor do Departamento de Marketing.

Divulgada ao público em fevereiro e estampada na Marquês de Sapucaí em abril, a marca foi uma novidade na história espetáculo. O processo de elaboração durou seis meses e envolveu entrevistas com mais de 3 mil pessoas, incluindo ícones como os carnavalescos Rosa Magalhães e Milton Cunha e o diretor de Carnaval Laíla (em memória).

Presidente do Tatuapé enaltece trabalho da equipe e confirma renovação geral

O Acadêmicos do Tatuapé viveu um drama durante seu desfile em 2022, um carro emperrou e a escola parou na avenida. Por usar um elemento fora do regulamento, perdeu 0,5 décimos e sofreu bastante na apuração, ficando boa parte entre os dois rebaixados. Porém a escola conseguiu escapar da queda, e leva aprendizados para melhorar na temporada de 2023. O presidente Eduardo Santos conversou com o site CARNAVALESCO e fez uma análise sobre o desempenho da escola.

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Foto: Vinicius Vasconcelos/Site CARNAVALESCO

“O grande aprendizado é corrigir sempre as falhas. Nós sofremos um acidente, gravíssimo, com nossa segunda alegoria. Hoje, analisando os resultados, todas as notas, tudo que aconteceu. Chegamos à conclusão de que senão fosse o acidente, a gente estaria sendo campeão do carnaval, ou pelo menos brigando para que isso acontecesse. Claro que isso não tem muito sentido para o que aconteceu. Pois outras escolas tiveram problemas e se não tivessem, poderiam estar na mesma situação que estou descrevendo agora”.

Mas sem deixar o problema de lado, Eduardo Santos foi realista e enfático sobre a situação: “Fato é esse, entramos com meio ponto de penalidade e os 2 décimos que perdemos no único quesito, que perdeu nota, perdemos em função da quebra do nosso carro, segunda alegoria, provocou penalidade, e essa perda. Tirando isso, dos nove quesitos, o Tatuapé fez nota 10 em 8. Então é isso que nos dá a certeza, a possibilidade de falar hoje, com o resultado dado, que realmente era um carnaval vitorioso”.

Apesar da falha que culminou no susto, o Tatuapé vê com bons olhos o desfile de modo geral na temporada de 2022, e o presidente reforçou a dificuldade que está o carnaval paulista. Portanto entrar com meio décimo é algo preocupante, a outra concorrente que também sofreu punição semelhante, a Colorado do Brás, acabou rebaixada para o Grupo de Acesso.

“Foi um desfile tão bom, competente, que mesmo entrando com essa penalidade, conseguimos sobreviver, ficar no Grupo Especial. O que não é hoje em dia, uma tarefa muito fácil. Se você pegar a pontuação da escola campeã para a primeira escola que caiu, a diferença foi de oito décimos, nós entramos perdendo cinco. E perdemos mais dois décimos em função do acidente, então a gente, somando tudo isso, se o acidente não tivesse acontecido, teoricamente, não perderíamos a penalidade e esses dois décimos de nota”.

Voltando a refletir sobre o resultado de 2022, Eduardo complementou: “Nós faríamos 270 pontos, então em cima desse resultado a gente pode ter esse tipo de constatação. Isso não conta, não vale mais, é só análise, não quer dizer nada, o resultado está dado, a gente tem que aceitar, respeitar, e na verdade parabenizar todas as escolas, apesar de todos os pesares, das dificuldades, no nosso último desfile, conseguimos fazer um carnaval muito bonito, emocionante, luxuoso, muita competência, São Paulo deu uma lição de desfile de escola de samba esse ano”.

Devido a mudança no carnaval de 2023, a agremiação da zona leste cantará ‘Tatuapé canta Paraty, patrimônio da humanidade!’. Para 2023, o Tatuapé andou em ‘silêncio’ em suas redes sociais durante bom tempo. Entretanto, o presidente da escola, Eduardo Santos, ressaltou que a equipe está totalmente renovada para a próxima temporada.

“Nossa equipe está totalmente renovada. E não poderia ser por menos, nós fizemos um carnaval, perdemos dois décimos, o único quesito que perdemos nota foi em função do acidente que aconteceu. Não porque mexer, mudar, não tem absolutamente nada a fazer, a não ser exaltar o grupo, elenco, todo mundo renovado. E vamos com todo nosso time, força, com energia da comunidade, vamos mais uma vez para o melhor desfile da nossa vida”.

A única mudança foi da rainha de bateria, Muriel Quixaba, que estava no Morro da Casa Verde, assumiu o posto de rainha da Tatuapé, enquanto Andrea Capitulino virou madrinha de bateria da ‘Qualidade Especial’ do mestre Higor.

O Acadêmicos do Tatuapé venceu dois títulos consecutivos em 2017 e 2018, bateu na trave com o vice de 2016, e o quarto lugar em 2020. Portanto é uma escola em franca ascensão no carnaval paulista e mira voltar aos voos que vinha tendo, e em 2023 estará partindo para território carioca com Paraty.

Beija-Flor prepara para o desfile de 2023 um novo olhar e abre discussão sobre os 200 anos da independência do Brasil

Para dar continuidade ao grito por igualdade feito no desfile de 2022, no qual a Beija-Flor exaltou o povo preto e pediu empretecimento da forma de pensar, o desfile de 2023 também terá o viés de busca por direitos básicos. Dessa vez exaltando aquelas pessoas que lutaram e lutam pela liberdade, o novo grito dos excluídos vai buscar na Bahia de 1823 o seu fio condutor, em referência à Independência do Brasil na Bahia, que se deu em 2 de julho daquele ano.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação

“A Beija-Flor sempre veio em prol do povo e já seguimos essa linha há muito tempo. Nós damos espaço para o povo gritar e clamar pelo que ele necessita. Nós estamos em um bicentenário que, até hoje, me pergunto, será que nós somos independentes? Essa é a pergunta que fica no ar: independência com fome, sem trabalho, com preconceito… É isso que nós estamos clamando: cadê essa independência que está sendo comemorada?”, questionou o presidente Almir Reis.

O bicentenário que a Beija-Flor está celebrando

O carnaval de 2022 não deu espaço para que se tratasse dos 200 anos do tal grito de independência dado por D. Pedro I, em 1822. Isso porque todos os enredos já estavam definidos, quando o carnaval de 2021 foi adiado para 22. Sobrou para abril deste ano, aquilo que havia sido planejado em meados de 2020. Embora existam muitas histórias acerca do “independência ou morte”, a Beija-Flor traz outro olhar sobre esse acontecimento histórico. Segundo os livros, mesmo com a separação de Portugal assinada, os brasileiros não estavam tão livres dos portugueses assim.

No primeiro recorte, o bicentenário celebrado pela azul e branca de Nilópolis é a independência da Bahia. Um movimento praticamente popular que resultou na expulsão dos portugueses, que resistiam ao documento assinado pelo proclamado imperador. A revolta por lá foi sangrenta, em uma guerra que durou quase um ano e meio, ainda que os rumores por libertação do país tivesse começado na Bahia mesmo, muito antes das discussões no Rio de Janeiro.

Por lá, o povo lutou pelo que acreditava e se uniu para expulsar os portugueses da cidade, que tentavam a todo custo manter a Bahia sobre o controle de Portugal. Um dos grandes atos de resistência foi quando brasileiros, que ainda não haviam fugido para o interior responderam a ataques violentos das tropas portuguesas. Conta a história que uma multidão de maioria negra atacou a pedradas soldados portugueses. Tal ação brasileira resultou em chegada de mais soldados lusitanos, o que gerou uma fuga em massa para o interior da Bahia.

Com muita gente no interior, que havia fugido da capital, o movimento brasileiro pela independência baiana ganhou força ali mesmo e iniciou-se a resistência. Gente humilde, entre negros, pobres e muitas mulheres, a população não se abateu e participou das ações com protestos e pedindo mais apoio aos que estavam indiferentes ao movimento. Com a proclamação da independência, por parte de D. Pedro I, tropas brasileiras se juntaram aos resistentes na Bahia, o que causou a derrota da tropa portuguesa, que embarcou de volta a Portugal

Os tidos como soldados brasileiros, se é que poderiam ser chamados assim, voltaram a Salvador e foram recebidos com festa. Descalços, maltrapilhos e exaustos, eles entraram para os livros de historia como libertadores do povo da Bahia e a festa é lembrada e celebrada até hoje.

Essa volta dos libertadores se deu no dia 2 de julho de 1823. Não à toa a Beija-Flor escolheu a data para anunciar o enredo. O bicentenário então é explicado pelo historiador e pesquisador do enredo, Mauro Cordeiro.

“A Beija-Flor, cumprindo o seu papel histórico e social de grande porta-voz dos anseios das camadas populares, propõe essa discussão: primeiro o marco foi do exército patriótico na Bahia, com forte presença de mulheres, negros e indígenas, que expulsaram os portugueses do Brasil. A partir desse novo marco, o que a gente faz é uma discussão desses duzentos anos, pensando que, na realidade, existem muitos brasis que precisam ser ouvidos nas suas demandas por cidadania e por direitos. Um conjunto de questões sociais para que, de fato, exista um estado independente, o qual esse povo, que é protagonista da história do país, tenha a centralidade e condição de ser independente”, explicou Mauro.