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Análise! Como foram os minidesfiles do Tuiuti, Vila Isabel, Grande Rio e Salgueiro

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Vídeos: arrancada do samba e minidesfile completo da Acadêmicos de Niterói

Grande Rio reafirma identidade musical, consistência rítmica e alta performance do casal no minidesfile

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A Grande Rio foi a terceira escola a entrar na pista de minidesfiles da Cidade do Samba e realizou uma boa apresentação, com organização e uma bela abertura formada por um ótimo desempenho da comissão de frente e uma elegante atuação do casal formado por Daniel e Taciana. A agremiação de Duque de Caxias manteve sua tradição de trazer um samba bastante cadenciado, fazendo a escola ter uma evolução competente, porém não explosiva. A escola apresentou um tripé muito bonito e uma criativa ala em que os componentes simulavam estar sujos de lama. Foi uma passagem agradável da tricolor, que será a terceira a desfilar na terça-feira de carnaval, apresentando o enredo “A Nação do Mangue”, de autoria do carnavalesco Antônio Gonzaga, estreante na agremiação.

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COMISSÃO DE FRENTE

Os coreógrafos Beth e Hélio Bejani são craques do quesito e costumam trazer comissões com a parte de dança muito afiada e dinâmica. A apresentação do minidesfile seguiu essa linha, com movimentos muito bem executados, uma coreografia criativa e bastante troca de posições entre os integrantes, aliadas a uma ótima teatralização.

A parte final do ato mostrou algumas acrobacias, como uma bailarina da comissão se jogando de costas e sendo segura pelos demais integrantes, que representavam pescadores da zona do mangue. Uma comissão muito bem pensada e executada, com excelente sincronia entre os membros.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Daniel e Taciana defenderam o pavilhão da Tricolor de Duque de Caxias com a costumeira qualidade. O casal possui muita elegância no bailado, leveza e firmeza nos movimentos, além da segurança de quem alcança um nível maior a cada ano. Foi uma belíssima apresentação, com coreografias pontuais no refrão central; de resto, a série foi solta e de excelência, digna de um casal que conquistou seu lugar entre os principais do carnaval carioca.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

EVOLUÇÃO

Se a Grande Rio não teve uma evolução arrebatadora, certamente foi firme e constante durante toda a passagem da escola. Os componentes vieram no ritmo cadenciado do samba e ocuparam a pista sem correria. A primeira ala, representando a lama, chamou a atenção pela garra com que avançava pelo espaço destinado ao minidesfile. A organização das alas, sem prendê-las em demasia, foi outro ponto de destaque. A agremiação de Caxias chegou com tranquilidade ao fim de sua apresentação.

HARMONIA E SAMBA

A Grande Rio apresentou um canto constante neste dia final de minidesfiles, com poucos componentes deixando a desejar ou demonstrando dificuldades com a letra do samba. Além do refrão de cabeça, o trecho “Freire, ensine um país analfabeto, que não entendeu o manifesto da consciência social” foi cantado com mais força pelos componentes. Não foi um canto visceral da comunidade, até pelas características do samba, mas a missão foi cumprida com correção.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

O samba possui uma estrutura com vários trechos em tom menor e uma letra que traz um toque de melancolia, o que destaca seu lado poético. No entanto, acabou tendo funcionalidade limitada no minidesfile, apesar da competência de Evandro Malandro e seu carro de som. O lindo refrão central, “Manamauê Maracatu, Saluba ê Nanã, Yabá, a vida parecida com as águas, não é doce como o rio nem salgada feito o mar”, tem potencial de crescimento na obra.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

OUTROS DESTAQUES

Mestre Fafá conduziu sua bateria com as marcas de seu trabalho; o resultado foi mais um desempenho muito bom no quesito, com destaque para a bossa no refrão central.
Virgínia Fonseca marcou presença à frente da bateria, ainda um pouco travada no início, foi mostrando mais desenvoltura com o avançar da escola.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

A Grande Rio também trouxe várias musas, como Tati Minerato, que mostrou samba no pé em dia. A ala de baianas passou com excelente canto e muito bem vestida.

‘Estamos vivendo a maior transição técnica da Sapucaí em décadas’, diz presidente Gabriel David

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Para o presidente da Liesa, Gabriel David, o evento dos minidesfiles, na Cidade do Samba, simboliza um momento histórico na preparação do próximo carnaval. Em um fim de semana que uniu tradição, inovação e celebração, a Cidade do Samba registrou público recorde: 32 mil pessoas passaram pelo local, entre sexta-feira e domingo, para acompanhar os minidesfiles das agremiações do Grupo Especial e shows de grandes nomes da música brasileira. A entrada foi gratuita, mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

“Estamos vivendo a maior transição técnica da Sapucaí em décadas. Testar o novo sistema de som na Cidade do Samba foi fundamental para esse processo. Melhoramos muito, mas ainda estamos ajustando, aprendendo e trabalhando lado a lado com as escolas para entregar, em 2026, o melhor Carnaval da nossa história. O público que esteve aqui neste fim de semana já sentiu um pouco dessa evolução”, disse Gabriel David.

Venda de ingressos para o Setor 9

Durante o evento, a Liesa anunciou que nesta terça-feira, 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba, será aberta a última chamada para a venda de arquibancadas da Sapucaí com a comercialização, pela primeira vez, do Setor 9 ao público geral. Os detalhes serão divulgados ao longo do dia, nas redes sociais da Liesa.

No Paraíso! Tuiuti ‘baila’ na Cidade do Samba, faz minidesfile potente e mostra ter quesitos para sonhar alto no Carnaval 2026

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O Paraíso do Tuiuti realizou, no último domingo, primeiro de dezembro, seu desfile na Cidade do Samba, abrindo as apresentações da última noite de comemorações do Dia Nacional do Samba. Alegria e comunicação com o público ao redor impulsionaram a escola de Pixulé durante o tempo no desfile do “Quilombo do Samba”, trazendo seus componentes leves e soltos. Além disso, o destaque vai também para o casal Vinícius e Rebeca, que demonstrou uma dança forte e bem segura em seus movimentos durante o tempo na pista. O Tuiuti levará para a avenida, em 2026, o enredo “Lonã Ifá Lukumi”, sobre a história do surgimento do Ifá cubano, sendo a escola que abrirá o terceiro dia de desfiles.

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COMISSÃO DE FRENTE

Comandada por David Lima, a comissão apresentou seu elenco principal vestido de africanos, com uma dança forte ao redor de um elemento alegórico, trazendo também outros dois bailarinos com roupas vermelhas tradicionais afros e um em cima do próprio elemento, representando um cortador de cana.

A coreografia trouxe passos bem marcados, como se fosse um ritual envolvendo dança, com bastões que podiam ser acoplados à pequena alegoria em alguns momentos. Foi uma exibição que chamou a atenção desde o início, pela empolgação e pela dança muito bem executada de seus integrantes, como uma síntese da fé que saiu da África em direção a Cuba.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

O casal Vinícius Antunes e Rebeca Tito mostrou grande sintonia. Com uma dança marcada pela sincronia que vêm demonstrando nos ensaios de rua, ambos se apresentaram de forma leve e segura pelo chão da Cidade do Samba.

A dupla fez um bailado tradicional de mestre-sala e porta-bandeira, mas também com movimentos mais ágeis em certos momentos da apresentação, incluindo um momento breve com os dois mais unidos, mais para o fim da coreografia, e movimentos de ombro remetendo a danças latinas, pouco antes do refrão, que, em conjunto, demonstram suavidade e vigor ao mesmo tempo.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

SAMBA E HARMONIA

O intérprete Pixulé teve uma noite espetacular junto ao carro de som do Tuiuti. A ala musical da escola, comandada por Leonardo Bessa, contribui muito para a grande atuação da escola, ajudando a comunidade a botar o samba para cima e a cantar bem forte durante todo o tempo. Muita energia dos componentes do Tuiuti. O cantor esteve confortável com o samba a todo momento, cantando muito bem a obra e mantendo boa comunicação com o público.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

EVOLUÇÃO

Na maior parte do tempo, o Paraíso do Tuiuti teve uma evolução muito tranquila, passando bem pela pista, com componentes animados, cantando o samba soltos e demonstrando muita alegria com a obra enquanto desfilavam. Mantendo a agremiação quente durante todo o tempo. A escola teve apenas um pequeno momento em que ficou parada por um período um pouco maior, mas logo voltou a andar, sem prejudicar o andamento do minidesfile.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

OUTROS DESTAQUES

A bateria de mestre Marcão veio com ótimo andamento e realizou algumas paradinhas e um “paradão” para que o público pudesse ser ouvido cantando a obra da escola, além de já apresentar algumas bossas nesta noite de domingo.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

À frente dos ritimistas, a rainha Mayara Lima brilhou com seu samba e carisma, marcando sua volta à frente da SuperSom durante um desfile. A comunicação com o público presente na Cidade do Samba também foi muito certeira por parte da escola.

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Salgueiro ‘explode de felicidade’ e faz seu melhor minidesfile da história

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A Acadêmicos do Salgueiro encerrou o fim de semana dos minidesfiles do Grupo Especial em clima de nostalgia e muita felicidade. Uma passagem agradável, com um samba extremamente gostoso de ouvir e que obteve ótimo rendimento. A vermelho e branco mostrou toda a força de seus quesitos: uma comissão de frente alegre e bem ensaiada, um casal de primeira categoria, ótima bateria e uma comunidade que cantou com toda a alegria. Resultado, o “Torrão Amado” fez sua melhor apresentação desde o início dos minidesfiles no Rio de Janeiro. A homenagem à Rosa Magalhães encerrou a temporada de minidesfiles no mais alto nível. O Salgueiro fechará a terça de Carnaval com o enredo “A delirante jornada carnavalesca da professora que não tinha medo de bruxa, de bacalhau e nem do pirata da perna-de-pau”, desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira, em seu segundo ano na agremiação.

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COMISSÃO DE FRENTE

O coreógrafo Paulo Pinna trouxe uma comissão que apresentou uma coreografia divertida e jocosa, com uma bonita vestimenta representando arlequins. Foi uma apresentação descontraída, no espírito bufão do personagem. No ato final da comissão, os arlequins apresentaram as bandeiras das escolas pelas quais Rosa Magalhães passou. Foi um bom cartão de visitas.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Sidclei e Marcella formam um casal garantia de nota máxima no Salgueiro. É a segurança de um grande desempenho, e, neste minidesfile, o padrão de excelência se manteve, com uma exuberante apresentação. Marcella se exibiu com muita elegância e postura, girando com o corpo ereto e esticado, enquanto Sidclei mostrou seu sapateado marcante. A roupa em tom rosa foi outro destaque, muito bonita. Desempenho à altura do talento e do histórico do casal.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

EVOLUÇÃO

O Salgueiro se mostrou solto na pista, resolveu brincar o Carnaval e conseguiu com êxito. As alas coreografadas não travaram a evolução da escola; ao contrário, deram um “molho” na passagem, com mais movimentação. Poucos componentes apenas andavam; a grande maioria pulou, dançou e se divertiu na pista. Um desempenho muito agradável, com uma pitada de nostalgia, com destaques de alegorias vindo no chão com suas enormes fantasias, além de alas com adereços que remetiam a desfiles antigos de Rosa Magalhães.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

HARMONIA E SAMBA

A vermelho e branco apresentou um canto excelente, na esteira de sua evolução leve e alegre. A primeira ala, que tinha adereços de mão, sustentou um canto muito intenso em toda a sua passagem, já colocando um sarrafo alto para o restante da agremiação, que segurou com a mesma competência. Foi um canto linear dos componentes, sem uma ala se destacando negativamente.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

E, se o samba foi cantado com força e naturalidade, em parte se deve ao ótimo desempenho do mesmo, com firme interpretação de Igor Sorriso, bastante confortável na condução da obra, e à brilhante atuação da bateria “Furiosa”, comandada por Guilherme e Gustavo. Como cereja do bolo, o violino que acompanhou o samba valorizou a bela melodia que a obra possui. Um grande desempenho harmônico do Salgueiro.

OUTROS DESTAQUES

O numeroso time de musas do Salgueiro chamou a atenção do público presente; a maioria estava com o samba na ponta da língua.

O tripé trazido pela escola contou com membros da velha guarda, representando um bar com várias placas de ruas onde ficam as quadras das escolas nas quais Rosa Magalhães trabalhou.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

Com samba monumental e performance muito forte, Vila Isabel muda o patamar para o Carnaval 2026

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Segunda escola a se apresentar na terceira noite de minidesfiles pelo Dia Nacional do Samba, a Vila Isabel mostrou que irá ao Carnaval 2026 para disputar o título, que não conquista desde 2013. A Azul e Branca fez uma apresentação histórica e única. Apoteótica e arrebatadora. De todos os sons já entoados na pista da Cidade do Samba, ninguém jamais se apresentou como a Vila fez neste 30 de novembro. A dança hipnotizante do primeiro casal foi um dos tantos pontos altos de uma apresentação para a eternidade. A atuação dos componentes também precisa ser destacada como fundamental para arrepiar o espectador. A escola do Boulevard 28 de Setembro será a segunda a desfilar na terça-feira de carnaval, com o enredo “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um Sambista Sonhou a África”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora.

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Sacode. Botou para quebrar. Amassou. Passou o trator. Assim pode ser definida a épica apresentação da Vila Isabel neste domingo, na Cidade do Samba. Foi como um reencontro: primeiro da Vila com ela mesma, com suas raízes e seu povo. Que a Vila Isabel é uma escola que sabe se apresentar, todo mundo já está acostumado. Possui grande capacidade de levantar o público. Com Tinga no comando do carro de som é bem fácil levar o povo com ela. Nesta noite, a escola de Noel foi além do seu costume. A Vila voltou depois de dois anos de passagens sem brilho pelo carnaval. O oitavo lugar no último desfile ficou de lado, e a escola mostrou uma repaginação tão notória que se viu uma apresentação para entrar na história do evento e dos pré-carnavais. A condução magistral do grande samba, o canto superpotente e uma evolução de levar o povo junto com a escola colocaram a escola em estado de graça. Uma pena que a grade existia para impedir as pessoas de serem arrastadas pela energia contagiante.

COMISSÃO DE FRENTE

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

O quesito coreografado por Alex Neoral e Marcio Jahú trouxe uma construção simples, mas de muito bom gosto e excelente montagem. Em resumo, dança afro com componentes de vestes brancas. Com muita sutileza, as mulheres deixam os homens no centro da apresentação e se dirigem ao tripé para fazer a troca de figurino. Assim, transformam-se em Oxum. Em vez de carregarem espelhos em uma das mãos, o acessório estava no rosto, cobrindo as componentes. Em uma das mãos, havia uma armação de espelho vazada.

Quando as componentes-Oxum chegavam ao centro da apresentação, os homens saiam até o tripé e mudavam o figurino. De vestes brancas, passaram a ser Xangôs. Em seguida, foram ao centro para dançar com as demais componentes.

Apresentação formidável, levemente prejudicada pela coroa de um dos Xangôs, que caiu da cabeça assim que chegaram para compor a apresentação.

Vale lembrar também da excelência do elemento cenográfico da comissão de frente, que trazia a coroa, símbolo da escola. De muito bom gosto, estava decorada com obras de Heitor dos Prazeres, enredo de 2026.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Em estado de graça, Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane deram um show de tirar o fôlego. Absolutamente fantásticos, mostraram uma coreografia fascinante, a sedução para prender a atenção à dança do casal. Os últimos versos do samba proporcionaram o ponto alto da apresentação.

SAMBA-ENREDO

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Nascido consagrado e franco candidato ao prêmio de melhor samba do Carnaval 2026, a obra composta por André Diniz, Evandro Bocão e Arlindinho conquistou o mundo do samba e proporciona sempre um cortejo que não se quer que acabe. O show da Vila Isabel é metade o samba. E o samba é um show à parte.

Muito responsável pelo sacode, Tinga conduz mais uma obra-prima com perfeição, na companhia de seu brilhante carro de som.

Os trechos mais cantados são a última estrofe, “de todos os tons…”, e “ê quilombo, é a Pedra do Sal…”, além do refrão, que é sucesso absoluto cantado a plenos pulmões.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

HARMONIA

A Vila sempre foi de cantar, mas cantar um sambaço é diferente. Todos os componentes que passaram gritaram o samba em perfeita harmonia com o carro de som e o público. Uma exibição de gala das alas da escola.

EVOLUÇÃO

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

A Vila balançou a Cidade do Samba. Tinha coreografia, tinham alas brincando, movimento e uma coesão da primeira à última ala que não se vê todo dia. Poucos componentes, limitados pela regra do evento, mas alas compactadas. Uma passagem primorosa.

OUTROS DESTAQUES

A musicalidade da Vila Isabel também foi um dos tantos pontos altos do amasso praticado pela escola. Isso passa pela monumental bateria do mestre Macaco Branco e pela grande ideia de colocar os ritmistas para abrir o desfile, decisão fundamental para o clima instaurado durante o desfile na Cidade do Samba.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Sabrina Sato, à frente da bateria, é muito rainha. Sempre com figurino caprichado, ela investiu nas plumas e esbanjou a simpatia de sempre.

A Vila Isabel sabe o que quer para 2026 e ainda se dá ao luxo de arrebatar os sambistas com seu costume de dar show quando passa. O terceiro dia de desfile pelo Dia Nacional do Samba deve ser sempre lembrado por causa do Povo de Noel e ilustrado em azul e branco.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Novo sistema de som vira protagonista nos minidesfiles e novidade é aprovada para o Carnaval 2026

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Para comemorar o Dia Nacional do Samba, por mais um ano a Liesa e a RioCarnaval realizaram os minidesfiles das escolas de samba do Grupo Especial. Na primeira noite, sexta-feira, se apresentaram Acadêmicos de Niterói, Imperatriz Leopoldinense, Portela e Estação Primeira de Mangueira. Também nesta noite, a Liga apresentou o novo sistema de som para o Carnaval 2026 aos foliões.

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Foto: Divulgação/Rio Carnaval

Apesar da intensa chuva que caiu na cidade do Rio de Janeiro antes dos minidesfiles, os sambistas compareceram e festejaram suas escolas. Além de elogiar a organização e os serviços oferecidos, o público presente admirou a estreia da sonorização. A única dificuldade mais perceptível aos espectadores durante o primeiro dia de espetáculo foi a falha no começo do minidesfile da Mangueira, que precisou recomeçar seu esquenta.

O professor portelense Marcos Gomes, de 44 anos, revelou que ficou surpreendido com a qualidade sonora.

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Professor portelense Marcos Gomes, de 44 anos, revelou que ficou surpreendido com a qualidade sonora

“Está surpreendente, viu? Eu gostei muito, o som está muito bom! Se conseguirem levar essa qualidade para a Avenida, eu acho que vai ser um som muito bom”, declarou o portelense.

Pela primeira vez no minidesfile, Emily Cardoso, de 45 anos, desfilou pela comunidade da Imperatriz. A desfilante gostou do que ouviu durante a noite e notou que, apesar do problema técnico na Mangueira, tudo correu bem.

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Emily Cardoso, de 45 anos, desfilou pela comunidade da Imperatriz

“Pela maluquice que foi a chuva, eu acho que ficou ótimo. Estava achando até que pudesse cancelar e, no final, deu tudo certo. Eu nunca estive nesse evento, mas gostei do som. Nós [Imperatriz] não tivemos problema, embora tenha acontecido o problema técnico com a Mangueira. Mas foi resolvido e ficou tranquilo para escutar”, declarou Emily.

A passista da Acadêmicos de Niterói Ana Flavia Batista, de 29 anos, exaltou a ambientação do sistema de som e identificou melhorias em relação aos outros anos para os minidesfiles dessa sexta-feira.

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Passista da Niterói Ana Flavia Batista, de 29 anos, exaltou a ambientação do sistema de som

“Eu achei maravilhoso porque abrange a Cidade do Samba toda. Antigamente, ficava mais concentrado ali no meio e agora nós conseguimos interagir com todo mundo até o final. Consigo ouvir limpo a bateria e os intérpretes. É um avanço com certeza. É uma preparação para os nossos desfiles e ensaios técnicos. A evolução está muito grande”, celebrou Ana Flávia.

Acompanhada de seus amigos, Rayane Ávila, portelense de 26 anos, gostou do que viu e ouviu neste primeiro dia. Elogiou o novo sistema de som e pontuou que os melhores desempenhos foram os da Imperatriz e da Portela.

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Rayane Ávila, portelense de 26 anos, gostou do que viu e ouviu

“Foi ótima a sonorização de todas as escolas, inclusive. A Imperatriz e a Portela, por exemplo, estavam lindas. O som e o canto foram maravilhosos. Em comparação com o ano passado, acho que o efeito sonoro melhorou bastante”, opinou Rayane.

Entre emoção e organização, Unidos da Tijuca retoma fôlego e projeta grande desfile oficial

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A Unidos da Tijuca encerrou a segunda noite de minidesfiles trazendo uma nova energia para a escola. Há um sentimento de confiança de que a agremiação possa retomar seu nível de desfiles até meados da década passada, e essa confiança se refletiu em uma comunidade aguerrida e uma escola organizada.

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

O enredo sobre Carolina Maria de Jesus é um dos mais fortes do ano e foi bem explorado pela azul e amarelo em alas coreografadas que transmitiram a luta e a garra da homenageada. A comissão de frente veio carregada de teatralização, assim como algumas alas que se comunicaram bem com o público, o que gerou um crescimento no rendimento à medida que a escola avançava na pista. Foi uma apresentação agradável e forte.

COMISSÃO DE FRENTE

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

Ariadne Lax e Bruna Lopes montaram uma apresentação muito competente, com coreografia de impacto retratando o grito contra as agruras de todas as próximas Carolinas. O forte desempenho da comissão, em conjunto com uma imagética interessante, recebeu aplausos do público presente. Uma comissão emocional, de uma força incrível.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Matheus André e Lucinha Nobre exibiram um bailado correto e com uma dança mais aproximada entre os dois, em uma apresentação marcada por algumas coreografias, como a valsa na segunda parte do samba.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

Junto dessas coreografias, o casal mostrou um bailado mais tradicional e obteve um bom resultado. Em seu terceiro ano juntos na Tijuca, é nítida a evolução e o maior entendimento entre ambos.

EVOLUÇÃO

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

A Tijuca apresentou uma melhora no ritmo da evolução com o passar do minidesfile, já que a receptividade do público foi esquentando à medida que a escola explicitava seu enredo. No início, a evolução ocorreu de forma mais arrastada, o que foi corrigido ao longo da apresentação. Um destaque no quesito foi a organização da agremiação, com espaçamentos bem definidos entre as alas.

HARMONIA E SAMBA

A escola viveu em harmonia e canto o mesmo processo observado na evolução: quando se assentou, logo explodiu, após um início fraco, também porque, nos primeiros minutos, o microfone de Marquinho Art Samba apresentou falha de som e sua voz ficou baixa, logo voltando ao normal.

Dentro da normalidade, a agremiação mostrou um canto forte, como um clamor, devido à história de Carolina de Jesus. E potencializando esse desempenho, um excelente samba, um dos melhores do ano. Muitos trechos inspirados de narrativa, como:

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

“Me chamo Carolina de Jesus, dele herdei também a cruz, olhem em mim, eu tenho marcas, me impuseram sobreviver, por ser livre nas palavras, condenaram meu saber, fui a caneta que não reproduziu a sina da mulher preta no Brasil”.

Uma letra de altíssimo nível e uma melodia aguerrida construíram essa grande obra.

OUTROS DESTAQUES

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

A rainha Mileide Mihaile esteve presente no minidesfile e monopolizou atenções à frente da bateria “Pura Cadência”, exibindo samba no pé e carisma.

Como já é de costume, mais uma grande apresentação da bateria comandada por mestre Casagrande, com bossas mais convencionais e total manutenção rítmica em todo o minidesfile.

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Viradouro faz minidesfile deslumbrante com emoção, competência e bom gosto para o ‘Caveira’

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A Viradouro mostrou, já na madrugada de domingo, que mais uma vez não está para brincadeira. Mesmo em um desfile que promete ser muito marcado pela emoção, recheado de sensações, o minidesfile na Cidade do Samba também serviu para lembrar que a escola nunca deixa de lado a competência, a técnica e o bom gosto. De componentes muito bem fantasiados e maquiados, com trajes bem acabados e materiais de ótima qualidade, a escola trouxe também ótimo entendimento entre bateria e carro de som, com um samba melodioso, já bem assentado no andamento escolhido, e com a certeza de que ainda pode crescer muito pela competência do ótimo time de vozes comandado por Wander Pires.

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

Em outros quesitos, pôde-se observar uma comissão que nunca deixa de trazer algo que surpreenda e emocione, mais uma apresentação forte de Julinho e Rute, além de evolução e harmonia bem trabalhadas sem se tornarem engessadas. Foi uma das grandes noites que a “trupe do caveira” promete levar até o dia do desfile oficial. E o melhor de tudo: além de toda a qualidade apresentada pela agremiação, ainda pôde-se ver o brilho nos olhos de mestre Ciça.

Em 2026, a Viradouro será a terceira escola a desfilar na segunda noite de desfiles do Grupo Especial com o enredo “Pra Cima, Ciça”.

COMISSÃO DE FRENTE

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Comandados pelos coreógrafos Priscila Motta e Rodrigo Negri, os componentes trouxeram um figurino muito interessante, com roupas de sambistas da antiga: na frente, o vermelho com uma máscara de caveira; na parte de trás, o branco com o rosto inconfundível do “mestre caveira”. Detalhe: a fantasia tinha até os óculos do sambista. Os integrantes dançavam com liberdade, em um estilo elegante e malandreado. A fantasia gerou ótimo efeito e surpresa. Uma excelente sacada, que teve grande interação do público. Já o grupo mostrou bom entrosamento e muita dança.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

No dia do tetra rubro-negro, Julinho e Rute Alves chamaram a atenção pelas vestes que traziam a cruz de malta e a identidade estética do arquirrival Vasco da Gama, time de coração de mestre Ciça. Na dança, o casal apostou em uma coreografia mais tradicional, focada nos passos clássicos de mestre-sala e porta-bandeira, não querendo entregar muitos segredos, mas com um “molhozinho” no trecho da segunda do samba “Atabaque mandou te chamar”, no qual a dupla faz um passo mais discreto de dança afro. No geral, o que se viu foi a qualidade de sempre dos dois, com a correção e a postura de Julinho e a técnica apurada e a força de Rute.

HARMONIA E SAMBA

Comandado pelo intérprete Wander Pires, o carro de som se aproveitou de um samba melodioso, bem ao gosto do cantor, para explorar as nuances presentes na obra, principalmente na parte da cabeça do samba e na reta final da estrofe de baixo, permitindo ao artista vocalizações e o bom uso de terças. Os refrãos também tiveram bom desempenho, apesar de não serem tão explosivos. O andamento da bateria ajudou a não deixar a obra ficar arrastada.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

No canto da comunidade, aconteceu um fenômeno parecido com a evolução: já começou bom e mostrou crescimento interessante durante a apresentação, principalmente depois que a bateria entrou na pista.

EVOLUÇÃO

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

A escola já apresentava desde o início uma boa evolução, sem buracos ou grandes espaçamentos, além de imprimir um ritmo adequado, sem correria, mesmo com o grande contingente levado para o minidesfile. Mas, quando o homenageado entrou na pista com a Furacão Vermelho e Branco, a evolução teve um crescimento exponencial, e a interação com o público foi muito maior pela vontade que a Cidade do Samba tinha de homenagear ou interagir com o mestre. Boa apresentação do quesito e um final de desfile com clima muito positivo.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

OUTROS DESTAQUES

A rainha Juliana Paes esbanjou simpatia, entrosamento e muito carinho com mestre Ciça. Nem parece que ficou tanto tempo fora do cargo. Com a beleza de sempre e muita elegância, interagiu bastante com o público, com os ritmistas e, claro, mostrou samba no pé.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

No esquenta, a escola relembrou o samba de 2025, que não trouxe o título, mas ficou no coração do torcedor da Viradouro, além de outros sambas da agremiação e alguns refrãos da Estácio de Sá, escola original do homenageado.

Antes da apresentação, o diretor-executivo Marcelinho Calil fez um discurso forte e emocionado sobre mestre Ciça, citando que a história do comandante da Furacão Vermelho e Branco se entrelaça com a história das escolas de samba, agradecendo pelo legado e relembrando sua relação com Ciça, que vinha desde quando o dirigente ainda era criança.

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

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