A União da Ilha realiza sua final de samba-enredo para o Carnaval 2023 nesta sexta-feira. A escola levará para Avenida o enredo “O encontro das águias no templo de Momo”, desenvolvido pelo carnavalesco Cahê Rodrigues. São quatro obras na decisão. Para os leitores do site a parceria de Marquinhus do Banjo, Gugu Candongas, Paulinho Poeta, Júnior Nova Geração, Rafinha da Ilha, Romeu, Mikaia, Bigode, Arlindinho Cruz e Igor Leal foi considerada favorita para vencer. Ela recebeu 53,7% dos votos, seguida da parceria de Noca da Portela, Almir da Ilha, Diogo Nogueira, Ciraninho, Queiroga, Claudio Gaspar, Nilton Carvalho, Valter, Emerson Xumbrega e DG com 25,4%.
A parceria de Marcelão, Marinho, Carlinhos Fuzileiro, Deco, Rony Sena, Lobo JR, Geraldo M Felício, Thiago Mainers, Claudio Mattos e Marco Moreno ficou com 16,4%. E a parceria de Ginho, Serginho Versador, Silvana, Niu Souza e Daniel ganhou 4,5%.
Quem chega na quadra da Unidos da Tijuca se surpreende com a beleza em que o lugar se transformou, é como se fosse uma extensão da Baía de Todos os Santos, tema do enredo da escola para o carnaval do próximo ano. O chão virou um grande mar, o teto lembra o céu, no palco tem a presença uma igrejinha baiana e até mesmo a reprodução de uma nau portuguesa pode ser vista em um dos camarotes, esses e outros detalhes serão conhecidos pelo público no dia 15 de outubro, data da semifinal do concurso de samba da agremiação.
Fotos: Luan Costa/Site CARNAVALESCO
O projeto da quadra temática é de Marcelo Augusto, artista de 48 anos, sendo 36 de carreira e com vivência em vários países ao redor do mundo. Antes de tudo, ele é um apaixonado por carnaval e pelas escolas de samba. Contou que logo aos 12 anos, levado por sua avó, já estava dentro de um barracão contribuindo com sua arte, desde então sua relação com o carnaval se intensificou, teve passagens pela Beija-Flor de Nilópolis, onde trabalhou com grandes profissionais, como Laíla e Xangai, seu trabalho mais reconhecido e premiado foi a da comissão de frente do Paraíso do Tuiuti, em 2018, ao lado de Patrick Carvalho e Jack Vasconcelos, hoje carnavalesco da Unidos da Tijuca.
“Eu comecei numa escola lá atrás, com 12 anos de idade, minha avó pegava a cadeirinha de praia dela com o isopor e o lanchinho, ela foi a maior incentivadora da minha arte, imagina um garoto de 12 anos fazendo uma pintura de arte dentro de uma escola de samba. Eu sou cria do carnaval, mas tive a oportunidade de trabalhar com outros grandes artistas mundo afora, já expus no Louvre, já rodei 83 países, são vivências, porque arte é arte em qualquer lugar do planeta, acredito que vamos vivendo experiências, não faço nada diferente lá fora do que faço aqui dentro, o carnaval me proporcionou muito conhecimento e tive a oportunidade de trabalhar com grandes mestres, toda experiência vai embasando a gente artisticamente e dando o olhar do artista brasileiro, através da nossa arte a gente chega a lugares que nunca imaginamos chegar, eu pude trazer a Madona para o morro da Providência e foi muito bacana”, conta Marcelo.
Por sua afinidade com o carnaval e com o incentivo de sua patrocinadora, surgiu a oportunidade de levar sua arte novamente para uma escola de samba, a escolhida foi a escola do Borel, a partir daí ele entrou em contato com o diretor de carnaval da escola, Fernando Costa, que prontamente pediu que ele fosse ao barracão para uma conversa inicial, a princípio todos gostaram do projeto, mas havia uma dúvida se o presidente Fernando Horta iria embarcar, porém, Marcelo conta que tudo fluiu bem e se sentiu muito honrado pela confiança de todos em seu trabalho.
“Eu gostaria novamente de fazer uma pintura de arte para uma escola de samba, eu recebi o convite da Colorgin e dentro da agenda que tenho com eles eu trouxe esse projeto pra Tijuca, eu entrei em contato com o Fernando Costa, a gente veio e desenvolveu esse projeto pra cá. Quando eu trouxe a proposta a galera que trabalha com o Horta há muitos anos disse que ele não iria aceitar, mas acabou que a ideia da quadra partiu dele, porque eu fui levar uma proposta para o carnaval, que seria uma empreitada junto com a Sherwin-Williams, acredito que seria muito legal investir no que é o maior espetáculo a céu aberto do planeta. A quadra hoje é tombada pelo IPHAN, quando você mexe numa estrutura dessas que é o patrimônio da escola, dos componentes, da comunidade, tudo acontece na quadra, a escolha do hino, o pavilhão é exaltado”, pontua o artista.
Em entrevista, Fernando Costa, diretor de carnaval da Tijuca, contou que as primeiras conversas com Marcelo já foram animadoras, mas que o projeto inicial não era da quadra temática, que só surgiu depois, ele acredita que os componentes podem se sentir mais próximos do enredo, além do orgulho em ver a quadra remodelada e mais bonita, ele disse ainda que os comentários nas redes sociais são ótimos e que o componente da Tijuca está mordido por conta do resultado do último carnaval.
“As coisas foram acontecendo, eu não conhecia o Marcelo, ele entrou em contato falando que tinha um patrocínio, pedi pra ele ir até o barracão pra gente conversar pessoalmente, o projeto inicial não tinha nada a ver com a quadra, era uma outra coisa, levei ele até o presidente e durante o papo surgiu a ideia de fazer algo na quadra, queríamos alguma coisa dentro do enredo, ele fez o projeto e a gente aprovou. Ele já fez coisas que nem estavam no projeto inicial, ele é um cara muito profissional, super conhecido, o trabalho dele é super importante, tem vários projetos espalhados por aí. Ele é de carnaval e isso já ajuda, as ideias foram surgindo e até o dia 15 tem mais coisa pra fazer. Eu acho que a quadra nova aproxima mais, eu mostro fotos e as pessoas doidas, acredito que a autoestima volta, o componente vê e anima, os comentários nas redes sociais são ótimas, depois do resultado deste ano estão todos mordidos, passamos um ano sendo massacrados, mas na avenida mostramos nosso valor”, disse Fernando.
Para o próximo carnaval, as histórias e belezas da Baía de Todos-Os-Santos formam o tema da Unidos da Tijuca, através do enredo “É onda que vai… É onda que vem… Serei a Baía de todos os santos a se mirar no samba da minha terra”, do carnavalesco Jack Vasconcelos, Marcelo conta que começou a estudar o enredo para poder encaixar o projeto de arte dentro dele e que a primeira coisa que pensou foi em fazer a ligação entre os portugueses que chegaram na costa brasileira, com o presidente Fernando Horta, que é português, o artista conta também que fez uma pintura em homenagem ao português, como forma de reconhecimento.
“Quando lançou o enredo eu fui pesquisar pra entender a proposta e fiz a ligação, nós temos um português na escola e estamos falando de um lugar que foi onde os portugueses chegaram, como posso fazer o português comprar a ideia, então fiz no camarote dele a caravela, onde a primeira Vela é a vela da Tijuca, é a nau portuguesa, ele é o comandante deste barco, tenho muito carinho e respeito, fiz uma homenagem pra ele também com a pintura na parede, eu acho que homenagens devem ser feitas em vida, é importante reconhecer. Quando ele viu o projeto ficou doido e falou pra gente ir dentro”, disse Marcelo.
Foto: Trino Produções/Divulgação
Marcelo conta que o projeto todo ainda não foi finalizado e que algumas surpresas serão reservadas para a final do concurso de samba enredo, para ele, a revitalização da quadra pode ser um fator determinante para trazer de volta o orgulho do torcedor tijucano, que viu em 2022 a escola ser alvo de vários boatos no pré-carnaval e que mesmo assim chegou na avenida e apresentou um belíssimo desfile, ele aproveitou para exaltar a equipe artística da escola e acredita que em 2023 a Tijuca retornará aos anos de glórias.
Foto: Trino Produções/Divulgação
“A gente tinha um provisionamento de uma data para fazer a inauguração, mas eles acharam mais bacana guardar pra semifinal e final, inclusive pra final vai ter mais coisa, terá algumas coisas diferentes, tem coisa guardada, uma cartada final, é onde vamos escolher o hino para 2023. A Tijuca não se contentou com o resultado desse ano e promete vir de uma forma avassaladora para o carnaval 2023, o projeto é muito bacana, o Jack é um cara iluminado naquilo que se propõe a realizar, o Horta tá trazendo um equilíbrio pro time, tá compondo o quadro artístico da escola. Vamos fazer o barulho mostrando na prática, sem forçar, o burburinho que teve nas redes sociais por conta da quadra nova, vi os tijucanos orgulhosos com a quadra sendo revitalizada, ainda mais dentro do enredo e acredito que isso possa fazer diferença no carnaval para 2023”, disse Marcelo.
Foto: Trino Produções/Divulgação
Em números gerais, Marcelo conta que foram gastos mais de 300 sprays de tinta e que somente no piso foram mais de 300 litros de produtos, entre tintas e seladoras, a lavagem do chão durou cerca de 12 horas para que tudo pudesse ficar da melhor forma, ele destaca que se preocupou muito em não colocar o símbolo da escola no piso no chão, para ele, pisar no pavilhão é algo contraditório e foge do objetivo principal, que é reverenciá-lo, portanto, o objeto dele é que os passistas e casais de mestre-sala e porta-bandeira se sintam no mar, outra preocupação foi com os produtos utilizados, para evitar escorregões dos componentes.
Foto: Trino Produções/Divulgação
“A gente tá vivendo uma questão aqui no Rio de Janeiro que é a chuva, esse mês choveu quase todos os dias, o que acabou me atrapalhando porque ainda tem um pedaço da área externa que é onde eu vou fazer a parte do piso, então meio que deu uma pausa, mas o trabalho todo foi em 9 dias, é o meu estilo, estar inspirado e querer executar, transformar o lugar me motiva, as vezes fico dois, três dias direto, tenho minha equipe que me acompanha ao longo dos anos, são artistas também que participam, pra mim é importante que essa galera esteja comigo. Através de uma conquista de uma, é importante oportunizar os outros, é isso que vai fazendo o fomento, que torna o trabalho referencial. Agradeço ao presidente da Sherwin-Williams, pelo apoio, é importante que tenha essa parceria, só no piso foram mais de 300 litros de produtos, entre tintas e seladoras, foram 12 horas de lavagem no piso, essa proposta da gente trazer o mar no chão, é algo diferente, não queríamos o pavilhão no chão, a maioria das escolas tem o pavilhão no chão, acho até um pouco contraditório. Existiu todo um tratamento para evitar que ocorra quedas, conseguimos tratar bem o piso, através da tinta que é em escala industrial, pra quem tá frequentando, os passistas, a Denadir e os outros casais se sentirem confortáveis, se sentindo num mar. Foram também 300 latas de spray no total, além da parte das plataformas que me permite ficar no alto”, finalizou o artista.
Foto: Trino Produções/Divulgação
A volta do orgulho tijucano comentado por Fernando Costa e pelo Marcelo pode ser refletido nas redes sociais da escola, sempre que uma parte da quadra é mostrada, os comentários são diversos e extremamente positivos, é o caso de Giovanna Brammer, torcedora da escola que costuma frequentar a quadra mesmo sendo moradora de São Paulo, para ela, ver a quadra se adequando ao enredo tem sido revigorante e um estímulo a mais para a Tijuca reviver seus melhores anos.
“Sou torcedora da Tijuca desde 2010 e acompanho a quadra desde 2013, a primeira sou de São Paulo, então tem essa essa distância, essa dificuldade de conseguir ir pra escola sempre e tudo mais, mas sempre que posso e vou ao Rio passar pela Tijuca. A quadra nova eu vi uma parte dela quando fui na primeira eliminatória, o chão ainda não estava pronto, mas eu acompanhei todo o processo pelas redes sociais, por fotos de amigos meus que são tijucanos, é revigorante, sabe? É um ar novo, parece que é uma escola nova, é uma escola diferente depois de tantos anos, desde 2017 que a gente tem passado por tantas dificuldades, acho que agora é um start novo, o carnaval de 22 foi uma lavagem de alma pra gente, ter sido tão respeitado novamente, acho que esse ano a Tijuca com a quadra nova, com o enredo bom, o enredo novo, o enredo com temáticas africanas, coisas que a gente não falava há muito tempo, me despertou assim a gente tá de volta, sabe? A gente está voltando ao que era em 2010, algo que éramos a potência. Então, assim, até presunçoso da minha parte, talvez, mas me dá esse ar novo, me dá essa cara. Está tudo bem. A gente está no caminho. Então, a quadra nova tem sido revigorante pra mim que sou torcedora e acho que é um status de que a gente está tentando voltar com tudo e se Deus quiser voltaremos”, disse Giovanna.
Com a final de samba da Estação Primeira de Mangueira batendo na porta do mundo do samba, o site CARNAVALESCO perguntou a alguns integrantes da diretoria mangueirense e para alguns segmentos do que precisa ter o samba que será escolhido para ser a trilha sonora do desfile da Verde e Rosa em 2023 que vai apresentar o enredo “As Áfricas que a Bahia canta”. Para a presidenta Guanayra Firmino, a obra tem que ter o jeito único da escola, representar o modo de ser Mangueira. * OUÇA AQUI OS SAMBAS FINALISTAS
Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO
“O que não pode faltar é um samba com a cara da Mangueira. E o que o mangueirense pode esperar é muita garra, muita emoção, muita surpresa também”.
Já para o diretor de carnaval, Amauri Wanzeler, a palavra de ordem é a garra que todo o mangueirense tem quando desfila pela agremiação.
“O que não pode faltar no samba da Mangueira é a garra do mangueirense, a garra da sua comunidade e a gente vai ter uma final de samba muito bonita, com muita festa, muita alegria, após a pandemia a gente vai voltar a ter alegria nesta quadra, o calor humano de sua comunidade, uma expectativa muito grande com relação ao desfile da Mangueira 2023, esse enredo é maravilhoso e nossos carnavalescos estão desenvolvendo”.
O carnavalesco Gui Estevão acredita que a obra deve sintetizar a alegria do enredo focando na mensagem dos cortejos negros, trazendo também o forte enfoque no feminino.
“O que não pode faltar é animação, porque isso é o termometro principal do enredo da Mangueira, e acima disso tudo, amensagem forte dos cortejos negros, a importância da formação social e como isso tudo é consolidadado pela mão das mulheres, mas eu tenho a felicaidade de dizer que osa sambas que estão na Mangueira, contemplam isso muito bem, a safra realmente incorporou o espírito do enredo, que vença o melhor”, avalia Guilherme.
A carnavalesca Annik Salmon elogiou a safra e acredita que o samba escolhido vai retratar bem o enredo e será elogiado pelo mundo do samba.
“Os compositores esse ano arrebentaram, são muitas obras boas, todos estão perfeitos, com letras que conseguiram abordar o que a gente colocou na sinopse, com melodias bacanas, e assim já tem o samba campeão e perfeito”, entende a carnavalesca.
Bateria preparada para o desafio do desfile de 2023
De volta ao comando da bateria “Tem Que Respeitar Meu Tamborim”, agora ao lado de Taranta Neto, mestre Rodrigo Explosão, campeão com a escola em 2016, revela que houve uma grande reformulação na bateria durante esse início de preparação para o próximo carnaval, visando selecionar os melhores para representar o grupo tão tradicional de ritmistas do Grupo Especial.
“Estamos começando a fazer um processo, ano passado ficamos bastante tempo sem tocar, e foi um ano bem complicado até na nossa volta. Agora começamos a ensaiar mais cedo, era muita gente voltando a bateria, que estava querendo desfilar, abrimos um processo com a bateria praticamente nova, quem estava dentro não tinha cadeira cativa, abrimos seleção para todo mundo e enxugamos, e colocamos o que tínhamos de melhor. Hoje nós achamos que o que de melhor nós temos, está dentro da bateria. E nós começamos a fazer um processo de evolução, daqui a pouco vamos ter escolha do samba, e aí que a gente continua esse processo todo”, explica Rodrigo.
Fotos: Lucas Santos/Site CARNAVALESCO
Outro fato que o mestre considera importante, é o entrosamento com o carro de som, Marquinhos Art’Samba segue na escola agora dividindo o microfone oficial com Dowglas Diniz, cria do morro da Mangueira e com passagem até mesmo na bateria da Verde e Rosa.
“Não poderia estar melhor (o entrosamento). O Marquinhos e o Dowglas, que também é oriundo da bateria da Mangueira, então fica tudo mais fácil, Marquinho é nosso amigo para caramba, e no carro de som tem o Digão também e o Vitor Arte, que é da casa, então não poderia ter aliança melhor esse ano”.
Já Marquinhos Art’Samba falou sobre sua relação com o agora também intérprete oficial da Mangueira. “A minha relação com o Dowglas já dura quase cinco anos, não tem nenhum problema, o Dowglas me chama de pai, daí eu acho que eu não preciso dizer mais nada. É uma coisa bem natural, ele é mais jovem, tem um ímpeto um pouco lá na frente, mas isso não atrapalha em nada, e eu não vejo pra ele nenhum motivo para mudança do estilo, porque eu já tenho esse estilo, já é o meu estilo, e ele tem o estilo dele e isso não atrapalha”.
O Paraíso do Tuiuti define nesta sexta-feira, a partir das 21h, o samba vencedor para o Carnaval 2023. Três obras estão classificadas para decisão. No ano que vem, a agremiação vai levar para a Avenida o enredo “Mogangueiro da cara preta”, dos carnavalescos Rosa Magalhães e João Vitor Araújo. A história inédita narra a chegada dos búfalos ao Brasil, na Ilha do Marajó, e como isso se transformou em manifestação cultural. A quadra do Tuiuti fica no Campo de São Cristóvão, 33, bairro de São Cristóvão. A entrada custará R$ 30 e só será vendida na hora do evento. * OUÇA AQUI OS SAMBAS FINALISTAS
O site CARNAVALESCO preparou uma cobertura especial. Nosso esquenta começa a partir das 21h, e a transmissão da final meia noite com muito conteúdo em texto, vídeos e fotos. Além da definição do hino que a escola levará para o próximo carnaval, acontecerá também a coroação de Mayara Lima como rainha de bateria.
Renato Thor, presidente da agremiação, contou o que não pode faltar no samba campeão e também o que o torcedor pode esperar da escola para o carnaval 2023, para ele, o samba campeão deve ter a essência da escola, além de garantir nota boa, como vem ocorrendo desde 2016, para o próximo ano ele espera repetir o feito de 2018, quando o Tuiuti terminou no segundo lugar do Grupo Especial.
“Não pode faltar a essência do Paraíso do Tuiuti, em termos de samba enredo estamos bem, temos gabaritado desde 2026, perdi um décimo esse ano. Podem esperar mais um belíssimo carnaval, mais empenho e mais dedicação, nos últimos dois anos temos perdido para nós mesmo, carnaval não é mais para amador, tô procurando mais uma vez colocar a mão nesse volante, mostrar que sabemos fazer e repetir 2018”, disse o presidente.
Com 45,5% dos votos, a parceria de Eli Penteado, Bujão, Régis, Wagner Zanco e Almeida Sambista foi eleita a favorita pelos leitores do site como a favorita para vencer. Em segundo lugar ficou a parceria de Claudio Russo, Moacyr Luz, Gustavo
Clarão, Júlio Alves, Alessandro Falcão, Pier Ubertini e W Correia com 40,3%. A parceria de Igor Leal, Inácio Rios, Rafael Prates, Neto, Evandro Santos e Sormany Justem recebeu 14,4%.
A Estação Primeira de Mangueira realizará neste sábado em sua quadra uma grande festa para escolher o hino que levará para avenida no próximo carnaval. O enredo “As Áfricas que a Bahia Canta”, desenvolvido pelos carnavalescos Guilherme Estevão e Annik Salmon, apresentará as construções das visões de África na Bahia a partir de sua musicalidade e instituições carnavalescas negras, destacando o protagonismo feminino nesse processo e as lutas contra intolerância, racismo e pelo fortalecimento da identidade afrobrasileira. * OUÇA AQUI OS SAMBAS FINALISTAS
Foto: Divulgação/Mangueira
Para a escolha, a agremiação verde e rosa tem três sambas na disputa. As obras dos compositores Gilson Bernini e cia; Lequinho e Cia e Thiago Meiners e Cia se apresentarão por 40 minutos com o apoio da bateria da Mangueira.
Em um show montado especialmente para este dia, a escola celebrará a música baiana e seus ritmos. Coordenado pelo diretor artístico da escola, Fábio Batista, o número promete emocionar o público.
Desde o pré-carnaval de 2020 a escola não recebe os apaixonados pelo carnaval para escolher o samba na quadra, a última disputa ocorreu através de lives por conta da pandemia.
SERVIÇO
Final de samba-enredo da Mangueira
Local: Palácio do Samba – Quadra da Mangueira
Endereço: Rua Visconde de Niterói, 1072 – Mangueira
Data: 08/10 – Horário: 22h
Ingresso antecipado: R$70,00
Mesa (na hora do evento): R$60,00
Ingresso.mangueira.com.br
Ingresso no dia: R$80,00
Nesta sexta-feira, dia 07 de outubro, o Paraíso do Tuiuti escolherá o samba-enredo que será o seu hino oficial para o próximo carnaval, a obra escolhida terá a missão de retratar o enredo “Mogangueiro da cara preta”, da dupla de carnavalescos Rosa Magalhães e João Vitor Araújo. * OUÇA AQUI OS SAMBAS FINALISTAS
Foto: Site CARNAVALESCO
O site CARNAVALESCO conversou com representantes das três parcerias finalistas no concurso para saber o que representa chegar até a final e também para que cada um possa destacar o que mais gosta em seu samba. * VOTE AQUI E APONTE QUAL PARCERIA É FAVORITA PARA VENCER
Parceria de Eli Penteado: “Representa muito estar aqui, é algo imensurável porque você participar de uma final em qualquer que seja a agremiação já é ótimo, numa escola como a Tuiuti, que tem uma qualidade muito grande, que já teve um vice-campeonato, uma escola com uma gama de sambas muito bons, haja vista que nos últimos anos a disputa tem sido muito acirrada, no bom sentido é claro, sempre leva a melhor obra para a Marquês da Sapucaí e acredito que esse ano com as três obras que tem, ela não vai fazer diferente”.
Parte favorita: “Geralmente são os refrões, dessa vez nós optamos por fazer dois refrões e um bis, o bis que antecede, que é o pré-refrão tem o grande chamariz, é manada do Tuiuti que foi a pegada que a parceria conseguiu trazer a comunidade nessa frase, mas todo o corpo do samba foi feito de forma dissertativa e também metafórica, isso facilitou muito para que pudéssemos chegar a consenso dentro dessa obra”.
Parceria de Claudio Russo: “O Tuiuti já se tornou a minha casa, desde 2016 quando a subiu com boi mansinho, depois em 2018 quando a gente conseguiu o vice-campeonato. Eu me sinto muito feliz de estar aqui, é uma escola de família, de comunidade, estar em mais uma final é uma honra, um orgulho, que vença o melhor”.
Parte favorita: “O “é lá, é lá, é lá” a gente trouxe uma cantiga lá da Ilha de Marajó,pra lembrar o carimbó do Marajó e se Deus e a gente sair vencedor, vai dar muita possibilidade para a bateria criar bossas e fazer um swing bem legal”.
Parceria de Igor Leal: “É uma final muito importante, o Tuiuti é uma escola que ultimamente vem com grandes sambas, dá pra lembrar do ano que ela foi vice-campeã e aquele samba foi fundamental para o sucesso do desfile, foi um desafio muito grande fazer um samba para uma escola que tem um histórico tão bom de sambas, essa foi a nossa ideia, fazer um grande samba para fazer a escola chegar na parte de cima do carnaval.
Parte favorita: “Quando eu faço samba eu gosto muito de comunicar com o público da Sapucaí, então eu acho que o refrão principal, na parte que fala “joga o laço nesse boi, que esse boi é Mogangueiro, da cara preta feito o povo brasileiro”, eu acho que essa parte é a essência do povo do brasileiro, esse enredo é isso e eu acho que conseguimos captar”.
A Imperatriz Leopoldinense realiza, no sábado, mais uma edição da “Feijoada da Leopoldina”. O evento terá show do grupo “Caju pra Baixo” e a definição dos três sambas que irão para a final do concurso que elegerá o hino da escola para o Carnaval de 2023. Grandes nomes da história da Rainha de Ramos, como Preto Joia, Chiquinho e Zé Katimba, receberão homenagens pelos anos dedicados à agremiação.
Mestre-sala Chiquinho será um dos homenageados. Foto: Nelson Malfacini/Divulgação
A feijoada da Imperatriz será na quadra de ensaios da escola, que fica na rua Professor Lacê, 235, Ramos. A grande final da disputa de samba-enredo está marcada para 17 de outubro. Para reservas, ingressos, camarotes e outras informações:
(21) 98317-6137.
Em 2023, a Imperatriz Leopoldinense será a quarta escola a desfilar na segunda-feira de Carnaval, no dia 20 de fevereiro, com o enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”, do carnavalesco Leandro Vieira.
O tema se inspira em cordéis populares, como “A chegada de Lampião no inferno”, “O grande debate que teve Lampião com São Pedro” e “A chegada de Lampião no céu”, que se debruça nas hipóteses da literatura de cordel sobre o que teria acontecido com a alma do cangaceiro após sua morte, em 28 de julho de 1938.
A Feira das Yabás de outubro faz homenagem a três tradicionais escolas de samba do Brasil: a Portela, representada por Marquinhos de Oswaldo Cruz; a Mangueira de Cartola, que faria anos em outubro e será cantado pela grande Áurea Martins; e a Império Serrano, cuja Velha Guarda lembrará Silas de Oliveira, também aniversariante do mês.
Foto: Divulgação
O evento será neste domingo, dia 9 de outubro, a partir das 13h, na Praça Paulo da Portela, em Oswaldo Cruz , zona norte do Rio de Janeiro. A abertura da festa é com o Grupo Quarteto Sumaré. Cheguem cedo para degustar as iguarias das nossas quituteiras Yabas.
Grandes nomes da MPB, como Dona Ivone Lara, Leandro Sapucahy, Leci Brandão,Arlindo Cruz, Danilo Caymmi, Fátima Guedes, Hamilton de Holanda, Jongo da Serrinha, Guinga, entre outros, já marcaram presença na Feira.
A festa tem patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro, realização do Instituto Harmonya do Brasil e produção da MMachado Produções Culturais.
Além da boa música, o público ainda aproveita para experimentar a culinária típica do subúrbio carioca e pratos de origem africana nas 16 barracas expositoras, sob o comando das matriarcas das famílias mais importantes e tradicionais da região de Oswaldo Cruz: um imenso restaurante a céu aberto.
Entre as muitas opções, estão: mocotó, Angu a Baiana, feijoada, cozido, tripa lombeira entre outras iguarias do mundo do samba.
Serviço:
FEIRA DAS YABÁS
Roda de Samba do Marquinhos de Oswaldo Cruz recebe Áurea Martins e Velha Guarda Show do Império Serrano.
Abertura : Grupo Quarteto Sumaré
Quando: Domingo, 9 de Outubro de 2022. Hora: a partir das 13h.
Local: Praça Paulo da Portela – Estrada do Portela – Oswaldo Cruz
Evento gratuito.
Mais informações: 21 – 97036-4543
Classificação: Livre