A Unidos da Tijuca começará no dia 1º de agosto o concurso de sambas que vai eleger o hino oficial do seu desfile do Carnaval 2025. O enredo a ser contato nos versos dos compositores da amarelo ouro e azul pavão do Morro do Borel é “ Logun-Edé – Santo Menino que velho respeita”, assinado e desenvolvido pelo carnavalesco Edson Pereira, estreante na agremiação. O tema foi um atendimento da direção da escola ao pedido da comunidade através das redes sociais da agremiação.
Foto: Mauro Samagaio/Divulgação Tijuca
O calendário já foi definido. Na próxima quinta-feira, 16 de maio, acontece na quadra a leitura e explanação da sinopse do enredo. Na ocasião, a escola revelará as regras do concurso e uma notícia especial para os compositores. O evento contará ainda com um coquetel para os convidados, convidados e imprensa. Será o primeiro encontro da escola após o último carnaval.
A equipe de carnaval, carnavalesco e enredistas atenderá os compositores no barracão para consultas e tira-dúvidas individuais com cada parceria nos dias 27, 28 e 29 de maio de 16 às 18 horas. O barracão da Unidos da Tijuca fica situado na Cidade do Samba, localizada na rua Rivadávia Correa 60 – Barracão 12, Gamboa.
A amarelo ouro e azul pavão do Morro do Borel receberá a inscrição dos sambas concorrentes no dia 27 de junho. A disputa inicia no dia 01º de agosto e a grande final será dia 21 de setembro. Todas as etapas do concurso serão realizadas na quadra da escola que fica na Avenida Francisco Bicalho 47 – Santo Cristo. Não há cobrança de ingressos durante as etapas eliminatórias. Confira abaixo o calendário:
Maio
16 – 20h – Entrega da Sinopse
27 – 16 às 18h – Tira Dúvidas
28 – 16 às 18h – Tira Dúvidas
29 – 16 às 18h – Tira Dúvidas
Agora na sexta-feira, véspera do desfile das campeãs, a apresentação das agremiações mirins, segundo a Liesa, contará com ainda mais incentivos, visibilidade e oportunidades de desenvolvimento dos jovens sambistas. Em uma parceria com a Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro (Aesm-Rio), a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) atuará como coprodutora do evento.
Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval
Para o presidente da Aesm-Rio, Edson Marinho, o diálogo entre as instituições e a possibilidade de uma maior estrutura às crianças deixará um novo marco nos desfiles: “A manutenção e incentivo ao trabalho desenvolvido pelas escolas mirins é primordial para que as grandes escolas de samba permaneçam ativas sem deixar a tradição dos desfiles terminar. Estamos felizes com o início dessa parceria entre Aesm-Rio e Liesa”, ressaltou.
Quem também valorizou a inclusão dos desfiles mirins no calendário oficial do Rio Carnaval foi a diretora cultural da Liesa, Evelyn Bastos: “Trabalho diretamente com crianças e jovens de comunidade e acompanho de perto como essa oportunidade vai trazer maior visibilidade e ampliar o desenvolvimento cultural”, comemorou.
O presidente da Liesa, Gabriel David, também comentou a parceria com a Aesm-Rio. “A ideia em trazer os desfiles mirins para dentro do Rio Carnaval, fazendo uma colaboração entre a Liesa e a Aesm-Rio, é para podermos utilizar a estrutura da Liga para potencializar os desfiles mirins, tanto em termos de visibilidade quanto em recursos financeiros alocados para as agremiações mirins, trabalhando em conjunto para que possamos construir um novo passo para o futuro do Carnaval”, destacou.
Durante plenária que reuniu dirigentes e representantes das agremiações filiadas à Associação das Escolas de Samba Mirins, ficou estabelecido que no próximo carnaval as escolas do Grupo Mirim desfilarão na sexta-feira, dia 07 de março, no Sambódromo. A escolha da data aconteceu na noite de quarta-feira, na quadra da Estácio de Sá. Membros da diretoria da entidade que promove o carnaval infantil na Passarela do Samba, liderados por Edson Marinho e representantes das agremiações optaram pelo dia que antecede aos desfiles das escolas campeãs. Nas próximas plenárias a Aesm-Rio adotará diretrizes como o sorteio da ordem dos desfiles.
Foto: Hanna Beyla/Divulgação Riotur
Durante o encontro dos dirigentes que contou com a presença da diretora cultural da Liga Independente das Escolas de Samba, Evelyn Bastos, outras questões foram discutidas como o acesso dos desfilantes e público nas dependências do sambódromo, a circulação dos transportes públicos e logística de retiradas das alegorias dos barracões e o percurso até a concentração.
“Estamos firmando uma parceria entre Liesa e Aesm-Rio, com o objetivo de fortalecimento dos desfiles das crianças. A diretoria da Liga atuará junto às escolas infantis para o fortalecimento do carnaval, pois sem o trabalho de revelação e desenvolvimento de talentos, em apenas alguns anos, os desfiles das grandes escolas sucumbem”, destacou Alexandre Moraes, diretor de operações da Aesm-Rio.
Vale ressaltar que desde a inauguração da Passarela do Samba, as escolas mirins se apresentam no principal palco do sambista. Nos carnavais de 1984 a 1989, os desfiles aconteciam antes das grandes escolas no Domingo e Segunda de Carnaval. A partir de 1990, as agremiações infantis passaram a ter um dia para desfilarem, sendo sexta-feira até 1992. Entre 1993 e 1999, a criançada desfilou abrindo os carnavais no Sambódromo. A partir de 2000 até 2012, os pequeninos foram os responsáveis por iniciar a maratona festiva e desde 2013 até o último carnaval encerraram o espetáculo.
Thiago David foi nomeado como o novo vice-presidente da Beija-Flor de Nilópolis após uma reunião interna da diretoria da escola. Empresário do entretenimento e reconhecido músico no cenário latino-brasileiro, Thiago assumirá a coordenação da escola ao lado do presidente Almir Reis pelos próximos três anos, sucedendo Gabriel Cruz Maciel. Sendo neto do presidente de honra Anísio Abraão David, sua chegada reforça os laços familiares com a agremiação, e ele tem como missão elevar as oportunidades empresariais e de inovação para a Beija-Flor.
Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Beija-Flor
Quem é Thiago David?
Thiago Müller David é músico reconhecido no cenário da composição e arte latino-brasileira, seu extenso currículo inclui colaborações em diversos meios, desde videogames até filmes e séries, com destaque em plataformas como HBO Max, Amazon Prime Video e Disney Plus. Internacionalmente, ele foi indicado ao prêmio de Melhor Compositor de Trilha Sonora Original no Festival de Los Angeles, entre outros feitos notáveis. Além disso, Thiago tem uma presença significativa na cena musical latina, com sua canção “Llevame” alcançando sucesso nas paradas de rádio e obtendo reconhecimento em vários países, acumulando mais de 3,5 milhões de reproduções em nações como Venezuela, México, Colômbia e Peru.
Família Beija-Flor
Sua ligação com a Beija-Flor vem de longa data. Seu avô, Anísio Abraão David, é o presidente de honra da agremiação, e seu pai, o ator Anderson Müller, já ocupou cargos de direção na escola de samba. Thiago compartilha memórias afetuosas da quadra da Beija-Flor, destacando a importância da comunidade e dos valores aprendidos ao longo dos anos.
“Minha ligação com a Beija-Flor começou na infância. A quadra era um lugar de valores como compaixão e humildade, aprendizados que carrego comigo. Me lembro das festividades de São Cosme Damião, quando brinquedos eram distribuídos para as crianças de Nilópolis. A união da comunidade, o samba… tudo isso foi essencial na minha vida. A Beija-Flor é mais do que uma escola, é tradição, comunidade, vida, um grande amor”, compartilhou.
Beija-Flor patrimônio nacional
Com a nomeação de Thiago David, a Beija-Flor de Nilópolis reforça seu compromisso com a inovação e a excelência, se preparando para novos horizontes sob a liderança do novo vice-presidente. Após seis anos dedicados ao desenvolvimento de sua carreira internacional e, portanto, fora do Carnaval, Thiago retorna com renovado entusiasmo e experiência, ansioso por contribuir com a escola que tanto ama.
“Neste momento, estou ansioso para aprender com os veteranos da Beija-Flor, que mantêm a escola como uma referência mundial. Quero aplicar minha experiência na indústria da música latina e internacional, assim como em marketing, para expandir nossa marca globalmente”, contou Thiago, que completou “Meu principal foco é atrair mais marcas para entenderem nosso trabalho, que não se limita apenas ao Carnaval, mas se estende ao longo do ano todo. Temos uma comunidade que consome muito nossa marca e precisa ser lembrada. A Beija-Flor é Nilópolis é a comunidade, e já temos vários projetos em andamento. Acredito muito na nossa equipe comercial e que, aos poucos, conseguiremos demonstrar esse potencial para que as marcas nos vejam como uma empresa de entretenimento, como um verdadeiro patrimônio nacional”, finalizou.
É Verde e Rosa; é Patrimônio Imaterial! A Velha Guarda da Estação Primeira de Mangueira acaba de ser declarada Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial pela cidade do Rio de Janeiro. Na decisão, a prefeitura considera a importância da Mangueira para a preservação da memória e da história do samba e do carnaval carioca; e destaca a necessidade de se reconhecer e contribuir com a preservação e perpetuação dos que são responsáveis pelo tradicional carnaval, pelo samba e pela cultura da Cidade. A medida está em vigor desde o último dia 8 de maio.
Foto: JM Arruda/Divulgação Mangueira
Criada em 1943, por alguns dos fundadores da própria agremiação tais como Cartola e Carlos Cachaça, a Velha Guarda da Verde e Rosa já chegou a contar com 150 integrantes. Atualmente, são 50 componentes que precisam ser sócios da Escola por mais de 30 anos, e ter acima de 60 anos de idade.
“Existe o respeito, a consideração, a ideia de preservar as histórias, da ancestralidade, sempre existiu”, destaca Dona Gilda Firmino, presidente da Velha Guarda da Mangueira, lembrando que, ao longo do tempo, prevaleceu na agremiação a ideia dos mais velhos como fonte muitos saberes. “Até hoje somos consultados”, conclui.
A Mocidade Independente de Padre Miguel divulgou nesta quinta-feira o seu calendário das disputas de samba para o Carnaval 2025.
Além da grande final que acontecerá no Maracanã do samba dia 4 de outubro, a disputa contará com tira-dúvidas dos compositores, audições internas e eliminatórias que acontecerão na histórica quadra da Vila Vintém.
A verde e branca da Zona Oeste levará para a Marquês de Sapucaí no próximo ano o enredo “Voltando para o futuro, não há limites para sonhar!”, dos carnavalescos Renato e Márcia Lage.
O mundo do samba segue unido pela solidariedade às vítimas da chuva no Rio Grande do Sul. Com o objetivo de ajudar as famílias e municípios na reconstrução, todas as agremiações do Grupo Especial do Rio de Janeiro passarão a produzir rodos nos barracões, que poderão ser utilizados para auxiliar na retirada da água de ruas e residências. Para isso, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) está pedindo doações de madeira, que poderão ser entregues na Cidade do Samba.
Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
“Estamos totalmente solidários à população do Rio Grande do Sul e pensando em diversas maneiras de ajudar. Soubemos que eles estão precisando bastante de rodos que sejam fortes para tirar a lama e a água. As escolas de samba, então, concordaram em utilizar os barracões para produzir esses materiais”, contou o presidente da Liesa, Gabriel David.|
Poderá ser doado qualquer tipo de madeira, seja ela inteira ou até mesmo em pedaços, de diferentes formas e tamanhos.
Vale ressaltar que a Liesa segue recebendo, também, outros tipos de donativos já solicitados, como alimentos não perecíveis, água mineral, roupas, travesseiros e rações para cachorros e gatos. As doações poderão ser enviadas para a Cidade do Samba, que fica na Rua Rivadávia Corrêa, 60, na Gamboa, entre 10h e 18h.
A quarta-feira foi de ensinamentos na Zona Leste de São Paulo. Na tradicionalíssima quadra da Nenê de Vila Matilde, onze vezes campeã do carnaval paulistano, a agremiação realizou a entrega da sinopse e a explanação do enredo “Um quê de poesia e um tanto de magia, a arte de encantar o imaginário popular”, desenvolvido pelo carnavalesco Danilo Dantas – estreando na instituição.
Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO
Em um primeiro momento, muitas pessoas envolvida com o carnaval tiveram dificuldades para entender qual seria, de fato, o enredo da Nenê de Vila Matilde. O carnavalesco tratou de destacar que tal temática, na realidade, é simples de ser compreendida:
“O enredo parece ser complicado, mas não é. Eu aprendi a gostar de carnaval com enredo que tenha consistência, uma boa história. Falar de festas populares seria algo muito simples, e, quando eu comecei a pesquisar manifestações folclóricas no Brasil, descobri que todas elas têm algo em comum: ligações com o tempo medieval. Isso me pegou muito. Fazendo minhas pesquisas, criei esse conto – que tem o contador, o Poeta Trovador, que narra desde a Idade Média. Ele convida a Águia [símbolo da Nenê] para voltar àqueles tempos, com o surgimento do trovadorismo; passa pela chegada ao Brasil com os portugueses e demais europeus, que trouxeram tantos artistas para cá – incluindo os de rua e os mambembes”, destacou, aproveitando para falar sobre toda a pesquisa realizada para a concepção da temática.
Danilo segue com a narrativa que será desenvolvida: “Todos esses artistas trouxeram muitas informações, histórias e livros, todos com histórias fantásticas da Idade Média. Entre eles, destaque para o livro “Os Doze Pares da França”, que falava sobre a guarda pessoal do rei Carlos Magno. Essa publicação dá origem a uma das principais atividades folclóricas brasileiras, a Cavalhada e o Reisado. É aí que começam a ter as ligações da Idade Média com o Brasil”, explicou.
Eis, então, que surge um novo ponto de mudança na narrativa da temática: “Através dessa história, surge um grande visionário brasileiro: Ariano Suassuna. Na década de 1970, ele estava muito incomodado com as manifestações folclóricas brasileiras, que estavam perdendo força e sendo muito criticadas – e, aí, ele cria o Movimento Armorial. O armorial vem da Idade Média, mostrando que as manifestações folclóricas brasileiras nascem com uma raiz erudita, mesmo sendo popular. O maracatu, a congada, o cavalo marinho e tantas outras manifestações folclóricas brasileiras bebem do medievalismo – Suassuna percebeu isso com o manifesto e com o movimento”, recordou-se.
Bem recebido
Em mais de um momento, Danilo Dantas e a mesa diretora do evento foram interrompidos com aplausos dos presentes. Quem tentou exemplificar o sentimento da comunidade foi Elisangela Simião, popularmente conhecida como Zanza, diretora da ala dos compositores da escola: “A gente está falando do Brasil no contexto de toda a diversidade que o país traz, todas as formas, como cada situação chega na cultura. O enredo fala de vários povos, enfatizando o artista e o povo, a cultura de rua, como ela junta o popular com o erudito. É fantástico, é rico demais, dá para fazer obras belíssimas e muito bem trabalhadas”, destacou.
Em outro momento, Zanza aproveitou para destacar o quanto o trabalho de Danilo foi bem feito: “Mais claro que essa sinopse, só a água e uma cervejinha. Nossos coordenadores estão com a faca e o queijo na mão, nunca vi uma sinopse tão bem explicada, exemplificada e clara. Tem uma parte que fala de religião, que exige leitura, mas é uma temática que só poderia acontecer no Brasil”, exaltou.
Falando no samba…
Perguntado sobre o que esperava do samba da Nenê de Vila Matilde para 2025, Danilo relembrou outros carnavais marcantes e, até certo ponto, recentes da Águia: “Quando eu penso nesse enredo, lembro de alguns outros que a escola já fez, como Câmara Cascudo [‘Um Voo da Águia Como Nunca Se Viu!! Também Somos Folclore do Nosso Brasil’, de 2008], o enredo que falava do frevo, do maracatu e da mistura de culturas da década de 1980 [‘Eu Tenho Origem’, de 1989]. O último enredo da Nenê, por sinal, falava de manifestações culturais [‘Cirandando a vida pra lá e pra cá. Sou Lia, Sou Nenê, Sou de Itamaracá’, de 2024], é o DNA da agremiação falar desses tipos de enredo. Quando pensamos em temáticas assim, não podemos deixar de querer um samba alegre e leve. Vou deixar bem claro que não quero que ninguém se apegue a terminologias catedráticas do enredo: quero algo solto e que proporcione o arrastão da Nenê, que esteja em consonância com a Bateria de Bamba, que é mais pesada e forte. O enredo só começa na Idade Média, quero algo que enfoque mais nas manifestações culturais – e o samba tem essa magia de encantar”, pontuou.
Concurso
Dos mais tradicionais concursos de samba-enredo paulistanos, a Nenê de Vila Matilde fará uma eliminatória com três fases. A apresentação de todos os sambas-enredo concorrentes será no dia 28 de julho. Dela sairão so semifinalistas, já no dia 04 de agosto. E, no dia 10 de agosto, a azul e branca escolherá sua canção para o carnaval 2025.
Regulamento e ficha de inscrição foram distribuídas pela mesa diretora, comandada pelo diretor de Harmonia da Nenê, Rodrigo Oliveira – que aproveitou para destacar o quanto todos estão abertos para conversar com os compositores: “Antes de tudo isso, teremos um tira-dúvidas com o carnavalesco, que está previamente marcado para o dia 04 de junho. A data de entrega dos sambas será dia 02 de julho. Também teremos uma pré-audição, no final do mês de junho”, detalhou – e, nesse momento, Danilo também pontuou que ele e os demais presentes na mesa diretora estão abertos para conversações com os compositores.
A fala do diretor também teve espaço para uma grande e positiva surpresa: “Nesse ano, a Nenê terá uma premiação para a obra vencedora. O samba campeão receberá o valor de R$ 10 mil acertado após o pagamento da primeira parcela dos pagamentos oriundos da Liga-SP e da Prefeitura de São Paulo”, finalizou.
O Paraíso do Tuiuti apresenta na próxima segunda-feira, dia 13 de maio, a partir das 19h, a sinopse do enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?”, do carnavalesco Jack Vasconcelos, para o Carnaval 2025. A leitura vai ocorrer durante o evento “Tutu de Preto Velho”, que já virou tradição da agremiação de São Cristóvão. Além de servir o prato, os segmentos da azul e amarelo irão se apresentar e haverá roda de samba com T do Tuiuti. A entrada será gratuita.
“Xica Manicongo foi a primeira travesti não indígena do Brasil. Trazida sequestrada da região do Congo, pertencente à categoria das quimbandas de seu povo, sua expressão de gênero era lida pelo colonizador como feminina. Xica representa a luta das travestis brasileiras pelo direito à memória e reconhecimento e por isso é importante homenagear sua luta e existência”, diz Jack Vasconcelos.
Serviço:
Tutu de Preto Velho com leitura da sinopse para o Carnaval 2025
Data: Segunda-feira, 13 de maio,
Horário: a partir das 19h
Endereço: Campo de São Cristóvão, nº 33, em São Cristóvão – RJ
Entrada: Gratuita
Após visita da diretoria da Imperatriz Leopoldinense e do carnavalesco Leandro Vieira às principais casas de candomblé da Bahia, o Terreiro Casa Branca do Engenho Velho (Ilê Axé Iyá Nassô Oká), o primeiro do Brasil, confirmou que irá colaborar com as informações ligadas ao enredo “ÓMI TÚTÚ AO OLÚFON- Água fresca para o Senhor de Ifón”.
Foto: Divulgação/Imperatriz
No mês passado, a presidente Catia Drumond e Leandro estiveram no terreiro para se aprofundar nos conhecimentos e saberes da temática, e foram recebidos pela Ekedi Sinha e por um Mogbá da casa, senhor Antônio Luís.
O carnavalesco, responsável pelo o desenvolvimento do enredo que irá para a Marquês de Sapucaí, festeja a parceria e se sente privilegiado pela possibilidade de consultar o tão respeitado patrimônio religioso e cultural brasileiro, resguardado pela história da Casa Branca, fundada na primeira metade do século XIX, e hoje sob liderança da ialorixá Mãe Neuza de Xangô Aganjù.
“O Terreiro Casa Branca guarda a oralidade de tradições ancestrais. Ter contato com quem faz o sagrado vivo é ter acesso a uma imensa biblioteca de bocas que guardam palavras, como quem guarda livros de valor incalculável. Para mim, que tenho gosto pela pesquisa, desfrutar da possibilidade de acesso à sabedoria da casa é poder exercer a atividade de enredista e carnavalesco de mãos dadas com o respeito e a reverência”, afirma Leandro.
O terreiro Casa Branca do Engenho Velho foi tombado pelo IPHAN em 1984, e é o primeiro monumento da cultura negra a ser considerado Patrimônio Histórico do Brasil, além de ser aclamado como a “mãe de todas as casas de santo da Bahia”.