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Confira a sinopse do enredo da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2025

O texto que apresento como enredo é fruto da escuta. Ele nasce da condição de ouvinte da sabedoria ancestral daqueles que guardam nas palavras que falam uma espécie de escrita que dá conta da memória. A narrativa carnavalesca que agora apresento se respalda na possibilidade de acesso a uma biblioteca de bocas que guardam um tipo de livro raro.

Aquilo que escrevo a seguir, ouvi de ekedes e babalorixás. De mogbás e ialorixás. O que agora se mostra com contorno carnavalesco não é exatamente aquilo que um só deles disse. O que escrevo é a soma de tudo o que foi dito, incluindo o que um não disse, mas que o outro acrescentou. Nas culturas marcadas pela oralidade, vale o dito popular: “Quem conta um conto aumenta um ponto.”

Nas linhas que virão, apresento-lhes aquilo que ouvi, acrescentando “um ponto” que é fruto da minha imaginação carnavalesca para o mito ioruba que narra a visita de Oxalá – senhor de Ifón – à Xangô. Com isso, conto-lhes as peripécias de Exu e o desfecho da saga incluindo os ritos que ainda hoje – em terras brasileiras – são realizados em memória da jornada que transformo em material artístico e desfile.

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Foto: Wagner Rodrigues/Divulgação Imperatriz

SINOPSE DO ENREDO ÓMI TÚTÚ AO OLÚFON – ÁGUA FRESCA PARA O SENHOR DE IFÓN.

Estamos em continente africano. Mais precisamente, em IFÓN. O que se ouve é o som dos elefantes que parecem abrir caminho para o cortejo. Todos – bicho e gente – exibem marcas de EFUM e são embelezados com pratas e marfins. A cor branca que veste a maioria dos corpos se derrama. De frente, em seu trono, como escudo, reina Oxalá. Ele é o senhor de Ifón, orixá FUNFUN e pai da criação.

Sua imagem é um monumento erguido em chumbo incrustado de pedras preciosas e CAURIN catado nas águas do Atlântico. Os tambores tocam em seu louvor e o chão está coberto com folhas frescas. O ALÁ esticado por seus súditos faz sombra ao corpo do rei. O OPAXORÔ, majestosamente erguido pela mão do rei, dá sombra e abriga seus súditos.

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Arte: Antonio Vieira/Divulgação

Em certa ocasião, em um tempo que não carece precisão, Oxalá deseja visitar outro OBÁ. Um fraterno companheiro, quarto ALAFIN do trono de Oyó; o fogo que arde vivo no casco de um AJAPÁ que rasteja tal qual brasa incandescente: Xangô. Como é costumeiro e conveniente aos soberanos, antes de seu deslocamento, Oxalá busca saber de forma antecipada informações sobre a jornada que estava disposto a realizar, consultando o BABALAÔ de Ifón e a tábua sagrada (o OPOM-IFÁ).

Jogo feito e búzios caídos. O IEROSSUM marca um ODÚ que antecipa desgraça e ruína. O sacerdote tenta – em vão – convencer o soberano a desistir da viagem. Irredutível, ele diz que irá. Diante da negativa e da insistência de contrariar seu odú, é então orientado de forma imperativa: “como bagagem indispensável para a viagem, leve três mudas de roupas brancas (AṢO FUN FUN) e sabão da costa (ÒSÉ DUDU). No percurso, para afastar a morte, mantenha-se em silêncio absoluto e, em nenhuma hipótese, não se negue a realizar qualquer coisa que lhe for solicitada.

Antes da partida, para reduzir o dano que se mostra real, ofereça à Exu – aquele que anda na frente e é o senhor dos caminhos – um agrado traduzido em generosa oferta”.

A orientação dada pelo sacerdote não foi aceita. Logo ele, rei coroado da corte funfun, criatura modelada pelas mãos de OLORUM, o dono dos olhos que tudo vê e pai da criação do homem, precisaria agradar Exu como forma de obter menor dano? A proposta do babalaô era inadmissível.

Comprometendo-se apenas com as roupas brancas, o sabão da Costa, o silêncio e a resignação de tudo atender, partiu rumo a Oyó sem o EBÓ de Exu. No primeiro passo da jornada, por certo, ele desconhecia o porvir. Exu, todavia, era sabedor. Sua boca aberta à espera do agrado – qualquer que fosse – estava vazia. E sua boca vazia dizia que algo estava em falta. A falta era uma pendência. A pendência, uma dívida. E a dívida seria cobrada onde ele é soberano: no caminho.

De branco, Oxalá dá o primeiro passo de seu trajeto. O primeiro passo é o início do caminho. O caminho, como se sabe, tinha dono. A partir de então, é Exu quem comanda. Ele é a sonora gargalhada disposta a romper o silêncio. A travessura da travessia. O fiscal que ri enquanto cobra a quem deve.

O fato é que Exu pôs-se no caminho de Oxalá como um guarda que cobra o pedágio da cancela fechada. Irônico e galhofeiro, em sua primeira aparição, colocou-se diante do Senhor de Ifón com um fardo de carvão. Pediu-lhe auxílio para carregá-lo e, sem que o velho rei pudesse negar qualquer solicitação, viu Oxalá pôr o fardo sobre as costas. Foi quando a gargalhada de Exu rompeu o silêncio, enquanto “o dono da boca que tudo come” fazia com que o conteúdo do fardo se derramasse sobre o rei.

Tingido de preto, Oxalá se dirigiu ao rio mais próximo. Banhou-se com ÒSÉ DUDU e vestiu nova roupa branca – a primeira das três que levou – para seguir a jornada. O fato é que Exu repetiu o feito de encardir o traje do soberano pedindo-lhe auxílio para carregar fardos por mais duas vezes.

Depois da traquinagem com o carvão, derramou sobre Oxalá um tonel de vinho de palma. Na sequência, fez o mesmo ao lambuzar as vestes do senhor de Ifón com a vermelhidão oleosa do azeite de dendê. Em ambas as ocasiões, Oxalá banhou-se com ÒSÉ DUDU e realizou a troca das roupas até não mais haver a possibilidade de trocar-se.

Seguiu seu caminho sem poder mais impedir que os últimos dias de travessia não causassem dano aos seus trajes soberanos. O trajeto porvir inevitavelmente macularia suas roupas brancas. Cansado da longa caminhada e das demandas recorrentes, adormeceu. Exu, por sua vez, seguia espreitando e, durante o sono de Oxalá, pregou-lhe sua última travessura: amarrou-lhe um fardo de sal sobre as costas dando-lhe aparência corcunda.

Ao acordar, o velho rei pôs-se a caminhar. Àquela altura, ele já se aproximava de seu destino: o palácio do Alafin. Bastava atravessar o pasto para que, antes do anoitecer, pudesse ser recebido como rei, comer como rei e desfrutar do conforto destinado aos reis. No exato momento em que o portão que dá acesso à morada de Xangô pôde ser visto à distância, Oxalá avista também o cavalo branco que ele mesmo havia ofertado ao senhor daquele território como um presente símbolo de apreço e amizade entre os dois soberanos.

Desviou-se por alguns instantes do trajeto e aproximou-se do animal com a intenção de reconduzi-lo para junto do amigo. O que ele não previa era que aquele animal estava dado como roubado e o furto do cavalo do rei, artigo muito estimado por Xangô, era o motivo da fúria do Obá durante os últimos dias.

Junto ao cavalo do rei e sujo em função das demandas da jornada, foi visto pelos guardas da cavalaria do reino. Estes, sem supor de quem se tratava, acusaram aquele homem de roubo. Como prometido ao babalaô antes de deixar Ifón, Oxalá manteve o silêncio absoluto. Preso, foi levado para Oyó. Não como rei, mas sim como ladrão. Não houve festa para recepcionar o respeitado soberano. Tampouco pôde aproximar-se de Xangô. Sujo e encardido pelas demandas do caminho, foi levado para o cárcere. Lá, permaneceu por sete anos.

No período encarcerado, talvez como punição contra a injustiça que acometia aquele inocente, a ruína se espalhou pelas terras de Xangô como um sauro enfurecido que cuspia miséria, morte e seca. Tamanha decadência sem aparente razão fez com que Xangô buscasse um babalaô que, após consultar o oráculo, sentencia que há um homem preso injustamente no reino do Obá famoso pelo apreço à justiça.

Sabedor do que ocorria, Xangô parte em busca de encontrar o tal homem com a intenção de corrigir a arbitrariedade. Para seu espanto, encontra Oxalá, (rei e amigo fraterno) aprisionado e quase irreconhecível. Para a remissão, ordena que todos os seus súditos se dirijam para as nascentes mais límpidas em busca de água fresca para o banho que traria alívio ao senhor de Ifón e, por consequência, reestabeleceria o vigor da vida coletiva.

Enquanto o líquido dos vasilhames era derramado, Oxalá recuperava o caráter imaculado de seu traje funfun em meio às águas frescas como gotas de orvalho. Águas de remissão. Águas pra apartar qualquer dor. Água de rio, fonte e cachoeira. Água que ninguém pode amarrar.

Este gesto – das águas que foram derramadas para que Oxalá pudesse se banhar – jamais foi esquecido e o pedido de que aquilo fosse feito em memória do grande orixá também não. Séculos se passaram e essas águas ainda seguem sendo derramadas sobre o orixá. Hoje, Oyó ainda transborda nas quartinhas que guardam as águas que nascem em terras brasileiras. Oxalá agora é um OTÁ. Um axé de pedra guardado no IBÁ e, anualmente, banhado com veneração pelos filhos de santo.

Em seu louvor, em procissão, por três fins de semana, todos vestem AṢO FUNFUN (roupas brancas) e suas águas frescas (ÓMI TÚTÚ) são recolhidas antes que o primeiro raio de sol possa tocá-las. Quando a noite cai, as EKEDES auxiliam os orixás que vem dançar. IABÁS e OBORÓS estão na terra. O ALÁ é estendido enquanto o soberano se manifesta no corpo do OMO ORIXÁ que enverga. As mãos dos ALABÊS dão vida ao couro que vibra enquanto as IABASSÊS carregam o ACAÇÁ cozido e o EBÔ de milho branco para o salão. No ILÊ, qualquer ABIÃ sabe que naquelas cumbucas não se bole nem com sal nem com dendê.

O OTÁ está de volta ao ILÊ ORIXÁ. Limpo e banhado de axé. Os pratos de louça branca circundam o assentamento. Nele, os IGBINS, as moedas, os marfins, a penca com as pombas de latão e os OBIS. No centro, escondendo o AWO (o segredo e o mistério), a coroa de prata. Um ADÊ (coroa) de IRIN (metal) onde o CAURIN (búzio) vale tal qual adorno precioso.

Enredo, pesquisa, roteiro, desenvolvimento e texto: LEANDRO VIEIRA.

Unidos de Bangu anuncia enredo em homenagem à resistência da Aldeia Maracanã no Carnaval de 2025

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Símbolo de resistência na cidade do Rio de Janeiro, localizada nas proximidades do antigo Museu do Índio e ao lado do estádio do Maracanã, a Aldeia Maracanã é um território ancestral que abrigava a aldeia Jabebiracica, a mais importante aldeia Tupinambá da Guanabara.

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Em 2006, a aldeia urbana foi refundada por indígenas de diferentes etnias e, em 2013, foi alvo de disputa com o governo do Estado do Rio de Janeiro que tentou desocupar o terreno, derrubar o prédio histórico e construir um estacionamento do estádio do Maracanã para receber as partidas da Copa do Mundo de 2014.

Hoje, a Aldeia luta pela preservação de sua identidade, cultura e território no contexto urbano, além do tombamento do prédio histórico e do reconhecimento da Universidade Indígena Pluriétnica na comunidade.

O enredo que será apresentado no Carnaval de 2025 é de autoria dos carnavalescos Raphael Torres e Alexandre Rangel.

Diretor fala do pioneirismo da Mocidade ao abrir a nova terceira noite de desfiles do Grupo Especial em 2025

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A Mocidade foi a décima colocada no carnaval deste ano. A expectativa para o próximo carnaval era de participar normalmente do sorteio da ordem dos desfiles, que ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 23 de maio, na Cidade do Samba. Entretanto, a novidade dos três dias de desfile, acabou fazendo a Estrela Guia de Padre Miguel ser incumbida de abrir o novíssimo terceiro dia de desfiles do Grupo Especial. O CARNAVALESCO conversou com Mauro Amorim, diretor de carnaval da escola, para saber um pouco melhor sobre como ela está se preparando perante a novidade.

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Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO

Mauro começou falando sobre como foi positivo para a escola ser a primeira do novo dia de desfiles: “Foi bom termos sido a primeira escola de terça feira, ficamos satisfeitos por abrir o um dia inédito no Rio Carnaval e ser a pioneira. Com toda certeza os Independentes virão com mais garra, com o trabalho que estamos desenvolvendo”.

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Ele não acredita que tenha alguma vantagem ou desvantagem ser a oitava na ordem geral, num terceiro dia: “Não, não acredito que tenha nenhum tipo de vantagem ou desvantagem em nenhum tipo de posicionamento de desfile, ordem de desfile. Acho, tendo em vista o nível que as escolas apresentam na pista, então não vejo nenhum tipo de vantagem nisso”.

Confira a sinopse do enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel para o Carnaval 2025

Por fim, o diretor comentou o que podemos esperar da Mocidade para o Carnaval de 2025, especialmente na força da comunidade: “O que esperar da Mocidade? Uma Mocidade forte, uma Mocidade unida, uma Mocidade alegre, uma Mocidade aguerrida, com a força da sua comunidade, uma Mocidade que entendeu que precisava de mudanças, fez as mudanças necessárias, fortaleceu seu quadro profissional e essa equipe, através dessa paixão, desse amor que tem pela escola e com o apoio da sua comunidade, vai trazer, vai levar a Mocidade de volta ao seu devido lugar”.

Tijuca está tranquila em abrir o segundo dia de desfiles do Especial

A Unidos da Tijuca já abriria a noite de segunda-feira, ainda que permanecessem dois dias de desfiles. Décima-primeira colocada no último carnaval, a escola do Borel buscou se reestruturar para o ano que vem, e, apesar de não participar do sorteio que acontecerá na próxima quinta-feira, dia 23 de maio, seus segmentos estão confiantes no carnaval que levarão para a avenida. O CARNAVALESCO conversou com mestre Casagrande e Fernando Costa, diretor de carnaval da escola. Ambos estão muito animados com a preparação para o ano que vem, e veem as vantagens de abrir o segundo dia de desfiles do Grupo Especial.

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Artista do cartaz:Thiago Morganti

Abrir a segunda-feira

Mestre Casagrande tem sempre uma preferência em relação à posição que gosta de desfilar, e ser abrir o desfile não está entre elas. Entretanto, vê com bons olhos abrir o desfile do ponto de vista do componente, em especial, da bateria “Pura Cadência”, pela qual é responsável.

“Não foi opção nossa, décima primeira não tem jeito, você tem que abrir segunda-feira. A minha preferência sempre é terceira, quarta escola, de preferência de segunda, mas se eu for pensar por outro lado não é a primeira escola, vai ser a quinta escola na verdade a desfilar, que também a gente já viu a galera de domingo e agora também tem terça-feira o novo grupo e a gente tem que ver. Esperar primeiro como é que vai ficar o sorteio, porque na verdade são quatro, agora não são mais seis, são quatro, e a gente tem que ver quem vai colar com a gente, enfim, uma série de coisas. Mas, o que é legal é que é cedo, bateria está tranquila, galera está ansiosa para tocar. Você já sai de casa sabendo que não tem ninguém na sua frente, você pode fazer o esquenta que você quiser, enfim, tem as vantagens também, tem as desvantagens, mas sendo a primeira tem as suas vantagens também”.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

O mestre ainda aponta que a montagem da escola seria um facilitador sendo a primeira a desfilar na noite, na visão dele, que preferiu abrir os desfiles, ao invés de fechar a noite:

“Você pode chegar cedo, pode montar com tranquilidade. Aquele problema que você tem de um ou outro beber e chegar cansado, você não tem esse problema. Eu prefiro desfilar de primeira do que desfilar por último. O último você fica lá, o cara já sai ansioso, o cara já sai de casa sete, oito horas da noite e vai desfilar quatro, cinco da manhã, está morto. Você não consegue controlar o componente no geral, tem sempre um que dá uma escorregada, bebe, sai fora da norma e isso é muito complicado. Sendo a primeira a gente foge disso tudo”.

Já Fernando Costa acredita que que a escola vem preparada para abrir o os desfiles de segunda:

“Eu estaria mentindo se eu falasse que eu não queria estar no sorteio, mas a gente tem que estar muito satisfeito em abrir a segunda-feira. A gente não queria abrir o domingo. Mas, abrindo segunda, ou se fosse na terça, sem problema nenhum. A gente está bem satisfeito e estamos fazendo carnaval para abrir os desfiles”.

Três dias de desfile

Também falamos com eles sobre como os três dias de desfile podem impactar a Sapucaí, e como eles receberam a mudança. Fernando comenta sobre as mudanças que ocorreram também em julgamento:

“Diferente vai ser. Primeiro que os envelopes vão ser fechados no dia. Segundo que está para acontecer uma votação de uma outra mudança, que não sei se vai mudar ou não. Se mudar já é mais uma mudança, então eu acredito que sim. Só de ser três dias já é diferente. Vamos ver como vai ser depois, mas vai mudar com certeza”.

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Ele complementa falando dos impactos que essas mudanças trazem ao cenário do campeonato entre as escolas, em especial, a questão o fechamento do envelope de cada escola após a passagem da mesma, e que o número de escola por noites não deve influenciar muito no resultado:

“Isso para mim é independente, desfilar com seis, três, acho que isso aí não influi. Acho que o que vai influenciar mais é o fechamento dos envelopes, outras mudanças que podem vir a ocorrer ou não. Agora, desfilar com quatro, com seis… Acho que vai ser bom para o público que não vai ser tão cansativo, vai dar umas três horas, três e pouquinho já vai estar acabando. Tu vai para casa e descansa para vir outro dia e curtir de novo. Acho que foi uma boa ideia do Gabriel, acho que foi dele a ideia. Está de parabéns. E vamos aguardar, só depois que a gente vai ver se foi bom. Vamos ver os prós e os contras, sempre tem, toda mudança ocorre”.

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Já Casagrande comenta sobre como esses três dias podem impactar trazendo mais pessoas para a Sapucaí, visto que os ingressos esgotaram rápido no último carnaval, e, como a mudança já ocorreu, abraçar a ideia de um dia a mais:

“É um sistema novo. É mais um dia de desfile, então eu, particularmente vou falar por mim como amante do carnaval, que além de ser mestre de bateria eu gosto de ir todos os dias, eu vou ter que optar por dois dias, que eu como amante do carnaval não tenho grana para comprar os três dias de carnaval. Mas, também você abre um leque para as outras pessoas, mais oportunidade para as pessoas irem. Ano passado você viu, os ingressos acabaram rápido, então você colocando mais um dia eu acho que é legal. Eu acho que é bem válido os três dias. Agora vamos ver como é que a galera vai receber isso, como é que vai ser a venda de ingressos, mas eu acho que vai ser bem aceito. O Gabrielzinho está fazendo um grande trabalho. O que ele está fazendo é muito bom para o carnaval. Todas as escolas concordaram e a gente tem que abraçar a ideia, tem que abraçar a ideia, não tem jeito, tem que abraçar. Não adianta agora falar: ‘não vai dar não’, vamos abraçar, vamos deixar trabalhar, ele é um garoto muito trabalhador, estudioso e vamos abraçar a ideia”.

O que esperar da Tijuca em 2025?

Já sobre o que esperar da escola para o ano que vem, mestre Casagrande aponta que a escola está se reestruturando em busca de fazer um bom carnaval em 2025, e que a organização do carnavalesco Edson Pereira e o cuidado com a preparação do enredo chamaram a atenção dele:

“A gente está em um momento de reflexão, reestruturação da escola. A gente veio de um carnaval muito ruim e agora a gente está se abraçando, a própria escola está procurando se abraçar. O Edson chegou muito bem dentro da escola. O enredo escolhido é um enredo de segurança, um enredo muito bom. Já agraciado até por vocês mesmo como um dos melhores do carnaval, senão eu não me engano um dos três melhores junto com outras escolas coirmãs. E a gente está nessa, reestruturando todo o departamento de Harmonia, de carnaval. Bateria a gente tem a bateria bem estruturada. Agora, o que está me impressionando mais no Edson é a organização que ele está tendo dentro do barracão. A escola tendo todos aqueles cuidados que anteriormente a gente não tinha. Além da confecção do enredo, os enredistas, quatro enredistas especialistas para a gente não cometer os erros que a gente cometeu no passado”.

Fernando Costa por sua vez destaca a vontade da Tijuca para o próximo carnaval, com o engajamento da comunidade junto ao enredo que era esperado há muito tempo, e que vai trazer muito axé no ano que vem:

“Aguardem uma Tijuca com muita vontade. A gente fez um enredo que a comunidade vinha pedindo há muito tempo e logo quando a gente anunciou a comunidade foi uma felicidade só. É muita gente ligando, falando, querendo desfilar, então acredito que o enredo vai movimentar muito, vai dar muito axé para a escola esse ano. Aguardem que a gente vem. Já estamos fazendo protótipo, já estamos fazendo carros. Fantasias lindas, carros… Aguardem!”.

Ação Social na quadra da Unidos de Padre Miguel oferecerá exames de vista e óculos gratuitos

No próximo dia 26 de maio, a quadra da Unidos de Padre Miguel será palco para uma ação que visa proporcionar cuidados com a saúde visual, promovendo a realização de 800 exames de vista gratuitos, além da distribuição de óculos sem custo algum para os moradores da Vila Vintém e bairros vizinhos.

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Organizado pelo Departamento Social da Unidos de Padre Miguel, em parceria com a Moderna Serviços e o apoio da Nova Rio, o evento tem como objetivo principal atender a população local, oferecendo serviços essenciais para a saúde ocular. É importante ressaltar que os exames de vista e a distribuição de óculos serão destinados exclusivamente para maiores de 18 anos.

“Essa iniciativa destaca o comprometimento da Unidos de Padre Miguel com o bem-estar e a qualidade de vida da nossa comunidade, evidenciando o papel fundamental que as escolas de samba desempenham além dos desfiles carnavalescos. A oportunidade de realizar exames de vista e obter óculos gratuitamente representa um importante passo na promoção da saúde e no acesso a cuidados médicos essenciais para todos” contou Leandro Pascoal, Diretor Social da UPM.

Os atendimentos serão realizados por ordem de chegada, das 09h às 14h. A quadra da Unidos de Padre Miguel está localizada na Rua Mesquita 8, no bairro de Padre Miguel.

Leão de Nova Iguaçu divulga enredo para o Carnaval 2025

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O Leão de Nova Iguaçu anunciou o seu enredo para o carnaval de 2025. Em busca de uma vaga na Marquês de Sapucaí, a escola iguaçuana levará para a Intendente Magalhães “O grande Obá”, desenvolvido pelo carnavalesco Leno Vidal. Na linguagem Iorubá, o tema significa o grande rei.

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“Nosso enredo fará relações entre as representatividades simbólicas da Escola de Samba Leão de Nova Iguaçu, com o símbolo leão, que é referenciado com o patrono espiritual da escola, o rei Aganjú, uma qualidade de Xangô, sendo o sexto Obá (rei) do reino de Oyó, na África do século XVIII. E também, através do sincretismo religioso, com São Gerônimo, o santo padroeiro da escola, comemorado no dia 30 de setembro”, revela o carnavalesco Leno Vidal.

Desfilando pela Série Prata na Intendente Magalhães, o Leão de Nova Iguaçu está montando a sua equipe para o carnaval de 2025, onde lutará por uma vaga na Marquês de Sapucaí, na Série Ouro em 2026. No último desfile, a agremiação levou para a passarela do samba o enredo “Festa de preto”.

Conheça o enredo do Arranco para o Carnaval 2025

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Em 2025, o Arranco apresentará o enredo “Mães que alimentam o sagrado”, que será desenvolvido pela carnavalesca Annik Salmon. Em breve, a escola divulgará a sinopse e o formato da disputa de samba. Veja abaixo o texto da escola sobre o enredo.

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“A jornada vai exaltar as mães do Brasil e a forma como elas trabalham para alimentar o seu sagrado: sua fé e seus filhos e filhas.

Um enredo, com muita sensibilidade, das questões que atravessam a maternidade, desde a ancestralidade as dificuldades que as mulheres enfrentam no seu dia a dia. Além disso, também vamos tocar na questão das mulheres que não geram e as que não têm filhos.
O nosso objetivo é colocar como reflexão no carnaval temas como: a fé e a esperança dessas mulheres; as diversas crenças pelo Brasil em torno da mãe; a maneira como lutam pelo alimento e sustento de seus filhos; e suas lutas diárias no exercício da maternidade e no simples fato de serem mulheres.

O falcão, símbolo da escola, vem abraçar essas mães, dar amparo a elas e celebrar sua força e o amor que elas transbordam pelo mundo”.

Grande Rio apresenta integrante que vai atuar em parceria com os carnavalescos na pesquisa do enredo

A Grande Rio apresentou Rafa Bqueer que atuará em parceria com os carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora na pesquisa do enredo para o Carnaval 2025. A escola de Duque de Caxias ainda não divulgou a sinopse e como será o desenvolvimento. A previsão é que aconteça ainda no mês de maio. Veja abaixo a publicação da Tricolor da Baixada.

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Foto: Vitor Souza Lima/Divulgação Grande Rio

“No carnaval de 2025, Gabriel Haddad e Leonardo Bora contarão com a parceria de uma importante figura da arte contemporânea brasileira na pesquisa do enredo: Rafa Bqueer, multiartista que transita pelos universos das artes visuais, da performance, do cinema, da cena Drag e, como não poderia deixar de ser, do carnaval das escolas de samba, onde é destaque há 10 anos.

Natural de Belém, Rafa cursou Artes Visuais na Universidade Federal do Pará. Foi durante a graduação, em 2013, que a artista conheceu os atuais carnavalescos da Grande Rio. Na época, ela participava de um intercâmbio acadêmico e estudava na Escola de Belas Artes da UFRJ”.

Liga-SP abre pré-venda de todos setores das arquibancadas com 50% de desconto para o Carnaval 2025

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A pré-venda de ingressos para o Carnaval 2025 começou no último sábado. A bilheteria virtual do Clube do Ingresso abriu durante a definição da ordem dos desfiles com 50% de desconto em todos os setores de arquibancada do sambódromo do Anhembi.

Como funciona a pré-venda

Pensada para atender aos frequentadores mais assíduos das arquibancadas nos Desfiles das Escolas de Samba de São Paulo, a Liga-SP oferece os ingressos de todos os setores com 50% de desconto, por tempo limitado. A promoção só é válida para a categoria inteira, ou seja, não se aplica à cota meia-entrada, garantida por lei aos beneficiados.

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Para garantir os ingressos com 50% de desconto, o público deve adquirir através da bilheteria virtual, no site www.clubedoingresso.com/carnavalsp – O Clube do Ingresso é a única bilheteria online oficial do Carnaval de São Paulo.

Balanço: ordem dos desfiles do Carnaval 2025 em São Paulo

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