Atual vice-campeã do Carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense realizou, durante todo o mês de maio, na quadra da escola, em Ramos, Zona da Leopoldina do Rio, a segunda edição do curso de capacitação e formação de diretores de harmonia.
Foto: Divulgação/Imperatriz
Dividido em quatro módulos e de maneira gratuita, o curso, idealizado pelo Diretor Geral de Harmonia Thiago Santos e pelos Diretores de Carnaval André Bonatte e Pedro Henrique Leite, proporcionou aos interessados uma análise técnica sobre a harmonia nas escolas de samba e toda a filosofia de trabalho que envolve o quesito.
“É muito satisfatório estar mais um ano realizando esse processo de aprendizado, com um perfil bem variado de participantes: componentes, diretores de coirmãs e também torcedores. Nos últimos dois anos, conseguimos aproveitar 20 pessoas para o time de harmonia da casa, e isso é muito legal. Eu mesmo sou fruto desse trabalho de observação. Cheguei aqui (na Imperatriz) garoto e passei por todas as etapas dentro do segmento. Vamos seguir procurando pessoas para exercer a função e com isso oxigenar sempre o time”, afirmou Thiago.
A última aula, realizada na noite desta segunda-feira, contou com mais de 120 participantes, todos certificados após a conclusão, e um convidado muito especial: o diretor de carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, que compartilhou na sua palestra toda a experiência e sua trajetória no maior espetáculo da Terra.
A Unidos de Padre Miguel anuncia uma nova adição de peso à sua equipe para o carnaval de 2025. Vânia Reis, renomada coreógrafa e figura de destaque no mundo da dança, foi contratada para assumir a função de coreógrafa do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação.
Foto: Divulgação/UPM
“Estamos extremamente empolgados em receber Vânia Reis em nossa equipe. Sua experiência e talento certamente agregarão muito ao nosso desfile. Estamos confiantes com o trabalho que será desenvolvido para o sucesso do nosso primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira no Carnaval de 2025”, disse a diretora de carnaval, Lara Mara.
Com uma trajetória sólida e vasta experiência na área, Vânia Reis traz consigo um currículo repleto de conquistas e contribuições significativas para a arte da dança. Graduada em Licenciatura Plena em Dança pela Faculdade Angel Vianna, seu percurso inclui formação em Jazz, Ballet Clássico e Dança Afro, além de uma passagem pelo prestigiado Broadway Dance Center, em Nova York, onde aprimorou suas habilidades no Jazz Dance.
Sindicalizada como coreógrafa pelo Sindicato dos Profissionais de Dança do Rio de Janeiro desde 1990, Vânia Reis também acumula experiências internacionais, tendo trabalhado no Chile e na Bolívia com uma companhia de ritmos brasileiros, participando de eventos . Sua expertise se estende para além dos palcos, incluindo a direção e coreografia de espetáculos de dança, além de ter sido coreógrafa do desfile de modelos na maior feira de beleza da América Latina, o Hair & Beauty, no Rio Centro. Vânia Reis atualmente ocupa o cargo de Presidente da AEDERJ (Associação das Escolas de Dança do Estado do Rio de Janeiro).
No carnaval carioca, Vânia tem uma história marcante, tendo atuado como coordenadora de ala de passistas e de shows na Mocidade Independente de Padre Miguel em diversas ocasiões, além de ter sido coreógrafa de ala e alegoria na Unidos de Padre Miguel em 2003. Destaque-se também sua atuação como coreógrafa da comissão de frente da Caprichosos de Pilares, obtendo nota máxima em 2007.
Nos últimos anos, Vânia Reis esteve à frente dos casais de mestre-sala e porta-bandeira da Mocidade Independente de Padre Miguel. No carnaval de 2024, a profissional fez parte da Comissão de Carnaval da Mocidade.
A Unidos da Tijuca fez a leitura da sua sinopse e explanação do enredo “Logun-Edé – santo menino que velho respeita” para o Carnaval de 2025 para os compositores e a comunidade, reunidos na quadra da escola, com uma apresentação em honra a Logun-Edé, onde se reverenciou o orixá e o pavilhão da escola. A final de samba-enredo está marcada para 21 de setembro.
Fotos: Rafael Arantes/Divulgação Tijuca
O presidente Fernando Horta falou com a comunidade. “A Tijuca fez a apresentação pela primeira vez com toda grandeza. Eu quero agradecer aqui ao meu carnavalesco, Edson Pereira, os meus enredistas, e é pela primeira vez que consegue juntar uma nata. Agradeço pelo trabalho, agradeço a vocês pela presença. Agora, a coisa que eu espero melhor é que a Tijuca venha com um grande samba, que a gente está precisando disso. E tenho uma novidade para vocês, compositores. Esse ano a Tijuca vai abrir mão, ela vai dar 100%, no dia do desfile oficial, dos direitos autorais. Eu espero que os meus colegas concorrentes não briguem comigo, mas acho que a Tijuca vai ser a única, talvez, daqui para frente, apareçam outras. No momento existe 100% para quem ganhar o samba, de direitos autorais para o desfile oficial”.
Edson Pereira, carnavalesco da escola, agradeceu a oportunidade de ser o carnavalesco da escola, tocando os trabalhos para o ano que vem, e agradeceu a presença de Maria Augusta e Milton Cunha no lançamento da sinopse:
“Não é só de dar partida para mais um ano de carnaval para fazer o maior espetáculo da terra, que todo mundo sabe que não é fácil. É com muita luta, é com muita galhardia que a gente consegue fazer tudo isso. E, graças a Deus, temos que agradecer o presidente Fernando Horta, que me colocou a frente desse projeto e quero agradecer os meus parceiros e colaboradores que estão comigo batalhando para construir o melhor, não só para Tijuca, mas como contribuição para o mundo do samba em nome do carnaval. Agradecer em especial a presença da minha professora Maria Augusta. Queria pedir um aplauso também para o Milton, que se faz presente, uma pessoa muito importante também na construção desse que vos fala”.
Edson apresentou a equipe que formulou o texto da sinopse, os enredistas e consultores, e contou um pouco sobre como o trabalho foi se desenvolvendo até o momento:
“Quero apresentar para vocês as pessoas que ajudaram a construir esse texto que vocês tiveram acesso agora. Que é o Mateus Pranto, o Rodrigo Hilário, Osmar e o Rafael. É um time de milhões. É um time de milhões. O presidente está coçando o bolso aqui. Quero aproveitar e dizer para vocês que o trabalho não parou. Ele começou desde o primeiro dia que eu cheguei na escola. Nós estamos, já, preparando as fantasias, os protótipos. As ferragens já começaram os trabalhos, os ferreiros, os escultores. É um momento de virada e eu acredito que não só para todos nós ou para o carnaval, mas acredito que é um momento de grande emoção estar atendendo a comunidade fazendo um enredo que a comunidade a tanto tempo aguarda. O Milton está aqui, uma das pessoas que fez o carnaval negro, sobre a cultura afro e como eu tenho inspiração muito grande pelos trabalhos que ele fez aqui nessa casa, e hoje eu estou a frente e com muito orgulho posso dizer contornando e seguindo esses passos que assim foi dado. Não é novidade fazer um carnaval afro na Unidos da Tijuca, porém eu tenho muito orgulho de ter tido a contribuição de grandes mestres como Milton, como Maria Augusta e outros demais que aqui estão presentes”.
Edson, por fim, o carnavalesco falou sobre uma desmistificação da história de Logun-Edé, e um aprofundamento na mesma, através do enredo, abrindo depois a palavra aos enredistas:
“Que vocês entendam, assim como eu entendi, quando eu estive lá no Ilê Axé Kalé Bokun, na Bahia, com a mãe Vânia de Oyá, o primeiro terreiro de candomblé Axé Kalé Bokum, que a gente trata-se o tema com respeito e com dignidade, assim como Logun-Edé. E desmistificassem toda a história de Logun-Edé, que de forma contada, errada ou não, é que nós conhecemos. Nós precisamos cada vez entender melhor que Logun-Edé não é só esse Orixá que as pessoas falam que é um Orixá efêmero, que metade do ano é homem outra metade é mulher. Não, Logun-Edé ele tem a personalidade do pai, a doçura da mãe e a bravura dele mesmo. São três personalidades”.
Mateus tomou a palavra em seguida para falar deste retorno da escola a um enredo afro centrado, depois de mais de vinte anos, falando do orixá da juventude e desta mesma juventude, em especial a juventude preta e periférica, como os jovens do Borel:
“Preparamos esse carnaval para uma escola que caminha para o seu centenário. Daqui alguns anos a Tijuca vai chegar e ir ao seu centenário. E ser uma honra também, depois de quase 20 anos, um enredo afrocentrado. Inclusive foi um enredo de Milton Cunha em 2003, os Agudás. Então, 22 anos depois, a Tijuca se debruça novamente a uma narrativa afrocentrada. E falando em narrativa afrocentrada, nesse carnaval, percebemos que temos várias temáticas que se debruçam sobre a ideia, o olhar e a perspectiva da ideia de África. Só que o nosso enredo, como alguém perguntar para vocês, tijucanos, o que difere o nosso enredo dos outros, o nosso olhar dos outros, nós estamos falando da juventude, um orixá que representa a força da juventude, que nunca morre e representa a resolução dos conflitos entre os mais velhos e os mais novos. Isso é a Logun-Edé. Ele é a tradição e a modernidade. A modernidade da qual a Tijuca é pioneira no carnaval. E que a Tijuca faz no carnaval. Muitas vezes nós não vimos a Tijuca revolucionar o carnaval. Não é isso? O Logun-Edé representa esse espírito tijucano, esse receio, esse desejo tijucano. Representa a juventude preta, periférica. Representa o morro do Borel. Quando a gente olhar para o enredo da Unidos da Tijuca, que é a Logun-Edé, nós vamos lembrar da juventude”.
Ele continuou falando sobre o orixá e a mensagem que ele trás a escola e aos dias de hoje:
“É um santo menino que o mais velho respeita. A gente não está vendo ele como criança aqui no nosso enredo. O menino aqui é o mais jovem. Quantos de nós, por exemplo, eu tenho quase 30 anos, mas uma pessoa de 40, 50, olha para mim e fala, é o menino, é uma pessoa mais jovem. E derrubar, deve respeito a ele, porque vê nele o poder da ousadia, do afronte, da mudança que a sociedade tanto deseja, almeja, no século 21. Pensem na juventude, na ousadia e na modernidade que emana daqui da Unidos da Tijuca”.
Rodrigo Hilário, o outro enredista, continuou comentando sobre a bravura de Logun-Edé:
“Mateus resumiu o espírito do enredo. Acho que está sendo uma alegria trabalhar com ele, com Edson, trabalhar com o Osmar, trabalhar com o Raphael e tenho certeza que essa brilhante ala de compositores que a Tijuca tem vai conseguir resgatar essa alma afro-centrada, essa alma preta que permeia todas as escolas de samba para contar essa história na avenida desse orixá, que é um orixá, sobretudo um orixá guerreiro de bravura, de valentia e que une a sabedoria dos mais velhos com a audácia dos mais nobres”.
Osmar Igbodê, consultor do enredo, falou sobre a importância do feminino dentro da história de Logun-Edé, representado por sua mãe Oxum, que teve uma postura ativa na busca do amor do pai de Logun-Edé:
“O enredo foi muito pensado também na regência de Oxum, que representa as mulheres negras, a maternidade, a fertilidade de Oxum, o desejo dela de produzir com a sua fertilidade, com o seu ouro, com a sua beleza, com a sua magia, um filho com um belo caçador. Então, é um enredo também que trata do poder das mulheres de movimentar o mundo de acordo com os seus desejos. Começa com Oxum, tudo que ela precisou fazer para conquistar o bruto caçador, o caçador que só gostava das mulheres das matas, ela como uma mulher do rio, não podia se aproximar dele. Mas ela foi ao jogo, descobriu o segredo e conquistou o coração de Erinlé, na leitura de alguns, Oxóssi. Esse povo também feminino é muito importante, e é um feminino que está em equilíbrio com o masculino, que é o pai, e a formação da família nuclear africana. Oxum representa a matemática e a feminilidade, Oxum representa o reino masculino, e Logun-Edé como equilíbrio entre esses dois mundos. Outro ponto também importante é mostrar que esse jovem não existe isolado da sua comunidade. Ele depende tanto dos seus mais velhos, quanto da sua mãe, do seu pai, daqueles que fazem esse papel de mãe e pai, entre outros que vão exercer essa função de apoio para que essas novas gerações cheguem quebrando tudo, como diz a nossa sinopse”.
Raphael falou logo em seguida a Osmar, e destacou a intolerância religiosa vivida com a cantora Anitta após a mesma divulgar um trecho da sinopse da escola no Instagram:
“Complementando isso também, aproveitem todos esses ensinamentos que o Logun-Edé teve, de bravura, de esperteza, de vigereza, principalmente, estamos vivendo um tempo de muita intolerância, intolerância religiosa, vide o que aconteceu com a própria Anitta, que acabou divulgando o trecho da nossa sinopse, então aproveitem para expor o nosso axé para essa pública, como diz também a nossa sinopse”.
Fernando Costa, novo diretor de carnaval da agremiação, parabenizou ao presidente perante as novas contratações, e saudou Allan Guimarães, diretor de harmonia da agremiação:
“Parabenizar aqui duas pessoas, uma é o presidente Fernando Horta, por ter valorizado a prata da casa aqui, colocando esse ombro aqui, que arrumou toda a harmonia. Parabéns presidente, parabéns Allan. Assim, muito sucesso, acho que nem precisa falar muito que a gente tenha aqui três elementos Dentro dessa escola que facilitam muito, que é a nossa comunidade, os segmentos e a nossa equipe de harmonia. Vai estar todo mundo contigo”.
Em seguida, Fernando comentou e disponibilizou as datas para o tira-dúvidas, entrega, e disputa de sambas, com a final sendo em 21 de setembro:
“A entrega dos sambas vai ser dia 27/6, uma quinta-feira, aqui na quadra, das 19 às 22 horas. Não vai poder ter participação especial, seis pessoas por parceria. E a nossa disputa começa em agosto, todas as quintas-feiras de agosto, das 19h às 23h, meia-noite, a hora que terminar, e em setembro a gente passa para sábado, daquele horário de 22h às 4h da manhã, com nossa final no dia 21 de setembro”.
Allan Guimarães, novo diretor de harmonia da escola, encerrou as falas de forma breve:
“Agradeço a todos. Primeiramente, eu gostaria de agradecer ao meu presidente por me confiar essa responsabilidade e, sem me estender muito, agradecer a todos os presentes, agradecer a minha comunidade, a minha equipe de harmonia e dizer que a gente está junto e vamos embora. Vamos à luta, fazer história”.
Essa é para quem adora o carnaval carioca e sabe de cor seus sambas-enredo mais emblemáticos. Vem aí o projeto “Roda de Enredo”, idealizado pelo produtor musical, percussionista, compositor e mestre de bateria Macaco Branco, que vai tomar conta do Teatro Rival Petrobras, nesta quarta-feira. O evento faz parte do Festival Teatro Rival 90 anos, projeto incentivado pela Petrobras por meio da Lei Rouanet do Ministério da Cultura.
Foto: Bia Mandarino/Divulgação
A proposta é apresentar um pouco da história de sambas-enredo antológicos e dos personagens que fazem parte do cenário das escolas de samba do Rio de Janeiro. Reunidos numa roda de samba, cantores e músicos vão narrar suas experiências e relembrar sambas-enredos que marcam não só a memória de Macaco Branco e dos artistas convidados – Pedro Luís, Paulinho Mocidade, Bruno Ribas (Unidos de Padre Miguel) e Hudson Luiz (Acadêmicos do Tucuruvi – SP) –, como também do público. Prepare-se para soltar a voz e se sentir em plena Marquês de Sapucaí!
Serviço:
MESTRE MACACO BRANCO E SUA RODA DE ENREDO – Participações de Pedro Luís, Paulinho Mocidade, Bruno Ribas (Unidos de Padre Miguel) e Hudson Luiz (Acadêmicos do Tucuruvi – SP)
Dia 29 de Maio – Quarta -feira, às 19h30 – Abertura da casa 18h30
Local: TEATRO RIVAL PETROBRAS – Rua Álvaro Alvim ,33 – Subsolo, Rio de Janeiro – Tel: 2240-4469
Ingressos entre R$ 39,60 e R$ 80
Classificação: 18 anos
Capacidade: 350 lugares
Compras pelo link – https://bileto.sympla.com.br/event/93627/d/253757
Ou na bilheteria da casa: De 15h30 às 20h30
O Salgueiro terminou o quarto lugar no Carnaval 2024 e retornou ao sábado das campeãs com uma pontuação de 269,0 pontos. Em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, o presidente da agremiação, André Vaz, expressou um balanço positivo deste ano, compartilhou sua opinião de que o Salgueiro teve um desempenho bom e até mesmo merecia uma posição melhor na classificação final. Apesar disso, destacou que, considerando o panorama geral, a comunidade está satisfeita com o resultado alcançado. Ele também revelou que a escola implementou algumas mudanças visando o carnaval de 2025, com o objetivo de buscar o tão sonhado título.
Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO
“Achei que o Salgueiro veio bem em 2024, achei até que merecia uma colocação um pouco melhor, mas no contexto geral a gente está feliz com o resultado. E fizemos algumas mudanças para que a gente, em 2025, se Deus quiser, consiga buscar esse título tão sonhado”, expressou André.
André também compartilhou que as expectativas são positivas para o Carnaval 2025, especialmente, após a chegada de reforços como Jorge, Paulo Pina e Igor Sorriso, que vieram para fortalecer ainda mais o time já competente da escola:
“Minhas expectativas para esse carnaval são boas, trouxemos o Jorge, o Paulo Pina, o Igor Sorriso para fortalecer o time que já era bom. Então a expectativa é a melhor possível”.
Com o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, a escola se propõe a explorar uma variedade de correntes religiosas, oferecendo uma perspectiva carnavalesca envolvente desses ritos e rituais. O presidente da escola, André, compartilhou um pouco sobre suas próprias práticas religiosas e crenças pessoais, destacando sua devoção a São Jorge, Nossa Senhora Aparecida e ao Divino Criador:
“Sou devote de São Jorge, Nossa Senhora Aparecida, o Homem lá de cima, o Todo Poderoso, e tudo que é do bem e ter fé, a gente está junto. Vamos nos fechar para que o Salgueiro faça um carnaval maravilhoso e conquiste esse campeonato”.
Final marcada
André também contou alguns detalhes sobre como será a disputa de samba na escola e revelou que manterá o mesmo formato utilizado no ano anterior. A competição seguirá o mesmo padrão de eliminatórias, semifinais e final, que será no dia 11 de outubro.
“Vamos manter o mesmo formato para disputa de samba e nossa final vai ser 11 de outubro, tudo o que foi do ano passado, eliminatória, semifinal, final, mesma coisa”, revelou André.
Desfile na segunda-feira
O diretor de carnaval, Wilsinho Alves, falou da ordem da escola no desfile de 2025. “Cara, feliz pra caramba de desfilar na segunda-feira, sair do domingo. O Salgueiro precisava sair do domingo. A gente fala que não, mas precisava sair do domingo. A terça é uma grande incógnita. A gente debateu durante muito tempo lá no barracão se a gente tirasse a bola maior, o que a gente faria. Na minha opinião não é uma decisão fácil escolher terça-feira, um dia novo e tal. E aí a gente ficou do lado dos Correios, que é o lado que favorece muito a comunidade do Salgueiro. A gente tem toda uma estrutura já montada do lado de concentração dos Correios. A gente já tem o clube que a gente aluga ali, 50 metros de entrada da concentração. Para o tamanho das nossas alegorias e tudo mais, acho que ficou de ótimo tamanho para o Salgueiro, ser a terceira escola de segunda-feira. Vamos com tudo”.
Depois de lançar o enredo que levará para a Avenida em 2025, a Acadêmicos do Grande Rio iniciou o trabalho junto a sua comunidade. Na noite da última segunda-feira, a presidência reuniu a diretoria, harmonias e líderes de segmentos na quadra, para traçar os próximos passos.
Fotos: Rafael Arantes/Divulgação Grande Rio
“Vocês fazem a escola acontecer. Certeza que 2025 será incrível”, celebrou o presidente de honra Helinho Oliveira.
O presidente Milton Perácio também deixou um recado para a comunidade: “A Grande Rio vem forte em 2025. Sabemos da grandiosidade da nossa escola e estamos muito felizes com o enredo e posição. Queremos muito esse título”.
O presidente de honra, Leandro Soares, fez questão de lembrar o excelente trabalho de toda a equipe, no carnaval que passou e, frisou que que é preciso manter o foco para o ano que vem.
“Fizemos um grande carnaval em 2024 e estamos muito empolgados com o que vem pela frente, 2025 será muito especial”, aponta.
Thiago Monteiro, diretor de carnaval, explicou a importância desse primeiro encontro para o processo de elaboração do próximo carnaval.
“A reunião de hoje é muito importante porque é onde a gente começa a traçar o plano de quadra e dos segmentos para o nosso carnaval. O Carnaval 2025 já começou e a Grande Rio vai com tudo pra buscar essa segunda estrela”.
Também estiveram presentes o diretor docial, Mozart Dalua, o intérprete Evandro Malandro e o mestre de bateria, Fafá.
Em 2025, a Grande Rio levará para a Sapucaí o enredo, “Pororocas Parawaras: As Águas dos meus Encantos nas Contas dos Curimbós”, idealizado pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora e será a terceira escola a desfilar na terça-feira de carnaval.
A Porto da Pedra confirmou o nome do carnavalesco Mauro Quintaes no time de 2025. O artista, que assinará seu sétimo trabalho na vermelha e branca, é um dos trunfos da agremiação para o projeto que visa levar o Tigre à disputa do título da Série Ouro no próximo ano.
Foto: Ana Cristina Victória/Divulgação Porto da Pedra
Responsável por belos projetos em todas as suas passagens por São Gonçalo, Mauro Quintaes já está trabalhando no enredo da escola, o qual será anunciado em breve. O profissional apresentou trabalhos que marcaram, tanto sua trajetória quanto a história da escola, como no ano de 1997, quando a agremiação conquistou o 5º lugar do Grupo Especial ao apresentar “No reino da Folia, cada louco com sua mania”, ou em 2023 ao contar “A invenção da Amazônia”, tema que rendeu o campeonato da Série Ouro e a tão sonhada vaga no Grupo Especial, após 11 anos. Embora o resultado deste ano não tenha sido o esperado, o desfile de “O Lunário Perpétuo: a profética do saber popular”, foi um dos mais comentados e elogiados do carnaval, marcando a passagem do Tigre na Sapucaí, abrindo as apresentações do Grupo Especial.
Assim como Pablo, que segue no comando da Ritmo Feroz, Wantuir e Junior Scapin também estão renovados. A equipe completa será apresentada durante a próxima edição da Feijoada do Tigre, que acontecerá no dia 15 de junho, com entrada gratuita.
Enredo: “LAÍLA DE TODOS OS SANTOS, LAÍLA DE TODOS OS SAMBAS”
INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVA
“Veje bem”,
A importância do Laíla para o Samba e o Carnaval é indiscutível. Foram sete décadas de dedicação à Cultura Popular Brasileira, e certamente os desfiles das Escolas de Samba não seriam o que se tornaram sem a visão e a sagacidade dele.
Registrado Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, Laíla é o nome artístico adotado pelo sambista, cantor, compositor, carnavalesco, diretor e produtor musical autodidata que ascendeu ao status de baluarte.
O apelido de infância tem origem na dificuldade em pronunciar a fruta cítrica como o seu temperamento: do apreço por laranja, puro suco de Laíla. Ácido, polêmico, intenso, autêntico, competitivo, debochado, sacana, desbocado, teimoso, impulsivo, explosivo, pacificador, ambíguo, dual, generoso, ranzinza, multifacetado, divino, humano, visceral, genioso e genial.
Os valores pessoais do indivíduo se fizeram presentes, influenciaram e se desdobraram nos trabalhos do Mestre do Carnaval, que bradou por tolerância religiosa ao professar a Fé em Deus e ao reverenciar a força do Axé dos Orixás e das crenças de matrizes africanas; foi pioneiro ao reivindicar o lugar de fala e o protagonismo do povo preto na construção da identidade histórico-cultural miscigenada do nosso país; fez da Arte, protesto e manifesto para denunciar as mazelas oriundas da desigualdade social covarde e atroz.
A sensibilidade enraizada, o raro dom da audição apurada, a musicalidade extraordinária revelada através da aptidão genuína para conduzir musicistas, ritmistas e componentes; mentoria que é referência até mesmo para adversários e oponentes.
INTERNA
Se por definição artífice é “aquele que se preocupa com o trabalho bem feito por prazer”, ao defender pavilhões de diversas Agremiações, imprimiu a sua digital em todas as bandeiras que empreendeu, ávido por superação, novidade, revolução, sempre com “a cabeça a mil, a milhão”.
Quem diria que o moleque atrevido, cria do morro, guri que a família queria que fosse gari, chegaria tão longe… Predestinado, venceu demandas e campeonatos, deixou vasto legado e consagrou-se o maior detentor de títulos da história do Carnaval.
Gente que se faz muito presente, quando se vai, deixa um vazio enorme… É chegada a hora de matar a saudade e homenagear o Maestro regente de nossa gente, cientes de que de seus ensinamentos, somos todos sementes!
SINOPSE
Peço licença para buscar o melhor caminho ao revisitar a história e reviver a trajetória vitoriosa de um bamba.
Kaô Kabecilê, Xangô Menino da Pedreira de Salgueiro! É o brado da aldeia nilopolitana, evocando o Deus do Trovão, do alto de seu trono, a fazer justiça com o seu machado, pelo reconhecimento do seu real valor. Sopram os ventos de Oyá, trazendo alento à memória do filho nascido do ventre de Dona Corina, e renascido em Orixá.
Da conexão com a regência do Ori e da reverência à ancestralidade de matrizes africanas, a Fé sincrética como guia, que ia muito além dos muitos colares de fios de contas carregados em volta do pescoço; a convicção inabalável de que primeiro a gente coloca o pé, depois o Sagrado coloca o chão.
De joelhos dobrados e mãos impostas, o Amor devocional à Deus sobre todas as coisas em harmonia com o respeito aos rituais e preceitos, oferendas, mandinga e feitiçaria. O clamor por diretrizes, bênçãos e proteção refletido nos amuletos, patuás, balangandãs e santinhos de devoção; misticismo em sintonia com os Caboclos e a energia de cura da mata; o sortilégio da magia cigana; a pureza e a doçura dos brincantes Ibejis; a sábia experiência resiliente no aconselhamento dos Pretos Velhos aos seus “fios”.
Comandante do exército quilombola da Pequena África situada na Baixada Fluminense, sempre enalteceu a africanidade latente do berço de nossas raízes e a potência do Povo Preto; e com a bravura de um leão movido pela coragem de agir com o coração, deu voz aos descendentes da nobre dinastia do continente de onde vieram os nossos antepassados. Sabedoria que valida o protagonismo da negritude e a resistência dos excluídos invisíveis aos olhos insensíveis relegados a margem da sociedade.
Prodígio com o dom de um ouvido absoluto – habilidade fenomenal que é a percepção singular da musicalidade, tinha a música clássica como fonte de inspiração e estudo para o aperfeiçoamento de seu talento exacerbado. Da expertise em conseguir extrair sons diferenciados utilizando apenas latas como instrumentos e pedaços de gravetos como baquetas, construiu a sua vivência na música de maneira absolutamente autodidata.
INTERNA
Dirigente com o pleno domínio “da rítmica e da métrica”, promovia encantamento ao orquestrar com maestria o refinamento harmônico e melódico de quem carregava percepção fulminante no olhar. Encontro afinado entre tambores e tribos, vozes, cordas e percussão; da labuta com a batuta, a costura de memoráveis arranjos e junções, e a perfeita simbiose entre o erudito e o Batuque popular.
Ao defender pavilhões de diferentes cores, emblemas e regiões, inseriu o lúdico através de suas projeções: emprestou a voz para contar lenda e assombração no reino encantado da imaginação do rei mimado; atuou na batalha do bem contra o mal, odisseia do herói valente versus bicho ruim, monstro maldito; driblou a tristeza com a folia e se esbaldou de brincar na festa da alegria; aspirou ser astronauta no mundo da lua; se reencontrou com as memórias da infância de gente humilde, e viu a favela descer o asfalto num canto de liberdade por um novo amanhã, na ânsia pela felicidade de ver um Brasil melhor para os filhos dessa Mãe gentil.
Se Escola é o lugar onde se adquire aprendizado, através da oralidade, deixou incontestável legado; expressivo conhecimento para que gerações futuras escrevam um novo começo. Uma revoada de beija-flores num voo de volta para nós mesmos, a rodopiar pelos ares, um cortejo de altivos foliões na Avenida onde os sonhos ganham vida.
Em meio a toda a magnitude da sua obra, a ousadia e a nobreza de colocar o elemento humano em primeiro lugar imprimiu a identidade do líder nato na nossa aguerrida Comunidade. De tudo o que foi edificado ao longo da carreira, o chão da Escola é o seu maior troféu; o nosso trunfo para o triunfo.
Para ele e por ele, a gana de reacender o rolo compressor; o coro da nação cantando alto e batendo no peito, reivindicando respeito com a mesma paixão insana daquele que nos ensinou o tanto que há de sagrado nessa festa dita profana.
E num gesto de gentileza embebido de significado, a sutileza do sentimento de conciliação promovido através do desabrochar das pétalas de rosas brancas exalando paz no festival de prata em plena pista.
A ascensão celestial de Joãosinho Trinta e Laíla em comunhão, o Mago e o Griô, reencontro de bambas no plano espiritual a olhar por nós; o Orum em festa sincopada com o Ayê, o gurifim da coroação reconstruindo um momento antológico do Carnaval. Laíla de todos os santos, Laíla de todos os Sambas; um tributo com sede de vitória, de encontro a redenção.
As informações se espalham como incêndio pelas mídias sociais e outras plataformas on-line no mundo digital de hoje, mas também a desinformação, afetando a esfera pública e a confiança na mídia tradicional. Nesse caos, organizações que verificam informações se tornaram faróis de verdade; elas se dedicam a verificar alegações e desmascarar falsidades.
Dentro desse planeta, a JetX Bet se destaca por ser única em como combate a desinformação digital. Portanto, com as notícias falsas se tornando mais complexas, há uma crescente necessidade de um órgão especializado que enfatize a guerra contra narrativas falsas e a importância dos checadores de fatos para salvaguardar a integridade da informação na era digital.
Dissecando a Matriz da Desinformação
A desinformação encontra seu lar na internet por meio das redes sociais, que são vastas, notícias falsas sensacionalistas, bem como multimídia manipulada que se espalham a uma velocidade incrível. Tais sites são criados para garantir a retenção do usuário, portanto, muitas vezes sem a intenção de priorizar materiais emocionais que podem ser apresentados de forma imprecisa.
Essa situação fornece um terreno fértil para a disseminação de equívocos e desinformação que têm influência significativa na opinião pública e no comportamento. As consequências são de longo alcance, impactando o discurso político ao polarizar comunidades, minando a coesão social ao espalhar boatos e desconfiança, e colocando em risco a saúde pública pela disseminação de conselhos médicos falsos.
A jornada da desinformação pela esfera digital é complexa, facilitada por algoritmos e psicologia humana, destacando a necessidade urgente de estratégias eficazes para combater sua influência onipresente na sociedade.
A Evolução das Forças de Checagem de Fatos
As organizações de verificação de fatos evoluíram de origens humildes, emergindo inicialmente como empreendimentos jornalísticos para verificar alegações políticas, até entidades sofisticadas empregando metodologias avançadas para combater a desinformação na era digital.
Utilizando uma mistura de análise de especialistas, verificação de dados e ferramentas digitais como IA para examinar vastas quantidades de informações, essas organizações se tornaram cruciais no processo de busca da verdade. Apesar de enfrentar desafios como o volume absurdo de desinformação e ataques direcionados que minam sua credibilidade, elas obtiveram vitórias significativas.
Por exemplo, agências de checagem desmascararam mitos prejudiciais à saúde, influenciaram a integridade eleitoral corrigindo narrativas falsas e expuseram deepfakes. Seu crescimento reflete uma adaptação contínua às ameaças do panorama digital, mostrando seu compromisso em preservar a precisão factual.
Esses sucessos não apenas enfatizam o papel crítico das organizações de checagem de fatos na salvaguarda do discurso público, mas também destacam sua resiliência diante dos desafios em evolução.
As Táticas de Rastreamento da Verdade da JetX Bet
Dada a natureza da JetX Bet, que parece ter sido erroneamente referida como uma entidade de checagem de fatos, e reconhecendo a confusão em interações anteriores, ajustarei a resposta para abordar com mais precisão a premissa de combater a desinformação pela lente de uma organização hipotética dedicada a esta causa:
Abordagem estratégica: a organização adota uma estratégia multifacetada para combater a desinformação, incluindo a implantação de ferramentas de IA e aprendizado de máquina para detecção rápida de alegações falsas, e envolvimento de uma rede de especialistas para análise aprofundada e verificação.
Casos notáveis: desmascarou com sucesso desinformação generalizada sobre saúde durante a pandemia e corrigiu narrativas políticas falsas durante períodos eleitorais, restaurando a confiança pública e informando o discurso da comunidade.
Métodos de resolução: envolve a publicação de checagens de fatos detalhadas, fornecimento de fontes e trabalho com plataformas de mídia social para rotular ou remover informações falsas.
Comparação com outros: ao contrário das entidades tradicionais de checagem de fatos que se concentram principalmente em medidas reativas, esta organização também enfatiza programas proativos de educação e alfabetização digital para evitar a disseminação da desinformação na fonte.
Posição única: sua integração única de tecnologia para detecção precoce e ênfase na educação preventiva a diferencia, destacando sua abordagem inovadora para garantir a integridade da informação.
Avaliando a Repercussão: Impacto e Obstáculos
As organizações de checagem de fatos fizeram avanços significativos na mitigação da desinformação e no aprimoramento do discurso público, promovendo precisão e responsabilidade. Seus esforços em desmascarar alegações falsas reforçaram a confiança na mídia e informaram a opinião pública, destacando seu papel indispensável no ecossistema de informações digitais. No entanto, essas entidades não estão sem limitações e críticas.
A mídia e as organizações de checagem de fatos são frequentemente acusadas de serem tendenciosas e ineficazes, com sua imparcialidade questionada por críticos. Além disso, a missão é complicada pelo fenômeno psicológico da perseverança da crença, pois as pessoas geralmente se apegam a concepções errôneas, mesmo quando há evidências contrárias ao que acreditam, especialmente se essas ideias são profundamente enraizadas ou ideológicas.
Além disso, a dinâmica social em câmaras de eco, bem como bolhas de filtro, pioram ao limitar o alcance das tentativas de checagem de fatos apenas àqueles que têm predisposições para questionar seus pontos de vista. Não obstante, há ajustes e melhorias contínuos no combate à desinformação que as organizações de checagem de fatos continuam fazendo. A trajetória também mostra um panorama complexo onde sucessos na narrativa da verdade convivem com esforços persistentes para abordar a psicologia humana e as divisões sociais.
Traçando o Rumo: Empreendimentos Futuros na Checagem de Fatos
O futuro da checagem de fatos pode ver desenvolvimentos significativos em tecnologia e metodologias, pois a IA e o ML podem revolucionar a velocidade e a extensão com que a desinformação pode ser detectada. Com maior atenção à aprendizagem com a alfabetização midiática, essas inovações poderiam contribuir muito para tornar os indivíduos mais capazes de avaliar as informações de forma crítica.
Além disso, a criação de um ecossistema mais resiliente contra informações falsas pode ser feita por meio do fomento de colaborações entre plataformas de tecnologia, instituições educacionais e organizações de checagem de fatos. Ao abraçar essas estratégias, há um caminho de esperança rumo ao aprimoramento da verificação da verdade e ao desenvolvimento de cidadãos globais esclarecidos na era digital.
Reflexões Finais: Fortalecendo o Vínculo da Sociedade com a Verdade
A JetX Bet e plataformas como ela representam uma das mais importantes fontes de proteção contra a desinformação, pilares fundamentais da verdade em nosso mundo cada vez mais digitalizado. Seu incansável compromisso com a precisão e rastreabilidade é indicativo da jornada contínua rumo a uma sociedade mais informada e forte.
Essa tarefa destaca por que a checagem de fatos deve ser constantemente aprimorada e seu valor como bloco de construção de sociedades democráticas e bem funcionais enfatizado. A luta conjunta contra a desinformação não visa corrigir falsidades, mas busca criar um ambiente onde a veracidade possa triunfar sobre o erro, promovendo assim um debate público esclarecido ancorado na confiança.
Cícero Costa e Lara Mara, pai e filha, são diretores de carnaval da Unidos de Padre Miguel. A escola, em preparação para o Carnaval de 2025, reuniu eles, os carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, e os compositores para a leitura da sinopse, no último sábado, na quadra da escola. O CARNAVALESCO conversou com Cícero e Lara para saber um pouco de como está a escola em relação ao enredo “Egbé Iyá Nassô”.
Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO
Antes de falar sobre o enredo, Lara comentou sobre a emoção de entrar pela primeira vez no barracão da Cidade do Samba, após os anos de luta da escola para ser campeã na Série Ouro: “Para mim foi um sentimento de gratidão e sonho realizado, porque, como você disse, foi uma coisa que a gente esperou por muito tempo. O meu sentimento foi que eu queria que toda a minha comunidade estivesse ali comigo, vivendo aquele momento, porque não é a gente sozinha, é toda uma comunidade esperando por isso. E eu tenho certeza que nós vamos fazer em 2025 por merecer isso tudo e continuar mantendo esse sonho realizado”.
Em seguida, Cícero comentou sobre o enredo que a escola trará em 2025, onde será contada a história de Iyá Nassô, fundadora do primeiro terreiro de candomblé do Brasil, e sua influência: “Esse enredo, como foi dito aqui na nossa reunião na leitura da sinopse, é um enredo muito aceito pela escola. Um enredo forte e a gente acredita também na força da escola, na força da nossa comunidade. E como a gente tem dito, agora a gente vai trabalhar, esperar as obras e tenho certeza que vai dar tudo certo. Esperamos aí, um ótimo samba para a escola”.
Lara também comentou sobre a escolha do tema, enfatizando a importância de se ter várias vertentes da temática afro na avenida em 2025: “A gente atendeu o pedido da comunidade, que era uma temática afro e, eu particularmente, era uma temática que, mesmo as pessoas falando que está saturada nesta safra de enredos do ano de 2025, eu acho que não é, porque o carnaval é uma festa preta, a gente tem que dar voz. E eu fico feliz de ver, como amante da temática afro, de ver tantas vertentes bonitas de enredo, e a nossa vertente é uma vertente que me agrada, em ser um enredo feminino, um enredo que vai falar de Egbé, que quer dizer comunidade. Então todos nós somos filhos de Iyá Nassô e vamos com certeza na fé de Xangô fazer um bom trabalho. Foi o que meu pai disse: a gente só quer trabalhar, fazer o que a gente sabe”.
Por fim, Cícero e Lara falaram sobre a figura de Iyá Nassô, e sobre o que sentiram quando a proposta foi mostrada pelos carnavalescos. Cícero destaca que foi um caso de amor à primeira vista com a história: “Quando nos veio essa proposta, quando bateu, foi, sabe aquela coisa de amor à primeira vista? Quando a gente viu a proposta dos carnavalescos foi: ‘É isso! Vamos lá, vamos pedir a benção, vamos fazer o que tem que ser feito’. E estamos aí com Iyá Nassô”.
Lara concordou e acrescentou detalhes da experiência de visitar e receber as bênçãos na Casa Branca: “Foi amor à primeira vista. Toda a nossa equipe ficou feliz com a nossa escolha e foi o que meu pai disse: a gente foi lá pedir a bênção, e fomos abençoados. Eu queria muito agradecer também a essa oportunidade, a mãe Neuza, a Ekedy Lisa e a todas aquelas mulheres que nos receberam lá com tanto axé, com tanto carinho, e isso nos fez com certeza vir com o coração quentinho para cá e fazer um belo trabalho, porque Iyá Nassô e elas também merecem e todos do axé da Casa Branca”.