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Unidos de Vila Santa Tereza encerra a noite de desfiles da Série Prata

Por Juan Tavares

A agremiação Vila Santa Tereza terminou a noite de desfiles da Série Prata entregando menos do que o esperado para um desfile que vale uma vaga na Série Ouro no carnaval de 2026.

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Comissão de frente

A comissão estava vestida com roupas na cor branca, as mesmas geralmente utilizadas nas giras nos terreiros de umbanda. Embora a aparência dos componentes não deva influenciar na decisão dos jurados, acredito que ficou muito modesta, aquém do esperado. A performance do grupo foi boa, mas também não impressionou, embora tenha sido sincronizada entre os integrantes.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal esteve em harmonia enquanto dançava na avenida; ambos foram simpáticos e sorridentes durante o espetáculo. O modo como o mestre-sala conduzia a porta-bandeira permitiu que o público percebesse a emoção deles em cada movimento dado em direção ao fim do desfile. As cores vermelha e prata usadas na fantasia encantaram as pessoas que estiveram presentes no local, por seu contraste e brilho cintilantes.

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Harmonia e Samba

Os intérpretes deram um show ao cantar o enredo junto a alguns outros membros da escola. Eles conseguiram animar a bateria, que, por sua vez, buscou inspiração nos colegas de agremiação para fazer um batuque memorável. Além disso, a voz potente dos puxadores estava tão limpa que deu para entender praticamente toda a letra do samba. A rainha de bateria sambou bastante e mostrou que sabia exatamente o que estava fazendo.

O samba “Salve, Vovó Maria Joanna Rezadeira! Salve o Jongo da Serrinha! Saravá, Saravá, Saravá”, embora a história por trás da música seja linda, não ficou na cabeça, como as dos demais postulantes da mesma noite.

Evolução

Apesar de não ter havido atraso, a evolução se deu de forma lenta. As pessoas, componentes de diversas alas, aparentavam estar desanimadas no desfile.

Outros Destaques

O fato de a escola ser comandada por mulheres é um ponto muito relevante a ser colocado em pauta, principalmente, porque o Carnaval é predominantemente dominado pelo público masculino desde os primórdios da festividade.

As fantasias da ala das baianas parecem ter sido feitas com muito amor. A animação e a disposição diferenciada dessas mulheres em relação às outras alas eram surreais. Elas conseguiram estar mais dispostas do que muitas musas por aí. Deram de mil a zero em muitas pessoas mais novas.

Com muitos buracos e falta de componentes, Força Jovem faz desfile inferior ao de 2024; bateria, rainha e ala das baianas são destaques este ano

Por Juan Tavares

Na última noite de desfiles da Série Bronze, a G.R.E.S Força Jovem esteve na famosa “Arquibancada Popular do Samba” para participar de mais um espetáculo da Superliga Carnavalesca do Brasil.

Infelizmente, a agremiação não obteve tanto sucesso na apresentação, visto que buracos foram formados nas alas, provavelmente por falta de componentes. Além disso, havia alguns membros desfilando de chinelo. Claro que isso não tira o mérito da escola nem do indivíduo, afinal de contas, imprevistos podem e, de fato, acontecem. Contudo, vale ressaltar que no ano passado (2024), a entrega foi superior à deste ano, o que surpreendeu muitas pessoas, deixando-as perplexas com o declínio em 2025.

Ao menos, a bateria, a ala das baianas e a rainha de bateria conseguiram, de certo modo, trazer um “respiro” que abrandou os desafios enfrentados pela Força Jovem. Agora, basta aguardar os resultados para ver a apuração.

Comissão de frente

Este quesito poderia ter sido melhor explorado tanto pelo coreógrafo quanto pela própria agremiação, visto que os componentes estavam, a meu ver, fantasiados como fantasmas, e a coreografia basicamente representava os movimentos deles.

Mestre-sala e porta-bandeira

O casal se apresentou como de costume, com os famosos giros que movimentavam a bandeira. O mestre-sala foi simpático; a porta-bandeira, por sua vez, não demonstrou tanto vigor inicialmente. O público presente na arquibancada não vibrou com eles, apesar de terem feito uma apresentação relativamente boa.

Harmonia

A escola teve buracos nas alas; não se sabe a razão para isso, mas acredito que seja por falta de componentes. Infelizmente, esse “pecado” certamente irá repercutir negativamente na avaliação no dia da apuração. Mas não se pode negar que as cores escolhidas entre as divisões de cada ala estavam muito bonitas.

Evolução

Dentro das possibilidades e das limitações enfrentadas, a escola evoluiu bem. Uma pena que o motivo para essa “evolução razoável” penalize a Força Jovem em outros quesitos, mas serve de aprendizado.

Samba

O trecho “De um mundo sem cor, a Força Jovem faz de uma folha em branco nascer uma nova história” tentou fazer a esperança da escola de ganhar cair por terra. Porém, a canção tem seus atributos positivos ao trazer mensagens otimistas para um novo amanhecer, que será melhor do que o dia de ontem. Contudo, não é um samba que vira chiclete para os foliões, nem o refrão fica preso na mente com facilidade.

Outros destaques

A rainha de bateria, Alessandra Ramos, além de lindíssima na Intendente, demonstrou saber exatamente onde estava pisando. A destaque manteve-se disposta durante o desfile e ainda conseguiu ser ovacionada pelo público da arquibancada. Ramos sambou gloriosamente, tal qual uma passista “cria” de escola de samba raiz.

A ala das baianas desempenhou bem sua função durante o percurso percorrido pela agremiação. As componentes, formadas predominantemente por mulheres mais velhas, demonstraram entusiasmo de tal modo que parecia que estavam fazendo sua primeira apresentação.

A bateria era composta somente por jovens, sendo bastante coerente e coesa com o nome da agremiação. Foi bonito ver tantas pessoas reunidas no mesmo propósito, que era fazer a escola entregar o seu melhor na noite de sábado. Essa geração, com certeza, pode inspirar até mesmo as escolas da elite do Carnaval a captar e capacitar esse nicho para eventuais futuros desfiles.

Acadêmicos de Jacarepaguá abriu o último dia de desfiles da Série Bronze com bateria dando show, apesar da ausência de fantasia para seus ritmistas

Por Ana Júlia Agra

A Acadêmicos de Jacarepaguá levou à Passarela Popular do Samba, no último sábado, um desfile que tinha como base o enredo: “Caminhos abertos para a boa sorte”. Sua comissão de frente apresentou alusões e homenagens a grandes desfiles e suas escolas. A agremiação apresentou alguns problemas de harmonia e evolução, com buracos em frente ao último módulo julgador, componentes que cantavam timidamente o samba; bateria com paradonas, mas ritmistas sem fantasia alguma. A escola ainda estourou em oito segundos o tempo regulamentar estabelecido pela Superliga.

Comissão de frente

Marcelo Tibúrcio, coreógrafo da comissão de Jacarepaguá, foi o responsável pela apresentação que trouxe seus integrantes vestidos de branco, fazendo alusão aos bons caminhos, e dois vestidos de preto, que tentavam combater o bem, mas eram derrotados pela maioria vestida de branco, em referência ao verso do samba “Tenho o corpo fechado”.

Mestre-sala e porta-bandeira

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Felipe Solera e Verônica Moura, apresentou uma dança sem muito vigor e entusiasmo, contudo, com fantasias lindíssimas. O casal teve alguns problemas durante o desfile. No terceiro módulo julgador, a porta-bandeira rodopiou no momento em que o mestre-sala iria pegar na ponta da bandeira na coreografia. Já no quarto módulo, a haste da bandeira soltou-se da fantasia, fazendo com que a porta-bandeira precisasse recolocá-la rapidamente para encerrar sua apresentação aos jurados.

Harmonia e samba

A harmonia da escola poderia ter desenvolvido melhor o canto tímido de seus componentes, principalmente nos momentos em que a bateria apresentava paradinhas, para valorizar o quesito para a comunidade de Jacarepaguá.

O intérprete Igor Pitta soube conduzir o samba, intitulado “Caminhos abertos para a boa sorte”, com maestria, tendo um bom entrosamento com a bateria do mestre Hamilton Jr., que apresentou pura cadência. Apesar do evidente problema com a ausência de fantasia dos ritmistas, a bateria não deixou que isso abalasse seu desenvolvimento na Avenida.

Evolução

A escola apresentou desorganização e correria para não estourar o tempo, deixando buracos visíveis, principalmente próximos ao terceiro e quarto módulos de jurados. A direção de harmonia entrou em ação, tentando acalmar os componentes para que pudessem recompor sua posição ideal e encerrar o desfile dentro do tempo, mas não foi suficiente, visto que a agremiação estourou o tempo regulamentar.

Com ‘Garra de campeão, alma de vencedor’, Cabuçu se credencia como uma das grandes favoritas ao título da Série Bronze

Por Márcio Guilherme

A penúltima escola da noite, a Unidos do Cabuçu, levou para a Avenida o enredo “Há quem passe pela África, veja quem é você?”, desenvolvido pelo carnavalesco Wladimir Morellembaumm, em alusão aos 80 anos que a escola completará em 2025 e toda a sua ancestralidade. A agremiação fez um desfile de muita técnica e emoção, credenciando-se como uma das grandes favoritas ao título da Série Bronze.

Comissão de frente

Coreografada por Rodrigo Avelar, apresentou-se diante dos módulos com muita imponência. Muito rica, com excelente sincronismo e de fácil leitura do enredo. O ponto forte foi a metamorfose dos figurinos, dos guerreiros leões aos súditos da realeza, com direito a pirotecnia, causando grande impacto e arrancando aplausos com uma performance muito bem executada. Vieram dispostos a conquistar a nota máxima no quesito.

Mestre-sala e porta-bandeira

O casal Luan Castro e Jéssica Ramos apresentou-se em todos os módulos com muita classe, técnica e sincronismo. Jéssica, que foi contratada como segunda porta-bandeira e logo promovida a primeira, vem em uma crescente muito boa, demonstrando profissionalismo e dedicação à arte da dança. Juntamente com Luan, não poderia ser diferente: realizaram uma excelente apresentação com muita elegância. O bailado clássico deles foi um grande diferencial, à altura da grandeza do pavilhão pesado que conduzem. Performance digna de nota máxima.

Harmonia e evolução

Os comandados de Cosme Márcio levaram para a Avenida um trabalho de muita organização e técnica, sem espaçamentos entre as alas e com total controle da evolução. O desfile foi finalizado com tranquilidade, no tempo de 38 minutos e 4 segundos. Os componentes das alas apresentaram-se com um canto forte, elevando a qualidade do samba com muita garra e raça, contagiando o público, como exigia o enredo da agremiação. Foi um trabalho de excelência na harmonia, com disposição para alcançar a nota máxima.

Samba

A composição de Maykon Rodrigues, Ilair da Cabuçu, Lari Mendes, Vando Cardoso, Leco da ALERJ e Guilherme Kauã possui uma letra muito rica, que transcreveu corretamente a leitura do enredo, com nuances melódicas que a completaram. A interpretação de Flávio Climagia e seu carro de som só elevaram ainda mais a obra, contagiando e emocionando os componentes, resgatando o orgulho de ser cabuçuense com os 80 anos da escola. Um show de interpretação.

Bateria

Os ritmistas comandados pelo mestre Nandim deram conta do recado com uma apresentação impecável da mais pura cadência, com bossas variadas e nuances rítmicas que elevaram o desfile, contagiando o público e contribuindo significativamente para o excelente desfile da agremiação.

Acadêmicos do Peixe encanta com irreverência, mas peca na originalidade e execução

Por Márcio Guilherme

A última escola da noite, a Acadêmicos do Peixe, levou para a Avenida o enredo “Nem tudo que cai na rede é peixe!”, desenvolvido pelos carnavalescos Joe Uliana e Ramon Erbiste, ao falar de como a cobiça moldou os impérios, destruiu as nações e, ao mesmo tempo, conectou-se aos maiores tesouros da vida em uma viagem pela história da humanidade. A agremiação, agora administrada pela presidente Fernanda Mello, que defende que lugar de mulher também é no comando, desfilou mostrando toda a irreverência, retornando com sua marca registrada dos temas de maior complexidade.

Comissão de frente

Comandada pelo premiado Alexandre Medeiros, apresentou-se diante de todos os módulos com muita técnica e leveza, marcas registradas em seus trabalhos pelas escolas por onde passou. Em uma linguagem simplificada, de fácil entendimento e leitura do enredo, trouxe toda a irreverência, chamando a atenção dos jurados e arrancando aplausos. Dispostos a conquistar a nota máxima.

Mestre-sala e porta-bandeira

O casal Matheus Medeiros e Amanda Villaverde apresentou-se diante dos módulos com muita técnica e sincronismo. Com toda a elegância e um bailado clássico, defenderam muito bem o pavilhão da escola para garantir a nota máxima no quesito.

Harmonia e evolução

Os comandados por Alessandro Mongin realizaram um trabalho harmônico de muita organização e técnica, sem espaçamento entre as alas e os setores. Cumpriram muito bem o desempenho, fazendo a agremiação terminar seu desfile em 39 minutos, dentro do tempo regulamentar. A evolução foi vibrante, com canto forte de todos os componentes.

Samba

A composição de Dimas Mello, Robson Alcântara e Lício Pádua, muito bem interpretada pelos intérpretes Léo Simpatia e Bia Lopes, junto com seu carro de som, transmitiu com uma linguagem simplificada o enredo, com nuances melódicas que contagiaram os componentes, fazendo-os cantar forte o samba.

Bateria

Sob a cadência do mestre Serginho, seus ritmistas deram conta do recado. Com várias bossas, elevaram o samba de maneira contagiante, de forma muito positiva, fazendo os componentes vibrarem e cantarem com força.

Siri de Ramos encanta, mas falhas técnicas e correria comprometem o desfile

Por Ana Júlia Agra

A Siri de Ramos levou para a Avenida, no último sábado, pela Série Bronze, o enredo: “Sons e Ritmos da Capital da Encantaria”. A comissão de frente encantou e contagiou o público com uma bela performance que contava com um tripé com efeitos especiais e muita dança, introduzindo a viagem que a escola viria a apresentar.

Comissão de frente
A dupla de coreógrafos usou um elemento móvel, com efeitos pirotécnicos e um boi que saía dançando de dentro do tripé. A teatralização da coreografia desenvolvida para a comissão de frente e seus efeitos especiais foram uma grata surpresa para o público presente, contagiando a arquibancada, que assistia atentamente a cada apresentação dos componentes. Contudo, no terceiro módulo, o efeito especial da comissão de frente não funcionou.

Mestre-sala e porta-bandeira
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Lucas e Dandara Luiza, apresentou uma dança tradicional e cadenciada, com movimentos leves, suaves e elegantes. A fantasia do casal trouxe muito brilho, pedraria e plumas, com acabamento e plástica belíssimos. A conexão da dança do casal, o entrosamento e o carisma abrilhantaram o desempenho apresentado.

Harmonia e samba
A harmonia da escola se destacou pelo canto forte da comunidade, presente por todo o desfile. Um samba que fluiu bem e contagiou componentes e público presentes. A escola de Ramos tinha um grande número de torcedores empolgados na arquibancada, ecoando o samba juntamente com seus integrantes.

O intérprete Jefão conduziu a escola de forma satisfatória, conseguindo um bom entrosamento com a bateria comandada pelo mestre Gláucio Duque, que trouxe muitas paradinhas e pura cadência, valorizando a comunidade que entoava o samba.

Evolução
A escola apresentou certa correria, o que fez com que fossem abertos buracos em frente aos últimos dois módulos julgadores; entretanto, conseguiu encerrar seu desfile dentro do tempo estabelecido. A escola apresentou carros grandiosos e com boa plástica.

Caprichosos de Pilares se destaca com homenagem a Jackson Martins, mas é insuficiente na harmonia, o que dificulta suas chances de ascensão à Série Prata

Por Juan Tavares

A Caprichosos de Pilares, famosa escola por ter integrado as séries Especial e Ouro no Carnaval, desfilou pela Série Bronze na noite de sábado pela Superliga Carnavalesca do Brasil. Apesar de a agremiação ser tradicional no cenário carnavalesco, isso não garante que esteja imune à perda de prestígio e posição nas disputas de quem sobe e desce.

O samba-enredo, em homenagem ao antigo puxador, animou a plateia e permaneceu na cabeça das pessoas que acompanhavam o espetáculo na Intendente. No entanto, ele, sozinho, não tem como determinar o resultado da apuração.

A comissão de frente esteve belíssima, chegando de “mansinho” para depois fazer uma coreografia maravilhosa, tal como uma condução no tango.

Os buracos criados devem desfalcar a escola na pontuação dos jurados, mas não percebi que fosse pela falta de pessoas, e sim por falta de organização por parte da equipe responsável. É uma pena, porque o conjunto da obra estava em plena sinergia. Quem sabe, em uma próxima oportunidade, Pilares não volte para as cabeças, galgando, aos poucos, seu lugar ao sol.

Comissão de frente
Começou lentamente e, aos poucos, a coreografia se desenvolveu, digna de uma escola da Série Ouro. Apesar da simplicidade da indumentária – que não é o principal deste quesito – a escola conseguiu ter um bom desempenho em sua apresentação, cantando e encantando, com os casais performando lindamente o samba da Caprichosos.

Mestre-sala e porta-bandeira
Os irmãos Raison e Raessa Alves foram bastante competentes na apresentação: simpáticos, demonstraram muita perícia na execução dos movimentos de dança e, ainda por cima, animaram o público que aguardava ansiosamente o desfile da escola. O sucesso do casal não é para menos, a dupla deu seus primeiros passos na escola da Caprichosos. É claro que esse início iria reverberar futuramente. Os giros ficaram ainda mais bonitos graças à fantasia, que remetia às cores da agremiação.

Harmonia
A agremiação foi razoável neste quesito, porém poderia e deveria ter ido melhor, dada a história da escola na elite do Carnaval Carioca. Os buracos formados foram mais por falta de posicionamento do que pelo número de componentes inscritos para o desfile. A Caprichosos deveria investir mais nisso em 2026, se quiser avançar para a Série Prata.

Evolução
A Caprichosos evoluiu bem e conseguiu fazer tudo dentro do tempo estimado pelo cronômetro. Da comissão de frente às alas finais, a escola fez com que houvesse coesão durante os 38 minutos e 36 segundos de desfile. Um ponto positivo para eles, que, mesmo na Série Bronze, ainda conseguem executar a função com qualidade.

Samba
A escolha do tema “Jackson Martins, a estrela que não se apagou!” foi uma bela maneira de homenagear o puxador de nome homônimo, que foi brutalmente assassinado em 2004, quando iria se apresentar em uma casa de shows na Baixada Fluminense. O samba é empolgante, vibrante e, ao mesmo tempo, nostálgico.

Xande de Pilares, Jorginho Moreira, Pedrinho da Flor, Betinho de Pilares, Miguel Dibo, Gilson Bernini, Rafael Gigante, JB Oliveira, Vinicius Ferreira, W. Corrêa, Renato Galante e Jassa fizeram um excelente trabalho ao comporem esta música em homenagem ao colega de agremiação. O enredo é chiclete, gruda na cabeça, principalmente no refrão:

“Tem bumbum de fora pra chuchu, a Identidade tem zoeira, na Caprichosos é pra eternidade”

e

“Lembrança do meu nome, sonhar é reviver pro show continuar.
Eu quero ver você comigo caprichar.
Chegou Pilares, vai à luta, meu povo.
Eu voltei pra defender meu pavilhão.
Felicidade eterniza o meu legado,
Saudadeando, solto a voz do coração.”

Este samba é empolgante, dançante, enérgico e, ao mesmo tempo, nostálgico.

Outros destaques
A ala das baianas estava com fantasias de cores lindíssimas, semelhantes as dos nobres do século XVIII. Ademais, a animação e a execução estiveram muito à altura da escola. O desejo dos componentes que estavam ali, certamente, foi um dos fatores que fez a ala se destacar com louvor. Vale observar que havia alguns buracos bastante perceptíveis, mas mais por falta de ajustes na posição das pessoas do que por falta de integrantes.

Vale muito destacar a ala das passistas, pois sambaram com muita vontade e se entregaram muito bem durante o desfile. Não faltaram energia nem disposição de cada mulher presente na noite de sábado.

Acadêmicos do Dendê emociona, mas enfrenta desafios na Avenida

Por Ana Júlia Agra

A Acadêmicos do Dendê trouxe para a Avenida, no último sábado, uma comissão de frente homenageando David Miranda, que era o enredo da escola: “David Miranda: Um legado de resistência”.

Comissão de Frente
Mariana Paixão apresentou uma comissão com maquiagem artística, efeitos especiais, globos luminosos e um componente central representando o homenageado, que mostrava ao público o nome da agremiação através de um livro iluminado por luzes de LED. A teatralização da coreografia, expressiva e síncrona, desenvolvida para a comissão, introduziu o que viria a seguir para ser apresentado pela comunidade da Ilha do Governador.

Mestre-sala e porta-bandeira
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Yuri Pires e Cassiane Figueiredo, apresentou uma dança tradicional e cadenciada, com movimentos suaves. O casal mostrou seu entrosamento, conexão, carinho e respeito ao pavilhão através de sua coreografia.

Harmonia e samba
A escola passou pela Passarela Popular do Samba com o canto da comunidade, ora mais tímido, ora mais intenso, mas presente por todo o desfile. Vale ressaltar que o Dendê desfilou com fantasias completas, mesmo que sem muito luxo.

O intérprete Doum Guerreiro conduziu a escola de forma satisfatória, conseguindo um bom entrosamento com a bateria comandada por mestre Mumu, cadenciada e ritmada, apresentando paradinhas por todo o desfile, a fim de valorizar o canto da comunidade.

Evolução
A escola apresentou alguns buracos visíveis em frente às cabines julgadoras e correria para não estourar o tempo regulamentar. O samba funcionou, e a comunidade da Ilha encerrou seu desfile dentro do tempo regulamentar.

Jorge Silveira segue como carnavalesco do Salgueiro

O Salgueiro anunciou na noite desta segunda-feira, nas redes sociais, a renovação com o carnavalesco Jorge Silveira para o desfile de 2026. Veja a publicação abaixo.

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“Nosso Torrão segue forte para mais um grande Carnaval! É com alegria que anunciamos a renovação do nosso carnavalesco Jorge Silveira!

Com sua criatividade e talento, Jorge seguirá escrevendo mais um capítulo dessa história de paixão e tradição. Vamos juntos rumo a mais um desfile inesquecível!”

jorge silveira salgueiro
Foto: Divulgação/Salgueiro