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Dragões da Real inaugura ‘Memorial da Caverna’ e celebra a própria história

A Dragões da Real revelou que o novo espaço do Memorial da Caverna. A inauguração aconteceu na noite da última sexta-feira, em um coquetel promovido pela escola de samba da Vila Anastácio, Zona Oeste de São Paulo. O local seria, basicamente, para celebrar a história da agremiação, que soma 24 anos – completados no dia 17 de março. Escolhido por meio de votação nas redes sociais destinadas à comunidade, o nome decidido foi “Memorial da Caverna”. É importante ressaltar que a quadra da Dragões da Real é conhecida como “Caverna do Dragão”.

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Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Emoção do diretor e fundador

Mesmo sendo a agremiação mais nova no Grupo Especial de São Paulo (e chegando ao pelotão de elite com apenas doze anos de idade, no ano de 2012), a Dragões já pode contar muita história. Elias Vieira, diretor geral da escola de samba, por exemplo, é um dos fundadores da instituição.

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“Eu estou na Dragões desde a fundação, sou um dos fundadores. A gente jogava bola, participávamos de outras escolas com alas e etc. Em um dia, curtindo um samba na quadra que a gente jogava, pensamos no motivo pelo qual a gente não formava a nossa própria escola. Começamos a ver como montar uma escola e montamos. Dá muito orgulho ver o que virou a Dragões, o nome da escola é motivo de orgulho e virou referência no carnaval para muita gente pelo trabalho que fazemos, bem sério e tratando o samba como ele deve ser tratado”, comentou, já refletindo sobre a grandeza do evento.

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Seis anos depois, a Dragões conseguiu a própria quadra – que foi, ano após anos, ganhando corpo. Elias relembrou o trajeto dos primeiros anos da escola: “Nossos primeiros ensaios foram na quadra do Lavapés, na Baixada do Glicério. Depois, ensaiamos no viaduto Santa Ifigênia, no Centro, em frente a nossa antiga sede. Depois, fomos para a Mocidade Unida da Mooca, tivemos um período na quadra da Caprichosos de Piqueri e, em 2006, viemos para esse atual terreno com tendas, montávamos tendas e ensaiávamos embaixo delas. Hoje, você vê o progresso da Dragões, o trabalho que a gente teve para construir essa quadra – que eu posso dizer que é uma das mais bonitas do carnaval de São Paulo atualmente”, orgulhou-se.

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Ele próprio se emociona com toda a trajetória que ajudou a construir – seja como componente, seja como diretor: “A ficha às vezes não cai. Tem alguns eventos e ensaios nossos em que a gente sobe na quadra e tem a visão de todo o local. Nessas horas, a gente para pra pensar no que a gente se tornou e conseguimos fazer. Não dá para acreditar o quanto a gente lutou e trabalhou para ver esse sucesso. É um orgulho! Às vezes, as lágrimas chegam a cair dos olhos quando você vê um evento cheio. Hoje, entregar para a comunidade mais um espaço, o Memorial, contando um pouco da história da escola… é lindo. Tem um item particular meu, que está lá dentro, de casa, sendo que eu trouxe de metrô, mas isso é um grande orgulho. A maioria das quadras que estão lá dentro são minhas, é um grande orgulho ver tudo isso e ver que eu fiz parte disso. Bati um prego, coloquei um tijolo nisso tudo. Sou uma pessoa que sempre fui muito participativo: hoje eu trabalho no barracão e já madeirei carro alegórico, por exemplo. Já fiz fantasias… tudo que podia fazer em relação ao carnaval eu já fiz. É sempre bem legal entregar uma novidade para a comunidade”, contou.

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Inovação também é olhar para o passado

Acostumada a ser pioneira em diversos momentos, chegou a hora da Dragões também se orgulhar de tudo que já foi construído, explica Márcio Santana, diretor de carnaval: “É muito especial inaugurar o Memorial em se tratando de revigorar os ânimos de uma comunidade. É o resgate de uma escola que é tão jovem, mas que, muitas vezes, pela força do cotidiano e por sempre pensar para frente, a gente acaba negligenciando um pouco o que já passou. A gente está prestes a completar 25 anos, a escola precisa ter o olhar e a sensibilidade de ver de onde veio”, comentou.

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Ubaldo Vieira, diretor do Departamento Social, também comemorou a inauguração: “É muito gratificante a gente memorizar tudo que a Dragões veio fazendo nesses últimos anos. Desde os tempos da quadra de terra até hoje, é lindo ver o que a Dragões é”, enfatizou, relembrando os primeiros momentos no espaço.

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Vale destacar, também, que até mesmo ex-diretores da escola foram convidados para o evento – e foram chamados para o espaço em frente ao Memorial, que estava coberto com um pano vermelho. Dentre eles, por exemplo, estava José Jorge Teles Santos, o mestre Tornado, histórico comandante de baterias do carnaval paulistano e comandante da “Ritmo Que Incendeia” entre 2015 e 2022 – desde então, os ritmistas são comandados por mestre Klemen Gioz.

High tech

Renato Remondini, o Tomate, presidente da agremiação, sempre gosta de exaltar todas as inovações que a Dragões da Real já proporcionou ao carnaval paulistano. E, na visão do principal mandatário da instituição, a criação do novo espaço na quadra está em tal contexto: “Esse nome foi eleito pelos próprios componentes da escola: nós sugerimos vários nomes e esse foi o mais indicado. A Dragões é uma escola pautada na inovação, na busca pelo novo, e essa sempre vai ser a nossa forma de atuar. Primeiro banheiro com acessibilidade foi nosso, em 2016. Em 2021, fizemos o primeiro espaço kids físico. Agora, veio a ideia de fazer o Memorial. Infelizmente, nós não temos muito espaço, há anos nós não tínhamos como imaginar que ela se tornaria uma quadra pequena – embora cheia de amor, de carinho e de afeto. Nada melhor que contar um pouco da história e da trajetória da escola para dar a oportunidade de quem chegar agora nos conhecer – ou quem também tem que ser eternizado e valorizado por contribuição. Criamos um pequeno espaço (que não é gigante, mas é legal) que, se Deus quiser, vai se tornar pequeno para os troféus. A ideia, lá, é não ter apenas os troféus, mas teremos uma parte tecnológica”, surpreendeu.

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Perguntado pela reportagem sobre como seria tal parte tecnológica, ele revelou muito da conexão com a comunidade e com o componente que o local terá: “Teremos, lá, muita interatividade. Se você estiver em uma feijoada, por exemplo, você pode marcar algo do dia – e você, automaticamente, vai estar em uma tela touch que você mesmo vai poder acessar. Lá também colocaremos fotos da ala X de 2010, por exemplo. Queremos que o componente participe disso e fomente o sistema. Lá também teremos uma exposição itinerante de camisas dos anos anteriores. Hoje, inauguraremos com camisas dos enredos dos primeiros anos. Depois, mudaremos e colocaremos novidades lá. Essa é a ideia: cada vez mais trazer conhecimento e respeitar a nossa comunidade”, destacou.

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No discurso de inauguração, Tomate destacou (e parabenizou) o responsável por tal tecnologia no Memorial da Caverna: trata-se de Rogério Felix, diretor de Harmonia da agremiação – chamado de “gênio” pelo presidente.

Comunidade solidária

Diversos segmentos da escola falaram da força dos componentes da instituição. Mais que cantar forte os sambas na avenida, a Dragões da Real também se notabiliza por uma série de projetos sociais, como explicou Ubaldo: “Nós temos o projeto de cadeira de rodas: a comunidade junta tampinhas de plástico e lacres de alumínio, fazemos a troca, compramos cadeiras de rodas e doamos. Hoje, já temos 250 cadeiras de rodas doadas desde o início do projeto. Com tampinhas e lacres, também doamos rações animais. Também doamos cestas básicas: em média, a cada quarenta e cinco dias, doamos trezentas cestas básicas. Também temos a Dragões do Amanhã, em que recebemos as crianças carentes de comunidades próximas da escola para trazer que elas são diferentes, nós temos alegria em recepcioná-las e dar carinho e amor, pra mostrar que amanhã ela pode ser alguém, com muita garra”, explicou.

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Do passado para o ano que vem

Não só de um olhar especial para o passado foi a noite na Vila Anastácio. Alguns importantes nomes da Dragões também falaram sobre o carnaval 2025, no qual a escola apresentará o enredo “A vida é um sonho pintado em aquarela!”, idealizado por Jorge Freitas.

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Tomate foi um deles, já trazendo informações sobre o andamento da agremiação visando 2025: “A Dragões é muito certinha. Eu trabalhei muitos anos na iniciativa privada, e a palavra ‘planejamento’ é fundamental. Hoje, estamos reproduzindo alas, estamos com o nosso abre-alas madeirado e esculturas sendo reproduzidas. Toda a equipe de Parintins também está aqui. Estamos a pleno vapor! Já estamos indo para as ferragens do segundo carro alegórico. Nossa meta é, em dezembro, estarmos com o trabalho todo concluído”, ejactou-se.

Utilizando a mesma palavra destacada pelo presidente, Márcio aproveitou para destacar o quanto a agremiação está adiantada e democratizada na eliminatória de samba-enredo. “A Dragões é muito leal ao nosso planejamento: aqui, a gente não rasga planejamento. Vou te dar um spoiler: acabei de sair do estúdio e as obras que vão competir nas nossas eliminatórias foram todas finalizadas. Abrimos um novo processo, em que os compositores tiveram a oportunidade de se valer daquilo que a escola estava oferecendo – um estúdio, ala musical, coral e todos os profissionais da escola gravando os sambas que competirão. Para a eliminatória, estamos 60% encaminhados. Agora é quadra e disputa”, prometeu.

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O diretor de carnaval, por sinal, revelou as datas relativas à escolha da canção para 2025: “A primeira eliminatória será no dia 10 de agosto. A partir dali, seguimos por três finais de semana: serão apenas três eliminatórias, curta, para otimizar a questão financeira dos compositores. Sabemos que uma disputa de samba é muito cara, acaba onerando muito. Estamos tentando trazer a essência da disputa de samba-enredo. Não queremos a parceria mais rica, a que tenha mais recursos financeiros ou o maior número de integrantes: queremos, simplesmente, o compositor com a sua essência. Caminhamos para ter um resultado muito positivo a partir dessa sistemática que a gente vai começar a colocar em prática na quadra, para a comunidade, a partir do dia dez”, finalizou.

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Axé na Zona Leste! Primeira da Cidade Líder inova e lança enredo na sede da Liga-SP

A Primeira da Cidade Líder lançou na noite da última sexta-feira o seu enredo rumo ao Carnaval 2025. O evento foi realizado na sede da Liga-SP, localizada na Fábrica do Samba. O local foi uma novidade para a escola, que teve o apoio da comunidade que foi convidada para participar. De acordo com o presidente Mário Alves, foi uma tentativa de acomodar melhor as pessoas, o que foi feito com sucesso. O CARNAVALESCO esteve presente e conversou com personalidades. Todos falaram sobre o enredo da homenagem ao Pai Tinho, onde tema tem como título “Ajó Odún, em seus 40 anos de axé Pai Tinho celebra Oxóssi”.

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Em discurso, o homenageado Pai Tinho disse: “Eu quero expressar a minha profunda honra e satisfação em receber essa homenagem. Oxóssi é minha vida, eu nasci para esse orixá e tudo que sou é por conta dele. Receber da Primeira da Cidade Líder esse convite, me deixa extremamente honrado. Eu tenho certeza absoluta que as coisas acontecem sempre com Orunmilá dizendo como devem acontecem. Nessa grande confraternização da Primeira da Cidade Líder, me sinto envaidecido e a responsabilidade só aumenta”, afirmou.

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Relação de Pai Tinho e Oxóssi

Um dos carnavalescos da agremiação, Ewerton Visotto explicou a situação do enredo, que se deu por muitas conversas e aulas que o homenageado fez com a agremiação, principalmente se tratando da entidade Oxóssi. “Foi uma situação em que a escola visitou o Pai Tinho e entendeu a questão dos 40 anos dele e o trabalho que vem fazendo na sociedade. Ele contou toda a história e trouxe a situação de Oxóssi e todo o contexto. Nós conversamos muito com ele, tivemos aula para entendimento da questão da entidade, trazer até chegar em terras brasileiras, paulistanas e fechar essa situação que hoje é referência na Zona Norte e na capital paulista, que é o Pai Tinho de Odé. O enredo foi construído nessa linha, trazendo, e a gente está com muita esperança para 2025”, disse o artista.

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Cristiano Oliveira, que forma dupla com Ewerton na assinatura do enredo, entrou nos detalhes técnicos do tema. De acordo com o profissional, o homenageado Pai Tinho irá contar a história de seu orixá Oxóssi, sendo o fio condutor do desfile. “Antes de tudo, esse enredo é uma grande celebração. Dentro das festas do candomblé, o Ajodun é uma festa de celebração feita por orixás. A gente vai celebrar não só o orixá, mas a figura do Pai Tinho, que é o nosso homenageado. Então, ele é o nosso fio condutor. Ele é o nosso narrador que vai contar um pouco de como foi escolhido o filho desse orixá. E aí, a partir desse fio que ele conta, a gente parte por alguns itãs, que explicam um pouco sobre como essa devoção ao Oxóssi da África chegou no Brasil e como que aqui se juntou com outras formas de crença, que é a parte dos povos originários, e a ideia é de um grande renascimento no terreiro do Pai Tinho, nessa figura que é tão emblemática dentro da nossa sociedade pela luta da liberdade religiosa e pela liberdade de uma forma ampla de conceito. É uma grande celebração que a gente vai fazer na avenida”, contou.

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Confiança no título

Lançar o enredo na Fábrica do Samba foi uma novidade para uma agremiação. Segundo o presidente Mário Alves, foi uma ideia que já existia há algum tempo para acomodar melhor as pessoas, além de a comunidade ter abraçado a ideia. “A nossa intenção de fazer aqui na Liga, foi justamente pela estrutura que a gente podia ter, inclusive para vocês da imprensa. A gente teve essa ideia já faz uns quatro ou cinco meses de fazer o lançamento aqui, porque a gente nunca fez nesse porte. Foi maravilhoso, a comunidade abraçou a ideia e veio em peso. Então, isso daí para nós foi muito importante”, disse.

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O gestor enumerou dois pontos importantes para a escolha do enredo de 2025. O primeiro ponto é sobre a questão estética. De acordo com Mário, há a possibilidade de reaproveitar fantasias. Outro fator é a mudança de característica, pois são dois carnavais seguidos homenageando coirmãs cariocas. “A gente faz um enredo de acordo com o que a gente tem de fantasia, infelizmente no nosso Grupo de Acesso 2 é assim. A gente tinha umas fantasias nessa linhagem e pensamos nele porque é uma pessoa de expressão e é um tema que a gente quase não fala. Estamos fazendo homenagens às escolas de samba e resolvemos mudar esse ano. Vamos mudar o foco um pouco. E aí aconteceu de a gente já conhecer ele, igual o Rodrigo e o Rodolfo, que na realidade são os que tomam conta do carnaval. A nossa intenção era realmente falar de Odé, Oxóssi e, então, o Pai Tinho é a pessoa mais indicada para a gente falar sobre isso”, declarou.

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Confiante no título, o mandatário diz que apesar de todas as dificuldades, o acesso é possível e chegou a hora da escola. “A gente sempre trabalha para brigar pelo título e fazemos um trabalho sério que é para subir. Sabemos que aqui é sofrido e é um grupo muito difícil. A gente vai fazer um trabalho novamente para subir, porque a gente tem qualidade, pessoas boas e de qualidade que sabem trabalhar. A gente já chegou perto três vezes e eu acho que chegou o nosso momento. Hoje estamos bem preparados para subir e chegar, porque tem escolas aí grandes no nosso grupo que já estão há muitos na nossa frente. Só que a gente quer subir e ficar e estamos nos preparando para isso”, completou.

Grande fase na Zona Leste

Um dos gestores da escola, Rodrigo Minuetto, comemora a fase em que a escola vive. O diretor falou sobre a nova quadra e a felicidade do enredo em homenagear o Pai Tinho. Ele aproveitou para agradecer o pré-candidato a vereador e parceiro da escola, Silvão Leite, que também preside a coirmã Estrela do Terceiro Milênio. “É a primeira vez que a nossa escola faz um evento aqui na Liga. A escola está vivendo um momento maravilhoso com o lance da quadra, que está em fase de finalização da construção. A gente acredita que até o final de setembro já esteja fazendo a inauguração e o povo está feliz com essa nova fase. Hoje foi o pontapé inicial do lançamento do nosso enredo, tivemos a honra e o prazer de ter o Pai Tinho como homenageado, a gente vai homenagear os 40 anos de feitura de cabeça dele, o orixá dele que de cabeça é o Odé, o Oxóssi e esse é o nosso enredo. A nossa grande homenagem ao orixá dele e de muitos filhos que vão estar junto com a gente no carnaval. Está tudo espetacular, está todo mundo muito feliz, tivemos a honra também de ter aqui o nosso amigo Silvão Leite, presidente da Estrela do Terceiro Milênio. Ele está dando uma força para a nossa e a gente agradece muito, não só o Silvão, mas toda a família Leite”, celebrou.

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Minueto revelou que pretende lançar o samba-enredo para 2025 junto com a inauguração da nova quadra. O gestor também festejou o adiantamento no projeto de carnaval que a entidade irá colocar na pista. “O próximo passo é compor o samba. Na nossa inauguração da quadra a gente vai fazer o evento e já vamos lançar o nosso samba-enredo. Essa é a ideia. O projeto da escola já iniciou, o barracão já iniciou a alegoria e a fantasia também. Já faz mais ou menos um mês e meio que começou essa reprodução. A escola está muito bem alinhada. A gente está se preparando para se Deus ganhar o carnaval. A gente vai ser campeão, se Deus quiser, com muita humildade, muito trabalho, sem desmerecer ninguém, mas hoje a gente se prepara e vai se preparar para conseguir alcançar esse objetivo”, afirmou.

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Não é novidade que os irmãos Minuettos, renomados compositores, estão nas diretrizes da escola. Mesmo não tendo o cargo de maior importância, são os gêmeos que tocam o carnaval da agremiação da Zona Leste. Segundo Rodrigo, ambos estão criando experiência com o passar do tempo. “Vai ser o nosso oitavo ano de administração e para nós é tudo muito novo. Eu e o Rodolfo, somos compositores de samba-enredo. A gente sempre compôs samba e aí você vira administrador de escola de samba… É um negócio complicado. Ano a ano você vai pegando a experiência. A gente bateu na trave em 2023. Neste ano e em 2022 também. Eu acredito que agora estamos preparados. Creio que próximo do carnaval, com a estrutura que a gente vai ter da quadra, será melhor. Você imagina, uma escola que sai no meio da rua, não tem um banheiro para a pessoa que vem visitar usar. É muito difícil você montar uma escola de samba que vai para a avenida. Hoje, a gente passa a ter uma estrutura, o povo está muito empolgado. Por isso, acredito que a gente está no caminho para conseguir alcançar o campeonato”, finalizou.

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Em parceria com marca de material esportivo, Mocidade vai recriar camisa do Independente Futebol Clube

A Mocidade Independente de Padre Miguel, reafirmando seu pioneirismo, celebrou nesta sexta-feira uma parceria histórica para o carnaval com a marca italiana de material esportivo Kappa. A colaboração resultará no desenvolvimento de uma série de produtos exclusivos em conjunto com a escola. O primeiro lançamento será uma releitura da camisa do Independente Futebol Clube, o time que deu origem à agremiação.

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Foto: Divulgação/Mocidade

“A Mocidade tem em seu DNA o pioneirismo e o futebol. Essa parceria com a Kappa é um marco não só para o carnaval, mas também para o futebol e o mercado da moda. É um grande orgulho termos essa gigante do mercado ao nosso lado, criando produtos que valorizam as raízes da Escola e destacam a importância da nossa cultura”, destacou o diretor de Marketing da escola, Bryan Clem.

Quem também reforçou a importância dessa colaboração foi o diretor da Kappa Brasil, Caio Campos: “A Kappa tem como seu lema global a frase ‘people on the move’ (pessoas em movimento). Nada representa mais essa frase do que o samba! É indescritível o orgulho que temos em poder vestir mais uma das paixões dos brasileiros: juntar a cultura do Brasil com o design italiano. Temos muito orgulho de vestir a Mocidade Independente de Padre Miguel, maior escola de samba do Brasil. Que essa parceria seja duradoura e cheia de ginga”.

O projeto inicial contará com uma tiragem limitada de 500 camisas, que serão vendidas exclusivamente na boutique online da escola. A expectativa é de que a pré-venda aconteça em agosto.

Audição para a comissão de frente da Tom Maior

A Tom Maior divulgou a data da audição para a sua comissão de frente de 2025. Esta é a oportunidade para quem sempre quis fazer parte de uma comissão de frente. A comissão da escola é comandada pela nova coreógrafa Yaskara Manzini.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Em 2025, a Tom Maior será a 5º escola a desfilar no domingo pelo grupo de acesso 1 com o enredo “Uma nova Angola se abre para o mundo! Em nome da paz, Martinho da Vila canta a liberdade!”

Informações:
Local: Quadra de Ensaios (Rua Luigi Greco, 196 – Barra Funda)
Data: 04/08/2024
Horário: 10h

Pepita é a nova rainha de bateria da Unidos de São Lucas

A Unidos de São Lucas anunciou sua nova rainha de bateria, Pepita. No último Carnaval, a atriz, cantora e apresentadora desempenhou o papel de Madrinha de Bateria da agremiação. No Carnaval de 2024, a escola de samba conquistou o vice-campeonato no Grupo de Acesso 2 do Carnaval de São Paulo. Em 2025, a São Lucas será a 1º escola a desfilar pelo grupo de acesso 1.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

“Eu não apenas renovo com meu pavilhão, mas assumo o compromisso de estar a frente da Bateria iniciando um novo reinado onde juntos vamos fazer história nesse carnaval, um reinado de muito respeito, carinho, diversidade e conquista. Agradeço imensamente ao meu Presidente Nanão, a toda Diretoria da escola pelo convite e a minha comunidade por todo apoio. Vou continuar a honrar nossa escola com muita garra e alegria” comentou a rainha.

Sinopse do enredo da Porto da Pedra para o Carnaval 2025

“Esta pátria pertencia aos povos indígenas, antes da coroa existia o cocar…”
(Trecho de “Brasil – Terra Indígena” / Boi Bumbá Caprichoso)

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AOS COMPOSITORES E COMPOSITORAS

É com muita alegria que damos início a essa etapa tão importante para a criação do desfile de uma escola de samba. Para o ano de 2025 vocês terão a nobre missão de transformar o texto do enredo “A História Que a Borracha do Tempo Não Apagou” no samba que irá ilustrar o desfile do G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra.

Ratificamos a nosso entusiasmo em mais uma vez poder doar ao carnaval a possibilidade de todos os sambistas e expectadores do nosso espetáculo conhecerem uma história que faz parte da construção do nosso Brasil, mas que poucos conhecem. O que nos norteia na criação de este enredo é mais uma vez nos posicionarmos na luta pela defesa da Amazônia, os povos originários e
caboclos que habitam a sua imensidão. É uma história real que será narrada por vozes reais encontradas neste lugar.

Nas páginas seguintes vocês encontrarão os textos que fazem parte da construção teórica deste carnaval. Este é o primeiro contato entre o enredo e a criação musical. Recomendamos a leitura completa, com atenção, deixando claro que a narrativa textual abrange todos os pontos importantes da história que será transformada em desfile.

Observação importante: De forma alguma limitaremos a criatividade, ideias sempre serão bem-vindas, desde que, não fujam ao tema. É importante ratificar que, respeitando os povos indígenas, termos como “índio” e “tribo” estão em desuso e não mais os representam. Buscamos um samba forte, aguerrido, que cada componente e sambista se orgulhe de cantar! Pensem neles!

Confiamos no potencial poético de cada parceria que acreditou na escola, no enredo e no concurso. Qualquer dúvida estamos à disposição.

Boa sorte na disputa!

Mauro Quintaes
Carnavalesco

Diego Araújo
Enredista

JUSTIFICATIVA

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra descortina ao grande público do carnaval mais um capítulo da história do nosso país, e honrosamente, apresenta seu enredo para o Carnaval 2025.

O pavilhão vermelho e branco encontrou na vastidão da Amazônia uma história que vaga entre a utopia e a realidade. Segundo Octávio Ianni, “muito do que se diz sobre a Amazônia, em prosa e verso, nas mais diversas línguas, expressa a ilusão do outro mundo”. Desta forma nos deparamos entre o possível e o insólito que forjaram Fordlândia, o projeto de Henry Ford para construir uma cidade operária na Amazônia para plantio de seringueiras, extração de látex e produção de borracha.

Fordlândia foi apresentada para muitos como a promessa de uma nova vida, a redenção que acendia nos corações um lampejo de esperança. A verdade é que parte da floresta que transformaria vidas tornou-se uma máquina de lucro e progresso de poucos, e para a grande maioria, desesperança e agonia.

Tudo isto está registrado nos livros de história, mas, não queremos replicar o cartesiano, queremos ouvir as vozes da mata. Fordlândia foi instalada no Vale do Rio Tapajós, região ancestralmente conhecida como Mundurukânia, por isso, serão os Munduruku a nos conduzir por essa história, que na verdade, é um exemplo das inúmeras tentativas de invasão, vilipêndio e cobiça das riquezas que a Amazônia guarda.

Que essa história inspire você que está lendo a lutar pela Amazônia e por quem nela habita, para quem sabe então, o mundo compreenda a sua real importância, distante da visão imaginária e exótica que ainda paira sobre ela. A floresta-mãe, inexorável ao tempo dos que não lhe conhecem, está de pé e pronta para a retomada da grande Mundurukânia.

Esta é a “História Que a Borracha do Tempo Não Apagou”,
Nós somos ponta de lança, paixão e orgulho de São Gonçalo.

Vamos à luta!

SINOPSE

“Munduruku é a flecha
Munduruku, as estrelas
Munduruku são os ventos
A brisa das manhãs
Munduruku são as guerras
Munduruku é a terra
Munduruku são as crenças
E o sol que brilha no norte…”

Nós somos Munduruku! Você escuta a nossa voz? Nossa história não começa agora, mas você precisa saber…

De Karusakaibê herdamos a beligerância que nos fez “paiksés”. Tapajós! Onde ficamos as nossas raízes, no fundo das matas e profundo das águas. Somos brado da grande “Mundurukânia”, guerreiros implacáveis, arcos e flechas temidos. Pele pintada de jenipapo, alma vermelha feito brasa, incandescente, formiga-de-fogo.

As mães espirituais ensinaram: corpo e floresta são um só. Os “pariwat” que cobiçam a Amazônia nunca entenderam isso. Repare! No espelho d’água enxergam somente eles nas dimensões concretas do seu mundo que cada vez mais perde a beleza das cores na íris da verdade.

“Tapajós, Madeira
Antes minha morada
Agora repousa no fundo das águas
Memórias antigas de tempos bravios…”

Foi assim que invadiram o nosso território. Sim, invadiram! Com suas barcaças, maquinários, titãs de ferro com olhos de fogo. Transformaram o cipó em engrenagens, a cobra grande em linha de montagem, a copa das árvores e o velho tapiri em barracões de metal. O que fizeram com o nosso lugar? Não era mais Mundurukânia, eles diziam: Bem-vindos à Fordlândia!

Eis a floresta da borracha, o símbolo da sanha de riqueza! Que atraiu rapinas da cobiça de um norte diferente do nosso. Tantos outros do Nordeste, feito arigós fazendo arribação, e caboclos dos beiradões como sabiás que já sabiam onde se aninhar. Vieram todos atraídos pela promessa de uma nova vida afirmada no papel: prosperidade e felicidade! Eles só não sabiam a verdade!

Pelos rios, estradas da vida amazônica, viajaram famílias e bagagens ao encontro de uma realidade diferente. O canto dos pássaros era o apito da produção, o calor das fogueiras era o abrasar das fornalhas. No coração da mata acenderam-se luzes estranhas para poucos, enquanto a poronga alumiava os (des)caminhos de muitos nos seringais.

Os relógios giravam e não havia minuto a perder. Alucinava, atordoava, a sede de lucro e a fome de progresso alimentavam o metal-capital calando as vozes da floresta enquanto os batalhões de trabalhadores se alimentavam de enlatados estranhos mais duros que casco de tracajá. Fartura? Somente de dívidas para essa gente que sentia falta do seu peixe com farinha.

Era tudo tão confuso! Alteraram o curso do rio e a vida daquelas pessoas, eram um Brazil com Z que ninguém conhecia. Foi o estopim da revolta! Onde estava a felicidade? Cadê a prosperidade? Até mesmo a floresta não reconhecia aquelas árvores enfileiradas e não conseguia se defender do mal-das-folhas. Tramas do inimaginável, luzes se apagavam em prenúncio de falência. As pegadas formavam rastros da caminhada no sentido contrário do que um dia imaginou-se encontrar na vastidão da Amazônia.

“No murmúrio das águas
No lamento das almas
No mistério da mata
O clamor deste rio…”

O tempo, que nunca foi nosso inimigo, passou sereno feito o vento entre as folhas. Para quem nunca entendeu a floresta, ou sequer a conheceu, ele tornou-se algoz dos pesadelos que corroem as mentes e o metal erguido nas sombras da velha cidade. Fordlândia lentamente se esvaziava de tudo que um dia lhe deu formas: sonhos, vontades e perspectivas.

Ainda estamos aqui! Contando para vocês o que os velhos nos contaram na vida e nos sonhos. O que o mistério dos pajés revelou no poder das ervas e na fumaça do tauari: resgatem a grande Mundurukânia! Desenterrem as raízes, resistam. A luta agora é contra o garimpo que assoreia e contamina o Tapajós na busca insana do ouro. E que as lágrimas derramadas afluam feito o Juruena fazendo resistir nossa esmeralda das águas que fora enlameada pelos absurdos humanos.

Somos a força dos clãs! O encarnado e o branco que marcam a nossa identidade. Etnia, valentia e os nossos pés marcam o pulsar do coração da Amazônia, a mãe de todas as coisas. Permaneceremos trançando saberes milenares com a fibra das palhas, enfeitaremos as cabeças para mais quinhentas luas iluminarem os nossos diademas e vocês saberem que antes do Brasil da coroa, existe um Brasil do cocar de asas abertas para a eternidade.

Nos teus livros de história, Fordlândia é um capítulo esquecido. Mas, alguém lembrou de nós e, se temos voz, queremos ser ouvidos! Irmanados aos nossos parentes Apiaká, Borari, Maytapu, Avá-Canoeiro, Arapium e Arara Vermelha. Tupinambá, Cumaruara, Jaraqui, Tapajó e Tupaio. Por nossa gente do Tapajós, por nossas terras, por nossos lugares.

Estamos aqui! Punhos erguidos e braços dados com os caboclos da Amazônia! Para vocês não esquecerem da luta de cada seringueiro que pisou em Fordlândia. Para não serem apenas dados, e principalmente, para quem ficou, não ser apenas parte da história encrostada no velho metal corroído que paira adormecido no embaraço da mata.

Nós estaremos sempre aqui! Ensinando nossos curumins e cunhatãs a flecharem os peitos inflados de cobiça! Para que eles saibam que o único marco temporal que existe são as marcas dos nossos pés nesta terra e as cicatrizes da luta que carregamos em nosso corpo e nosso espírito. Nós não temos o tempo dos pariwat e borracha alguma vai apagar o que escrevemos hoje para vocês. Somos vozes indígenas, somos vozes caboclas, estamos vivos no rugir da grande fera…

Nós somos a Amazônia! Você escutou a nossa voz?

“Filho da selva perdido no tempo
Filho da guerra, na terra do sol
Filho da pátria tingida de sangue
Filho do povo guerreiro Brasil”

Glossário
Mundurukânia – Território ancestral, vale sagrado dos Munduruku.
Pariwat – Para os Munduruku são todos os Não-indígenas
Paiksés – Guerreiros Munduruku cortadores de cabeça.
Tapiri – Palhoça, choupana, moradia cabocla.
Karusakaibê – Herói civilizador, criador do mundo Munduruku.

Créditos / Enredo
“A História Que a Borracha do Tempo Não Apagou”
Carnavalesco: Mauro Quintaes
Pesquisa e Texto: Diego Araújo

Referências Textuais / Musicais / Agradecimento
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO; PROJETO INTEGRADO DE PROTEÇÃO ÀS POPULAÇÕES E TERRAS INDÍGENAS DA AMAZÔNIA LEGAL; COOPERAÇÃO TÉCNICA ALEMÃ – DEUTSCHE GESELLSCHAFT FÜR TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT. (Orgs.). Levantamento Etnoecológico Munduruku: Terra Indígena Munduruku/ MELO, Juliana; VILLANUEVA, Rosa Elisa. – Brasília: FUNAI/PPTAL/GTZ, 2008. 194p. Ilust.
GRANDIN, Greg. Fordlândia. Ascenção e Queda da Cidade Esquecida de Henry Ford na Selva. Rocco; 1a Edição. 2010

“Mundurukânia” de Ronaldo Barbosa / A.C. Boi Bumbá Caprichoso

Agradecimento: À equipe criativa do G.R.E.S.V. Acadêmicos do Setor 1 pela sugestão de enredo que deixa as telas virtuais, e grandiosamente, ganhará vida em busca do título da Série Ouro do Carnaval 2025 da Marquês de Sapucaí.

‘Galanga Muzinga – A saga de Chico Rei’ é o enredo da Lins Imperial para o Carnaval 2025

ALins Imperial, em 2025, terá como enredo “Galanga Muzinga – A saga de Chico Rei”. A narrativa, debruçada na tradição oral, abordará o ideal de liberdade que emana do mitológico Galanga Muzinga das Áfricas, o Chico Rei das Minas Gerais. Serão abordados aspectos da cultura banto, da qual Muzinga teria se originado, bem como a sua trajetória mítica por Minas – tornando-se o libertador de escravizados a partir de seu trabalho na Mina da Encardideira – e a sua contribuição para a formação da identidade preta mineira, sobretudo, ouropretana, como por meio da construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de Santa Ifigênia dos Homens Pretos e por meio da celebração do Reinado.

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“A ideia de enredo surgiu em 2022, com uma viagem da equipe a Ouro Preto para fazermos pesquisa de campo. Ouvimos pesquisadores ouropretanos que estudam o mítico Chico Rei, como Kedison Geraldo, capitão da Guarda de Moçambique, a historiadora e pesquisadora Sidnea Santos, bem como Toninho Lima, o atual zelador da Mina do Chico Rei. Após essa imersão na cultura preta mineira, decidimos, por certo, adotar novamente uma narrativa afrocentrada, o que vem gerando bons enredos e sambas em nossa escola. Estamos confiantes de que nossa escolha nos levará à Série Prata”, avalia o presidente Flávio Mello.

Para o enredista e diretor cultural Mateus Pranto, popularizou-se, no imaginário coletivo, a ideia de que Chico Rei escondia ouro em seus cabelos e, por meio dessa prática de apropriação indevida, comprou a sua liberdade e a de seus pares. Esse pensamento reforça estereótipos racistas que associam pessoas pretas a práticas criminosas. “Pretendemos combatê-lo ao mostrar que, na verdade, Chico Rei, a partir do fruto do seu trabalho incessante na Mina da Encardideira, conseguiu negociar a sua alforria e a de outros escravizados”, explica.

“A prática de alforria entre escravizados era comum na Velha Minas. Embora não haja uma comprovação histórica de que um homem chamado Chico Rei tenha realmente existido, é fato que existiram muitos outros que tiveram uma trajetória semelhante à de Muzinga. É a partir desse imaginário, de um personagem que representa uma coletividade, que nos debruçamos para a construção do enredo. A luta é ancestral”, diz o enredista e diretor cultural Raphael Homem.

Sem perder tempo, a Lins Imperial já trabalha na criação de fantasias e alegorias. O objetivo da escola é retratar uma história gloriosa sobre Galanga Muzinga, seu reinado na África, o seu papel de liderança entre os escravizados das minas, bem como o de libertador destes, e a manutenção da sua história por meio do Reinado ouropretano. “Isso é a certeza de um grande carnaval!”, comemora o carnavalesco Agnaldo Rodrigues que ao lado de André Marins assina o desenvolvimento do próximo carnaval da escola com auxílio de pesquisa dos enredistas e diretores culturais Mateus Pranto e Raphael Homem.

O cartaz, assinado pelo designer Rodrigo Cardoso, é inspirado nos estandartes coloridos muito comuns nos reinados ouropretanos. Ao centro, representando Chico Rei altivo sob Ouro Preto, está Jackson Senhorinho o primeiro mestre-sala da agremiação.

A Lins Imperial será a 4ª a desfilar, na sexta-feira, 07 de março de 2025, data de seu aniversário de 62 anos de fundação, pela Série Bronze. O samba-enredo, que será encomendado e a sinopse, serão divulgados em agosto.

Unidos da Tijuca faz no domingo feijoada e recebe Jorge Aragão e Samba de Caboclo

No próximo domingo, a quadra da Unidos da Tijuca abrirá as suas portas para mais uma edição da sua tradicional feijoada mensal. A combinação de samba, música boa, cerveja gelada e feijoada, acontecerá a partir das 13h, recebendo os shows completos de Jorge Aragão e Samba de Caboclo. E mais, Grupo Pirraça e Banda Swing Carioca com os melhores hits do pagode retrô abrem o evento.

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Foto: Divulgação/Unidos da Tijuca

Os ingressos poderão ser obtidos antecipadamente através do Sympla. Quem optar por comprar na hora, pagará R$ 70,00 na pista (sujeito à lotação). A feijoada do chef Bruno Malta é vendida à parte e deverá ser adquirida diretamente no evento pelo valor de R$ 25. A quadra da escola oferece área de alimentação com vastas opções de refeições.

Compositor do samba-enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2020, e um dos maiores poetas do samba, Jorge Aragão embalará os presentes com seus grandes sucessos em repertório preparado para emocionar. Estourados nas rodas de samba pelo Brasil afora, o palco da Unidos da Tijuca receberá mais uma vez as batidas envolventes dos tambores do povo na aldeia tijucana com o Samba de Caboclo.

A quadra de ensaios da Unidos da Tijuca fica localizada na Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo. A pista custa R$ 70,00 e os camarotes estão esgotados. Há estacionamento amplo no local.

Serviço:
Feijoada Nota 10 da Unidos da Tijuca
Atrações: Jorge Aragão e Samba de Caboclo – Abertura Grupo Pirraça e Banda Swing Carioca
Data: 21/07/2024
Horário: 13 às 23h
Endereço: Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo
Classificação: 18 anos
Pista: R$ 70 – Camarotes esgotados
Vendas On-line: https://www.sympla.com.br/evento/samba-de-caboclo-jorge-aragao-unidos-da-tijuca/2499767?share_id=copiarlink&referrer=linktr.ee&share_id=copiarlink

Macaco Branco sobre relação com ritmistas na Vila Isabel: ‘Nosso trabalho de música e percussão se torna muitas vezes até terapia’

A bateria da Unidos de Vila Isabel começou a afinar os instrumentos na última quarta-feira em busca de repetir o feito do último desfile e conquistar os 40 pontos no Carnaval 2025. Nos próximos dois meses, a “Swingueira de Noel” estará dedicada ao trabalho rítmico e harmônico na quadra da agremiação.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

“A bateria da Vila Isabel é uma grande família e, com isso, nosso trabalho de música e percussão se torna muitas vezes até uma terapia. É muito gratificante ver toda a galera nos preparativos, ainda mais com o enredo que nós temos”, afirmou o mestre Macaco Branco.

Após a escolha do samba-enredo, em setembro, os mais de 270 ritmistas começam a fase de montagem e ensaio dos arranjos do hino que embalará a escola no ano que vem.

A azul e branca de Noel vai levar para a Avenida o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”, desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros. Conduzida por um trem-fantasma que desembarca em um grande baile, a escola vai transformar medo em alegria ao carnavalizar as assombrações que atazanam o imaginário popular.

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Orádia Porciúncula: ‘celebrar as chicas de ontem, hoje e amanhã’

Ao site CARNAVALESCO, a ilustadora Orádia Porciúncula preparou uma arte especial para marcar o lançamento do samba-enredo do Paraíso do Tuiuti para o Carnaval 2025. A obra é assinada pelos compositores Claudio Russo e Gustavo Clarão. A agremiação de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, vai retratar na Avenida a história de Xica Manicongo, considerada a primeira travesti não indígena do Brasil. * OUÇA AQUI O SAMBA

Orádia Porciúncula explica a ilustração: “Sempre é tempo de afirmar o tempo da diversidade. É tempo de celebrar as chicas de ontem, hoje e amanhã, muito além do arcoíris”. Veja abaixo a ilustração feita pela artista.

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O lançamento do samba-enredo vai ocorrer em uma grande festa no próximo dia 9 de agosto, na Cidade do Samba. Os ingressos já estão à venda, através da plataforma Guichê Web.

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