Lara Mara, diretora de carnaval da Unidos de Padre Miguel, está em Salvador para participar da tradicional festa de Xangô, que acontecerá nesta quarta-feira, no terreiro da Casa Branca do Engenho Velho. O terreiro, fundado por Iyá Nassô, é considerado o mais antigo de candomblé no Brasil e será um dos principais homenageados no enredo da escola para o Carnaval de 2025, intitulado “EGBÉ IYÁ NASSÔ”.
A festa de Xangô é um dos momentos mais significativos no calendário religioso da Casa Branca, reunindo devotos e estudiosos da cultura afro-brasileira. A presença de Lara Mara reforça a conexão entre o enredo da escola e o legado histórico e religioso do terreiro. Em 2025, a Unidos de Padre Miguel será a primeira escola a desfilar no Grupo Especial, trazendo à Marquês de Sapucaí uma narrativa que destacará a importância de Iyá Nassô e da Casa Branca na preservação do candomblé no Brasil.
“Estou muito feliz em participar de um momento tão importante para a Casa Branca, principalmente por poder contar a história desse terreiro tão especial no nosso Carnaval em 2025”, disse Lara Mara.
A viagem a Salvador destaca o compromisso da Unidos de Padre Miguel em levar à avenida um desfile que valorize e respeite a ancestralidade, o terreiro da Casa Branca, e, principalmente, a história afro-brasileira.
As gravações do audiovisual dos sambas-enredo da Liga-SP seguem de forma intensa. O trabalho iniciou na última sexta-feira e irá terminar no próximo domingo. A empresa Sala 22 Áudio e Vídeo é a responsável por gravar com as escolas do Grupo Especial e Acesso 1, fazendo toda a captação em pouco mais de uma semana. Outras organizações estão envolvidas no projeto. É isso o que conta Guma Sena, diretor da empresa e que está liderando o serviço. O dirigente falou sobre parceiros, deu detalhes das faixas e explicou brevemente o visual do local.
Guma explicou o início do projeto e qual é a ideia. De acordo com o diretor, a proposta é ficar semelhante ao Som da Avenida, playlist que fez sucesso nos últimos dois carnavais, onde foi captado todo o som do Anhembi. Isso irá acontecer somado aos clipes.
“Esse ano nós fomos convidados para fazer parte deste projeto. Um projeto audiovisual que nasceu através da experiência da avenida, que é o “Som da Avenida” e o “Esquenta”. A gente gravou já pelo terceiro ano e foi um sucesso, teve uma repercussão muito boa. A ideia é replicar esse trabalho aqui em estúdio, em um formato próximo do que é na avenida, que o nosso público gosta e consome, pensando sempre nas redes sociais, que hoje é o carro chefe para tudo. A gente tomou cuidado com algumas situações, principalmente na questão de introdução, um pouco mais curta, pensando em atingir o público jovem das redes sociais. Já fizemos o Acesso 2, que foi em estúdio. Nós temos um prazo muito curto e isso foi decidido em comum acordo, até pelo prazo do lançamento também. Foi uma experiência muito legal, depois de tantos anos cada escola gravando a sua faixa, mas é diferente quando nós temos um produto único. O resultado ainda não mixou, mas até aqui foi sensacional”, contou.
Empresas parceiras
O profissional falou sobre os parceiros que estão ajudando a realizar o trabalho. São renomados estúdios que gravam sambas-enredo o ano todo há muito tempo e empresa que gera o som do Anhembi, além de ter o apoio da prefeitura e da equipe operacional da Liga-SP, mostrando que o investimento e a crença em um ótimo trabalho é alto.
“Temos parceria com O Balanço Estúdios do Clayton Reis, RW Studios do Rodrigo Pimentel, que também está nesse projeto com a gente, fazendo a captação, gravação, a Tuka Som, que é quem faz o som da avenida, tem o pessoal da Onix Eventos também, o Chocolate, que está fornecendo todo o material de iluminação, a prefeitura está nos apoiando com a estrutura e a equipe operacional da Liga-SP também, incansável. Todo dia a gente está formatando ideias, sempre pensando no crescimento do nosso carnaval. Acho que a gente está conseguindo mostrar o resultado, ano a ano a gente está conseguindo mostrar um pouco do que é o carnaval de São Paulo”, disse.
Visual do local
O local das gravações conta com uma iluminação de alta qualidade e está sendo realizado no Espaço Cultural da Fábrica do Samba. Segundo Guma, todo o processo de estudo do local para montar o cenário demorou praticamente um mês.
“Esse projeto desde quando bateu o martelo, nós tivemos praticamente um mês entre o projeto, a planta baixa, as ideias e o projeto 3D que a gente faz para poder montar o cenário. Tem a operação também que é bastante complexa. Isso demorou em torno de 15 dias mais ou menos para montar tudo. E aí é o prazo da execução, fizemos a primeira parte que é o grid, a parte de luz, depois vem a parte de Lycra também para fechar todo o espaço, depois entrou o LED, e por fim entrou a parte de áudio e vídeo. Fizemos o cheque e todos os testes”, declarou.
Parceria com a Liga-SP
A empresa Sala 22, liderada por Guma Sena, tornou-se uma grande parceira da Liga-SP. Esquenta de Bateria, Som da Avenida e documentário “Bastidores do Carnaval” são alguns dos projetos realizados pela organização junto ao carnaval paulistano. O diretor celebra a parceria e diz que sempre buscando a melhora junto à sua equipe.
“Nós estamos, profissionalmente, indo para o sexto ano de empresa. Eu como representante, já venho pesquisando há muitos anos. No carnaval, fiz muitos laboratórios. A ligação que a gente sempre teve eu acho que contribuiu dia a dia para que a gente conseguisse fazer alguns registros, tanto de áudio quanto de vídeo. Ano a ano vamos melhorando. A gente está sempre buscando melhorar. A nossa equipe é um complemento. A gente sempre vai explorando novas ideias. Temos muitas pessoas competentes, muitos profissionais, juntamos as ideias em um formato que a gente quer gravar. O resultado, graças a Deus, é sempre satisfatório. Cada um contribui com sua habilidade profissional. Esse ano a gente está indo para o quarto ano com a Liga-SP, eu comecei com um filmaker fazendo alguns conteúdos, e hoje a gente está fazendo três operações na avenida, que são os esquentas, o conteúdo que a gente gera dentro da pista para a Liga durante o ano, e a operação de drone, que também foi um sucesso esse ano, teve uma repercussão muito boa. Agora a gente está fazendo um projeto audiovisual, onde queremos atingir não só o público do carnaval, mas outros públicos também para que a gente consiga levar essa mensagem, o que é o carnaval, o mais próximo possível do que é feito lá na pista com qualidade, com equipe, parceiros super competentes, e é isso que a gente vai buscar entregar”, finalizou.
Compositor do hino que a Unidos de Vila Isabel vai levar para o Carnaval 2025, Raoni Ventapane é a terceira geração da família Ferreira a vencer a disputa de samba-enredo da azul e branca. Talvez, este sobrenome não revele, mas o histórico campeão não é de se estranhar. Isto porque Raoni tem na árvore genealógica ninguém menos que Martinho da Vila, Mart’nália e Tunico da Vila. Um trecho do hino já revela como o amor pela azul e branca de Noel passou de geração em geração: “eu aprendi que desde os tempos de criança/a minha Vila sempre foi bicho-papão/por isso, me encantei com esse feitiço”.
“Foi a realização de um sonho que já estava adormecido. Ter um samba meu cantado por essa comunidade foi algo que eu persegui durante muito tempo. É a continuação de um legado de família”, conta Raoni, que disputou nove vezes e chegou a três finais na Vila Isabel.
O avô não esconde o orgulho: “Estou feliz da vila! Minha escola vai desfilar com um samba lindo, o do meu neto!”, comemorou Martinho, presidente de honra da agremiação. O baluarte deu início ao legado da família Ferreira em 1967, quando emplacou o primeiro samba na Vila Isabel com o enredo “Carnaval de Ilusões”.
“Meu avô é minha maior inspiração. Não só por ter tantos sambas, mas pela forma de compor, pela história no samba e a importância que ele tem para esse gênero. É um espelho de como se comportar e de como amar esse pavilhão, a música e nosso povo”, afirmou Raoni.
Ao todo, treze hinos da Vila Isabel tiveram Martinho como compositor, incluindo o do último campeonato – escrito em conjunto com o filho Tunico da Vila. Em 2016, foi a vez da talentosa Mart’nália assinar, também junto ao pai, o samba campeão. Ela levou a melhor com o enredo “Memórias do ‘Pai Arraia’ – Um sonho pernambucano, um legado brasileiro”.
“Realmente já não pensava mais nesta continuidade nossa no quesito samba -enredo. Ver o Raoni ganhar foi um sentimento melhor do que quando ganhei! Ele trouxe um frescor misturado com saudosismo das tantas e tantas vezes em que a família Ferreira inteira picava papel de madrugada pra ir torcer para a maior alegria do meu paizão, que era e sempre foi disputar samba”, relembrou Martnalia.
O sonho da quarta estrela agora está nas mãos da terceira geração da família, que garante que o povo do samba estará “virado na bruxaria” em busca deste título. “O sonho ganhou outras proporções! Sei que isso não depende só do nosso samba, mas tenho plena confiança na equipe que comanda o Carnaval da nossa escola para que voltemos a comemorar um campeonato após 12 anos”, disse Raoni.
Última agremiação a desfilar na segunda-feira de Carnaval, a Vila Isabel levará para Sapucaí o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”. A escola vai transformar medo em alegria ao carnavalizar as assombrações que atazanam o imaginário popular, demonstrando como elas fazem parte do nosso dia a dia de várias formas, em diversas etapas da vida – desde a infância até a fase adulta.
O Aviator Bet é um jogo de apostas que tem ganhado muita popularidade nos cassinos online devido à sua simplicidade e emoção. Diferente dos jogos tradicionais de cartas ou roleta, o Aviator oferece uma experiência única com mecânicas inovadoras e envolventes. Vamos explorar como o jogo funciona, suas estratégias e dicas para quem quer começar.
O que é o Aviator Bet?
O Aviator Bet é um jogo de apostas baseado em um gráfico que simula um avião subindo aos céus. O objetivo do jogo é que os jogadores façam suas apostas e retirem seus ganhos antes que o avião “decole” e saia da tela. O multiplicador da aposta começa em 1x e aumenta conforme o avião sobe, mas pode cair a qualquer momento. O desafio está em retirar o valor no momento certo, evitando perder tudo.
Como Jogar Aviator
Jogar Aviator Bet é simples e direto. Aqui está o passo a passo básico:
Faça sua aposta: O jogador define o valor que deseja apostar antes do início de cada rodada.
Acompanhe o avião: Assim que a rodada começa, um avião gráfico decola e o multiplicador da aposta começa a subir.
Retire sua aposta: O jogador pode retirar seus ganhos a qualquer momento enquanto o avião está subindo. Quanto mais tempo o jogador esperar, maior será o multiplicador, mas se o avião decolar antes de retirar, a aposta é perdida.
Principais Características do Jogo
O Aviator Bet possui algumas características que o tornam único:
Multiplicadores Variáveis: O multiplicador pode aumentar rapidamente, mas o avião pode sair da tela de forma imprevisível.
Interação em Tempo Real: Os jogadores podem ver outros participantes em tempo real e as apostas que estão fazendo.
Jogo Rápido: Cada rodada dura apenas alguns segundos, o que torna o jogo dinâmico e cheio de adrenalina.
Dicas para Jogar Aviator
Se você está começando agora ou deseja melhorar suas chances de sucesso no Aviator Bet, aqui estão algumas dicas úteis:
Aposte com Moderação: Não coloque todo o seu dinheiro em uma única aposta. Divida seu saldo e jogue com responsabilidade.
Retire Cedo: Se você está em uma sequência de vitórias, considere retirar seus ganhos mais cedo para garantir algum lucro.
Observe as Rodadas Anteriores: Muitas vezes, observar o padrão das rodadas anteriores pode ajudar a tomar decisões mais estratégicas.
Estratégias Populares no Aviator
Existem algumas estratégias comuns que os jogadores utilizam para tentar aumentar suas chances no Aviator Bet:
Estratégia do Retiro Rápido: Essa estratégia consiste em retirar os ganhos logo no início, assim que o multiplicador atinge um valor baixo, mas seguro.
Estratégia de Risco Elevado: Alguns jogadores preferem correr riscos maiores, esperando até que o multiplicador atinja números altos, mesmo sabendo que há uma chance de perder.
Conclusão
O Aviator Bet é um jogo emocionante, simples e cheio de adrenalina, perfeito para quem gosta de uma experiência rápida e de alto risco. Embora o fator sorte seja predominante, adotar estratégias e jogar de forma responsável pode aumentar suas chances de sucesso. Se você está procurando um jogo diferente e divertido nos cassinos online, o Aviator Bet pode ser a escolha ideal.
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A Viradouro faz no domingo a final de samba-enredo para o Carnaval 2025. Três parcerias estão na decisão. A escola, em 2025, terá o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”. Ouvimos um compositor de cada parceria defendendo seus sambas. Ouça abaixo.
Presidente do Barroca Zona Sul desde 2014, a história de Ewerton Rodrigo Ramos Sampaio, o Cebolinha, está intimamente ligada à escola. A começar pela própria família: ele filho de Gerado Sampaio Neto, o Borjão, falecido no início de 2024 e mandatário da verde e rosa em quatro oportunidades. O atual dirigente, entretanto, cada vez mais busca estruturar a agremiação para mantê-la competitiva. Com estilo próprio de comando, o principal nome da atualidade barroquense concedeu uma entrevista exclusiva ao CARNAVALESCO para abordar o atual cenário no qual a verde e rosa está inserida.
Se a comunidade é um patrimônio incontável de uma escola de samba, a quadra e toda a estrutura da agremiação são bens que deixam claro o poderia de uma instituição ligada ao carnaval. O grande sonho de muitas entidades ligadas à folia de Momo é, por sinal, conquistar o próprio terreiro; as que já possuem sempre se referem ao próprio espaço como uma imensa conquista.
Em 2019, o Barroca Zona Sul inaugurou a Arena Neguinha – atual quadra da agremiação, situada no Jabaquara, a cerca de um quilômetro da estação mais ao sul da Linha Azul do metrô paulistano. Desde então, pouco a pouco, o espaço foi se tornando ainda mais adequado para a instituição. No dia 09 de junho, data em que aconteceu o lançamento do enredo da escola para 2025, pela primeira vez a Tudo Nosso (bateria da verde e rosa) tocou em um espaço com arquibancas – o que facilita na organização e na visualização de comandos dados pelo mestre e por diretores.
Cebolinha deixou clara a preocupação da diretoria do Barroca em passar bem-estar para todos que frequentam a Arena Neguinha: “Na realidade, a gente sempre busca o melhor conforto para o nosso componente. A gente sempre está buscando a melhoria. Todo ano a gente quer melhorar. Então, todo ano que a gente puder melhorar e atrair o nosso componente, nós faremos isso. Se o nosso componente ficar mais confortável, é algo bem vindo. Isso aí é o que o Barroca gosta: é dar conforto para o seu componente”, comentou.
Escolha surpreendente
No evento em que todas as escolas da Liga-SP definiram a ordem dos desfiles de 2025, muitos se espantaram com a escolha barroquense. Nona escola a escolher dia e horário, Cebolinha anunciou que a escolha seria, novamente, ser a segunda escola a se apresentar na sexta-feira de carnaval.
Em entrevista para o CARNAVALESCO no minidesfile que marca o evento do lançamento do CD dos sambas-enredo da Liga-SP, no dia 03 de dezembro, o próprio presidente revelava certa preocupação com a mesmíssima noite e horário: “Ser a segunda a desfilar na sexta não incomoda. Na realidade, qualquer horário para nós é bom. A gente só fica um pouco preocupado por conta da logística de sexta-feira: trânsito, uma escola que vem da Zona Sul… de repente, queríamos um horário mais tarde. Mas estamos preparados para ser a segunda escola. Em 2020, fomos a primeira escola da sexta-feira e chegamos no horário. Está bem tranquilo, é logística, é trabalhar (e vai ser um trabalho mais intenso), mas vamos desenrolar isso”, comentou.
Um semestre depois, o mandatário mostrou-se bem mais tranquilo após escolher repetir a ordem de desfile por conta de todo o planejamento realizado: “Para 2025, a gente vai trabalhar em cima da logística que a gente trabalhou neste ano. E eu acho que a logística deu certo. A logística da Zona Sul para a Zona Norte é um pouco difícil, mas esse ano deu certo – e a gente quer repetir isso aí. Acho que quem busca desafios, quem quer conquistar alguma coisa, não tem o que temer horário, dia de sirene, ser a primeira ou ser a última. É engajar – e, se a escola estiver preparada mesmo, ela tem que desenvolver o processo e fazer acontecer”, destacou.
Com o enredo “Os Nove Oruns de Iansã”, desenvolvido pelo carnavalesco Pedro Magoo, a agremiação voltará a abordar temáticas que são comuns à agremiação, de acordo com a visão do próprio presidente: “Acho que é uma característica do Barroca como um todo. A escola tem uma linhagem mais voltada para temas ligados a assuntos de grupos minoritários. O Barroca gosta de falar disso e o componente gosta de enredos assim. É uma escola mais trabalhada nessa linha, e eu acho que essa energia… o Barroca é muito uma escola de energia! Quando você trabalha todas essas questões (ou seja, tudo que vem de energia, energia, energia e energia), a gente tem a cara do Barroca. O Barroca é aquela escola de vibração e energia”, finalizou Cebolinha.
No clima da grande final de samba-enredo para o Carnaval 2025, o Acadêmicos do Salgueiro divulgou um spoiler do que o carnavalesco Jorge Silveira está preparando para a Marquês de Sapucaí. Nas redes sociais, a escola apresentou nove fantasias, dando aos salgueirenses uma amostra do que vem por aí.
Um detalhe que chamou a atenção dos seguidores foi o fato de os próprios componentes da escola, muitos deles responsáveis pela confecção das fantasias no barracão, terem vestido as peças nos registros. Essa proximidade entre a produção e quem estará na Avenida trouxe um toque especial à revelação.
Nos comentários, os seguidores não esconderam a empolgação. “Tem que respeitar!”, destacou uma seguidora. Outra comentou: “Que impacto lindo!”, refletindo a expectativa que já toma conta da comunidade. O diretor de Carnaval, Wilson Alves, também exaltou o trabalho do time: “Trabalho primoroso do nosso carnavalesco Jorge Silveira e equipe”, escreveu.
O enredo deste ano, intitulado “Salgueiro de Corpo Fechado”, assinado por Igor Ricardo e desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira, trará as raízes afro-brasileiras para o centro do desfile, homenageando a umbanda carioca e personagens como Zé Pilintra e os Pretos Velhos. A escola será a terceira a desfilar na segunda-feira de Carnaval, dia 3 de março.
Em mais um passo para 2025, a Imperatriz Leopoldinense, atual vice-campeã do Carnaval carioca, realiza no próximo dia 22 de outubro, a partir das 19h, na quadra da escola, em Ramos, Zona da Leopoldina do Rio, audição para ala coreografada. Destinada exclusivamente para mulheres a partir de 18 anos, a ala terá como temática no Carnaval que virá as ekedis, que na tradição do candomblé são escolhidas pelos orixás e pela ancestralidade para zelar, acolher e cuidar de todos, auxiliando os babalorixás e ialorixás nos terreiros.
“A ideia é trazer a essência da dança das mães Ekedjis nos terreiros, cada uma em sua maneira e jeito. O objetivo é enaltecer cada ato e forma que todas, a sua maneira, zelam e dançam com os nossos amados orixás”, afirma a diretora artística da Imperatriz Sabrina Sant’Ana, responsável pela ala ao lado do também diretor artístico, Márcio Dellawegah.
Em abril, a presidente Catia Drumond e o carnavalesco Leandro Vieira, idealizador do enredo “ÓMI TÚTU AO OLÚFON – Água fresca para o senhor de Ifón”, seu terceiro desfile consecutivo na Rainha de Ramos, foram à Bahia para firmar uma parceria histórica com os mais tradicionais terreiros/casas de candomblé da região: a Casa Branca do Engenho Velho, primeiro terreiro do Brasil, onde foram recebidos pela Ekedi Sinhá, e também ao Ilê Axé Opô Afonjá, que tem como anfitriã a Ialorixá Mãe Ana de Xangô.
Na sinopse do enredo, Leandro destaca que todo o processo de criação do próximo carnaval da verde, branco e dourado foi realizado com base naquilo que foi relatado por ekedes, babalorixás, mogbás e ialorixás.
“O enredo é fruto da escuta. Ele nasce da condição de ouvinte da sabedoria ancestral daqueles que guardam nas palavras que falam uma espécie de escrita que dá conta da memória. O que escrevo é a soma de tudo o que foi dito, incluindo o que um não disse, mas que o outro acrescentou”, registrou o carnavalesco.
Em busca de seu 10º título, a Imperatriz Leopoldinense será a segunda escola a desfilar no domingo de Carnaval. Para as interessadas em fazer parte da ala, a quadra de ensaios da Imperatriz Leopoldinense fica na Rua Professor Lacé, 235, em Ramos.
SERVIÇO
Audição de ala coreografada, somente para mulheres a partir de 18 anos
Data: 22/10
Horário: a partir das 19h
Endereço: Quadra de ensaios LPD- Rua Professor Lacé, 235- Ramos
A história da influência e da vivência bantu na cidade do Rio de Janeiro já toma forma no Barracão da Mangueira: búzios, brilhos, penas, tecidos, fitas de texturas variadas e até mesmo palavras e homenagens contam o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões”. A escola divulga nesta terça-feira as primeiras imagens das fantasias que fazem de alas comerciais que podem ser adquiridas por aqueles que desejam se juntar à Estação Primeira na Avenida no próximo carnaval, e também alguns protótipos de fantasias da Comunidade.
“Estamos dando luz à presença bantu no Rio de Janeiro, seu estabelecimento no território carioca, seu diálogo com diferentes religiões, influência na cultura, e sua fundamental presença na vivência da cidade, apesar de tantas tentativas de apagamento da sua contribuição à nossa negritude” afirma Sidnei França, carnavalesco da Mangueira. “Para além das expectativas, que são altas em se tratando de uma agremiação da magnitude da Verde e Rosa, vejo como estratégica a divulgação dos protótipos para que os desfilantes das nossas Alas saibam como se apresentarão e, principalmente, os significados que carregam em si no nosso cortejo para 2025”, conclui. Os cinco grupos das Alas Comerciais vão representar, respectivamente:
Ala 06 – Afrocatolicismo
Já no Rio de Janeiro, os povos bantu participaram das Irmandades Negras e promoveram o afrocatolicismo, trazendo o seu próprio olhar sobre o cristianismo. O figurino traz a imagem de um Jesus estilizado com inspirações em máscaras de divindades bantu, além de outros ícones cristãos, evidenciando como o catolicismo foi incorporado e reinventado por esses povos.
Ala 09 – Nas Danças, Disfarces e Conchavos
Pelas brechas da cidade, os povos bantu se associavam no Rio de Janeiro para enfrentar os efeitos da colonização e da violência escravocrata. Cenário que compõe o terceiro setor do desfile, os Zungus eram complexos assistencialistas, comerciais, festivos e de habitação em que interagiam, predominantemente, negros escravizados e libertos. Neles, encontros eram feitos para fugir da opressão que marcava as vivências da negritude carioca. Indo além do lazer necessário para a sobrevivência do cotidiano, manifestações culturais como o jongo e o lundu perpetuavam costumes de origem bantu e tinham na sua prática uma forma de se reunir para fazer articulações. Mascarados, dentre disfarces e conchavos, os bantu agiam contra a estrutura racista da sociedade.
Ala 14 – Comer um Quiabo Pra Não Pegar um Feitiço
Como uma das diferentes maneiras que a cultura bantu participou da formação do Rio de Janeiro, os hábitos culinários são destacados em uma ala do quarto setor do desfile da Mangueira. A gastronomia é um traço repleto de simbologia e constitui culturas de cidades e nações. O quiabo era importante elemento culinário dos povos bantu, inclusive como forma de proteção, sendo utilizado em diferentes cultos religiosos até os dias atuais, inclusive como forma de oferenda a entidades das religiões afro-brasileiras.
Ala 17 – Gurufim: Não Chorar a Morte, Festejar a Vida!
A formação da cidade do Rio de Janeiro ocorreu a partir da cultura bantu, que segue viva até hoje em todo o território carioca. A relação com a morte como possibilidade de celebrar a vida e o ciclo da existência ainda é vista em rituais como os gurufins, que transformam velórios em festas, prática comum entre a comunidade do samba. Beber, cantar e comer como maneira de exaltação daquele que se foi é uma das maneiras de lidar com a passagem da vida sem um olhar de lamentação, conforme ensinam as sabedorias bantu. A ala saúda três mestres carnavalescos que tiveram trajetórias marcantes pelo carnaval carioca e fizeram a passagem recentemente: Max Lopes, Roberto Szaniecki e Rosa Magalhães.
Ala 20 – Conexões por um Chamego
Ter um dengo, conquistar um xodó, fazer um chamego! O afeto dentro das relações coletivas é uma das bases para o pensamento bantu e fundamental para a construção de um futuro ancestral, conforme propõe o quinto e último setor do desfile mangueirense. Na escola dona dos maiores amores do planeta, novas construções afetivas promovem conexões transformadoras dentro das experiências urbanas. Aflorando dos asfaltos, os girassóis se impõem sobre a realidade presente. A natureza é admirada pelos povos bantu e as flores são uma forte manifestação de vínculo de afeto da vida humana.
Alas da Comunidade
Grupo Cênico 2 – O Sopro que Guia a Passagem
Para o Candomblé bantu de Congo-Angola, Kaiango é a entidade responsável por governar os caminhos entre o mundo espiritual e o mundo físico. O vento é um dos elementos da natureza dessa Inquice. Através dele, Kaiango comanda os nvumbis, os espíritos dos mortos, após a sua passagem pela vida terrena. O figurino remonta ao movimento dos ventos e dos sopros, que saem de dentro de uma máscara inspirada em esculturas de divindades bantu.
Ala 04 – Imposição de um Feitiço Branco
Ao serem obrigados a abdicar das suas nações e das suas práticas religiosas, o início da relação dos povos bantu com a fé branca foi marcado pelo autoritarismo. O figurino se ampara da cor branca e de símbolos cristãos para denunciar a imposição da morte, inclusive simbólica, que os povos bantu sofreram durante o período da colonização. A escolha da cor se dá porque é ela que representa, para as filosofias bantu, a passagem da vida para a morte física. Isso é retratado no Cosmograma Bakongo, o ciclo das quatro etapas da existência, que faz parte da cosmovisão bantu sobre a vida. Luvemba, o ponto do ciclo em que ocorre a passagem para a morte, é representado pelo branco no Cosmograma.
Ala 18 – O Rio Celebra de Branco
As macumbas do Rio de Janeiro criaram costumes até hoje presentes no dia a dia carioca e se vestir de branco para ocupar as praias no ano novo é uma das heranças bantu que se espalharam pela cidade. Os Omolokôs foram cultos bantu difundidos no Rio de Janeiro entre o final do século XIX e o início do século XX e se tornaram uma das bases da Umbanda. O pai de santo Tata Tancredo, um dos principais nomes dos Omolokôs, começou a organizar reuniões para a virada do ano nas praias cariocas. Lá, trajados de branco como as vestes dos terreiros, festejavam a passagem dos dias 31 de dezembro para 01 de janeiro. Essa forma de celebração se popularizou pela cidade e segue com milhões de adeptos todos os anos, independentemente da religião e das origens dos praticantes desse hábito.
A Estação Primeira de Mangueira levará para a avenida em 2025 um olhar sobre a presença dos povos bantus na cidade do Rio de Janeiro. Eles representaram a maioria dos negros que chegaram no Cais do Valongo, na Pequena África. A Mangueira retratará a vivência dessa população em toda a cidade, mostrando como sua história floresceu em solo carioca.
Para adquirir uma das fantasias das Alas Comerciais basta acessar o Instagram da Verde e Rosa onde estão disponíveis todos os contatos.