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Ensaios técnicos da Série Ouro na Sapucaí começam no domingo

Um dos momentos mais esperados pelos apaixonados por carnaval está chegando: a temporada de ensaios técnicos. Pelos próximos quatro domingos, a Marquês de Sapucaí vai receber as escolas da Série Ouro nos preparativos para os desfiles de 2025. Neste próximo domingo, a partir das 18h, vão se apresentar União do Parque Acari, Em Cima da Hora, Inocentes de Belford Roxo e União da Ilha do Governador. A entrada é franca.

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Foto: S1 Comunicação/Liga RJ

Presidente da Liga RJ, Hugo Junior destaca a importância dos ensaios técnicos para as escolas. Segundo ele, é o grande teste que as agremiações terão antes do desfile oficial.

“Os ensaios técnicos são fundamentais para que as escolas ajustem os últimos detalhes do desfile, testem suas estratégias e identifiquem pontos de melhoria. É aqui que começamos a visualizar o espetáculo que será levado à Avenida nos dias 28 de fevereiro e 1º de março”, afirma.

Hugo também ressalta o caráter democrático e acessível do evento. Com entrada franca, os ensaios atraem milhares de pessoas, inclusive aquelas que não têm a oportunidade de assistir aos desfiles oficiais.

“É um presente para o público. Os ensaios técnicos permitem que todos vivam a magia do samba e se conectem com as escolas de forma única. É o nosso compromisso com a cultura e a alegria do carnaval. Todos estão convidados para celebrarem com a Liga RJ e as escolas filiadas. Serão quatro domingos incríveis”, garante Hugo.

Conheça o calendário dos ensaios técnicos:

Domingo, 26 de janeiro
18h: União do Parque Acari
19h: Em Cima da Hora
20h: Inocentes de Belford Roxo
21h: União da Ilha

Domingo, 2 de fevereiro
18h: Tradição
19h: Unidos da Ponte
20h: Unidos de Bangu
21h: Porto da Pedra

Domingo, 9 de fevereiro
18h: Arranco
19h: Vigário Geral
20h: União de Maricá
21h: Estácio de Sá

Domingo, 16 de fevereiro
18h: Botafogo Samba Clube
19h: Acadêmicos de Niterói
20h: São Clemente
21h: Império Serrano

Carnaval de São Paulo 2025: Concurso que definirá a Corte acontece na sexta

O concurso que vai eleger o Rei Momo, a Rainha e duas Princesas da Corte do Carnaval de São Paulo 2025 será realizado na sexta-feira, às 21h. Sete homens e oito mulheres se apresentarão na Fábrica do Samba. A festa será conduzida por Patrícia Liberato.

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Foto: José Cordeiro/ SPTuris

A eleição da Corte do Carnaval marca o início oficial das festividades carnavalescas na cidade. Além de ser um evento aguardado com grande entusiasmo pelas escolas de samba e seus foliões, a escolha da realeza simboliza o aquecimento para o Carnaval, com a entrega da Chave da Cidade pelo Prefeito e a participação dos eleitos em eventos oficiais, como os desfiles do pré-Carnaval nos bairros e a recepção das escolas no Sambódromo do Anhembi, durante os desfiles de Carnaval.

Os candidatos a Rei Momo precisavam ter peso mínimo de 110 quilos e idade entre 18 e 60 anos. Já para as interessadas ao título de Rainha, a idade máxima é de 45 anos. As segundas e terceira colocadas no concurso tornam-se, respectivamente, Primeira e Segunda Princesas.

Os concorrentes ainda cumprem outros requisitos comuns como: ser brasileiro e residir na capital paulista, ter ensino fundamental completo (antigo 1º grau ou ginásio) e não ter sido eleito como Rei ou rainha nas duas últimas edições (2023 e 2024).

A premiação será feita de acordo com o posto:
Rei Momo e Rainha: R$ 21.000,00 cada
1ª Princesa: R$ 16.000,00
2ª Princesa: R$ 11.000,00
Cidadão e Cidadã Samba: R$ 3.000,00 cada

Conheça abaixo o perfil de cada um:

Candidatas ao posto de rainha e princesas:

Arie Suyane Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0004 2

Arie Suyane, gestora cultural, 22 anos e 1,64 m de altura. Representando a Imperatriz de Paulicéia. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

Bruna Negreska Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0004 2

Bruna Negreska, gerente e personal trainer, 35 anos e 1,66 m de altura. Representando a Tom Maior. Fotos: José Cordeiro/SPTuris.

Elisa Alves Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0003 1

Elisa Alves, modelo comercial, 18 anos e 1,68 m de altura. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

Gabi Evaristo Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0002 1

Gabi Evaristo, modelo, 31 anos e 1,68 m de altura. Representando a Vai-Vai. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

Tati Silva Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0002 1

Tati Silva, bailarina, 40 anos e 1,75 m de altura. Representando a Camisa 12. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

Luana Micheli Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0002 1

Luana Micheli, promotora de eventos, 44 anos e 1,65 m de altura. Representando a Colorado do Brás. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

Juliana Leones Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0001 1

Juliana Leones, analista de recursos humanos, 30 anos e 1,67 m de altura. Representando a Gaviões da Fiel. Foto: José Cordeiro / SPTuris.

Magali Alves Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0004 1

Magali Alves, gerente de investimentos, 41 anos e 1,72 m de altura. Representando a Barroca Zona Sul. Foto: José Cordeiro / SPTuris.

Canditados ao posto de Rei Momo:

Fabio Sorriso Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0012

Fábio Sorriso, psicólogo organizacional, 43 anos e 125 quilos. Representando a Estrela do Terceiro Milênio. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

Flavio Oliveira Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0003

Flávio Oliveira, representante comercial, 46 anos e 116 quilos. Representando a Nenê de Vila Matilde. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

Juliano Maximiano Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0003
Juliano Maximiano, visagista e maquiador, 32 anos e 148 quilos. Foto: José Cordeiro/SPTuris.
Valter Goncalves Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0002

Valter Gonçalves, papai noel e cabelereiro, 57 anos e 110,8 quilos. Representando a Unidos de São Lucas.

Sandro Camargo Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0002

Sandro Camargo, servidor público estadual, 47 anos e 110,2 quilos. Representando a Vai Vai. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

Valcir Silva Corte Carnaval 2025 Foto JoseCordeiro 0004

Valcir Silva, professor de ballet, 36 anos e 118,4 quilos. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

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Marco Antônio Sales (Marcão), guarda civil metropolitano, 60 anos e 170 quilos. Representando a Saudosa Maloca. Foto: José Cordeiro/SPTuris.

A coreografia dos candidatos para o evento será criada pela coreógrafa Solange Ferreira. O corpo de jurados é composto por diversas personalidades dos meios artístico, empresarial, profissionais de comunicação e autoridades, entre elas um representante da São Paulo Turismo. Em breve será divulgado o perfil de cada candidato.

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Coreógrafa Solange Ferreira. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.

Salgueiro realiza ensaio na Rua Conde de Bonfim no domingo

Um dos momentos mais aguardados do ano pelos tijucanos está chegando! No próximo domingo, 26 de janeiro de 2025, a partir das 19h, a Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, será palco de mais um ensaio técnico do Salgueiro.

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Foto: Anderson Borde/Divulgação Salgueiro

A concentração acontecerá na esquina da Rua José Higino, e o trajeto percorrerá até as proximidades da Rua Uruguai. O ensaio vai reunir todos os segmentos da escola, incluindo bateria, baianas, passistas e a comunidade, além de torcedores que aguardam o ano todo para este encontro tão especial na Conde de Bonfim, principalmente, pelos moradores da Grande Tijuca, que lotam as calçadas vestindo vermelho e branco para celebrar a tradição e a energia da Acadêmia do Samba.

Esquema de trânsito

Para garantir a organização e segurança do evento, a CET-Rio montou um esquema especial de trânsito:

Interdição ao tráfego de veículos na Rua Conde de Bonfim, sentido Alto da Boa Vista, entre a Rua Pinto de Figueiredo e a Rua Uruguai, durante a realização do evento.
Duplo sentido de circulação será implantado nas seguintes vias:

Rua Conde de Bonfim, entre a Rua Pinto de Figueiredo e a Rua Uruguai, com acesso pelo trecho interditado via Rua Conde de Itaguaí;
Rua José Higino, entre a Rua Conde de Bonfim e a Rua Antônio Basílio;
Rua Dona Delfina, entre a Rua Conde de Bonfim e a Avenida Maracanã.

Recomendações

Agentes da CET-Rio, Guarda Municipal e orientadores de trânsito farão o monitoramento da região. É essencial que motoristas respeitem as orientações e a sinalização implantada na área. É recomendável utilizar rotas alternativas durante o período do evento.

Serviço
Ensaio Técnico Acadêmicos do Salgueiro
Data: Domingo, 26 de janeiro de 2025
Hora: A partir das 19h
Local: Concentração na Rua Conde de Bonfim com Rua José Higino, Tijuca

Fuzuê total! Tuiuti realiza ensaio com canto forte e comunidade vibrante

Em um dia recheado de atividades por conta da festa de seu padroeiro, o Paraíso do Tuiuti encerrou o 20 de janeiro realizando mais um ensaio de rua em São Cristóvão, com forte presença da comunidade. Feliz e bem animada, a agremiação teve um treino com os componentes leves e cantando muito o samba para o próximo carnaval, em que levará para a avenida o enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?”, do carnavalesco Jack Vasconcelos, sendo a segunda a desfilar na terça-feira de carnaval, o inédito terceiro dia de desfiles do Grupo Especial.

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O presidente Renato Thor falou sobre o ensaio do Tuiuti estar sendo justo no dia de seu padroeiro São Sebastião, e uma análise do mesmo sobre o ensaio.

“Hoje foi uma jornada dupla e deu tudo certo. É dia do nosso padroeiro, dia de São Sebastião, todo ano a gente faz esse evento do Cozido de São Sebastião oferecendo de graça para a comunidade e recebemos Grande Rio, Salgueiro, um show com o artista Renan Oliveira e logo após o nosso ensaio de rua, e mais uma vez o Paraíso do Tuiuti mostra que está com vontade, a comunidade comprou o samba e está empenhada, mesmo hoje começando um pouco mais tarde, você vê a comunidade presente cantando, gritando o samba e o Paraíso do Tuiuti cada vez se preparando mais para alcançar o seu objetivo”.

“Ensaio muito bom. Essa virada de ano já traz um ânimo diferenciado pra gente, é cultural da escola esperar essa virada do ano para a comunidade vir mais, para os componentes estarem mais presentes. Então, é uma crescente, onde o ensaio de semana passada já foi muito bom, hoje foi muito bom, apesar de ser um dia longo, o dia do padroeiro da escola, ter atividade o dia inteiro na escola, mas a avaliação é muito boa. A escola está crescendo muito em relação a tudo. Tudo que a gente está testando hoje, a gente testou outra coisa, e o quê estamos testando, a escola tá correspondendo. Então, é manter nessa crescente”, afirmou Rodrigo Soares, um dos diretores de carnaval da agremiação, sobre o ensaio desta segunda.

Comissão de frente

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Comandada por Cláudia Motta e Edifranc Alves, os integrantes da comissão do Tuiuti realizaram uma coreografia que descrevia o enredo com os movimentos, de forma a contar a história de Xica, representada por quatro integrantes da comissão, com uma apresentação forte e bem potente.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Raphael e Dandara, mais uma vez, demonstraram o entrosamento do casal ao se apresentarem hoje com a dança envolvente e graciosa, bem tradicional com alguns movimentos relativos a trechos do samba quando cantados.

Harmonia

O Quilombo do Samba cantou muito na noite deste feriado. As alas vieram com o samba na ponta da língua, mantendo o samba firme enquanto a bateria ficou uma passada inteira sem tocar. A voz da escola, Pixulé, com seu carro de som, deixaram o samba no ritmo certo para o canto do componente em todo o tempo do ensaio.

“É um ensaio maravilhoso, em que a comunidade está cantando, não só a comunidade, o povo, o mundo do samba que veio hoje para cá e está cantando Xica Manicongo, isso para mim é mais que gratificante, é maravilhoso. O ponto alto desse ensaio é justamente o povo cantando”, comentou Pixulé ao fim do ensaio de rua da escola.

Evolução

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A escola de São Cristóvão esteve com seus componentes bem animados e soltos nesta segunda-feira, ao longo do ensaio pelas ruas de São Cristóvão. As alas passaram bem, com algumas coreografadas, como a primeira ala após o casal e a ala imediatamente atrás da bateria da escola.

Samba-enredo

Pixulé mais uma vez comandou brilhante o Tuiuti mantendo o bom rendimento que o samba vem apresentando nos ensaios em São Cristóvão, com o povo cantando bem os versos escritos por Cláudio Russo e Gustavo Clarão.

Outros destaques

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A “SuperSom” sob o comando de mestre Marcão deu novamente um show durante o percurso seguido pela escola, com momentos como o apagão durante uma passada inteira do samba, entre outras bossas e ritmos realizados. Mayara Lima, rainha da bateria, veio à frente, com seu samba na ponta do pé encantando os espectadores do ensaio de rua da agremiação.

Vila Isabel recebe mais de quatro mil pessoas em feijoada com show de Martinho da Vila e apresentação de Sabrina Sato

A Unidos de Vila Isabel recebeu no último domingo mais de quatro mil pessoas na Feijoada da Vila, realizada na quadra da agremiação, no Rio de Janeiro. O presidente de honra da azul e branco de Noel, Martinho da Vila, foi a atração principal do evento. Também estiveram na feijoada a rainha de bateria Sabrina Sato com o marido Nicolas Prattes.

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Além de prestigiar o evento, os três posaram com figuras icônicas da Vila Isabel, como o presidente Luiz Guimarães, e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcinho Siqueira e Cris Caldas.

Veja imagens do evento (Fotos: Divulgação/Vila Isabel)

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União de Maricá inicia armazenamento de fantasias para o Carnaval 2025

A menos de 40 dias para o desfile oficial, a União de Maricá já começou o armazenamento das fantasias que vão brilhar na Marquês de Sapucaí no enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”. Desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira, a história vai homenagear a figura da mãe de santo Cacilda de Assis e de Seu 7 da Lira, famosa entidade da umbanda carioca e que fez história nas décadas de 70 e 80, na busca pelo título da Série Ouro e o acesso ao Grupo Especial.

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Foto: Caio Henrique/Divulgação União de Maricá

De acordo com o diretor de carnaval Wilsinho Alves, mais da metade das fantasias das alas de comunidade estão prontas, enquanto o restante já está em fase de finalização, com a aplicação das penas e acabamentos. Ele destacou que a União de Maricá tem seguido o seu planejamento para fazer bonito na Avenida:

“Estamos muito satisfeitos com o andamento do trabalho. As equipes estão comprometidas e dedicadas a cada detalhe para que possamos levar um desfile à altura da grandiosidade do nosso enredo. É um momento especial para todos nós”, afirmou o diretor de carnaval, que completou:-“Seguimos firmes no cronograma e confiamos na força da nossa comunidade para brilhar na Sapucaí. Queremos emocionar o público e conquistar o título para chegarmos ao Grupo Especial, o grande objetivo da diretoria e da cidade. Em breve, divulgaremos o calendário da entrega das fantasias para os nossos componentes”, completou Wilsinho Alves.

Em 2025, a União de Maricá será a sexta escola a desfilar na sexta-feira, dia 28 de fevereiro. Para chegar forte até lá, a escola tem ainda seis ensaios programados, sendo cinco em Maricá e outro na Marquês de Sapucaí.

Comissão de frente e cadência da ‘Furiosa’ brilham no ‘melhor ensaio técnico em anos’ do Camisa Verde e Branco

Por Will Ferreira e fotos de Fábio Martins

Nove vezes campeão do carnaval paulistano, o Camisa Verde e Branco fez o primeiro ensaio técnico da agremiação para o carnaval 2025 no último domingo no Anhembi. Com uma comissão de frente que chamou atenção e despertou curiosidade e uma cadência acentuada da “Furiosa”, a instituição da Barra Funda ficou atenta a quesitos na apresentação, mas conseguiu emocionar os presentes. Com o enredo “O Tempo Não Para! Cazuza – O Poeta Vive”, o Trevo fechará a sexta-feira de carnaval (28 de fevereiro), já na manhã do sábado (01 de março). O ensaio técnico foi encerrado com 56 minutos.

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Uma declaração forte foi dita à reportagem por João Victor Ferro, diretor de carnaval e vice-presidente da instituição: “Eu não consigo ver muita coisa porque eu venho com a comissão de frente e vou acertando a escola. Acredito que, daqui para frente, o tempo de desfile vai ser um pouco maior porque tem um pouco mais de componentes. A gente não consegue sentir muito a questão de timing, mas, do pouco que eu vi da cabeça da escola, a escola estava cantando legal, evoluindo legal. A gente tem uma comunicação onde eu pergunto se a escola está compacta, se a escola está cantando… e foi positivo. De verdade, fi o melhor ensaio técnico que eu fiz em seis anos de direção de carnaval. Acho que a escola vem bem, é lógico. É melhorar sempre, trabalhar sempre, fazer sempre melhor. Podem aguardar um grande Camisa Verde e Branco, um Camisa Verde e Branco imponente. E atenção na comissão de frente, que vai ser a cereja do nosso bolo”, prometeu.

Comissão de Frente

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Tal qual aconteceu no minidesfile, diversos jovens vestidos tal qual como se estivessem nos anos 1980 (com jeans, camisetas brancas, tênis e faixas no cabelo) estavam presentes. Além deles, um tripé – que aparentava ser um espaço público, como uma praça ou um parque. Na coreografia, havia claro destaque para um garoto de cabelos escuros cacheados – notadamente Agenor de Miranda Araújo Neto, popularmente conhecido como Cazuza, enredo da agremiação. Em dado momento, entretanto, há uma troca no componente que o interpreta: se o segmento começa com um Cazuza com menos idade, ele se transforma em um adolescente/adulto. Vale destacar que ambos desfilaram com uma camiseta escrito “prefiro Toddy ao tédio”, cunhada pela escritora Ledusha Spinardi. amiga do cantor, no livro “Risco no Disco”, publicado em 1981. Ao tomar conhecimento da frase, o artista criou uma camiseta com a frase, utilizando-a diversas vezes em aparições públicas. Vale comentar que os staff do quesito pediram, mais de uma vez, mais força na execução da coreografia.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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Estreando no Camisa, Everson Sena e Lyssandra Grooters demonstraram bom nível de entrosamento ao longo da passarela. Leves e aproveitando a cadência do samba, eles esbanjaram sorrisos e sentiram-se muito à vontade com o andamento mais abaixo, girando tranquilamente e mesclando muito bem cada giro com outros movimentos exigidos pelo regulamento.

Harmonia

Chamou atenção o fato da grande maioria dos componentes cantarem o samba. Uns mais e outros menos, naturalmente, mas a canção, visivelmente, caiu no gosto da comunidade. Dentre os setores que estavam cantando com mais afinco, destacam-se a ala que veio logo atrás do abre-alas, a ala das baianas e o último setor. Igor Vianna e os apois do intérprete da verde e branco conduziram bem o samba, com uma cadência diferente de muitas coirmãs – algo que exige muito preparo.

O carro de som, por sinal, emocionou muitos presentes desde o começo do esquenta, com um compilado de sambas reconhecido por sambistas do Brasil inteiro: o hino; “Convite Para Amar (Boa Noite São Paulo)”, samba-enredo de 1988; “Alô alô gente bamba” e “Verde que te quero verde”, antes de entrar em um arranjo especial iniciado com os acordes de “Pro Dia Nascer Feliz”, um trecho da música, o final do samba-enredo e a repetição, em diferentes tons vocais, do verso “Faz parte do meu show” – que abre a canção do Trevo para 2025. Também é importante destacar a entrada da “Furiosa” no samba, no verso “E parte do meu show”, após um repicar de repiniques na palavra “autorais” imediatamente anterior.

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Por sinal, mestre Jeyson Ferro, comandante da “Furiosa”, acredita que é possível deixar a execução ainda melhor: “O nosso ponto positivo é o que eu mais tenho medo: a sustentação da bateria. A nossa batida de caixa tem vindo um pouco mais para trás do andamento. E, como hoje, a gente não começou muito para frente, então ela se manteve. A parte negativa é que eu quero que o andamento esteja um pouco mais apra frente. Hoje foi legal, bacana, muito gostoso o suingado, o balanceado. Só que eu quero vinte centavos mais para frente, pra ficar mais dançante, mais empolgante”, comentou.

Evolução

O samba mais cadenciado possibilitou aos componentes sambar, brincar e interagir com as arquibancadas e com os desfilantes que estavam próximos – mas nunca sem sair do local reservado a ele na ala. Ao contrário de outras coirmãs, o Camisa não banalizou o uso de adornos de mão, dando ainda mais destaque para as alas que tinham tal artefato. Também vale destacar que, em determinados momentos, os componentes levantavam os braçose batiam palmas no instante em que o verso “a Barra Funda mostra sua cara”, criando uma dinâmica especial.

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João Victor aproveitou para relacionar o ensaio técnico com a situação política da agremiação, com movimentos de oposição fazendo barulho: “É mais gostoso! Sabe por quê? A galera tenta fazer contra, só que aquela galera que ficou anos dentro da escola, com todo o respeito da palavra, nunca fez nada. A entidade sabe disso, entendeu isso. Abraçou a nossa causa, abraçou a proposta. Vamos para cima do problema. Em 2023 foi igual e a escola subiu praticamente campeã”, relembrou.

Samba

Muito bem quisto pela comunidade do samba paulistano, o samba-enredo funcionou a contento e, como já dito, foi muito bem entoado por diversos componentes. Ajudou bastante, por sinal, o andamento mais abaixo executado pela “Furiosa”, em noite muito inspirada da bateria comandada por mestre Jeyson Ferro.

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O comandante dos ritmistas, por sinal, deu uma declaração curiosa à reportagem: “A gente torce pra que, às vezes, aconteça alguma coisinha para a gente ir corrigindo. Para mim, foi um ensaio bom. Porém, a gente precisa melhorar alguns pontos na bateria. Eu não consegui ver os demais setores da escola, mas a bateria é essa. A gente vai acertando aqui e ali até ficar boa e sem correções necessárias para, até chegar o dia 28 de fevereiro, a gente estar daquele jeito” comentou.

Outros Destaques

À frente da “Furiosa”, Sophia Ferro, rainha de bateria do Camisa Verde e Branco, brilhou com exclusividade.

Colaboraram Naomi Prado, Nabor Salvagnini, Lucas Sampaio e Gustavo Lima

Veja mais imagens do ensaio

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Comissão de frente mostrando a força do enredo se destaca no primeiro ensaio técnico da Terceiro Milênio

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins

A Estrela do Terceiro Milênio realizou o seu primeiro ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi. Tiveram dois destaques, mas o principal foi a comissão de frente liderada por Régis Santos. Esse teatro promete bastante no desfile oficial. Foi passada uma sensação de bastante crítica intensa, o que está correto, pois o enredo fala de um manifesto LGBT. Outro destaque vai para a bateria “Pegada da Coruja”, de mestre Vitor Velloso. Os seus grandes apagões potencializaram o forte canto do Grajaú. A atenção fica para o quesito evolução, onde abriu um espaço entre o casal e a ala de trás, o que pode tornar algo grave se não for corrigido nos próximos ensaios.

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“Nós, logicamente, esperávamos um grande ensaio técnico, mas me surpreendeu a força da comunidade. Nós estamos ensaiando desde julho, ensaiando ala por ala e foi tomando corpo. Foram chegando muitas pessoas e tínhamos uma preocupação porque esse enredo acabou trazendo muita gente da comunidade, um pessoal que não estava muito acostumado em desfilar em carnaval. Mas o que eu percebi é que eles entenderam qual que é a do desfile, se envolveram no projeto, estão cantando demais, a comunidade cantou muito. É aquele sentimento de que estamos no caminho certo, que realmente vamos apresentar um espetáculo belíssimo no dia do desfile”, analisou o presidente Silvão.

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Comissão de frente

A ala, que é comandada por Régis Santos, mostrou suas credenciais de uma comissão de frente impactante. Isso é pelo fato da ala incorporar o enredo e ser questionadora quanto ao preconceito contra o grupo LGBTQIAPN+. A coreografia é terminada em uma passada do samba e feita inteiramente em cima de um grande tripé. Dentro de todo esse teatro, os bailarinos se vestiram cada um com roupa diferente (imagina-se que no desfile cada um irá representar um personagem). Ainda na dança, gritos como: “isso é pecado”, “não pode acontecer” eram ouvidos. No final, a interpretação que fica é que o grupo consegue a libertação e vencem o preconceito.

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Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Arthur Santos e Waleska Gomes teve uma atuação de bom nível. A dupla se soltou com a coreografia dentro do samba, a partir do segundo módulo, pois era perceptível que no primeiro módulo, eles ainda estavam se ajustando junto com a evolução da escola. A coreografia representa bem a obra e ganha destaque no refrão do meio. Individualmente, Waleska carregou a elegância que o acompanha desde o início de sua carreira, o que indiretamente potencializa o jovem Arthur.

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Harmonia

O canto do Grajaú é um dos pontos fortes da escola. A comunidade da Coruja cantou forte o ensaio todo, aumentando o tom cada vez mais que entrava na pista. Isso era ainda mais perceptível quando a bateria “Pegada da Coruja” realizava os apagões. Houve uma oscilação nas últimas alas, que não acompanharam o alto ritmo dos primeiros setores. Apesar disso, o saldo do quesito é positivo, devido ao fato de a maioria das alas obedecer ao que foi imposto. A bateria confiou e a comunidade respondeu.

“A gente veio realmente para ver os erros que podem acontecer e arrumar no próximo, e a gente sentiu a nossa comunidade da mesma forma que vimos nos nossos ensaios. Cantamos muito, evoluímos, a nossa comunidade está de parabéns. Todos os nossos departamentos se entregaram muito e a gente tem certeza que no próximo ensaio vai vir com mais força ainda. Temos um pouco mais de um mês pela frente para ajeitar, para melhorar mais, para chegar à perfeição até o dia do desfile”, destacou o diretor de harmonia, Wilson Japa.

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Evolução

Houve um problema em que a escola precisa se atentar. Próximo ao recuo de bateria teve uma grande abertura entre o casal de mestre-sala e porta-bandeira e a ala que vinha atrás. Não há a certeza de configuração de buraco, mas vale a máxima atenção da escola em corrigir esse detalhe para não virar algo maior. De resto, as fileiras estavam entre todas as alas estavam bem alinhadas e permitiu que o componente pudesse cantar e dançar o samba-enredo de forma espontânea.

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O presidente Silvão falou sobre o que foi apontado, mas classificou como algo nada grave e que deve ser corrigido. “Acredito que o canto ainda pode melhorar um pouco e a evolução também. Depois vou conversar com a equipe técnica, mas detectei ali no meio, perto do recuo, um probleminha com a evolução. Nada muito grave, que eu imagino até que eles já estejam atentos com isso. Acho que no geral foi muito bom, no geral superamos a expectativa do primeiro ensaio, do nervosismo, de entender como é que a comunidade viria. Acho que realmente superamos a expectativa”, comentou.

Samba-enredo

É um samba que exige garra no canto em algumas partes e leveza em outras e cada componente reage de um jeito. Um exemplo: O último verso da primeira parte do samba é “Que vá pro inferno a sua moral” em uma melodia forte, e logo depois vem o refrão do meio com “Abri minha asas mostrei meu valor…”, já com um tom bem suave. Essa ambiguidade talvez seja a magia da obra. O intérprete Darlan Alves que chegou ano passado e Grazzi Brasil que tem mais tempo de casa, estão formando uma dupla bastante digna e que conduz o carro de som com excelência, pois os tom de voz dos dois se encontraram.

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“Acho meu carro de som maravilhoso. Claro que nós queremos sempre estar melhores, estamos ensaiando, mas temos entrosamento e não é só profissional. Existe uma amizade, existe todo um lance juntos que vai fluindo bem, e graças a Deus são cantores maravilhosos. Estou em casa e eu tenho orgulho da minha ala musical mesmo, sem eles não daria”, disse Grazzi Brasil.

A cantora elogiou o samba, exaltou os compositores da obra e o canto da escola. “Como sempre, os Gêmeos, o Gui, eles vêm bailando nas composições. O samba deles é um samba que, para mim, é sempre muito fácil de cantar, é muito gostoso. Eu sou fã demais e todo mundo vem cantando. Estamos ensaiando desde agosto e todo mundo pode ver o quanto a Milênio vem com o chão e vem cantando”, declarou.

Outros destaques

A bateria “Pegada da Coruja”, que é regida pelo mestre Vitor Velloso, foi um dos destaques da escola. A batucada brincou na passarela, fez o ‘paradão’ para a escola cantar sozinha, realizou várias bossas, sempre com um clima de muita descontração.

TerceiroMilenio et MestreVitor

“Temos algumas coisas pra ajustar, óbvio, mas foi muito legal. Achei que agora no final deu uma caidinha no andamento, mas ao todo foi muito bom. A gente cancelou nosso ensaio específico por conta da chuva e a gente veio de cara para fazer o primeiro geral. E o resultado foi muito positivo. Agora é lapidar mais ainda pra gente chegar firme no desfile”, contou o mestre Vitor Velloso.

Vitor elogiou o clima da bateria, mas voltou a se atentar sobre a caída do andamento no final. “Foi positivo o clima e a energia. Isso é tudo. Acho que a partir do momento que você tem um clima e uma energia positiva, funciona. De negativo, acho que foi a questão do andamento que deu uma caída nesse último módulo. Mas agora é acertar isso e lapidar as outras coisas e seguir firme”, completou.

TerceiroMilenio et GeovannaBateria

Antes do ensaio, na largada, Grazzi e Darlan cantaram a canção ‘Dancin’ Days’, de Lulu Santos.

Toda a escola foi vestida com a camisa do enredo 2025, o que transformou o ensaio em roxo. Componentes de alas carregando leques, bandeirinhas, bexigões todos nas cores da bandeira LGBTQIAPN+. As baianas ensaiaram no último setor, vestidas com saiotes e roupas das cores da agremiação.

Colaboraram Naomi Prado, Nabor Salvagnini, Lucas Sampaio e Will Ferreira

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Céu nas cores do Rosas coroam ensaio técnico emocionante em homenagem a Bitão

Por Will Ferreira e fotos de Fábio Martins

O Rosas de Ouro subverteu a lógica no último domingo. Se o ensaio técnico, como o próprio nome já diz, busca aperfeiçoar quesitos, a escola da Brasilândia trouxe muita emoção a todos – fruto de um trabalho que está claramente sendo bem desenvolvido na escola, como a própria apresentação do enredo “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada” deixou claro. O céu, que fez questão de ficar azul e rosa (cores da agremiação) na entrada da instituição na passarela, apenas abrilhantou (e comoveu) ainda mais os presentes. O primeiro ensaio técnico da Roseira, que será a sexta escola a desfilar na sexta-feira de carnaval (28 de fevereiro), teve, ao todo, 56 minutos – todos eles contagiantes.

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Comissão de Frente

Estreando na escola que tem o mesmo nome da própria família, Arthur Rozas investiu no lúdico. Um tripé, que aparentemente trará a representação de uma clássica máquina caça-níquel, com três rolos giratórios, também tinha a presença de uma personagem fantasiada de Rainha de Copas. Em determinados momentos, Alices e Guardas de Copas (todos personagens do clássico infantil “Alice no País das Maravilhas”) interagiam com o tripé. É importante destacar que, em um primeiro momento, as Alices aparecem com feições raivosas, como se os guardas estivessem prendendo-as – depois, elas ficam felizes.

RosasDeOuro et Homenagem

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Mesmo sendo formado apenas em 2024, Uilian Cesário e Isabel Casagrande já demonstram grande entrosamento e sincronia nos movimentos. Utilizando bastante a envergadura e a elasticidade acima da média de ambos, o primeiro casal da Roseira teve giros apurados e teve como ponto alto a apresentação na segunda cabine de jurados, com leveza na dança e um contagiante sorriso ao encarar o espaço destinado aos julgadores. Vale destacar, também, a elegância do azul e rosa fosco da fantasia de ambos – Uilian com uma vestimenta mais tradicional, Isabel com um vestido com uma saia cheia de brilhos.

RosasDeOuro et PrimeiroCasal 2

Harmonia

O ensaio foi extremamente emotivo desde o esquenta. Nove dias depois do falecimento de Renan Oliveira, o Bitão, um dos diretores da “Bateria com Identidade”, após o Ensaio Super Turbinado (que teve a presença das coirmãs Vai-Vai e Nenê de Vila Matilde), toda a comunidade pareceu estar disposta a fazer uma grande homenagem a ele – e conseguiu. Desde os tradicionalíssimos alusivos da agremiação, era perceptível o quanto o canto (que chama atenção de todos que vão em ensaios da agremiação neste ciclo) seria ainda mais forte. Na primeira passada do refrão, muitos componentes choraram e os ritmistas evoluíram dentro dos naipes. Dentre os setores que mais cantaram, destaca-se o último setor – mas é importante frisar que a comunidade da Brasilândia mostrou, mais uma vez, o quanto se encontrou com a composição. Vale destacar, também, a dedicação do staff da agremiação, que pedia ainda mais canto em diversos momentos.

RosasDeOuro et PresidenteAngelina1

Na visão de Victor Lebro, um dos diretores de carnaval da instituição, é possível melhorar ainda mais: “A escola cantou bastante, mas vai cantar ainda mais. Podemos evoluir mais! Por ser o primeiro, a escola estava meio que sentindo a pista e que tende a crescer até chegar no dia do desfile e estar cem por centro”, confiou.

Já Carlos Junior, intérprete da escola, fez questão de elogiar os companheiros do carro de som: “O Osmar, vice-presidente, me escutou e me deu o maior respaldo. Ele me ouviu bastante para montar esse carro de som e conseguimos, esse ano, fazer vários ensaios fechados para aproveitar a qualidade de cada um. Estou muito feliz com eles porque, no ano passado, eu olhava para cima e eu via cordas de primeiro grau, de topo, mas eu sentia que as pessoas do carro de som eram mal aproveitadas – sendo que tínhamos alguns talentos ímpares como o Santa Cruz. Eu trouxe dois meninos que são geniais, o MB e o Xará – e, na casa, já estava o Valtinho há muitos anos. O Adalto voltou do Barroca, que era do time do Pixulé, e que era um time ímpar. Voltou porque ele é da Brasilândia, só que eu ainda não conseguia direcionar, estava cada um por si. Estava como aquele Real Madrid dos Galáticos, que não treinavam. Eu trouxe a Mônica, que saiu com o Royce do Cavaco lá atrás, e é a minha parceirona. Consegui pegar toda essa galera, colocar em dois estúdios e aproveitar o máximo deles. Depois disso, eu falei que era para tirar toda a pressão que coloquei neles e que era para brincar. Não adianta ficarmos pensando no resultado. Não adianta ficarmos pensando no que a internet vai dizer ou não, se está bom ou ruim. Você tem que estar no seu coração com aquele sentimento de que fizemos algo bom. Se alguém achou diferente, é uma coisa introspectiva de cada um. Não conseguimos conquistar todos os corações. Uma coisa que eu passei para eles quando cheguei aqui: nós rezamos, que é uma coisa que nunca fizemos. Falei que tínhamos que servir o nosso povo, não nos servirmos. Cada coração que tocarmos é a escola ganhando um pedaço de um coração de uma pessoa. É daí que sai aquele talento, é o principal do carisma que as escolas precisam ter, é daí que sai o carisma, a partir do momento que você começar a servir e tocar corações. Enquanto você não tiver uma multidão de corações tocados, o seu carisma não vai sair. Acho que começamos hoje um bom trabalho. Hoje estou em uma disciplina em que o que aconteceu ontem serve de aprendizado, mas tem que ficar por lá. A parada aqui é agora. Se hoje foi bom, é isso que vale. Ganhamos um dia”, refletiu.

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Rafael Oliveira, o mestre Rafa, comandante da “Bateria com Identidade”, fez questão de relembrar que a perda de Bitão ainda se fazia presente: “A gente está de luto ainda, é recente demais. Tem muita gente abalada. Mas a gente tentou colocar a bola no chão. Fizemos uma reunião na sexta-feira com todos os ritmistas lá na quadra, a gente tinha atividade na segunda e na quarta passada e não conseguimos fazer essas atividades, cancelamos. Na sexta-feira percebi que a gente precisava levantar e acordar, porque tinha ensaio na sexta e tinha esse ensaio de hoje. A gente precisava levantar, precisava se erguer Tecnicamente foi legal, foi bacana – mas, em relação ao o clima, não foi tão bom. Não é o que a gente costuma entregar. A gente vai melhorar, vamos sentar, debater, ver quais foram os pontos, os erros e vamos acertar para os segundo e terceiro ensaios – para que, no grande dia, a gente esteja pronto.

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Na autocrítica sempre sincera, mestre Rafa não escondeu nada: “Nosso ponto positivo são as nossas bossas Nós vamos mantê-las. É só executar, limpar e vamos embora. Quanto ao ponto negativo, temos que melhorar o andamento: eu quero um pouquinho mais de beat. Também precisamos fazer a limpeza da bossa que tem um apagão em que a escola canta. Eu não sei como foi a escola, mas, dentro da bateria, tivemos vários momentos que não foi legal. A gente com certeza vai ajustar e vamos embora”, disparou.

Evolução

Como já parece ser característico em tudo que envolve o desfile de 2025, o Rosas veio extremamente leve. Chamou atenção que algumas alas possuíam, até mesmo, componentes sem a camisa da agremiação, enquanto outras tinham camisetas diversas da Roseira. Para dar ainda mais dinâmica aos pulos e danças dos componentes, a agremiação distribuiu bexigões azuis e rosas – cores da instituição.

RosasDeOuro et PresidenteAngelina 2

Vitor, por sinal, destacou a assiduidade dos componentes da Roseira: “O primeiro ensaio foi muito positivo! A escola compareceu com um bom contingente e está praticamente fechada para o carnaval. Nossa comunidade é dedicada a ensaiar e desde sempre está trabalhando muito – algo que deu para ver na avenida hoje. Foi um ensaio bacana, a escola cantou, fomos bem de evolução. Lógico que sempre dá para acertar uma coisinha ou outra – mas, por ser o primeiro, eu estou bem feliz. Vamos manter a energia da nossa comunidade, a escola vem de alguns resultados não muito bons e está querendo reverter essa situação. Dá para ver que dedicação, empenho e amor ao pavilhão não estão faltando. Isso tudo é o grande coringa da nossa grande jogada”, destacou.

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É importante, entretanto, trazer um ponto de atenção para a escola: em determinados momentos, alguns componentes cantavam, no último verso antes do refrão, “a Rosas do meu coração”, enquanto no site oficial da Liga-SP consta que a letra oficial da obra fala “a rosa do meu coração”.

Samba

Se não figura no hall de grandes obras da história do Rosas de Ouro (que tem, certamente, uma das melhores discografias do carnaval paulistano – para muitos, a melhor) poeticamente falando, a canção passa uma energia que é difícil de ser descrita. Mais do que isso: a comunidade abraçou a canção e os arranjos, produzidos por Ricardo Rigolon, popularmente conhecido como Chanel, contribuíram para a obra crescer ainda mais quando ouvida ao vivo. O solo de abertura, por exemplo, cai em uma verdadeira explosão no carro de som – por sinal, o samba-enredo parece ter sido composto sob medida para Carlos Junior, em mais uma ótima noite.

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O desempenho da canção foi muito elogiado por Carlão. “Acho que foi maior do que a minha expectativa. O Rosas de Ouro tem uma forma de trabalhar muito diferente do que estou acostumado. Eu costumava trabalhar com todo mundo na quadra. Aqui, as alas treinam em um horário e os departamentos mais presentes treinam em outro horário. Você tem alas das nove às onze, aí chegamos meia-noite e vem passistas, comissão, aquelas de departamento, bateria. Não nos vemos, só nos ensaios de rua. Nós agendamos três ensaios de rua e um teve que ser cancelado por causa da morte de um diretor de bateria, fizemos só dois ensaios de rua. Foram as únicas vezes que nos encontramos todos. Como eu estava em um caminhão muito longe, eu não conseguia sentir a pressão que eu senti aqui. Estamos ensaiados. Não estou comparando com as outras escola, estou falando de nós por dentro. Estamos ensaiados e temos tempo para melhorar. Se houve algum erro, existe um tempo hábil para que esse erro seja sanado e isso me deixa muito confortável. O samba aconteceu, pelo menos para nós, e espero que a galera que assistiu hoje fale saiba disso – e, aqueles que ainda estavam contra, abracem esse samba. É um grande samba, acho que ele tem uma matéria, uma coisa descritiva e uma parte motivacional muito grande. O medo de perder não pode superar a gana de vencer. Enquanto estivermos vivos, como diz o 50 Cent, fico rico ou morro tentando”, explicou.

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Para o intérprete, é difícil encontrar algum ponto que possa ser melhorado: “Do meu segmento, eu acho que nós quebramos tudo. Com todo respeito, foi muito mais do que eu esperava. Eu vim aqui achando que eu ia encontrar cinquenta mil obstáculos, mas a avenida ficou pequena, não ficou cansativa. Eu pedi para minha esposa marcar o tempo em um cronômetro, e nós estávamos aqui perto com 42 minutos e eu pensei que estava acabando, mas eu tinha muito mais gás ainda para fazer essa parada. Por outro lado, eu já participei de desfiles em que eu falava que não tinha mais gás, estava acabando.. Acho que nós estamos nos preparando muito para fazer um espetáculo, e vejo isso com positividade”, comentou.

Outros Destaques

A “Bateria com Identidade veio inteira com uma camisa especial: nas cores rosa e preto, ela trazia, na frente, uma foto de Bitão – e, nas costas, a mensagem “Bitão Eterno”. Vale destacar, também, que todos os ritmistas estavam com calças, shorts ou saias pretos, mostrando o luto de todos por lá. À frente de cada um deles, Ana Beatriz Godói, desde 2020 como rainha da bateria.

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Sempre uma atração à parte, Angelina Basílio, presidente da escola, veio fantasiada de Rainha de Copas. Ao notar o céu, que se pintou de azul e rosa, a mandatário da Roseira se emocionou, pediu fotos para os fotógrafos que estavam mais próximos e falava que “a natureza é maravilhosa”.

O belíssimo pede-passagem utilizado no minidesfile de 2024 veio para o ensaio técnico, à frente do abre-alas – que, por sinal, parece ser grande.

Colaboraram Naomi Prado, Nabor Salvagnini, Gustavo Lima e Lucas Sampaio

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