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Com apoio do Instituto Imperatriz Leopoldinense, atletas dos Complexos do Alemão e da Maré vão disputar campeonato brasileiro de Jiu-Jitsu em São Paulo

O Instituto Imperatriz Leopoldinense segue investindo nos sonhos das crianças e adolescentes de sua comunidade. Em mais uma ação social da entidade sem fins lucrativos, sete jovens moradores dos Complexos do Alemão e da Maré irão disputar, no próximo fim de semana, em São Paulo, o Campeonato Brasileiro Kids de Jiu-Jitsu.

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Foto: Nelson Malfacini/ Divulgação Instituto Imperatriz

Com a viagem patrocinada pelo Instituto, os jovens, oriundos da ONG ‘Talentos do Morro’, que atende 500 crianças da região, embarcam já nesta quinta-feira, ao lado dos professores Wilson Barbosa, o Gracie da Maré, e Kleber Barbosa, o Binho, para o município de Barueri, onde irá acontecer a competição.

O presidente do Instituto Imperatriz e também atual diretor financeiro da Liesa, João Drumond, celebrou a classificação dos jovens para o campeonato e reforçou o compromisso e responsabilidade da organização com todos os atendidos.

“É fundamental investir no talento daqueles que representam o futuro das nossas comunidades. Independentemente do resultado, esses jovens já são vitoriosos só pela oportunidade de competir, e fazer parte deste momento nos orgulha muito. O esporte transforma vidas e, no que depender do Instituto Imperatriz, muitas pessoas serão impactadas positivamente. Isso é só o começo”, afirmou João.

As aulas gratuitas de Jiu-Jitsu para a comunidade da Zona da Leopoldina e bairros vizinhos na quadra da Imperatriz começam em breve. Segundo Vanessa Malfacini, diretora do Instituto, todas as informações de dias e horários serão divulgadas ainda este mês, juntamente com os horários das aulas de samba no pé, de Zumba e também de funcional e alongamento.

Hoje, o Instituto Imperatriz já conta com turmas de ballet para crianças e adultos. As aulas acontecem na quadra da agremiação, que fica na Rua Professor Lacé, 235, em Ramos.

União de Maricá divulga calendário oficial da disputa de samba para o Carnaval 2026

A União de Maricá divulgou nesta quinta-feira o seu calendário completo até a final de samba-enredo que define o hino oficial da escola para o Carnaval 2026. Com o enredo “Berenguendéns e Balangandãs”, assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira, a escola vai mergulhar no universo das joias que são símbolos de identidade, ancestralidade e resistência presentes na cultura negra, na Série Ouro.

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Foto: Ney Junior/Divulgação Maricá

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A sinopse será lançada na próxima segunda-feira, às 19h, nas redes sociais da agremiação. A escola também promoverá uma série de encontros com os compositores específicos em participar da disputa, com o objetivo de detalhes detalhados da proposta e fomentar a criação de sambas alinhados ao enredo. Os encontros tira-dúvidas aconteceram em dois espaços: no barracão, na Rua Almirante Mariath, 6, em São Cristóvão, nos dias 23 e 30 de junho e 14 de julho, e na quadra da escola, em Maricá, no dia 7 de julho, sempre às 19h.

O período de inscrições para os sambas concorrentes já tem dados definidos. Os compositores deverão entregar suas obras no dia 29 de julho, às 19h, na quadra da União de Maricá. A disputa acontecerá ao longo do mês de agosto, dividida em quatro etapas: primeira eliminatória no dia 1º, segunda eliminatória no dia 8, semifinal no dia 22 e a grande final no dia 29.

Para o diretor de carnaval Wilsinho Alves, o anúncio antecipado do calendário reforça o compromisso da escola com a organização e a valorização dos compositores. A expectativa é de uma disputa rica em conteúdo e musicalidade, refletindo a força do tema proposto para o próximo desfile.

“O planejamento é fundamental. Divulgar esse calendário com antecedência permite que os compositores se preparem com qualidade, estudem a sinopse com profundidade e entreguem sambas que reflitam toda a riqueza do enredo que vamos levar para a Marquês de Sapucaí. Não tenho dúvidas de que teremos mais uma linda obra”, disse Wilsinho.

Em 2026, a União de Maricá será uma sexta escola a desfilar no sábado, dia 14 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí, em busca do acesso ao Grupo Especial.

Vila Isabel lançará sinopse do enredo para o Carnaval 2026 na segunda-feira

A Unidos de Vila Isabel apresentará na próxima segunda-feira a sinopse do enredo para o Carnaval 2026 na quadra da agremiação. A partir das 20h, os carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora explanarão para os compositores e para a comunidade a narrativa que utilizarão para abordar o enredo “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um Sambista Sonhou a África”.

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Foto: Divulgação/Vila Isabel

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“Será uma celebração a Heitor dos Prazeres, esse sambista, pintor, pessoa tão importante para a construção do samba carioca”, explica Haddad sobre o enredo. “É um enredo que fala dessa poética de uma cidade em que o samba e a macumba se misturam e de um artista cuja trajetória se confunde com a trajetória da Vila”, completa Bora.

Recentemente, a azul e branca de Noel divulgou o calendário da disputa de samba-enredo deste ano. A novidade é a abertura da competição para todas as parcerias, isto é, a presença de integrantes da ala de compositores da escola não é obrigatória.

Os compositores terão pouco mais de um mês para entregar as letras. A inscrição é gratuita e cada parceria deverá ser composta por até oito integrantes. A festa para escolher o novo hino da azul e branca de Noel será realizada em 12 de setembro, na quadra da agremiação.

Segunda escola a desfilar na terça-feira de Carnaval, a Vila Isabel apresentará o enredo “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um Sambista Sonhou a África”. A partir de um olhar onírico, a escola homenageará Heitor dos Prazeres, a quem é atribuída a criação dos termos “Pequena África” e “África em miniatura” para se referir à região da antiga Praça Onze.

Calendário
16/06 – Entrega da sinopse
03/07, 10/07 e 17/07- Dúvidas e orientações
21/07 – Audição interna
31/07 – Entrega dos sambas
12/09 – Final da disputa

Salgueiro participa da confecção de tapetes de sal para procissão de Corpus Christi no Centro do Rio

A convite da Arquidiocese do Rio de Janeiro, a escola de samba Acadêmicos do Salgueiro participará mais uma vez da tradicional confecção de tapetes de sal para a procissão de Corpus Christi, que acontece na próxima quinta-feira, dia 19 de junho, no Centro da cidade.

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Foto: Divulgação/Salgueiro

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O convite partiu do Padre Wagner, responsável pela Catedral Metropolitana, e teve apoio do cardeal Dom Orani Tempesta, que solicita a presença de todas as escolas de samba do Grupo Especial do Rio. Como pioneiro na iniciativa em anos anteriores, o Salgueiro foi novamente chamado a representar sua comunidade com arte e devoção.

Este ano, o tapete criado pela escola terá como tema “Rosas para Cristo” , unindo elementos da fé católica à simbologia do enredo salgueirense de 2026, que também traz a rosa como elemento central. A proposta une espiritualidade, arte e a identidade do Salgueiro, em uma homenagem que valoriza a tradição e o respeito à cultura religiosa.

A montagem do tapete terá início às 5h da manhã, com concentração marcada para as 4h na Catedral. A conclusão está prevista para as 11h.

A direção da agremiação convida todos os segmentos e membros a contribuirem com a construção do tapete, que será um dos destaques da celebração religiosa.

Serviço
Confecção dos Tapetes de Sal – Procissão de Corpus Christi 2025
Data: Quinta-feira, 19 de junho
Local: Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
Chegada: 4h
Início da confecção: 5h
Término previsto: 11h

Tuiuti realiza feijoada e apresenta novos casais no domingo

Neste domingo, a partir das 13h, a sede da agremiação em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, recebe uma tradicional feijoada com roda de samba-enredo. Além disso, haverá show com todos os segmentos da azul e amarelo e apresentação do novo segundo e terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Os ingressos custam R$ 30. A feijoada custará R$ 20.

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No próximo Carnaval, o Tuiuti será a primeira escola a desfilar na terça-feira de carnaval com enredo “Lonã Ifá Lukumi”, sobre uma vertente religiosa afro-cubana que vem sendo redescoberta no Brasil. O tema será desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos.

Serviço:
Feijoada do Paraíso com roda de samba-enredo
GRES Paraíso do Tuiuti
Data: domingo, 15 de junho, a partir das 13h
Local: Campo de São Cristóvão, 33 – São Cristóvão, Zona Norte do Rio
Ingressos a R$ 30. Feijoada a R$ 20
Classificação: Livre

Nova voz da Beija-Flor, Nino emociona: ‘Cantei também pelo Bakaninha’

A emoção tomou conta da quadra da Beija-Flor na noite da última quarta-feira, quando foi anunciado o resultado do reality show “A Voz do Carnaval”. A disputa revelou os novos intérpretes oficiais da azul e branca de Nilópolis para o Carnaval 2026: Nino e Jéssica Martin. A atração vai ao ar em setembro, no canal Multishow. Em uma final carregada de sentimento e história, Nino não conteve a emoção ao celebrar a vitória.

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Foto: Reprodução de internet

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“Na minha cabeça eu só estou abraçando as pessoas aqui, tirando as fotos com a galera, ainda estou processando o momento. É uma coisa muito surreal na minha cabeça, porque envolve muita coisa ao mesmo tempo, de pessoas que eram meus amigos, que já se foram, momentos que eu passei aqui. Eu olho pra trás, vejo minha carreira também, nunca imaginei estar passando por esse momento agora”, desabafou.

A conquista ganha contornos ainda mais simbólicos por acontecer justamente após a aposentadoria de Neguinho da Beija-Flor, ícone máximo da escola no carro de som. Nino relembrou com carinho os caminhos que o levaram até ali — e os amigos que o acompanharam.

“Eu vi o anúncio da aposentadoria, eu não estava no carro de som, a escola me convidou para fazer reforço, convidou a mim e ao Leozinho Nunes para reforçar. Depois surgiu a história do reality. Eu, a princípio, na minha cabeça, não queria participar, mas depois eu mudei de ideia”, contou.

Mais do que uma vitória pessoal, Nino dedicou a conquista a um nome especial: Bakaninha, intérprete que vinha sendo preparado por Neguinho para sucedê-lo e faleceu de forma precoce em 2022.

“Hoje eu não cantei só por mim, cantei também pelo Bakaninha, que era meu amigo. Ele que seria o sucessor do Neguinho, o mestre já estava preparando ele pra isso. Hoje eu cantei não só pela comunidade nilopolitana, por mim, pelo meu sonho, mas pelo meu eterno amigo”.

A partir de agora, Nino dividirá a função com Jéssica Martin, com quem construiu uma forte amizade durante o processo do programa. Otimista, ele acredita que a parceria tem tudo para render grandes frutos.

“A gente vai trabalhar. Imaginar rimando com trabalhar, pode esperar um grande trabalho. Eu mesmo, vocês sabem, do carnaval, já dividi microfone na minha carreira, isso não é um problema. Jéssica é uma menina que canta muito, é tranquila. A gente criou um laço de amizade maravilhoso esse ano aqui. E só tende a dar certo, se depender de mim então…”, afirmou.

Demonstrando humildade e espírito de equipe, Nino deixou claro que o ambiente na Beija-Flor é de união, sem espaço para egos. “Aqui é Beija-Flor, aqui é família, aqui não tem vaidade. Quem me conhece sabe que eu não sou vaidoso, e eu estou pronto para fazer um grande trabalho, porque agora sim é a maior oportunidade da minha carreira. Agora sim é. Já tive muitas, mas definitivamente agora essa é a maior, monstruosamente, de todas.”

Ao ser questionado sobre outras referências além de Neguinho, Nino foi direto: “Jackson Martins e Wander Pires”, citou com respeito.

Savia David volta ao carnaval de São Paulo como rainha de bateria da Terceiro Milênio

Savia David está oficialmente de volta ao carnaval de São Paulo. A influenciadora e empresária agora será a nova rainha de bateria da Estrela do Terceiro Milênio. Em entrevista, ela falou sobre a emoção de ocupar o cargo na escola do Grajaú e prometeu dar seu melhor à frente da bateria Terceiro Milênio.

“Estamos muito felizes pela chegada da Sávia. Ela tem uma energia contagiante, gosta muito da nossa escola e o carinho da comunidade é recíproco. Será um grande momento para ela e para nós”, declara o presidente Gilberto Rodrigues.

“É uma honra ter a Savia como rainha. Nossos ritmistas estarão muito bem representados por ela, que esbanja carisma e muito samba no pé”, conta o mestre Vitor Velloso.

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Foto: Divulgação/Terceiro Milênio

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“Estou muito feliz de voltar ao carnaval de São Paulo! Posso dizer, inclusive, que São Paulo já ganhou meu coração faz tempo. E senti muita falta neste ano que não estive desfilando no Anhembi, mas não deixei de assistir nem de estar presente, pelo menos assistindo, porque já me sinto de fato pertencente a essa festa paulista, que eu amo! Então podem esperar uma Rainha do Povo e muito dedicada, que estará ali vestido de fato a camisa e se entregando de corpo e alma”, prometeu.

Já muito conhecida pelos foliões paulistas, Savia David reinou soberana por sete anos à frente da bateria da Unidos de Vila Maria. Cargo que se despediu em 2024. “O convite veio logo depois de eu ter me desligado de outra escola. E a partir daí passei a ter contato com alguns componentes da escola e começou o nosso namoro, vamos dizer assim (risos). Ano passado tive a oportunidade de conhecer a quadra deles, cheguei a ir no lançamento do enredo deles e outras eventos. Além de visitar o barracão da escola também”, revelou.

Por fim, a beldade abriu o coração sobre os seus desejos como rainha de bateria da Estrela da Terceiro Milênio: “Quero fazer história junto com cada componente. Quero unir forças, e acho muito bacana porque o cenário é outro. Nós já temos afinidade, eu e a comunidade, os diretores, as passistas. A gente já se apaixonou! Sinto neles muito da Beija-Flor, eles têm uma pegada muito raiz. Então estou muito feliz e grata. Tenho certa que estou entrando para uma grande família e pretendo ficar lá até ir para a velha-guarda”.

Carnavalesco Flávio Campello se inspira em obra psicografada por Chico Xavier para enredo da Tom Maior

A Tom Maior lançou seu enredo para o Carnaval 2026. O evento aconteceu no Teatro Ruth Escobar, localizado na Bela Vista, no Centro de São Paulo. Para envolver o público no tema, a escola proporcionou um espetáculo que durou mais de uma hora. Abordando o município de Uberaba e o médium Chico Xavier, o show teve pontos altos, como a representação do local na antiguidade, a relação da cidade com a Índia, danças e diversas expressões culturais. Para finalizar, um ator representando Chico Xavier discursou no palco, acompanhado por uma dança que revelou a logo do enredo.

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

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Assinado pelo carnavalesco Flávio Campello, o enredo da Tom Maior tem como título:
“Chico Xavier – Nas entrelinhas da alma, nas raízes do céu em Uberaba”. A presença da comitiva do município, liderada pela prefeita Elisa Araújo, reforçou ainda mais a força da narrativa. A parceria entre a cidade e a escola promete seguir firme rumo ao desfile de 2026.

Inspiração em obra literária e respeito à espiritualidade

Flávio Campello comentou sobre a abordagem do tema. Segundo o carnavalesco, a grande inspiração foi o livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. A obra, psicografada por Chico Xavier, retrata principalmente o Brasil no plano espiritual. Flávio também revelou que a inserção da figura do médium foi fundamental para evitar um enredo “CEP” — centrado apenas em uma localidade.

“A gente não quis cair naquela rotina de enredo CEP, porque acho que isso acaba sendo muito cansativo. A prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, junto com o secretário de Cultura, abraçou nossa ideia, que era fazer uma homenagem a Chico Xavier e, ao mesmo tempo, narrar a história da cidade de Uberaba por meio dele. Nos inspiramos muito no livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, com a linguagem que Chico utilizou através de Humberto de Campos, que psicografou a obra em 1939. É uma obra fantástica, e tentamos usar toda a fantasia, magia e espiritualidade encontrada no livro para construir nosso enredo”, contou o artista.

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Dentro da estética do desfile, Campello reconhece o desafio de levar o tema para a avenida, mas se mostra confiante com o que vem sendo desenvolvido e elogia o apoio do presidente Carlão.

“É um desafio, pois Chico Xavier representa a espiritualidade, e isso precisa ser tratado com muito respeito. Mas a plástica está fluindo muito bem, estou gostando de cada linha e esboço desenhado. O Carlão me dá todas as condições para desenvolver meu trabalho, e tenho certeza de que vamos dar um pouquinho de trabalho no Anhembi em 2026. Que Chico Xavier nos abençoe”, disse.

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O espetáculo no Teatro Ruth Escobar teve grande aprovação. Toda a encenação exaltou Chico Xavier e, sobretudo, a cidade de Uberaba.

“Ensaiamos por quatro semanas para este dia e estamos muito felizes com o resultado. Toda a comunidade participou. Não havia nenhum profissional. Conseguimos fazer um espetáculo com as pessoas da nossa própria escola. No palco, elas puderam brilhar, ter esse reconhecimento e o aplauso do público”, completou.

Busca por um grande samba e o merecimento da vitória

O presidente Carlos Alves, o Carlão, contou como surgiu o enredo e destacou a receptividade da comitiva de Uberaba. O também mestre de bateria prometeu um grande espetáculo.

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“A ideia surgiu por meio de uma agência que nos apresentou essa proposta de parceria. Eu topei, e nossa direção também. Fomos para Uberaba, recebidos com muito carinho pela prefeita e pelo secretário. Estou muito feliz. Uberaba é uma cidade grande, com uma história marcante. Vamos falar sobre um filho adotivo da cidade, Chico Xavier, que, na minha opinião e na de muitos brasileiros, é um dos três homens mais importantes do Brasil. Nossa diretoria está feliz, a comunidade já abraçou a ideia e vamos fazer um grande espetáculo”, declarou.

Carlão explicou que a escolha do samba-enredo seguirá o mesmo formato dos anos anteriores: audições internas e divulgação pela internet.

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“Na quarta-feira teremos a explanação do Flávio para os compositores, com a entrega da sinopse. As eliminatórias seguirão o mesmo modelo: gravação em estúdio e entrega de 10 CDs por samba. Esperamos receber uma obra de impacto, como tem sido nos últimos anos, para irmos fortes para a avenida”, explicou.

O dirigente também comentou sobre a inesperada sexta colocação conquistada no sorteio da ordem dos desfiles e a expectativa para o próximo carnaval.

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“Ninguém esperava essa colocação. A oportunidade foi dada e vamos desfilar. Gostei muito. Não é que espero o título, mas vamos fazer o possível e o impossível para merecê-lo”, finalizou.

Imersão em Uberaba: uma cidade culturalmente rica

A diretora de Carnaval Érica Ferreira falou sobre a viagem da escola a Uberaba e destacou a riqueza do tema.

“Esse enredo chegou para nós e acabamos desenvolvendo. Fomos até Uberaba e fizemos uma imersão: eu, o Carlão e o nosso carnavalesco. Vimos como é rico não só falar de Chico Xavier, que é um ser iluminado, mas também da cidade, que tem aspectos que eu nunca imaginava. Por exemplo, há o Geopark, o sexto maior parque de dinossauros do mundo. Visitamos uma igreja onde convivem cristãos, evangélicos, candomblecistas, umbandistas… todos juntos. É uma cidade muito rica. De cada dez pessoas que conhecem Uberaba, seis vão por causa de Chico Xavier. Acho que esse enredo chegou no momento certo, agora que estamos de volta ao grupo de elite do carnaval paulistano”.

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Érica também destacou o envolvimento da comunidade no espetáculo de lançamento. “Esta apresentação foi desenvolvida por mim, Flávio e João Vitor, com nosso diretor artístico. Pegamos partes do enredo — começo, meio e fim — e transformamos em um grande espetáculo. Para que tudo desse certo, convidamos toda a comunidade. Não foi só a comissão de frente. Participaram também a velha guarda, as baianas, o chefe de ala, as musas… Foi uma entrega muito bonita em um tempo curto”, concluiu.

Junior Escafura fala ao CARNAVALESCO sobre enredo, mestre Vitinho e disputa de samba para o Carnaval 2026

O presidente recém-eleito da Portela, Júnior Escafura, comandou a primeira feijoada da família portelense em sua gestão, no último sábado, ocasião em que realizou seu primeiro discurso como mandatário da escola. Escafura conversou com o CARNAVALESCO durante o evento, abordando este início de mandato, as mudanças na bateria e os preparativos para a disputa de samba da Águia de Oswaldo Cruz e Madureira.

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Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

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O novo presidente começou falando sobre a preparação para o próximo carnaval, mencionando que a escolha do enredo está em fase final e ressaltando a qualidade cultural da proposta.

“Estamos finalizando a questão do enredo e também a montagem da equipe. Estamos trabalhando muito e acredito que, nas próximas semanas, teremos novidades. É um enredo em que estamos apostando bastante, com muita relevância e densidade cultural. Acredito que as pessoas vão gostar e se identificar com a história”, disse Escafura.

O dirigente também falou sobre a mudança no comando da “Tabajara do Samba”, com a saída de mestre Nilo Sérgio e a chegada de mestre Vitinho. Ele exaltou o trabalho realizado por Nilo ao longo dos 20 anos à frente dos ritmistas da escola e também valorizou a chegada de Vitinho, destacando suas origens na Azul e Branca.

“Houve vários caminhos, mas temos um respeito muito grande pelo mestre Nilo, pelo tempo que ele ficou aqui. Tenho uma amizade enorme com ele. Somos praticamente da mesma geração e chegamos quase juntos à Portela. Conversamos numa boa. Acho que ele entendeu os motivos, e eu também entendi. É óbvio que toda ruptura causa um sentimento de tristeza, porque ele é portelense, e as portas da Portela estarão sempre abertas para ele, como estarão para qualquer portelense. Mas entendemos que era o momento de mudança. E o Vitinho chegou. É outro grande portelense, criado aqui nesse chão. Vamos trabalhar muito para que ele consiga manter o nível do trabalho realizado por Nilo, com grandes notas, até porque os ritmistas, a base da escola, estarão presentes”.

Final de samba: 26 de setembro

Por fim, Júnior Escafura explicou como será a disputa de samba-enredo da Portela para o próximo Carnaval. Ele anunciou que a final acontecerá em 26 de setembro e que o calendário já está definido. As primeiras apresentações ocorrerão sem torcidas, que só serão permitidas na fase final da competição.

“Iniciaremos no dia 17 de agosto com as apresentações. As datas estão definidas e já foram repassadas aos compositores. Um pedido antigo da ala é que as primeiras apresentações sejam sem torcidas, para que a disputa fique mais equilibrada. Atendemos a esse pedido. As quatro primeiras eliminatórias não terão torcida — apenas os compositores e a bateria com o carro de som poderão se apresentar. A escola considerou essa solicitação válida, pois muitos compositores não têm as mesmas condições que outros. Entendemos que a disputa deve ser de samba, e não de torcida. Nas três últimas apresentações — quando ocorrerão a junção de chaves, a semifinal e a final —, a entrada de torcidas será permitida”, concluiu.

Sinopse do enredo do Salgueiro para o Carnaval 2026

Enredo: “A delirante jornada carnavalesca da professora que ao tinha medo de bruxa, de bacalhau e nеm do pirata da perna-de-pau”

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Sinopse

Muitos devem achar que um desfile nasce de uma ideia da cabeça de um artista. No entanto, em alguns casos, um desfile pode também surgir da conversa entre a mente e um livro. Palavras e mais palavras que, juntas, vão construindo sentido e nos levando para lugares distantes, nos apresentando a personagens históricos ou inventados. Logo, na magia da Avenida, tudo isso ganha vida. O que antes era apenas abstração de letras agora ganha forma no traço que risca o papel, outrora vazio. Da ideia original, da palavra lida, um mundo de texturas e cores preenche a folha em branco para que, depois, tudo seja materializado em tecido, estrutura e adereço. Desse processo, nascem milhares dos desfiles que cruzaram a passarela da ilusão.

Em nossa delirante jornada carnavalesca, partimos de uma grande biblioteca adornada de volutas, anjinhos e candelabros. Esses volumes de capa dura formam o fabuloso portal para a mente de uma artista genial: Rosa Lúcia Benedetti Magalhães. A professora que traçou histórias escritas com arte e por tantos mundos navegou. Seguimos os caminhos orientados por nossa “Rosa dos Ventos” em um reencontro emocionado por seu universo de páginas. Ela, entusiasta exploradora e narradora do deslocamento, fez de seus cortejos verdadeiras cartografias carnavalescas, dominando um oceano de memórias afetivas na pista da Sapucaí.

Somos poetas da canção e embarcamos rumo a um reino encantado no qual criaturas fantásticas ganham vida. Dos fascículos desta coletânea, emergem galantes heróis de capítulos e letras em pomposas carruagens. Dos povos que aportaram na Avenida, Rosa foi amiga de muitos. Se esbaldou com os bobos da corte, dançou ao som de alaúdes em meio ao luxo e a bonança, com louças e pratarias “cheias dos rococós”. A comida era farta e bem confeitada, o açúcar estava na mesa da nobreza. Toda a fidalguia se fez presente em uma festança das boas, que celebrava o encontro inusitado da corte da Rainha de Ramos, do Reizinho de Madureira e da Princesa da Vila.

A farra foi tanta que seguimos o trajeto ainda meio empapuçados para além das montanhas cobertas de neve. Eis que ancoramos na Terra do Faz de Conta, recebidos por um cisne altaneiro na vasta coleção de causos e lendas que o povo soube inventar. Um lugar de moinhos de vento e teatro de bonecos no qual cenas inusitadas acontecem: fadas tropicais contracenam com cavaleiros de capa e espada. A bailarina troca o amor do Soldadinho de Chumbo pelos gracejos do pirata malandro. A Boneca de Pano e o Visconde de Sabugosa recebem bichos que ainda falam com humanos. E até mesmo a bruxa malvada saiu para tomar uma com o saci-pererê. Vixe, que confusão!

E foi… daqui pra lá, de lá pra cá… singrando os mares; a ordem da mestra era navegar e reunir riquezas de além-mar. Nosso itinerário literário avança por águas bravias, cruzando novos e antigos mundos… Culturas que embarcam e reinventam geografias, unindo em poucos parágrafos terras tão distantes. Acompanhamos expedições científicas que se aventuraram rumo ao desconhecido, seja a pé, de jegue ou de avião, cruzando do Norte da América até o Oriente conhecer. Os mitos, que enlaçam antigas tradições, fazem todos se encontrarem bem ali, na esquina do mundo. Bem onde comerciantes habilidosos pechinchavam para vender o verdadeiro bacalhau, as especiarias da Índia, os marfins de Angola e até um chiclete tutti-multinacional, que gerou o maior “tititi”. Lugar mais bonito, porto da Utopia, no qual se respeitam as diferenças, abraçando imigrantes e refugiados de todas as partes do globo para descansar à sombra de um pau-brasil.

Aqui, no país com nome de árvore, a excursão ganha ares científicos, fazendo saltar das páginas um fascinante teatro de coisas naturais, povoado por imagens do Brasil pintadas por artistas viajantes. Nessas obras imortais, cintilam os tons da terra, do verde das matas até o amarelo escaldante do sol. Resplandece a formosura de aves do paraíso, flores vibrantes, animais singulares e frutas exóticas que revelam o amor por esse chão. No fim das contas, em Terra Brasilis, tudo que se planta dá.

Mas não foi apenas pela lente da natureza que tentamos compreender o que nos faz Brasil. A arte, entre apagamentos e celebrações, também se lançou no desafio de decifrar nossa identidade. Do lado de cá do Equador, nos aproximamos das prateleiras onde se acumulam intelectuais, pensadores e pintores e músicos que se debruçaram sobre a construção do nosso orgulho nacional. O país se revela em seus muitos volumes: o indianismo forte e romântico, a celebração contraditória do modernismo e até a festividade irônica da Tropicália. Foi devorando e deglutindo as heranças artísticas definidoras de nação que Rosa foi, generosamente, colocando mais água no feijão para quem chegasse.

Depois de passear por terras geladas e desertos áridos, e de investigar as belezas da nossa nação, nossa incansável heroína volta para sua casa momesca. E, nessa história, assim como em muitas outras, tudo acaba em Carnaval. A seção mais animada da mestra, que investigou e cantou nossa folia como ninguém. Tudo se torna um verdadeiro paticumbum, com mais de mil palhaços, pierrôs e colombinas no salão. Somos da lira, afinal, não podemos negar. Nesse sassarico, não poderia faltar ela, a eterna freguesa, aluna dedicada da Academia do Samba, que retorna para ser coroada, neste reino de Xangô, como uma autêntica Rainha Momo. Herdeira legítima do homem que não tinha medo de fazer revolução e do menino romântico que transformou a Avenida em Ribalta. Aqui, aprendeu como fazer a mistura de um bom vermelho, a brasa que deu nome ao nosso país, em um caldeirão efervescente no qual a combinação de branco e rubro deu Rosa.

Professora, hoje, sua herança desfila aqui. Em cada memória, em cada enredo sonhado, em cada lágrima emocionada na arquibancada. Todos somos seus honrosos alunos. Legado que está estampado nos pavilhões multicoloridos e nas batidas furiosas de um surdo. E se, no samba, antes faltava este traço de amor, agora não falta mais. A sua história — feita de tantas outras histórias — segue viva, encantando e ensinando, como um livro que nunca fecha, uma festa que nunca termina. Afinal, a plateia pede bis!

À mestra, com carinho.

Enredo de Jorge Silveira, Leonardo Antan, Allan Barbosa e Ricardo Hessez.
Texto de Leonardo Antan.