Mangueira completa 97 anos com celebração dupla no Palácio do Samba
A Estação Primeira de Mangueira está cada vez mais próxima de completar o seu centenário. E para comemorar seus 97 anos, além das atividades já tradicionais em sua quadra e de rodas de samba, a comunidade mangueirense terá à sua disposição inúmeras atividades sociais que vão desde orientações sobre documentos e questões relacionadas à saúde até serviços de beleza. As ações social vão ocorrer na próxima segunda-feira das 9 às 15h e a programação completa está disponível abaixo. Os ingressos antecipados para o Samba da Volta já estão à venda (Compre aqui).
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Neste domingo, o Samba da Volta faz sua homenagem à dona da casa a partir das 15h. Há um ano, o grupo que se apresenta no centro da cidade pede licença no Palácio do Samba fazendo o que tem como principal bandeira: cantar, reverenciar e viver o samba. Na segunda, a programação se inicia bem cedo com o tradicional parabéns a partir das 8h. Após as 9h, iniciam-se as atividades culturais e sociais, que se encerram às 15h.
Entre os destaques da programação deste ano, a Oficina Ninja na Avenida – Produção de Conteúdo – chega à Estação Primeira para oferecer uma formação prática para quem quer aprender como fazer conteúdo do carnaval e em outras festas populares. No dia 28/04, às 10h, a atividade voltada à produção de conteúdo em tempo real – com foco em redes sociais, fotografia e vídeo – será conduzida por três nomes que estiveram na linha de frente da cobertura nos últimos anos: Dríade Aguiar, Gian Martins e a fotógrafa Lorrana Penna.
A oficina faz parte do ciclo formativo gratuito da NINJA na Avenida realizado pela @midianinja e @poderespretos, com apoio da @ufrj.oficial, @labculturaviva.ufrj e @extensaoufrj. As inscrições podem ser realizadas nos comentários e stories do perfil @poderespretos no Instagram.
Serviço:
Samba da Volta
Data: 27/4/2024
Local: Palácio do Samba
Horário: a partir das 15h
Participação especial: Dowglas Diniz e bateria da Mangueira
Ingressos antecipados venda: R$15,00.
Ação social
Data: 28/4/2024
Local: Palácio do Samba
Horário: das 9 às 15h
Apoios e atividades:
-Ciência Móvel/Fiocruz
– Centro de Referência de Assistência Social CRAS Adalberto Ismael de Souza
– Tranças, design de sobrancelha e maquiagem Faetec
-Vila olímpica – recreação
-ONG ÁFRICA com corte de cabelo, plataforma Proa, e aferição de pressão e de glicose
-Fundação leão XIII
-Óticas Diniz
-Cedae com os agueiros
-Clínica da Família Dona Zica com inserção de DIU, coleta de preventivo, orientação sobre planejamento reprodutivo, testagem IST, auriculoterapia, orientação sobre arbovirose, vacinação e saúde bucal infantil
-Secretaria Municipal Trabalho
-Pintura infantil e colocação de turbante
-Secretaria de Educação com Distribuição de absorventes
-Sebrae tirando dúvidas MEI
-Navezinha do Conhecimento Beth Carvalho
-Defensoria Pública
-Centro de Cidadania Verde e Rosa
– Oficina de Produção de Conteúdo – 10 às 12h
– Assistência jurídica
– SPA dos Pés
– Camp Mangueira para inscrições para Jovem Aprendiz
– Clínica + Saúde de Vila Isabel com massagem relaxante e exame de bioimpedância
-Oficina de autodefesa para mulheres e idosas
– Oficina de Yoga às 10h
– Oficina de teatro das 13h às 15h (para crianças a partir dos 9 anos de idade)
Quadra da Unidos da Tijuca recebe neste sábado festa de premiação do Estrela do Carnaval
A festa de premiação do Estrela do Carnaval 2025 neste sábado será ainda mais inesquecível neste ano, afinal, reunirá todas vencedoras das séries Prata e Ouro, além dos ganhadores do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A equipe do CARNAVALESCO prepara uma grande celebração aos melhores do carnaval. O palco é a quadra da Unidos da Tijuca, que já foi sede em 2019. O evento acontecerá a partir das 20h, com entrada gratuita para pista. É necessário retirar o ingresso no site Sympla. * CLIQUE AQUI PARA RETIRAR SEU INGRESSO
Essa será a 17ª edição do Estrela do Carnaval, premiação do CARNAVALESCO, em que votam os integrantes da equipe que participam da cobertura de 2025, além de convidados da imprensa. Todos os vencedores vão se apresentar no palco da Unidos da Tijuca.
Veja abaixo todos os ganhadores do Estrela do Carnaval
GRUPO ESPECIAL
Desfile do Ano: Beija-Flor
Samba-Enredo: Grande Rio
Mestre-sala e Porta-bandeira: Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro (Imperatriz)
Comissão de Frente: Viradouro
Bateria: Mocidade
Baianas: Unidos da Tijuca
Passistas: Mocidade
Alegorias: Grande Rio
Fantasias: Grande Rio
Harmonia: Beija-Flor
Rainha: Evelyn Bastos (Mangueira)
Intérprete: Evandro Malandro (Grande Rio)
Enredo: Paraíso do Tuiuti
Carnavalesco: João Vitor (Beija-Flor)
Originalidade: Holograma em alegoria da Viradouro
Revelação 2025: carnavalescos da Vigário Geral
Desfile do Ano: Vigário Geral
Comissão de Frente: Vigário Geral
Bateria: Estácio de Sá
Samba-Enredo: Arranco
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Feliciano e Raphaela (Estácio de Sá)
Baianas: União de Maricá
Alegorias e Fantasias: União de Maricá
Passistas: União da Ilha
Harmonia: União da Ilha
Intérprete: Wantuir (Porto da Pedra)
Enredo: Arranco
Prêmios especiais: Império Serrano, Unidos de Bangu e Unidos da Ponte
Série PRATA
Desfile do Ano: Império da Tijuca
Samba-Enredo: União de Jacarepaguá
Comissão de Frente: Renascer de Jacarepaguá
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Diego Falcão e Jaqueline Gomes (Santa Cruz)
Carnavalesco: Cid Carvalho (Santa Cruz)
Intérprete: Leonardo Bessa (Renascer de Jacarepaguá)
Baianas: Unidos de Lucas
Passistas: Cubango
Bateria: Vizinha Faladeira
Alegorias e Fantasias: Renascer de Jacarepaguá
Enredo: Abolição
Rainha: Tati Rosa (Rocinha)
A Evolução das Escolas de Samba e o Carnaval Moderno
O Carnaval brasileiro é um evento de renome mundial, conhecido pela sua exuberância, cores vibrantes e pela energia única das escolas de samba. Ao longo das décadas, essa celebração passou por inúmeras transformações, adaptando-se às novas gerações, tecnologias e, claro, aos avanços culturais. Neste artigo, exploramos a evolução das escolas de samba e como elas têm moldado o Carnaval moderno.

As Raízes das Escolas de Samba
As escolas de samba surgiram na década de 1920, nas comunidades do Rio de Janeiro. Essas agremiações inicialmente representavam a cultura dos negros e das classes populares, oferecendo uma forma de expressão artística e social. A proposta era simples: criar um espaço de celebração através da música e da dança, em um ambiente de integração.
As primeiras escolas eram bastante rudimentares, com poucos recursos financeiros e materiais. No entanto, o espírito de união e alegria sempre foi o principal motor dessas agremiações. Com o tempo, a qualidade das apresentações foi crescendo e as escolas começaram a ser reconhecidas pela sua importância cultural, não apenas como uma simples festa de rua.
A Modernização e os Novos Desafios
À medida que o Carnaval se popularizava, as escolas de samba passaram a se profissionalizar. A década de 1950 marcou um período de grandes transformações. Surgiram escolas com orçamentos mais robustos, investindo em alegorias mais sofisticadas, fantasias de maior complexidade e em sambistas de renome.
Contudo, as mudanças também trouxeram desafios. A competitividade aumentou, e com isso, a necessidade de inovação e adaptação. As escolas passaram a ter que se reinventar a cada ano, trazendo novas formas de expressão, utilizando recursos tecnológicos e incorporando diferentes estilos musicais.
A Influência da Tecnologia no Carnaval
Nos dias atuais, as escolas de samba enfrentam novos desafios, com a crescente digitalização e o uso da tecnologia nas produções. Algumas escolas, por exemplo, já incorporam elementos virtuais e projetam imagens digitais durante seus desfiles. A tecnologia não só ajuda na produção, mas também na promoção do evento, com lives, vídeos e conteúdos interativos para o público.
Além disso, a inovação no Carnaval também está presente nas estratégias de marketing, com o uso de plataformas digitais para promover os desfiles. Isso inclui a criação de experiências digitais imersivas, como as oferecidas em eventos como Sweet Bonanza Candyland Live, que utilizam a interação com o público através de elementos digitais.
A Cultura e o Futuro das Escolas de Samba
O futuro das escolas de samba parece promissor, com um retorno cada vez maior às suas raízes culturais, mas também com a incorporação de novas práticas e tecnologias. As escolas de samba são um reflexo da sociedade brasileira e, como tal, continuam a evoluir e a se adaptar às mudanças que ocorrem na sociedade.
Além disso, a crescente valorização do Carnaval como evento turístico e cultural traz à tona a necessidade de maior apoio e reconhecimento para essas instituições. A globalização também ajudou a divulgar a cultura do samba para além das fronteiras brasileiras, sendo considerada uma das maiores manifestações culturais do planeta.
É impossível não destacar o papel das redes sociais, que têm se tornado uma vitrine para as escolas de samba. A cada ano, milhares de fãs e turistas compartilham suas experiências online, aumentando a visibilidade e o prestígio dessas agremiações. Uma plataforma como Quotex, por exemplo, também tem se tornado um meio interessante de apoio à divulgação de eventos, ajudando a promover o Carnaval e a cultura brasileira de maneira mais eficiente.
Conclusão
As escolas de samba seguem sendo um dos maiores símbolos da cultura brasileira e um dos maiores atrativos do Carnaval. Elas são uma mistura de tradição e inovação, algo que tem encantado o público ao longo de muitas décadas. O futuro do Carnaval está intrinsecamente ligado à capacidade de cada escola de samba se reinventar, respeitando suas origens, mas ao mesmo tempo se adaptando às novas tendências.
A Magia do Carnaval: A Evolução dos Desfiles e Sua Influência Cultural
O Carnaval é, sem dúvida, uma das festas mais emblemáticas do Brasil, um evento que transcende gerações e reúne pessoas de diferentes partes do mundo. Ao longo dos séculos, o Carnaval evoluiu, se transformando em um espetáculo grandioso que reflete a diversidade cultural e a criatividade do povo brasileiro. Mas como essa festa, que começou com influências europeias e africanas, se tornou um dos maiores símbolos de identidade nacional?

No Brasil, o Carnaval é mais do que apenas uma festa; é uma celebração que conecta a história, a arte, a música e a dança, criando uma expressão única da cultura brasileira. Cada estado e cada cidade tem suas próprias tradições e estilos, mas a essência do Carnaval permanece a mesma: a alegria, a música e a dança contagiante que fazem todos se unirem em um único espírito festivo.
O Desfile das Escolas de Samba: Mais do que uma Competição
No Rio de Janeiro, São Paulo e outras grandes cidades brasileiras, os desfiles das escolas de samba são o ponto alto do Carnaval. O evento é uma verdadeira competição entre as agremiações, que preparam por meses seus desfiles com fantasias, carros alegóricos e sambas-enredo que contam histórias, expressam sentimentos e fazem críticas sociais. Mas mais do que uma simples competição, o desfile é uma manifestação de arte, uma celebração da cultura popular que envolve milhares de pessoas e milhões de espectadores.
Cada escola de samba possui sua própria história, seus símbolos, e sua comunidade. A relação entre as escolas e os bairros, por exemplo, é uma das características que tornam o Carnaval no Brasil tão especial. As pessoas se envolvem emocionalmente com suas escolas de samba, e a preparação para o desfile é um processo coletivo que envolve toda a comunidade. Os desfiles não são apenas apresentações de dança e música; são uma celebração do esforço coletivo, da união e da resistência cultural.
A Influência do Carnaval na Música Brasileira
O Carnaval também teve um papel fundamental no desenvolvimento da música popular brasileira. Os ritmos que nasceram e se aperfeiçoaram nas escolas de samba, como o samba-enredo, a marchinha e o frevo, são marcas registradas da festa e continuam a influenciar a música brasileira até hoje. A diversidade musical do Carnaval é uma das razões pelas quais ele continua a ser uma celebração tão popular e relevante, tanto no Brasil quanto internacionalmente.
Além do samba, outros gêneros musicais, como o axé, o maracatu e o funk, também se tornaram protagonistas nos blocos de rua, nas festas e nas apresentações de Carnaval. A música é a alma do Carnaval, e sem ela, a festa perderia sua essência. Com isso, a festa popular se reinventa a cada ano, trazendo novas sonoridades e estilos musicais, sem perder a sua ligação com as raízes da cultura afro-brasileira.
Os Blocos de Rua: A Democracia do Carnaval
Embora os desfiles das escolas de samba sejam a principal atração nas grandes cidades, os blocos de rua têm ganhado cada vez mais destaque e popularidade. Nos últimos anos, o Carnaval de rua tem sido considerado a “democracia do Carnaval”, pois é uma festa que não depende de grandes orçamentos ou estruturas para acontecer. Qualquer pessoa pode participar, seja fantasiado ou simplesmente com o espírito de folião.
Os blocos de rua surgiram como uma alternativa mais acessível ao desfile das escolas de samba e rapidamente se tornaram parte essencial da cultura carnavalesca de várias cidades. Em Salvador, Recife, Belo Horizonte e outras cidades, os blocos atraem multidões de pessoas, que seguem atrás de trios elétricos e grupos de música ao vivo. A liberdade e a informalidade dos blocos de rua permitem que as pessoas se expressem de maneira única, sem a necessidade de se encaixar em uma estrutura formal de competição ou apresentação.
A Sustentabilidade no Carnaval: Como a Festa Está Mudando
Com o aumento da conscientização ambiental, muitos blocos de rua e escolas de samba começaram a adotar práticas mais sustentáveis. O uso de materiais recicláveis, a redução do consumo de plástico e a conscientização sobre a importância de preservar o meio ambiente têm sido parte das iniciativas mais recentes dentro do Carnaval. Além disso, muitas agremiações estão investindo em projetos sociais que envolvem a comunidade local e promovem a inclusão social.
Outro aspecto importante é a crescente presença de empresas e iniciativas que utilizam o Carnaval como plataforma para promover novas tecnologias e formas de entretenimento. Um exemplo disso é a presença de jogos digitais, como Lucky Piggy, que, embora não seja diretamente relacionado ao Carnaval, tem explorado elementos da festa para criar experiências imersivas para os usuários. A ideia de integrar cultura popular com tecnologia tem sido uma tendência crescente, especialmente entre o público jovem.
Além disso, com o avanço das plataformas digitais, como Quotex, o Carnaval está cada vez mais sendo acompanhado e interagido em tempo real, permitindo que as pessoas participem, compartilhem e curtam o evento de uma forma mais conectada e moderna. A interação virtual tem se tornado um importante componente do Carnaval moderno, ampliando as possibilidades de envolvimento.
O Carnaval de 2024: Novos Desafios e Oportunidades
Com a chegada do Carnaval de 2024, surgem novos desafios e oportunidades para as escolas de samba, blocos de rua e produtores de eventos. A pandemia deixou um legado de mudanças no comportamento do público, que agora exige mais experiências personalizadas e seguras. A inovação tecnológica também se tornou uma necessidade, com o uso de plataformas digitais para promover os desfiles e a venda de ingressos.
Além disso, com o aumento da participação de turistas internacionais, o Carnaval se tornou um evento cada vez mais global. Isso tem gerado uma troca cultural enriquecedora, permitindo que as pessoas de diferentes partes do mundo experimentem e se conectem com a cultura brasileira de uma maneira mais profunda e significativa. O Carnaval é, sem dúvida, uma festa que transcende fronteiras e continua a ser uma vitrine de criatividade, arte e alegria para o mundo.
Conclusão: O Carnaval Como Reflexo da Cultura Brasileira
O Carnaval é uma manifestação cultural que, ano após ano, se reinventa, mas sem perder suas raízes. Ele reflete a diversidade, a alegria e a resistência cultural do povo brasileiro. Seja nos grandiosos desfiles das escolas de samba ou nos blocos de rua cheios de energia, o Carnaval é uma celebração única que consegue reunir milhares de pessoas em torno de um mesmo objetivo: a diversão, a arte e a liberdade.
Ao mesmo tempo em que o Carnaval se adapta às novas demandas e desafios do mundo moderno, ele permanece fiel a sua essência: ser um reflexo da alma brasileira, cheia de cor, ritmo e emoção.
Beija-Flor celebra ‘Desfile do Ano’ no Estrela do Carnaval e promete grande show na premiação
A Beija-Flor de Nilópolis será uma das grandes estrelas da noite deste sábado, dia 26 de abril, na quadra da Unidos da Tijuca, durante a cerimônia de entrega do prêmio Estrela do Carnaval, organizado pelo CARNAVALESCO. Com entrada gratuita mediante retirada de ingressos no Sympla (PEGUE AQUI SEU INGRESSO), o evento começa às 20h e premiará destaques das Séries Prata, Ouro e do Grupo Especial do Carnaval 2025.

Campeã do Grupo Especial neste ano, a Beija-Flor promete um espetáculo à altura de sua conquista durante a premiação. A escola levou para Nilópolis três categorias: “Desfile do Ano”, “Melhor Harmonia” e “Melhor Carnavalesco” para João Vitor. Em entrevista, o artista responsável pelo desfile vitorioso da azul e branca de Nilópolis, revelou detalhes do que o público pode esperar para a noite de celebração.
“O público pode esperar um grande show, aquele show com gosto azul e branco que só aquela comunidade sabe fazer. Aquele show com emoção, com vibração, com energia e com axé, que a Beija-Flor sabe fazer muito bem”, afirmou o artista.
João Vitor também comentou a importância do Estrela do Carnaval para sua trajetória e para toda a equipe envolvida na criação do desfile campeão.
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“Ganhar o Estrela do Carnaval para mim representa o ápice. O ápice de um trabalho muito sério, que foi feito com muito carinho, com muito esmero. Um trabalho que coroa o esforço de toda uma equipe também, porque por trás de mim, dentro do barracão, eu tenho mais de 250 pessoas produzindo o carnaval; desde a costura, a modelagem até a finalização de uma alegoria, até o último ajuste de iluminação ou de efeito especial. Esse prêmio vai para todos esses profissionais que trabalham comigo dentro do barracão e para todos os componentes da Beija-Flor de Nilópolis, porque quando um carnavalesco vence, toda a comunidade e todo barracão vencem também”, declarou.
Sobre o processo de criação do desfile deste ano, João Vitor lembrou das dificuldades enfrentadas após o resultado de 2024 e de como a figura de Laíla, homenageado do enredo campeão, foi essencial para reacender a motivação.
“Um ano de muito trabalho, porque quem pensa que o carnaval aconteceu em março e por isso tivemos mais tempo para produzir… não é essa a realidade. Parece que, a cada ano que passa, o tempo fica mais curto, parece que o tempo está correndo cada vez mais rápido. O balanço é o seguinte: o que começa certo, termina certo. Nós apanhamos ano passado com o resultado, com o oitavo lugar, que foi muito ruim pra escola, foi muito ruim pra mim. Então a gente acabou o carnaval bem desmotivado. Quando surgiu a ideia do presidente de falar de Laíla, quando eu tenho um sonho com o Laíla, aquilo me traz uma motivação, uma força que eu nem sabia de onde existia, para querer fazer o melhor”.
O carnavalesco ainda concluiu refletindo sobre o espírito que guiou o projeto vencedor. “Foi um trabalho baseado no querer, em honrar o nome da escola, o nome da comunidade, principalmente o nome de Laíla, que foi detentor de tantos títulos dentro da Beija-Flor e até de carnavais que a escola não venceu, mas fizeram história. Foi essa a energia que me moveu: a energia do querer, a energia da união, a energia da força e da fé, para que a Beija-Flor fizesse sucesso na Avenida”.
Xande de Pilares e Neguinho da Beija-Flor lançam o álbum ‘Empretecendo’
A MPB – de Música Preta Brasileira – ganha uma alegria lapidada nas melhores rodas de samba e no maior palco da nossa cultura. Neguinho da Beija-Flor e Xande de Pilares estrelam juntos “Empretecendo”, homenagem ao grande intérprete da Sapucaí, que em 2025 atravessou o altar dos bambas ao microfone pela derradeira vez, arrematando trajetória de meio século à frente de sua escola.

Primeira produção assinada por Xande de Pilares e Luciano Broa e álbum de estreia do selo Ednax / Gold Records, o trabalho chegou às plataformas de áudio dia 18 de abril, com 19 faixas e 25 músicas, quatro delas inéditas. As gravações foram escritas no segundo semestre de 2024 e cruzaram a temporada carnavalesca, consumando-se como primeiro trabalho de Neguinho no pós-avenida.
O decano dos intérpretes da Passarela, inventor das assinaturas sonoras “Olha a Beija-Flor aí, gente” e “Chora, cavaco”, e o homem do “É Deus que aponta a estrela que tem que brilhar” convidaram outros sambistas para se engajarem à reverência. Ferrugem, Zeca Pagodinho, Teresa Cristina, Pique Novo, Renato da Rocinha, Andrezinho do Molejo, Helinho do Salgueiro, Swing e Simpatia, Revelação e Vando Oliveira ampliam a paleta de estilos com participações em 10 das 19 composições – para mostrar, de novo, que a Música Preta é um potente caldeirão de diversidade.
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As canções inéditas carregam significados essenciais aos protagonistas do álbum, oriundos de gerações diferentes da mesma dinastia de bambas. Neguinho, 75 anos, e Xande, 55, firmam o ponto na cruzada antirracista em “Empretecer”, composição de Jonathan Fernandes Vieira, Rodrigo Cavanha, Wilsinho Paz, Serginho Sumaré, Théo Ribeiro, Léo Freire, Felipe Mussili e o próprio Neguinho, que concorreu na disputa da Beija-Flor para o Carnaval de 2022: “Sou negro/ Sou muito mais orgulho que lamento/ A minha pele é empoderamento/ Sou cria do Quilombo da Baixada”.
“Borracha Fraca” (composição dos dois com Gilson Bernini) integra-se à campanha para debelar a violência de gênero, que tem o Brasil como trágico líder na mazela. “Borracha fraca ele é/ Já tá provado que é/ Se for pra encarar um marmanjo/ Ele mete o pé/ Borracha fraca ele é/ Na pista é um Zé Mané/ Em casa ele é valentão/ Pra bater na mulher”, denuncia, no tom característico das melhores rodas de samba cariocas.
“Samba, O Gosto da Minha Comida” apresenta nova parceira de Neguinho: a mulher dele, Elaine Reis, responsável, como ele mesmo destaca, “por ter minha vida organizada, segura e feliz”. “Samba/ É o meu modo de vida/ O gosto da minha comida/ O bom viver, do meu viver/ Samba/ Me deu mais do que mereço/ O que me deu não tem preço/ Minha salvação é você (Meu samba)”.
“Zé Bonitinho” (Charles André e Neném Chama) reforça o quinhão de humor e picardia protocolar no samba. Descreve o amigo da roda, “que é comédia, quando bebe perde a rédea, gente boa sem noção, na primeira dose ativa o modo ‘pai tá on’”. E vira o Zé Bonitinho, “que toma chá de belezol”. Delícia de batucada.
Estão lá ainda clássicos como “Negra Ângela” (Alexandre Rodrigues e Serginho Meriti), “Gamação Danada/ Bem Melhor que Você” (Neguinho e Almir Guineto), “Problema Social” (Guará e Fernandinho) e “Menino de Pé no Chão” (Helinho do Salgueiro e Jarbas de Souza), pérolas superpopulares que vivem no coração dos apaixonados por samba.
Para completar, a capa do álbum é uma criação do artista visual Marcelo Ment, especializado em realismo. As fotos do projeto são de Walter Firmo, um dos grandes fotógrafos brasileiros vivos, que reuniu os dois cantores em Nova Iguaçu, na casa onde Neguinho cresceu.
Xande de Pilares revela que criou o “Empretecendo” como um réquiem em vida a um de seus grandes ídolos e, inicialmente, seria apenas produtor. “A ideia nasce pela importância de pessoas como o Neguinho na minha vida. Não só ele, mas Zeca, Mussum, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Nei Viana, Dominguinhos do Estácio, Aroldo Melodia, Pedrinho da Flor e Jamelão, entre outros”, lista.
Com a revelação daquela série o último ano do intérprete na Beija-Flor, e a consequente barafunda na agenda dele, o destino deu outro boato ao projeto. Xande trabalhou como cantor das bases, e o resultado da parceria ficou espetacular. Os dois artistas, então, decidiram cantar juntos todas as músicas – e o álbum virou um dueto. “Gravei um disco com meu ídolo Neguinho da Beija-Flor”, exalta o inventor da ideia.
Ele, aliás, viaja nas lembranças, quando ouvia o ícone no rádio e nos LPs e o admirava de longe, em visitas bissextas à quadra do Salgueiro. “Aí, veio a gravação de ‘Problema Social’, do Guará e do Fernandinho, meu primo. O Helinho do Salgueiro, responsável por eu estar na música, gravou ‘Menino de Pé no Chão’. E em 2001, Neguinho gravou ‘Grades do Coração’, samba que compus com Mauro Júnior e João Carlos. Fomos nos esbarrando, de forma respeitosa, sem pressa. Fico feliz de poder dizer que sou amigo de Neguinho da Beija-Flor. Ele não é só o intérprete da escola; é um cara que faz parte da história do samba que eu conheço”.
De seu lado, o homenageado embarcou no projeto “Empretecendo” de cabeça. Dividiu as gravações com os shows e os ensaios da escola, que terminaram campeã em seu último ano de intérprete (assim como foi na estreia, em 1976, o do “Sonhar com Rei Dá Leão”). “Nem nos meus melhores sonhos imaginei um presente esses, que me foi dado pelo meu compadre Xande de Pilares”, festeja Neguinho. “A alegria dessa nova parceria está pelo disco todo. Muita felicidade! Mas é aquilo: quem sabe rezar não xinga Deus”, brinca o cantor.
Vem empretecer com Neguinho da Beija-Flor e Xande de Pilares. Melhor caminho para ser feliz.
NEGUINHO DA BEIJA-FLOR
Luiz Antônio Feliciano Neguinho da Beija-Flor Marcondes nasceu na Casa da Mãe Pobre, em Vila Isabel, mas cresceu na pobreza da periferia de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Filho de um padeiro e músico diletante e de uma diarista, ligado-se ao samba ainda menino. No fim da adolescência entrou para o Leão de Iguaçu e, no meio de 1975, chegou à Beija-Flor. No ano seguinte, estreou na avenida cantando um samba seu, “Sonhar com Rei Dá Leão”. A escola terminou campeã e ele nunca mais parou, até o último Carnaval. Além da avenida, gravou mais de 30 discotecas, com sucessos como “O Campeão”, “Deusa da Passarela” e “Negra Ângela”.
XANDE DE PILARES
Alexandre Silva de Assis, criado do Morro do Turano, na Tijuca, é um dos mais importantes sambistas brasileiros. Começou em 1991, no grupo Revelação, mas, após 13 anos, escolheu uma carreira solo, em qual coleciona seis discos, entre eles o sucesso mais recente, “Xande canta Caetano”. Astro do Carnaval, compôs, com parceiros, três sambas-enredo para o Salgueiro, sua escola de coração, além de outros três, para Unidos de Padre Miguel, Império Serrano e Vai-Vai (SP).
Tracklist do álbum “Empretecendo”:
1- Empretecer
2 – Recomeçar
3 – Vi/Divina (parte. Pique Novo)
4 – Menina da Ladeira / Se Liga Doutor (part. Andrezinho Molejo)
5 – Zé Bonitinho
6 – Negra Ângela
7 – Não É Bem Assim
8 – A Mulher do Malandro / Malandro Também Chora (part. Zeca Pagodinho)
9 – Quero Meu Direito de Viver (part. Helinho do Salgueiro)
10 – Gamação Danada / Bem Melhor Que Você (part. Ferrugem)
11 – Flor / Coisa Complicada (parte. Swing e Simpatia)
12 – Esmeralda
13 – Foi o Teu Amor (parte. Teresa Cristina)
14 – Pra Lá de Legal
15 – Favela (part. Renato da Rocinha)
16 – Borracha Fraca
17 – Samba, O Gosto da Minha Comida (part. Vando Oliveira)
18 – Grades do Coração (parte. Grupo Revelação)
19 – Problema Social / Menino de Pé no Chão
Jack Vasconcelos celebra prêmio Estrela do Carnaval de ‘Melhor Enredo’ e comenta desfile do Tuiuti em 2025
O carnavalesco Jack Vasconcelos, artista responsável pelos desfiles do Paraíso do Tuiuti, conversou com a equipe do CARNAVALESCO durante a comemoração de aniversário da escola. Na ocasião, o artista falou sobre o prêmio Estrela do Carnaval, de Melhor Enredo do Grupo Especial, seus sentimentos após o desfile de 2025 e também comentou as notas recebidas no quesito “Fantasias” no último carnaval. A festa de premiação acontece neste sábado, dia 26 de abril, a partir das 20h, na quadra da Unidos da Tijuca. O ingresso de pista é grátis, mas é preciso retirar no Sympla. * PEGUE AQUI O SEU INGRESSO

Tuiuti levou à Marquês de Sapucaí o enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?”, uma abordagem ousada e histórica sobre identidade de gênero e diversidade, que foi amplamente reconhecida pela crítica especializada. O trabalho rendeu à escola o prêmio Estrela do Carnaval na categoria de Melhor Enredo.
“Acho que olhar com carinho para esse enredo é algo muito salutar, porque é um tema que, para muita gente, ainda é considerado espinhoso. É difícil trazer para o debate questões de gênero e respeito à diversidade. Já era hora de esses tabus terem sido superados. Quando cavamos a história, percebemos que já avançamos muito em alguns pontos — e hoje estamos retrocedendo em vários deles. Este enredo trata justamente de um desses casos. Ter um prêmio importante como esse reconhecendo nosso trabalho é incrível. É um reconhecimento que não se limita ao Tuiuti, mas alcança toda uma comunidade, especialmente a população trans e travesti, que se sentiu representada e premiada também”, destacou o carnavalesco.
Jack também falou sobre o sentimento que permaneceu após o desfile na Sapucaí: “Ficamos muito felizes com o desfile. Foi uma apresentação que vamos levar com carinho para o resto da vida. Estávamos bonitos, confiantes. Ver as meninas integradas na escola, sendo acolhidas, seguras, felizes — isso não tem preço. Foi um exemplo lindo para o Brasil inteiro, e espero que ele inspire reflexões importantes”.
Outro ponto abordado pelo artista foi a avaliação dos jurados, especialmente no quesito “Fantasias”, um dos destaques da escola, mas que não obteve a pontuação esperada na apuração:
“É complicado. A gente estuda muito — e não falo só por mim, mas por todos os colegas carnavalescos. Nos dedicamos para criar um carnaval com embasamento, com figurinos e fantasias construídos com referências corretas. O mínimo que esperamos é que quem julga também tenha o preparo necessário. Às vezes, sinto que ainda falta um pouco mais de estudo por parte dos jurados. Não é preciso que sejam especialistas, mas é fundamental que estejam atualizados. Já fui jurado em Uruguaiana e sei como é difícil, ninguém quer errar. Mas quando uma escola apresenta alta tecnologia, inovação e pesquisa, é preciso que isso seja reconhecido”, avaliou Jack.
Casal de coreógrafos da Viradouro comemora Estrela do Carnaval: ‘Reconhecimento do trabalho de um ano inteiro’
A energia de Malunguinho guiou o caminho da comissão de frente da Unidos do Viradouro até o reconhecimento com o prêmio Estrela do Carnaval 2025, como a melhor do Grupo Especial. Sob o comando dos coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, o espetáculo apresentado na Marquês de Sapucaí emocionou o público, contou uma história potente e conquistou a crítica especializada, coroando um processo que, segundo a dupla, foi dos mais leves e inspiradores que já vivenciaram. A festa de premiação acontece neste sábado, dia 26 de abril, a partir das 20h, na quadra da Unidos da Tijuca. O ingresso de pista é grátis, mas é preciso retirar no Sympla. * PEGUE AQUI O SEU INGRESSO

“É o reconhecimento de um trabalho de um ano inteiro. A gente sabe que surpreender a cada ano é cada vez um desafio maior, mas que bom que a nossa comissão tocou, empolgou, emocionou. Eu acho que antes de trazer surpresas, a gente está contando histórias. Isso me deixa muito feliz com esse reconhecimento. É como um abraço”, declarou Priscilla, emocionada com a premiação concedida pelo CARNAVALESCO.
A coreógrafa destacou a conexão espiritual e artística com o enredo e o personagem Malunguinho, que inspirou a comissão desde os primeiros passos no barracão: “Esse ano foi o processo mais encantador. A gente foi guiado pela energia de Malunguinho. A gente se arrepiava, se emocionava. Seguimos nossa intuição para tomar decisões. Foi um processo tranquilo, sem muita pressão, e a gente curtiu cada segundo”.
Apesar da conquista artística, a comissão de frente da Viradouro sofreu a perda de um décimo na apuração oficial. Ainda assim, o sentimento de dever cumprido prevaleceu.
“A nota não doeu. A competição é normal, a gente está aqui para isso. Uma nota não é nada perto de tudo que a gente viveu. Perdemos ponto por acabamento de tripé, eu não concordo com essa justificativa, mas seguimos com a cabeça erguida”, afirmou Priscilla.
Rodrigo Negri, também coreógrafo da comissão, reforçou o tom de gratidão e celebrou a conquista como uma consagração do esforço coletivo: “Há muito tempo que a gente não ganhava, e veio para coroar esse trabalho maravilhoso com esse grupo que foi muito especial. O desfile foi muito especial para a gente. Obrigado pelo prêmio. Conseguimos as notas e no desempate saímos do sexto para o quarto lugar”.
O prêmio Estrela do Carnaval, entregue anualmente pelo CARNAVALESCO, reafirma o impacto da comissão da Viradouro como uma das mais memoráveis do ano. E, para Priscilla e Rodrigo, o verdadeiro troféu foi sentir o público arrepiado e emocionado com a história que eles se propuseram a contar.
‘Se o campo não planta, a cidade não janta’: Tatuapé ousa com enredo social para o Carnaval 2026
Na noite da última quarta-feira, a quadra da Acadêmicos do Tatuapé foi novamente palco de uma de suas mais tradicionais e simbólicas celebrações: a Feijoada de São Jorge. O evento, que oferece gratuitamente o prato típico à comunidade, é sempre sinônimo de sucesso e, neste ano, foi ainda mais especial. Como já virou tradição, a azul e branca da Zona Leste aproveitou a ocasião para divulgar seu enredo oficial para o Carnaval 2026. Após uma apresentação emocionante da ala musical, liderada por Celsinho Mody, e sambas históricos que embalaram a quadra, todas as atenções se voltaram para o telão. Em um vídeo de pouco mais de quatro minutos, a escola revelou o tema: “Plantar para colher e alimentar. Tem muita terra sem gente, tem muita gente sem terra”.
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O enredo, assinado pelo carnavalesco Wagner Santos — que chega ao seu oitavo desfile consecutivo na Tatuapé —, abordará questões sociais ligadas à reforma agrária e contará com a participação direta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Wagner explicou ao CARNAVALESCO que o enredo tem como foco o homem do campo, suas lutas, tradições e o contraste entre abundância e escassez no acesso à terra.
“É um grande enredo que, com certeza, vai gerar diversas opiniões, porque tem uma proposta de luta das pessoas. Vamos passar por diversas batalhas em busca de terra, vamos falar dos indígenas, dos quilombolas, da cultura colonial, e do agricultor que não polui a terra. A sinopse será rica em conteúdo, cores e a alegria do carnaval”, afirmou o artista.

Para o carnavalesco, a ousadia é uma marca da escola: “Tatuapé é uma escola que gosta de fazer enredos ousados. A gente vai estar sempre fazendo temas desafiantes, porque é interessante para o carnaval realizar narrativas que desafiam os carnavalescos”.
Um dos presidentes da agremiação, Erivelton Coelho, revelou que o tema foi escolhido entre três possibilidades. “Na semana passada batemos o martelo, porque conseguimos desenvolver um grande enredo com possibilidade de parceria futura. O tema tem muito a ver com a nossa história e com o povo sofrido da nossa comunidade. Vamos falar de terra, dividir, plantar, colher e alimentar. Assim que tivermos samba e a escola projetada, vai ser uma grande surpresa”.

Ele também falou sobre a inevitabilidade das críticas: “Não tem como fugir da crítica. A gente, indiretamente, pede a partilha, direitos iguais para todos para poder plantar, sobreviver e comer. Embarcamos seguindo a doutrina do MST e tem tudo para emocionar”.
Sobre a possibilidade de o engajamento social se tornar uma nova identidade da escola, Erivelton foi direto: “A cada ano nós abraçamos uma nova possibilidade. Por pouco não foi CEP novamente. Estávamos negociando com uma cidade e, de última hora, optamos por esse enredo devido a garantias que podem fazer a diferença”.
Parceria com o MST e o ‘carnaval da vida’
O presidente Eduardo Santos, dirigente com mais tempo à frente da escola, revelou que o movimento MST procurou a Tatuapé com a proposta de transformar sua história de 40 anos em desfile.

“Foi uma negociação rápida. Eles nos procuraram com uma força muito grande. Vimos que tinha muita coisa que daria para transformar em uma história bacana”.
Eduardo destacou frases do cotidiano do campo que nortearão a narrativa do enredo: “Essa coisa do plantar para colher, da agricultura camponesa, do homem que realmente planta e colhe para que as pessoas se alimentem, é muito legal. Uma frase que eles nos ensinaram foi: ‘se o campo não planta, a cidade não janta’. E isso nos inspirou”.
Segundo ele, o Carnaval 2026 tem potencial para marcar a trajetória da escola: “A gente partiu disso e juntou com essa questão da terra. Acho que, com isso, vamos desenvolver um grande desfile, assim como foi em 2025”.
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