O mestre-sala Raphael Rodrigues, do Paraíso do Tuiuti, viveu na última segunda-feira um dia de muita emoção. Primeiro, ele revelou que sofreu um acidente, há 70 dias, rompeu o Tendão de Aquiles, treinando na academia, e teve que passar por uma cirurgia. Segundo, o sambista esteve no primeiro ensaio de rua da escola, em São Cristóvão, para o Carnaval 2025. Não dançou, mas acompanhou de perto o segundo casal, Leonardo Thomé e Rebeca Tito. Em entrevista ao CARNAVALESCO, Raphael falou do processo de recuperação e garantiu que em breve estará presente nos ensaios, dançando, e que vai desfilar ao lado da porta-bandeira Dandara Ventapane no ano que vem.
“A data da minha volta depende do meu fisioterapeuta e do meu preparador físico. Está tudo correndo bem. Temos um cronograma. Acredito que em breve, muito antes do que a gente imaginou, estarei dançando. Pesquisei que esse tipo de lesão a recuperação é de oito meses e até um ano. Porém, com 70 dias estou muito mais avançado do que possa imaginar. Em breve, vou voltar. É um assunto muito delicidado para mim falar do acidente e que mexe comigo (o mestre-sala explicou tudo em uma publicação nas redes sociais). Quando soube da cirurgia e do tempo de recuperação passou muita coisa na minha cabeça. Estou aí e vocês vão o casal Raphael e Dandara juntos. Nos ensaios também vão ver”, garantiu.
Raphael Rodrigues explicou o que sentiu ao ver o primeiro ensaio de rua do Tuiuti para o Carnaval 2025. Ele citou que foi a primeira vez que saiu de casa após sofrer o acidente.
“Foi emocionante estar no ensaio hoje. É a primeira vez que estou saindo de casa depois do meu acidente. Fazem 70 dias que não vejo minha escola. É sempre bem ver o ensaio do Tuiuti. Costumo dizer que é um dos melhores do carnaval. Tudo está correndo muito bem. O segundo casal, Leo e Rebeca, cuidando direitinho do nosso quesito. Fiquei bem satisfeiro com o que vi hoje. O Hudson Luiz, do nosso carro de som, foi essencial na minha vida. Ele foi a primeira pessoa a me ajudar. É meu irmão de vida. Quando encontrei com ele hoje, começou a chorar, me abraçou forte e não tive como contar e emoção. Mexeu muito comigo, estou indo muito feliz para casa”.
Em entrevista ao CARNAVALESCO, a presidente Guanayra Firminou revelou com exclusividade que será candidata para reeleição. O pleito será realizado no ano que vem.
“Vou ser candidata para reeleição. Não é fácil ser mulher e presidente da Mangueira, mas dou conta. Não tenho e nunca tive medo de desafio”, garantiu a dirigente da Verde e Rosa”.
Ela também falou sobre a contratação do carnavalesco Sidnei França, multicampeão em São Paulo. “Acompanhava o trabalho do Sidnei França em São Paulo. Gostava muito do que fazia lá. Quando ele apresentou o enredo da Mangueira para 2025 foi amor à primeira vista. Tem a nossa cara. É forte”.
Guanayra ainda citou que não faltará recursos para o projeto do desfile de 2025 da Verde e Rosa. “O mangueirense pode esperar um desfile potente. Temos um samba valente e que descreve muito bem o nosso enredo. Nos últimos dois anos, não dei muita sorte nas alegorias, mas o investimento fiz, não depende só de mim o resultado, mas garanto que não faltará recursos para o Sidnei França desenvolver o projeto inteiro. Acho que agora vai dar certo. Já estamos reproduzindo nossas fantasias. Nossos carros já estão na madeira e o abre-alas começou a decoração”, revelou a dirigente, durante a final de samba.
Agora é Lei. O Acadêmicos do Cubango – que se confunde com a história do carnaval -, recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A Lei, de número 10.571 e de autoria do deputado estadual Vitor Junior (PDT), ressalta, ainda mais, o serviço prestado pela agremiação na preservação da cultura carnavalesca, tanto nas cidades de Niterói, Rio de Janeiro, como em todo território do estado. Fundado em 17 de dezembro de 1959, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Cubango nasceu pelas mãos de Ney Ferreira e Carlinhos Manga-Espada – após o fim do Império Serrão.
O Cubango surge após a fusão de sambistas dos morros São Luiz, Mangueirinha, Abacaxi e Serrão, que decidem criar uma nova escola de samba; dessa vez que atendesse aos anseios da comunidade: o famoso “chão”. O presidente da Cubango, Pablo Coutinho, ressaltou a importância da Lei, que reconhece a Mais Querida de Niterói como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro.
“Estamos muito felizes com a lei de autoria do deputado Vitor Junior. A Cubango nasce com a vontade da comunidade de fazer um carnaval de verdade, um carnaval do povo. Esse reconhecimento vem no momento certo: em que nos preparamos para mais um lindo carnaval, em 2025. Em nome do meu vice-presidente, Anderson Leko, e do meu presidente de Honra, Anderson Pipico, quero agradecer o enorme carinho, dado pela Alerj e pelo deputado estadual Vitor Junior, que nos garantiram essa honraria”, declarou Pablo
O Acadêmicos do Cubango eternizou a história do carnaval de Niterói, ganhando onze títulos do Grupo Especial de Niterói e quatro títulos do “Academias do Samba”. A verde e branca tornou-se tão tradicional para o carnaval que, em 1986, atravessou a ponte e participa, até hoje, dos desfiles na Cidade Maravilhosa. Para o carnaval do ano que vem, a Verde e Branca levará para a avenida o enredo “Àyàn, o Espírito dos Tambores”, sendo a nona escola a desfilar na Série Prata, no dia 4 de março de 2025, na Intendente Magalhães.
A Unidos de Vila Isabel realizará nesta quarta-feira o primeiro ensaio de rua da temporada 2025. A partir das 20h, todos os segmentos, comunidade e bateria iniciam a concentração no Boulevard 28 de Setembro, na altura da Igreja Nossa Senhora de Lourdes.
Os ensaios de rua acontecerão todas as quartas-feiras, até fevereiro de 2025, com um período de pausa entre a última quinzena de dezembro e a primeira semana de janeiro. “Esta etapa é essencial para avaliarmos o canto e a evolução da comunidade e o entrosamento entre o carro de som e a bateria, além de ser um momento de festa no qual tanto a comunidade quanto o público podem sentir um gostinho do que será o nosso desfile”, afirmou o diretor de Carnaval Moisés Carvalho.
Última agremiação a desfilar na segunda-feira de Carnaval, a Vila Isabel levará para Sapucaí o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”. A escola vai transformar medo em alegria ao carnavalizar as assombrações que atazanam o imaginário popular, demonstrando como elas fazem parte do nosso dia a dia de várias formas, em diversas etapas da vida – desde a infância até a fase adulta.
Serviço
Ensaios de rua – Unidos de Vila Isabel
Data: todas as quartas-feiras, a partir de 20/11
Hora: concentração a partir das 20h
Endereço: Blvd 28 de Setembro – Vila Isabel
Entrada franca
A direção dos Gaviões da Fiel anunciou o desligamento de Ana Paula Minerato após “manifestações de cunho racista” contra a cantora Ananda, vocalista do grupo Melanina Carioca.
Circulou nas redes sociais, uma fala de Ana Paula Minerato, de conteúdo racista, em conversa com o rapper KT. “Você gosta de mina do cabelo duro? De neguinha? O pai ou a mãe veio da África?”, falou a ex-integrante de “A Fazenda”, que foi demitida da Band após o episódio.
Veja o comunicado dos Gaviões da Fiel
“A diretoria do Gaviões da Fiel Torcida e a Comissão de Carnaval comunicam o desligamento da musa Ana Paula Minerato de todas as atividades e representações ligadas aos Gaviões. A decisão foi tomada após a divulgação de condutas incompatíveis com os valores e princípios que defendemos, incluindo manifestações de cunho racista.
Reforçamos que o combate ao racismo é uma luta permanente do Gaviões da Fiel, que se posiciona de forma intransigente contra qualquer atitude discriminatória. Não toleramos comportamentos que desrespeitem a igualdade e a dignidade humana, pilares fundamentais do nosso compromisso com a sociedade.
Seguiremos firmes em nossa trajetória de respeito, inclusão e justiça, valores que sempre guiaram nossa história”.
A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou o Projeto de Lei, do vereador Alexandre Beça, que declarou o Paraído do Tuiuti como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro.
“A Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, fundada em 1952, desempenha um papel vital na cultura carioca, sendo uma das mais tradicionais agremiações do Carnaval do Rio de Janeiro. Sua trajetória de luta e resistência simboliza a força e a resiliência do povo brasileiro, especialmente das comunidades mais vulneráveis. Paraíso do Tuiuti não apenas preserva e dissemina a cultura do samba, mas também promove importantes iniciativas sociais e educacionais, beneficiando a comunidade local e fortalecendo a identidade cultural do Rio de Janeiro. Seus desfiles, conhecidos por abordarem temas relevantes, trazem à tona questões sociais e políticas de grande impacto. Reconhecer a Escola de Samba Paraíso do Tuiuti como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro é uma forma de valorizar sua história, suas contribuições artísticas e seu papel na formação da identidade cultural carioca. Este reconhecimento também promove a preservação do samba e das tradições carnavalescas, que são essenciais para a cultura brasileira. Trata-se de um passo importante para o fortalecimento da cultura carioca e para a promoção da inclusão social através da arte e da educação”, disse o vereador em sua justificativa.
Diante do exposto, solicito aos nobres edis a aprovação deste projeto de lei, reconhecendo a importância da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro.
Segundo a publicação, foram estabelecidas ações de proteção e valorização do Paraíso do Tuiuti. São elas: “promoção de atividades culturais, educacionais e de pesquisa que visem à divulgação da história e das contribuições da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti para o desenvolvimento cultural da Cidade; incentivo à realização de parcerias, acordos, convênios ou outros instrumentos congêneres com entidades da sociedade civil, órgãos públicos afins, instituições educacionais e culturais para a promoção de projetos e eventos relacionados à instituição; elaboração e implantação de programas de educação patrimonial, visando conscientizar a população sobre a importância da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti para a identidade e memória da Cidade; incentivo à pesquisa e documentação da história da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti e sua contribuição para a cultura carioca”.
Um mês após a final da disputa de sambas-enredo, o Arranco do Engenho de Dentro gravou a faixa para o disco da Liga-RJ no estúdio em Marechal Hermes. Com o enredo “Mães que alimentam o sagrado”, desenvolvido pela artista Annik Salmon, a equipe do CARNAVALESCO esteve presente e conversou com Gabriel Sorriso, um dos compositores vencedores, junto aos co-escritores Nego Vinny, Jr Fionda, Cláudio Russo, Vando Cardoso e Manolo, além de ser também voz de apoio no carro de som. Ele nos contou como foi o processo.
“O processo foi diferente do que eu costumo fazer com os meus parceiros que é, no caso, estar presente. Nós escrevemos pelo WhatsApp. Cada um escreveu as suas ideias e chegamos em um denominador comum, com algumas mudanças que a carnavalesca pediu”.
É o segundo ano que Gabriel faz parte do coro do Arranco. Sobre esse momento em desfilar na Avenida com uma obra própria, ele confessou qual é o sentimento “Eu estou até me perguntando como será no dia do desfile, em saber como será dividir a atenção entre a obra e o trabalho no carro, devido à emoção. Só agradecer a confiança na escola em escolher o samba e agradecer aos meus parceiros que estiverem presentes nesse processo comigo”.
Casamento entre intérpretes
A dupla de intérpretes Thiago Acácio e Pamela Falcão encabeçam o carro de som. É o segundo ano que os cantores trabalham em conjunto e, para o próximo carnaval, Thiago falou sobre a parceria durante o processo de gravação.
“Nós dois temos o trabalho unificados, então eu e a Pamela estamos trabalhando o samba desde a final. Diariamente, estamos discutindo qual será a melhor nota, a melhor melodia, como fazer tal passagem. É um trabalha unificado. Estávamos ensaiando na quadra, com o nosso diretor musical e o mestre de bateria, para fazer ajustes e chegar no estúdio com tudo certo”.
A sinopse, escrita pela Annik Salmon e Artur Vinícius Amaro, reforça a força feminina através da maternidade espiritual em consonância com o Arranco ser uma agremiação predominante feminina. Desse modo, Pamela pontuou o trabalho em dividir o comando do carro.
“É um casamento. Isso que é o mais legal. Não precisou de eu colocar menos da minha voz ou vice-versa, pois são formas diferentes de interpretação. Nós temos tudo para fazer um desfile maravilhoso. É um enredo sobre mulheres e a escola é predominantemente feminina, mas o legal é falar desse casamento em até ponto podemos ir para cada um brilhar.”
Thiago ecoou a parceria após a fala dela, além de revelar um segredo. “Nós viremos com mais mulheres na nossa equipe, com mais vozes femininas”.
Gilmar Cunha, mestre de bateria do Arranco, segue no comando da Sensação em 2025. No último carnaval, a bateria conquistou três notas 9,9 e um 10. Com objetivo de conquistar as quatro notas máximas no seu quesito, ele explicou como foi a gravação da bateria para o disco.
“Foi muito tranquilo. Desde a escolha, nós sabíamos o que iria acontecer, porque o samba tem uma melodia fácil. Acho que o samba tem tudo para acontecer. O enredo não é sobre macumba, mas iremos escutar um pouco dessa melodia”.
Além disso, Gilmar falou à nossa equipe sobre quais serão as melodias que podemos esperar da Sensação no Sambódromo ano que vem.
“Há várias bossas, não tem como colocar. Esse ano temos um trabalho mais consolidado. Nós teremos o atabaque, vamos ter macumba no esquenta e no setor um. Será um momento de arrepiar.
Em 2025, o Arranco do Engenho de Dentro irá se apresentar na sexta de carnaval, primeiro dia de desfiles da Série Ouro, sendo a segunda escola a cruzar a Marquês de Sapucaí.
No segundo dia disponibilizado para gravações, a Tom Maior usou o espaço para realizar o seu trabalho. Desta faixa o sambista pode esperar atributos de alta performance, pois é um samba-enredo muito querido no carnaval paulistano e, agora, eternizado na voz do intérprete Gilsinho. Dentro do estúdio, o cantor da comunidade vermelho e amarelo gravou rapidamente, sem precisar de repetições. Apesar de ter tido uma gravação como todas as outras, como etapas e tempo máximo, a escola terminou tudo mais cedo. Sem dúvida, a faixa número 1 do Grupo de Acesso 1, que corresponde à Tom Maior, será a grande ‘xodó’ do sambista paulistano. O clima de nostalgia da reedição do enredo de Angola em 2009 irá tomar conta. O CARNAVALESCO conversou com representantes da agremiação e todos avaliaram o trabalho feito.
Antes de entrar no espaço da gravação, o intérprete Gilsinho frisou que a escola vem se preparando com a reedição de 2009. “A gente vem se preparando bem. A gente tem um samba muito bom, que é bem conhecido já. É uma reedição de 2009. A gente fez uma boa gravação para o samba. Agora, se Deus quiser, vamos fazer uma boa gravação para o audiovisual”, disse.
O cantor revelou que, para o audiovisual, separou surpresas com o mestre de bateria Carlão. O músico exaltou o canto da vermelho e amarelo. “Eu não posso contar, se não é spoiler, mas sempre tem. A gente sempre tem uma surpresa. A gente sempre tem uma carta na manga. A comunidade está feliz com a reedição, cantando muito e não tinha como ser diferente. Depois do problema que a gente teve da escola descer, eu acho que ganhou uma força maior com isso. Está todo mundo muito feliz com a escolha do enredo. É um tema fácil, um samba que todo mundo conhece, já era muito cantado nos ensaios dos nos anteriores. Tudo se torna bem mais fácil”, completou.
Oportunidade de divulgação, comunidade forte e samba com empoderamento
Feliz com a gravação, a diretora de carnaval e harmonia, Érica Ferreira, parabenizou a Liga-SP pela realização do projeto. A líder diz que é uma forma de divulgar o trabalho da Tom Maior, visto que a agremiação teve o descenso e não há a divulgação em rede nacional. “A gente vem se preparando desde quando a Liga anunciou. Inclusive, quero parabenizar a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo e toda a equipe por mais uma vez voltar a fazer esse tipo de ação, que isso é super importante para a valorização do carnaval de São Paulo, principalmente nós que estamos no acesso e a gente não vai ter esse ano a Rede Globo. Só tem vocês da mídia do carnaval que fazem um trabalho excelente. É um meio de podermos estarmos divulgando o trabalho da escola também”, afirmou.
Érica teceu elogios à sua comunidade, especialmente sobre o canto que os componentes têm realizado em todos os ensaios. Sobre a gravação, a diretora contou que quis dar oportunidade a todos os departamentos dentro do coral. “Todos os segmentos se prepararam. Bateria, casal, musas e o coral. É muito importante a gente valorizar as pessoas da nossa comunidade. A gente pegou as alas, harmonias, alegoria, um pouco de cada departamento da escola, ensaiou e está aí com uma nova Angola para realizar a gravação. O pessoal vem cantando, os ensaios a cada domingo na nossa quadra a partir das 17 horas vêm crescendo bastante. Estou muito orgulhosa com o trabalho da comunidade vermelha e amarela”, contou.
Perguntada da sua parte favorita do samba-enredo, a gestora disse que é onde se encontra o verso da ‘Rainha Nzinga’, uma personagem importante na luta contra a escravidão no continente africano. Érica diz que se vê representada na força da mulher. “Quando fala da rainha Nzinga guerreira. Pela história dela, pelo empoderamento, porque eu sou uma mulher e sou preta. Quando você vai estudar toda a história da rainha Nzinga, eu me identifico muito. É a parte que me toca muito por esse empoderamento”, concluiu.
Etapa concluída
Com a gravação já concluída, o mestre e presidente Carlão declarou que o audiovisual foi mais uma etapa da Tom Maior realizada rumo ao Carnaval 2025. “Eu sempre falo que o carnaval é feito de etapas. Essa gravação é mais uma etapa que a gente vai vencendo em relação ao Carnaval 2025. Eu gostei muito da produção. A Liga está de parabéns, o Guma também faz um trabalho muito bom, e principalmente também que agora tem um aspecto visual melhor para as pessoas poderem conhecer quem são os personagens da escola, desde as baianas, componentes, casal e todos os outros. Eu saio daqui muito satisfeito e o carnaval de São Paulo realmente está no caminho correto”, comentou.
Enaltecendo a competitividade da Tom Maior, Carlão diz que a escola sempre sai de sua quadra preparada. “Eu sempre falo que quando você sai da sua quadra, do seu terreiro, você tem que estar pronto pra fazer em qualquer circunstância. Para o desfile, ensaio técnico, apresentação e gravação também. Nós ensaiamos sim, e por isso que chegamos e fizemos de primeira”, disse.
O gestor também exaltou a reedição, afirmando que a agremiação fez a escolha certa ao levar Angola de 2009 novamente. “É um samba que, todos esses anos, desde 2009, é o mais cantado da escola. isso já fazia parte do nosso projeto, e hoje nós estamos cantando um samba que a comunidade adora, que o mundo do samba também conhece bastante e nós estamos felizes com essa escolha”. Finalizou.
A Portela realizou a gravação de seu samba-enredo no último dia 17 de outubro no Century Estúdio, em Jacarepaguá. A escola de Madureira gravou a faixa para o álbum das escolas de samba, e levará a Avenida em 2025 o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga. Com diversos integrantes presentes, o CARNAVALESCO conversou com alguns para saber como foi a gravação. Nilo Sérgio, mestre da “Tabajara do Samba”, comentou sobre o andamento que colocou na obra e como pensou nas bossas.
“No andamento botamos 140 BPM (batidas por minuto) para a gravação. Na quadra vamos ver o andamento para a avenida. Sobre as bossas, estava eu e a família do Robertinho Silva, que tocou com o Milton por 35 anos. Me mostraram cinco batidas do ‘Tambor de Mina’, e aí eu peguei essas batidas e construímos uma bossa dentro do samba”.
O mestre espera que ao escutar o samba, tanto Milton, quanto os fãs do cantor, possam identificar detalhes de obras do artita, destacando a sua musicalidade. “Quero que o Milton identifique o que colocamos de arranjos. Trouxemos para a bateria momentos das obras dele e a importância da musicalidade. Todo ano tem a responsabilidade de querer mostrar uma boa gravação. A bateria da Portela fez acontecer. Essa é a informação que eu tento levar, tento trabalhar junto com o portelense, de que a Portela está bem representada”.
Mestre Nilo Sérgio
O intérprete Gilsinho comentou sobre a sua preparação para gravar o samba de 2025, destacando também o refrão como a parte da obra mais chama sua atenção: “É a preparação de sempre, beber bastante água, economizar bastante a voz, descansar bastante, ter boas noites de sono e vir para cá confiante no trabalho que a gente tem planejado. O samba é muito bom, uma parte que toca bastante é justamente o refrão. É muito forte e expressa muito do que é o Milton Nascimento. Espero que ele exploda no carnaval”.
O cantor também falou sobre expressar bastante a emoção na hora da gravação, sempre aliada a técnica a ser utilizada: “O caminho é conseguir fazer o equilíbrio dos dois, botar muita técnica, mas expressar bastante a emoção que vai passar para a escola”.
Intérprete Gilsinho
Para Gilsinho, cantar Milton será uma grande homenagem em vida: “Milton Nascimento é um ícone da nossa MPB. É super importante. A gente está muito feliz em poder fazer essa homenagem para ele em vida. E que possa se emocionar, principalmente, no Carnaval, que fique bem feliz com essa homenagem que a gente está fazendo”.
Gilsinho também construiu o arranjo do samba, em parceria com Leandro Lima, e comentou o que foi feito, inclusive, se há algum instrumento especial: “Não posso falar muito porque senão vai ser spoiler. Mas eu preparei algumas coisas bem legais e os arranjos foram feitos por mim e pelo Leandro Lima, que é o nosso cavaco, o meu maestro, e está um arranjo bem bonito e emocionante. Acho que o portelense vai gostar bastante. Tem as bossas de bateria que são muito boas, o Nilo caprichou bastante”.
Leandro Lima, cavaquinista que construiu o arranjo junto de Gilsinho
Leandro Lima, cavaquinista que construiu o arranjo junto de Gilsinho, também falou com o CARNAVALESCO sobre o que foi feito e revelou mais algumas curiosidades relacionadas a gravação: “A construção do arranjo pensamos na musicalidade do Milton. Levamos uma viola, que é uma coisa que remete bastante a questão regional, para diversificar e compor também essa questão de identidade musical do Milton”.
Junior Schall, diretor de carnaval da Portela
Júnior Schall, diretor de carnaval, comentou o que esperar da gravação da Portela no álbum, reforçando que espera que a faixa emocione a todos os portelenses, destacando a melodia do samba como seu ponto alto: “Esperar que diante de uma obra belíssima, os breves e sutis ajustes melódicos, possibilitem ainda mais força no canto de toda a comunidade. Cantar com cada vez mais alma e emoção. Mais uma vez, a gente entende que o samba é um fator definidor, para tenhamos a emoção como um ‘quesito portelense’ que a gente tem que gabaritar. O meu destaque é o fator de equilíbrio do conjunto de força com uma melodia que é muito portelense e ao mesmo tempo contempla a alma de Milton Nascimento. O conjunto da obra portelense é o grande ponto”.
Presidente Fábio Pavão
O presidente da agremiação, Fábio Pavão, também esteve presente na gravação, e falou ao CARNAVALESCO sobre o que esperar da faixa da escola no álbum e qual parte do samba mais mexe com ele: “Que seja o mais próximo possível do que é o samba na quadra, na avenida, na situação real mesmo. É isso que a gente espera da gravação, que ela possa ser o mais fidedigno possível com a realidade. Eu, particularmente, gosto muito do samba. Tem várias partes muito bonitas, tanto em relação à melodia, quanto em relação à letra. É a primeira vez que a gente está aqui, no estúdio Century. A gravadora optou por essa estrutura aqui, que é excelente”.
Na entrevista com os autores do samba da Portela para 2024, Samir Trindade, que assina a obra com Fabrício Sena, Brian Ramos, Paulo Lopita 77, Deiny Leite, Felipe Sena e JP Figueira, abordou a importância da obra para ele e do que espera do rendimento: “O samba é muito importante, pelo fato de a Portela ser a escola do meu coração, e, por esse enredo também que homenageia uma figura, um ícone da música popular brasileira. É um encontro de entidades da Portela com Milton Nascimento. E que esse samba continue emocionando o portelense, que ele cresça mais ainda. A gente espera atingir o ápice no dia do desfile da Portela”.
O Paraíso do Tuiuti retoma na próxima segunda-feira, dia 25 de novembro, a partir das 20h, os ensaios de rua para o Carnaval 2025. Os treinos têm concentração em frente ao Colégio Pedro II, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, e reúnem todos os principais segmentos do Tuiuti, como comissão de frente, casais de mestre-sala e porta-bandeira, bateria, baianas, passistas, Velha Guarda, entre outros.
No próximo desfile, a azul e amarelo será a segunda escola a desfilar na terça-feira de carnaval com enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?” sobre a primeira trans não indígena do Brasil. O desenvolvimento do tema é do carnavalesco Jack Vasconcelos.
Inscrições para as alas de comunidade
Quem quiser desfilar em uma ala do Tuiuti precisa ficar atento porque as vagas estão acabando. O cadastramento é realizado sempre às segundas-feiras, a partir das 19h, na quadra da escola. Os interessados devem se dirigir ao local, levando documento de identificação, CPF, comprovante de residência. Após o cadastro, os inscritos terão direito a receber a camisa do enredo. A quadra do Tuiuti fica no Campo de São Cristóvão, 33, em São Cristóvão.
Ensaios de rua do Paraíso do Tuiuti
Data: toda segunda-feira
Horário: a partir das 20h
Endereço: concentração em frente ao Colégio Pedro II, no Campo de São Cristóvão, em São Cristóvão – RJ