“O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Ponte lamente profundamente o incêndio que ocorre neste momento na Maximus Confecções, localizada no bairro de Ramos. Toda produção de nossas fantasias para o Carnaval 2025 se encontram nesta fábrica.
É de extrema importância garantir a segurança de todos que estavam presentes no local. A diretoria”.
A direção da Liga RJ, que organiza os desfiles da Série Ouro, na sexta e sábado, na Marquês de Sapucaí, informou que convocará uma reunião de emergência com os presidentes das 16 escolas de samba do grupo para definir a situação após o incêndio na Maximus Confecções, na manhã desta quarta-feira, que afetou a produção de fantasias de diversas agremiações, entre elas, o Império Serrano, que explicou que perdeu todas fantasias para o desfile de 2025. Veja abaixo a nota da Liga RJ.
“A Liga RJ recebe com profunda preocupação a notícia do incêndio ocorrido na Fábrica Maximus, um espaço essencial para o Carnaval carioca. Nossa primeira e maior preocupação é com a segurança e o bem-estar de todas as pessoas que estavam no local, esperando que todos estejam fora de perigo e recebendo o devido amparo.
A Fábrica Maximus desempenha um papel fundamental no fornecimento de materiais para as escolas de samba e, além disso, serve como espaço para a confecção de fantasias de diversas agremiações. O impacto deste incidente atinge diretamente o planejamento do Carnaval e toda a cadeia produtiva envolvida na sua realização.
Diante deste cenário, a Liga RJ convocará, com urgência, seus Presidentes para uma Assembleia Geral Extraordinária a fim de avaliar a situação e definir os próximos passos, garantindo que nenhuma escola de samba filiada seja prejudicada. Nosso compromisso é buscar soluções que possibilitem a continuidade dos trabalhos e a realização do Carnaval com a grandiosidade que o povo merece.
A Liga RJ seguirá acompanhando de perto as investigações e as consequências desse triste episódio, reafirmando seu apoio a todas as agremiações atingidas. Unidos, superaremos mais este desafio”.
O Império Serrano informou, através de nota publicada nas redes sociais, que toda produção de suas fantasias para o Carnaval 2025 estavam no atelitê da Maximus Confecções, que sofreu um incêndio na manhã desta quarta-feira. Veja abaixo a nota da escola.
“O Império Serrano lamenta profundamente o incêndio que ocorre nas dependências da Maximus Confecções, nesta manhã, em Ramos. Informamos que toda a produção das fantasias do carnaval 2025 do Império Serrano se encontram na fábrica. Neste momento, estamos focados em garantir a segurança de todos os envolvidos neste acidente. Quando tivermos mais informações sobre os danos ocorridos, informaremos. A diretoria”.
No último domingo, puxadores das escolas de samba promoveram um vibrante grito de carnaval em frente ao Bar Vizinhando Mané, situado na Rua Boulevard 28 de Setembro, no Rio de Janeiro. O encontro marcou o lançamento do Bloco dos Puxadores, iniciativa que surgiu de uma associação criada para apoiar cantores de Carnaval próximos ao fim de suas carreiras.
Serginho do Porto explicou a origem do projeto: “O bloco nasceu da união dos intérpretes. Decidimos criar essa oportunidade para todos os cantores, pois a iniciativa é fundamental. Mesmo parando de cantar, queremos manter viva essa paixão enquanto Deus permitir”.
Wantuir, um dos idealizadores, destacou a luta por direitos: “Trabalhamos duro para isso. É essencial termos um bloco próprio, assim como artistas consagrados têm. Eles celebram sucessos que nós gravamos. Queremos reconhecimento! O bloco terá dez ritmistas de cada escola do Grupo Especial e a presença de quase todos os cantores. Agradeço à Liga das Escolas e ao presidente da Liga RJ pelo apoio”.
Tinga emocionou-se ao falar do propósito social: “Criar isso com amigos é uma alegria, mas também um alerta. Muitos colegas partiram sem recursos até para o funeral. Queremos mudar essa realidade, não só no Rio, mas em todo o Brasil. A associação existe para transformar vidas”.
Marquinho Art Samba reforçou a urgência da causa: “O projeto demorou três anos para sair. Já vimos intérpretes morrerem sem apoio, mesmo após contribuírem tanto para nossa cultura. Lutamos para que ninguém mais passe por isso”.
O bloco oficial desfilará em 9 de março, a partir das 9h, com abadás a R$ 40 para custear a associação. O evento contou com a presença ilustre de Neguinho da Beija-Flor, que celebra 50 anos de carreira e se aposentará da Avenida no Carnaval de 2025. Ao perguntarmos sobre esse momento de despedida, ele respondeu: “Não poderia deixar de estar aqui. É a primeira vez que o bloco dos puxadores sai. Espero que a nossa iniciativa prosperar. A galera está toda presente. Em relação à minha despedida, meu coração agora está tranquilo. Já amadureci a ideia. No começo foi desafiador, mas já cheguei a conclusão de que essa é a minha decisão e estou mais calmo”.
Com a aproximação da despedida dos desfiles, Marquinho Art Samba expressou sua tristeza pela saída do amigo Neguinho: “É muito triste ver meu amigo se despedindo. Especialmente, porque sou de Mesquita, cidade vizinha de Nilópolis. Sempre o vi cantando no antigo Santa Rita e sonhei em ser como ele. Hoje, ao saber que ele vai parar, é uma grande tristeza. Contudo, acredito que ele ainda vai cantar um pouco mais, quem sabe depois do carnaval”.
Wantuir também comentou sobre sua admiração por Neguinho e sua aposentadoria, que considera precoce: “É evidente que ele ainda tem muito a oferecer. Mas respeitamos sua decisão. Será uma grande falta para nós, pois ele é nosso maior ídolo e um exemplo a ser seguido. No entanto, Neguinho nunca para. Ele estará na avenida, assistindo às escolas de samba, pois agora está morando na Europa”.
O público presente entendeu a importância do evento: a valorização dos profissionais do samba. Tânia, uma moradora de Jacarepaguá, disse: “A importância do bloco dos puxadores reside na valorização desses profissionais, cujos esforços frequentemente passam despercebidos. É um momento de reconhecer seu trabalho e resgatar sambas antigos. Estou achando maravilhoso”.
Nathalia, outra participante, comentou que o bloco não apenas ajuda a divulgar o trabalho dos puxadores, mas também proporciona a esperança de futuro reconhecimento. “Eles merecem reconhecimento, e o bloco pode não apenas promover seus trabalhos, mas também oferecer uma renda que lhes proporcione mais tranquilidade financeira. Além disso, resgatam sambas que amamos, e percebo que as famílias dos puxadores estão juntas, o que ajuda a preservar essa tradição”.
Max, morador do Riachuelo, acredita que o bloco vai além de uma simples festa. “O bloco dos puxadores é importante para dar visibilidade aos cantores, em um cenário onde muitos profissionais ainda enfrentam desvalorização e vulnerabilidades em termos de direitos sociais. Precisamos desses momentos de visibilidade para que eles possam conquistar mais autonomia”, finalizou Max Junior, de 24 anos.
O CARNAVALESCO divulga a quarta lista dos sambas-enredo mais ouvidos do Grupo Especial do Rio para o Carnaval 2025. Vamos utilizar como fonte o Spotify. A nossa próxima e última atualização será no dia 25 de fevereiro. Veja como está a lista abaixo de audições.
Após um susto no último carnaval, a Imperatriz da Paulicéia busca se consolidar ou alçar voos maiores entre as escolas filiadas da Liga-SP. No Carnaval 2024 a agremiação teve problemas na pista e acabou terminando na oitava colocação, sendo apenas uma a frente da escola rebaixada para o Especial de Bairros, Uirapuru da Mooca. Entretanto, para o desfile de 2025, a Coroa da Zona Leste aposta em um tema leve e desfila com energias renovadas. A primeira etapa vencida foi na Corte do Carnaval, onde Arie Suyane, rainha de bateria da agremiação, venceu o concurso e se sagrou a rainha do carnaval de São Paulo em 2025. O CARNAVALESCO foi ao barracão da Imperatriz da Paulicéia e conversou com a presidente Maralice Lazarini, que contou todo o projeto executado para o próximo desfile.
“O nosso projeto é fazer um carnaval conciso, correto, mas um carnaval muito bem acabado, com bastantes detalhes e alegria. Nosso enredo esse ano fala sobre as escolas de sambas. A gente quer mostrar para a sociedade o funcionamento de uma entidade. Se a gente mostra aqui, por exemplo, que os idosos são muito valorizados. É a velha guarda. As crianças ocupam o lugar delas. A gente tem pouco problema de racismo, de intolerância religiosa, a diversidade é muito bem aceita. A minha escola, inclusive, tem uma mulher na frente da bateria, que eu acho que é bacana. A gente mostra que a mulher cabe em qualquer lugar”, explicou.
Surgimento do enredo
A presidente revelou que o tema surgiu após um amigo ligar e falar sobre um bloco de carnaval que estava vendo, e tocou a música “Eu queria que essa fantasia fosse eterna”, que é o título do enredo. “Um amigo da escola me ligou e falou que havia um bloco perto da casa dele e que tocou a música ‘eu queria que essa fantasia fosse eterna’. Logo, ele disse que daria um bom enredo. Pedi para ele levantar todo o tema e está aí toda essa coisa maravilhosa, que é mostrar que a nossa folia pode ser eterna. O carnaval começa em março do ano anterior e vai até fevereiro do outro ano ”, declarou.
Organização apesar das dificuldades
Segundo Maralice, apesar dos números reduzidos de funcionários para fazer carnaval, está tudo dentro do cronograma. A gestora também contou que a Paulicéia foi uma das primeiras agremiações a abrir a ‘Fupe’. “O Acesso 2 é um grupo que não tem uma verba muito grande. A gente não tem um contingente grande de trabalhadores. Aqui no galpão eu tenho um menino que cuida pra mim, o Francis. Ele que faz tudo, ele é contratado para tocar o galpão. Todo nosso trabalho começa em maio e junho no máximo, porque a gente acaba usando os trabalhadores do Especial e Acesso 1, que ainda não tem muito o que fazer. A gente vai contratando serralheiro, madeireiro, decorador… Todo mundo começa a trabalhar antes a nosso favor. Aqui nós estamos com o cronograma sendo cumprido à risca. O trabalho começou bem cedo. Imperatriz foi uma das primeiras escolas a abrir o galpão aqui na Fábrica 2”, disse.
Alegria é o sucesso
Perguntada sobre o que esperar de melhor no desfile de 2025, a presidente deseja que as pessoas olhem para a escola com o carinho que o projeto será colocado na passarela. “Eu quero que eles se impressionem com o carinho que a gente faz as coisas. Aqui é tudo feito com muito carinho. Se você prestar atenção, tudo é detalhadamente feito. A gente faz tudo com muito amor, com muito carinho e com alegria. Eu quero que o pessoal veja o carinho que as coisas foram feitas não só aqui no barracão, mas os ensaios e o tratamento com as pessoas”, finalizou.
A Unidos de São Lucas vive um momento de euforia. Após subir para o Acesso 2 em 2024, como vice-campeã, e conquistar a promoção ao Acesso 1 em 2025, a escola de samba da Zona Leste de São Paulo já mira o Grupo Especial para 2026. Com o enredo “Ijechá”, que aborda ancestralidade e religiosidade afro-brasileira, a agremiação será a primeira a desfilar no Acesso 1 no dia 2 de março. Em visita ao barracão, o CARNAVALESCO conversou com o carnavalesco Fernando Dias, que detalhou os preparativos e a ambição da escola.
Fernando Dias revelou que a seleção do enredo envolveu três propostas: uma do presidente da escola, uma sua e outra do diretor de carnaval. A ideia vencedora veio do diretor. “Quando eu li a ideia, comecei a viajar. Eu sou da religião, então o arrepio veio. Não teve jeito: se você é da religião e quer falar dela, é muito importante. Vamos manter a nossa cultura”, afirmou.
Sobre os desafios da pesquisa, o carnavalesco destacou a complexidade de condensar uma história extensa em poucos minutos de avenida. “Não temos tempo para falar tudo, mas o tema tem força. Outras agremiações também abordarão aspectos similares, cada uma à sua maneira”, completou.
Motivação coletiva e conquistas recentes
A trajetória recente da São Lucas — do Acesso 2 ao Acesso 1 em dois anos — alimenta a confiança da comunidade. “O clima na quadra é de preparação para um dos maiores carnavais da nossa história. Nossa comunidade vem ensaiando há meses. No ensaio técnico, vi o trunfo dela: todos os setores presentes, cantando. Foi mais do que eu esperava”, disse Dias.
Sobre o vice-campeonato de 2024, o carnavalesco foi enfático: “Não vou dizer que não esperávamos. Trabalhamos para isso. Foi uma surpresa para muitos, mas, como diz meu presidente, fizemos a lição de casa. A escola está confiante para subir mais um degrau em 2026. Não é impossível”.
Estrutura do desfile: ancestralidade, religiosidade e cultura
O desfile será dividido em três setores. O primeiro abordará a ancestralidade ligada a Oxum, orixá das águas doces. “Abrimos com a ancestralidade que traz de lá, com toda a história, todo o ritmo criado para Oxum”, explicou Dias.
O segundo setor representará a transformação da religiosidade africana em manifestações brasileiras. “É quando chega na Bahia e vira nossa religião, o candomblé. Na época não podia, então surgiram os afoxés, os Filhos de Gandhi”, contextualizou.
O encerramento celebrará a influência multicultural do Ijechá. “Fechamos com o que ele inspirou: maracatu, bumba meu boi, música e até o samba. Mantemos o nível até o final”, adiantou o carnavalesco.
Com a comunidade “de sangue nos olhos”, nas palavras de Dias, a São Lucas busca não apenas um título, mas consolidar-se como protagonista de uma cultura que, agora, desfila com orgulho na avenida.
Ficha Técnica
Três alegorias com tripe e um pede passagem
14 alas
1000 componentes
O público que deseja vivenciar de perto a emoção dos desfiles do Grupo Especial no Carnaval 2025 poderá garantir ingressos para as arquibancadas populares a partir desta quarta-feira, às 10h, exclusivamente pela plataforma Ticketmaster Brasil. As vendas serão realizadas online, por meio do site www.riocarnaval.com/ingressos – basta acessar a página e clicar na opção “Arquibancadas”.
Os ingressos populares para os setores 12 e 13 terão o valor de R$ 10 (R$ 5 a meia-entrada) por dia de desfile. Será possível adquirir entradas para todas as noites competitivas – domingo (2/3), segunda-feira (3/3) e terça-feira (4/3) –, além do Sábado das Campeãs (8/3), quando as seis melhores escolas de samba retornam à Sapucaí para a grande celebração do carnaval.
Serviço – Venda de Ingressos
Arquibancadas populares (setores 12 e 13)
Quando: a partir de quarta-feira, 12 de fevereiro, às 10h
Onde: www.riocarnaval.com/ingressos (plataforma Ticketmaster Brasil)
Valores: R$ 10 (inteira) | R$ 5 (meia-entrada)
Datas disponíveis:
• 2 de março (domingo) – Desfile do Grupo Especial
• 3 de março (segunda-feira) – Desfile do Grupo Especial
• 4 de março (terça-feira) – Desfile do Grupo Especial
• 8 de março (sábado) – Desfile das Campeãs
Em primeira mão, o CARNAVALESCO obteve a informação de que a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) novamente alterou a data da apuração do Grupo de Acesso II – terceira divisão do carnaval da cidade. Agora, ela será realizada no domingo (23 de fevereiro), às 19h (Horário de Brasília).
Anteriormente, a reportagem do CARNAVALESCO já obteve a informação que, pela primeira vez desde quando o terceiro pelotão passou a ser organizado pela Liga-SP (em 2018), e não mais pela União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), a apuração seria em data diferente dos demais grupos organizados pela instituição. O que estava programado, entretanto, era a definição da classificação de tal grupo na segunda-feira (24 de fevereiro), também às 19h, na Fábrica do Samba.
A bateria “Swing da Leopoldina” (SL) da Imperatriz Leopoldinense realizou na noite de segunda-feira seu ensaio do setor 11. O treino no campo oficial de jogo serviu para dar confiança e um gás a mais para o ensaio técnico da escola, que está marcado para o próximo sábado na Sapucaí.
Em bate papo informal após o ensaio do setor 11, mestre Lolo exaltou a possibilidade de fazer mais esse treino e revelou ter ficado satisfeito com o resultado final, que juntou um quórum considerável da bateria “SL” e foi importante para os ajustes finais visando um bom desempenho no sábado. É possível dizer que a largada do samba da Rainha de Ramos será um dos pontos altos de todo o carnaval carioca, graças ao entrosamento musical entre carro de som e ritmo, além de uma energia única que cada ritmista e componente tende a colocar naquele momento. Mesmo com tanta pressão nesse início, o maior mérito da bateria da Imperatriz foi controlar a emoção e euforia para não subir o ritmo correndo, fato que deixou o samba-enredo num andamento confortável durante todo o ensaio.
Interpelado sobre se essa é a maior fase musical da história da Imperatriz, mestre Lolo preferiu educadamente se esquivar. Disse trabalhar visando potencializar o samba-enredo, além de pensar sempre no componente da escola nas suas criações musicais. Mesmo sendo constantemente elogiado pela fase atual da bateria “Swing da Leopoldina”, sua postura é comedida e humilde diante disso. Seu objetivo, portanto, é fazer um trabalho bom para todos, sejam diretores, ritmistas, desfilantes ou mesmo torcedores da escola. O caminho atual parece estar agradando em cheio a maioria dos envolvidos.
Perguntado se o clima lá no alto da bateria da Imperatriz, sempre descontraída e irreverente, tem influenciado positivamente as exibições, mestre Lolo é taxativo em responder que sim. Diante de uma grande doação de tempo, além dos gastos gerados e um acúmulo de ensaios considerável uma exigência do mestre é que seus ritmistas se divirtam pela pista.
O clima de felicidade da bateria “SL” nos ensaios, pouco a pouco, foi contaminando positivamente a agremiação, além do próprio bairro e suas adjacências. Hoje é possível decretar que estamos diante de uma Imperatriz Leopoldinense bem mais feliz. Mestre Lolo credencia a vinda de Leandro Vieira como carnavalesco e a chegada de Pitty de Menezes como voz oficial da escola como pontos altos nessa virada de chave emocional. A partir daí, segundo o mestre, a esperança foi renovada com a certeza que os dias melhores voltariam.
A outrora “certinha de Ramos”, escola taxada de técnica e fria é um pensamento hipócrita e preconceituoso que definitivamente não condiz de forma alguma com a Imperatriz atual, tão energética e cada vez mais visceral. Lolo sacramenta que o abraço da comunidade segue tão intenso, que os ensaios de rua aos domingos têm lotado de um modo que fica difícil até de andar pelo bairro. Sinal de que feliz e Imperatriz deixou de ser possibilidade de rima para sambas, se transformando numa cultura carnavalesca local ativa repleta de entretenimento musical e diversão popular.
Questionado se o intérprete Pitty de Menezes foi o melhor puxador com quem trabalhou, o mestre diz respeitar imensamente todos os cantores que já atuaram com ele, mas confirma que o casamento musical com Pitty se tornou o mais diferenciado e ritmicamente entrosado que já vivenciou. Lolo também elogiou o fato de Pitty mesmo sendo mais novo, ter uma vibe mais pra cima e principalmente uma mentalidade humilde, capaz de ouvir seus conselhos e apurar sua musicalidade de acordo com os interesses musicais da “Swing da Leopoldina”. É nítido como o trabalho de ambos deu liga, produzindo ótimos resultados e gerando momentos de verdadeiro encantamento energético e musical.
Mestre Lolo diz estar sem dúvida muito feliz comandando a bateria da Imperatriz, nessa nova fase da escola, além de sentir que está escrevendo seu capítulo mais bonito numa linda história. Confessou que o início foi inseguro, mas depois da queda e principalmente da forma que a escola se reergueu tudo corroborou para que a energia da própria agremiação passasse por uma melhora gritante. Mais do que ser mestre de bateria e ter gratidão por essa oportunidade, mestre Lolo demonstrou também bastante orgulho de fazer parte de uma autêntica família, onde se sente abraçado e diz ver os relacionamentos humanos entre os próprios integrantes no dia a dia do barracão se solidificarem e florescerem.
Sobre o ensaio do setor 11, Lolo diz ser uma oportunidade interessante para fazer algumas avaliações técnicas. Se as ideias pensadas como arranjos ficaram bem casadas com a acústica peculiar da Sapucaí e se o andamento pensado para o desfile ficou confortável para a melhor execução de todos os naipes pela pista de desfile. O treino foi aprovado com louvor pelo mestre, que inclusive afirmou que pode ter sido seu melhor ensaio de setor 11 já realizado com a bateria da Imperatriz.