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Vila Isabel: fotos das alegorias na concentração

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Leonardo Bruno analisa o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial

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    Viradouro e Tijuca conquistam o domingo do Grupo Especial em 2019

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      Viradouro desfile2019 156O domingo de abertura dos desfiles do Grupo Especial presenteou as apresentações da Viradouro e da Unidos da Tijuca. As duas escolas fizeram exibições que aliaram o bom desenvolvimento do enredo, o canto da comunidade, com a beleza plástica das alegorias e fantasias. Difícil encontrar problemas nas duas escolas. Houve situações pontuais, mas que podem ser descartadas ou nem serem percebidas pelos jurados de tão pequenas.

      Tijuca desfile2019 151

      Salgueiro desfile2019 129Duas surpresas ficaram por conta do Salgueiro e da Beija-Flor. A atual campeã não fez um desfile no nível de suas performances históricas na Sapucaí. A comemoração dos 70 anos merecia um capricho melhor nas alegorias e, acima de tudo, no desenvolvimento do enredo. Por outro lado, o Salgueiro mesmo com todos os problemas políticos realizou um desfile muito forte nos quesitos-chave, como casal de mestre-sala e porta-bandeira, samba, e harmonia.

      Beija Flor desfile2019 151

      Imperatriz desfile2019 104A Imperatriz propôs pisar de forma mais alegre na Avenida, mas passou por diversos problemas do início ao fim do desfile. A situação gresilense preocupa. Hoje, a escola caminha para uma posição amargua na quarta de cinzas e dependendo das sete apresentações de segunda-feira, pode acabar sofrendo um rebaixamento impensável para a Rainha de Ramos.

      Imperio Serrano desfile2019 152O Império Serrano, como era esperado, não fez um desfile digno de suas tradições. Apesar do esforço da dupla de cantores Leléu e Anderson Paz, a escola da Serrinha esqueceu sua condição de nove vezes campeã da elite do carnaval e passou de forma melancólica para o imperiano, que está acostumado com grandes sambas e desfiles que orgulham todos os sambistas.

      Abaixo, você pode ler um resumo de cada desfile e todas crônicas completas das sete escolas

      IMPÉRIO SERRANO: Primeira escola de samba a desfilar no domingo de carnaval pelo Grupo Especial com o enredo ‘o que é, o que é?’, de autoria do carnavalesco Paulo Menezes, o Império Serrano contava com o enorme desafio de cantar em forma de samba-enredo o sucesso de Gonzaguinha da MPB “O que é, o que é?” como hino imperiano para 2019, além de superar a crise já anunciada no período pré-carnavalesco. Brigando para permanecer no grupo de elite do carnaval carioca, a verde e branco da Serrinha sofreu com o temporal que atingiu a sua concentração. A Liesa precisou atrasar em 45 minutos o início dos desfiles. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE

      VIRADOURO: Diversos versos do samba-enredo da Unidos do Viradouro servem para ilustrar o desfile da agremiação na noite deste domingo de carnaval no Sambódromo. Mas nenhum deles seja tão definitivo quanto ‘o brilho no olhar voltou’. A vermelha e branca de Niterói deixou a avenida nos braços do povo e o carnavalesco Paulo Barros realizou seguramente o seu melhor projeto em termos de alegorias e fantasias da carreira. Somado a isso uma atuação irretocável do chão da escola, impulsionado pelo intérprete Zé Paulo e a bateria Furacão Vermelho e Branco. Fatores que colocam a escola, mesmo sendo apenas a segunda a desfilar na primeira noite, no caminho do título do Grupo Especial. A Viradouro apresentou o enredo ‘Viraviradouro’ e terminou o desfile em 75 minutos. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE

      GRANDE RIO: Protagonista da última virada de mesa do carnaval, a Acadêmicos do Grande Rio propôs para 2019 um desfile com claras intenções de rir das desgraças cometidas pelo ser humano. Sejam elas intencionais ou não. Elaborado pelo carnavalesco Renato Lage, o enredo “Quem nunca…? Que atire a primeira pedra”, ferozmente criticado no pré-carnaval, passou pela avenida dividido em cinco setores, 30 alas e seis carros alegóricos no tempo de 1h14. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE

      SALGUEIRO: Em um ano de dificuldade e muitos problemas internos, a comunidade do Salgueiro mostrou no desfile deste domingo de carnaval, na Marquês de Sapucaí, toda a força de seu chão. Os componentes da Academia do Samba cantaram com muito empenho o samba-enredo da agremiação, um dos mais bem avaliados do pré-carnaval, e deram a identidade salgueirense ao desfile da Vermelha e Branca. Além do quesito Harmonia e do bom rendimento do samba, o casal Sidclei e Marcela deu um show a parte e ao lado da comissão de frente da Academia também se destacou, mostrando totais condições de alcançar as notas desejadas na avaliação dos julgadores. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE

      BEIJA-FLOR: A Beija-Flor de Nilópolis foi a quinta agremiação a desfilar na primeira noite do Grupo Especial 2019. A azul e branca ainda sonha com o bicampeonato, depois de conquistar o título no ano passado. Entretanto a chance de uma nova conquista é remota, principalmente, devido ao projeto plástico apresentado na avenida. A estratégia de defender os 70 anos da escola na avenida não deu certo e a temática não passou clareza através de alas e carros. Burocrática no canto, a escola viu as apresentações do casal Claudinho e Selminha e da comissão de frente serem os momentos de maior interação com o público no desfile. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE

      IMPERATRIZ: Todo o pré-carnaval da Imperatriz, passando inclusive pelo ensaio técnico de alto nível que fez na Sapucaí, apresentava uma proposta diferente, de uma escola mais leve na Avenida. Porém, foi a Rainha de Ramos cruzar a faixa de início de desfile que o projeto ficou fortemente comprometido. A escola enfrentou problemas no processo de acoplamento de seu abre-alas, abriu um espaçamento de um setor e meio (entre a faixa inicial e a metade dos setores 3 e 4 da Sapucaí). * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE

      UNIDOS DA TIJUCA: Não faltou nada para a Unidos da Tijuca. Emoção na dose certa, um chão que cantou com a alma, alegorias e fantasias de extremo bom gosto e com leitura apresentando um enredo que se provou na avenida, onde deve ser. E um rendimento espetacular do samba e da bateria Pura Cadência. Com essas credenciais o Pavão do Borel voltou a fazer um desfile nos padrões que transformaram a escola na maior potência do carnaval nesta década. O tijucano não só está convicto de que volta no sábado, como nutre esperanças no seu quinto campeonato. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE

      Aliando técnica e emoção, Tijuca faz seu melhor desfile desde 2014 e se aproxima do título do Grupo Especial

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      Por Guilherme Ayupp. Fotos: Allan Duffes e Magaiver Fernandes

      Tijuca desfile2019 151Não faltou nada para a Unidos da Tijuca. Emoção na dose certa, um chão que cantou com a alma, alegorias e fantasias de extremo bom gosto e com leitura apresentando um enredo que se provou na avenida, onde deve ser. E um rendimento espetacular do samba e da bateria Pura Cadência. Com essas credenciais o Pavão do Borel voltou a fazer um desfile nos padrões que transformaram a escola na maior potência do carnaval nesta década. O tijucano não só está convicto de que volta no sábado, como nutre esperanças no seu quinto campeonato.

      Comissão de Frente

      Tijuca desfile2019 010A abertura do desfile da Unidos da Tijuca mostrou, através de relatos bíblicos, a presença de Deus na vida dos seus filhos. Através da fé no Criador do universo, muitos fiéis devotam suas vidas no caminho orientado por ele. O episódio conhecido como milagre do maná do deserto mostra que, além de sustentar fisicamente os hebreus, Deus ensinou uma lição espiritual para aquela população: é preciso confiar na Palavra de Deus. Desta forma, a comissão de frente abriu o desfile da Tijuca com a simbologia do pão dado por Deus no seu primeiro milagre como forma de amor e cuidado. Foi a comissão mais emocionante da primeira noite. Com divisões claras em momentos distintos, teve o encerramento com brilho ao distribuir pães cenográficos. Aplaudida em todos os módulos de julgamento. No terceiro módulo de julgamento um integrante escorregou e caiu.

      Mestre-Sala e Porta-Bandeira

      Tijuca desfile2019 016O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos da Tijuca representou a própria fé. Alex Marcelino e Raphaela Caboclo irradiaram a fé do ser humano que crê em um ser supremo, responsável pela criação do universo. O figurino em tons de amarelo reforçava esse credo na presença divina que conduz cada amanhecer e alimenta seus filhos. A estreia da dupla (juntos) no Grupo Especial não poderia ter sido melhor. Sem qualquer tipo de falha passaram verdade e emoção com uma dança tradicional arrancando aplausos de todos.

      Harmonia

      Tijuca desfile2019 021Com uma das harmonias mais consolidadas do Grupo Especial, a Tijuca já demonstrou ter um trabalho sólido ao rasgar o chão da pista cantando sambas de qualidade duvidosa. Com uma obra de categoria como a deste ano o canto se mostrou ainda mais poderoso. Com uma bateria mais cadenciada foi possível ouvir como o tijucano cantou com alma e o coração.

      Samba-Enredo

      Tijuca desfile2019 067O melhor desempenho da noite. O samba tijucano, criticado por ser muito melódico e em tom menor, cumpriu o seu papel com maestria, possibilitando o canto e a dança dos componentes. O rendimento do samba passa diretamente pela atuação perfeita de Wantuir. Na volta à escola, mostrou continuar sendo um dos grandes intérpretes do carnaval. Ao lado da equipe de cordas e de canto se destacou em um grande entrosamento com a bateria Pura Cadência.

      Evolução

      Tijuca desfile2019 031O desfile da Unidos da Tijuca foi no aspecto técnico perfeito. Além da evolução desenvolta das alas e componentes soltos, se movimentando, brincando e cantando, em nenhum momento foi notado um andamento de desfile mais acelerado para não estourar o tempo por exemplo ou mais lento. A escola foi o tempo todo coesa.

      Enredo

      Tijuca desfile2019 024A escola abriu o seu desfile com o setor demonstrando o pão como alimento sagrado. Comissão de frente, casal, o primeiro ato do desfile e o carro abre-alas mostraram com clareza a proposta inicial. O descobrimento do pão pelo homem e a posterior transformação do alimento em moeda e instrumento político apareceram no segundo setor. A narrativa do desfile seguiu com acontecimentos que marcaram a história da humanidade e a chegada do pão no Brasil.

      Tijuca desfile2019 042No quarto momento do desfile, a oração do Pai Nosso deu título ao setor por trazer os anseios de que nunca falte pão na mesa, na parte mais religiosa do enredo. O último setor do desfile tijucano trouxe uma crítica direta aos marginais, aos políticos, aos falsos profetas, aos ardilosos, que roubam, usurpam e humilham o povo.A escola obteve muito êxito na concepção e realização da proposta em todo o desfile.

      Fantasias

      Tijuca desfile2019 054Bastante diversificada em termos de uso de materiais e proposta estética em cada setor, o conjunto de fantasias da Tijuca, além de extremo bom gosto tinha uma leitura que facilitava o entendimento do enredo. Destacam-se a ala de baianas, semeadura do trigo, com um espetacular figurino todo em palha. No quarto setor, a ala 17, ‘Santa Isabel’ e 19, ‘Santo Honório’. No último setor a ala 24, ‘lobo em pele de cordeiro’.

      Alegorias

      Tijuca desfile2019 078O conjunto esteve diversificado e com carros grandiosos e impactantes. O abre-alas trazia a santa ceia e o pavão como a visão dos olhos de Deus. A terceira alegoria trazia um impactante navio negreiro. O quarto carro foi o grande destaque do desfile com uma escultura imensa de Jesus Cristo em uma representação da distribuição do pão.

      Problemas com alegorias comprometem evolução e podem custar caro para a Imperatriz

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      Por Antonio Junior. Fotos: Allan Duffes e Magaiver Fernandes

      Imperatriz desfile2019 026Todo o pré-carnaval da Imperatriz, passando inclusive pelo ensaio técnico de alto nível que fez na Sapucaí, apresentava uma proposta diferente, de uma escola mais leve na Avenida. Porém, foi a Rainha de Ramos cruzar a faixa de início de desfile que o projeto ficou fortemente comprometido. A escola enfrentou problemas no processo de acoplamento de seu abre-alas, abriu um espaçamento de um setor e meio (entre a faixa inicial e a metade dos setores 3 e 4 da Sapucaí).

      Imperatriz desfile2019 024O carro abre-alas passou pelo primeiro módulo de julgamento desacoplado, ultrapassando o limite de seis alegorias permitido pelas regras do carnaval 2019. Segundo o regulamento, a escola pode perder 0,5 ponto se considerar que desfilou com sete alegorias. Além disso, a escola ainda teve problemas para locomoção dos carros 3 e 4 ao longo da Avenida, o que gerou espaçamentos entre as alas e as alegorias. Por fim, a Imperatriz não apresentou o tripé “Terra Bra$ili$”, entre a musa Pâmela Gomes e a sexta ala da agremiação, que teve problemas na concentração, o que pode comprometer o quesito enredo da agremiação.

      Imperatriz desfile2019 018Dentre os destaques positivos, a Imperatriz contou com apresentações bem próximas à perfeição do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Thiaguinho e Rafaela Theodoro. A comissão de frente bem interativa da agremiação e o conjunto de fantasias da escola também merecem destaque.

      Comissão de frente

      Imperatriz desfile2019 094Coreografada por Fábio Batista, a comissão gresilense representou a lenda de Robin Hood, que tirava dos ricos e dava aos pobres. Utilizando uma estrutura no estilo grua e duas outras complementares, a teatralização rendeu uma interação bastante interessante entre o quesito e o público presente. Após a coreografia que durava pouco mais da metade da passada de samba da Imperatriz, Robin Hood foi às alturas, sustentado por cabos de aço na parte superior da grua, e lançou cédulas fakes para o público e pela pista da Sapucaí, levantando as arquibancadas.

      Mestre-sala e Porta-bandeira

      Imperatriz desfile2019 098O casal foi o maior destaque do desfile da Imperatriz. Thiaguinho e Rafaela Theodoro tiveram apresentações muito seguras nos quatro módulos de julgamento, mesmo em três deles enfrentando as dificuldades do considerável vento que passava pela madrugada na Sapucaí. A dupla executou muito bem os movimentos do bailado, com destaque especial para Rafaela. A porta-bandeira esbanjou simpatia e expressões faciais interpretativas de acordo com a letra do samba, o que deu um colorido mais especial às apresentações do casal.

      Harmonia

      Imperatriz desfile2019 103Diante de todos os problemas do desfile gresilense em Alegorias e Evolução, a comunidade parece ter sentido o baque e isso acabou refletindo no desempenho do canto da agremiação. O canto não foi tão forte e contínuo como, por exemplo, no ensaio técnico da agremiação há uma semana.

      Enredo

      Imperatriz desfile2019 104O enredo da Imperatriz foi desenvolvido bem na Avenida. Fantasias e alegorias, mesmo as que tiveram problemas, eram de leitura fácil. Mesmo assim, por conta da ausência do tripé programado para estar a frente da sexta ala, o quesito pode ser comprometido pela avaliação dos julgadores.

      Evolução

      Imperatriz desfile2019 117Quesito mais prejudicado no desfile da Imperatriz. O problema no acoplamento da primeira alegoria rendeu um espaçamento muito grande entre a ala que o sucedia e a alegoria. A escola custou a resolver o problema e a cabeça da escola acabou avançando. Outras duas alegorias também apresentaram problemas de locomoção na Avenida, o que acabou ocasionando mais espaçamentos ao longo do desfile. Além disso, a agremiação precisou apertar o passo para fechar o desfile no tempo. Os últimos dois setores do desfile gresilense passaram pelo segundo módulo em velocidade considerável e também podem ser penalizados no que diz respeito a oscilação do andamento.

      Samba-enredo

      Imperatriz desfile2019 065A obra foi bem interpretada por Arthur Franco e o time de canto da escola, mas teve rendimento comprometido justamente pelo impacto que a escola sofreu com os problemas no desfile. Mesmo com o louvável trabalho do intérprete oficial da agremiação, apenas o refrão principal pegou de fato e nos primeiros dois setores da agremiação. No restante da escola encontrou dificuldades de sustentação.

      Fantasias

      Imperatriz desfile2019 039Outro destaque positivo do desfile gresilense. O conjunto de fantasias da escola apresentou fácil leitura, diversidade de materiais utilizados e bom acabamento. Apenas a oitava ala (Quanto vale uma vida? Mercado de escravos) que apresentou problemas em algumas fantasias de desfilantes, com costeiros defeituosos. No mais, o quesito foi bem defendido e executado, no trabalho dos carnavalescos Kaka e Mário Monteiro.

      Alegorias

      Imperatriz desfile2019 140Quesito crítico do desfile da Imperatriz. O abre-alas que desacoplou, apresentou problemas de acabamento na parte traseira. A segunda alegoria também teve problemas de acabamento, com trechos descascados na parte dianteira direita do navio que era retratado. O carro 5 (Minha casa, Minha vida) apresentou concepção confusa e destoou do restante do apresentado pela agremiação. Destaque positivo para a última alegoria da escola, que não apresentou os mesmos problemas e mostrou-se muito bem feito. Porém, os problemas do quesito podem render perda de décimos consideráveis na classificação.

      Imperatriz desfile2019 055Bateria

      Comandada por Mestre Lolo, a Swing da Leopoldina buscou a todo o momento contribuir para o bom andamento do desfile e o bom rendimento do samba. O segmento abusou das bossas e fez o público presente nas arquibancadas da Sapucaí puxar aplausos na passagem dos ritmistas pela Avenida.

      Tijuca 2019: galeria de fotos do desfile

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      Alegoria da Imperatriz apresenta o caótico universo da bolsa de valores

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      Por Karina Figueiredo

      Imperatriz desfile2019 140

      Me dá um dinheiro aí! A Imperatriz Leopoldinense desfilou narrando a história do dinheiro. De uma forma bem-humorada e crítica, a escola de Ramos apresentou a relação do homem com o dinheiro e os diversos tipos de ambição. No Carro a “Bolsa de Valores”, foi encenado um movimento financeiro do sobe e desce das ações. A alegoria representou o caótico universo da bolsa de valores regido pelo comprador de almas e ilusões. Alex Felipe, diretor de alegorias, comentou sobre o carro.

      “O carro fala sobre a bolsa de valores, ela vem justamente para falar da loucura que é a moeda virtual, Bitcoin. Sem contar com o valor da bolsa subindo e descendo para a loucura dos investidores. Na frente do carro vem as moedas, no meio do carro os computadores que é justamente o trabalho na bolsa de valores, atrás vem o diabo, representando a gana em gastar”, relatou.

      Stephany Hansen, que desfila há sete anos na agremiação, contou ao site CARNAVALESCO como seria sua atuação na alegoria.

      “A Bolsa de valores vai ser um carro bem performático, onde eu interpreto uma executiva que durante o expediente tem um colapso. E a crítica é sobre os preços das coisas. Os integrantes vão vir vestidos de moedas e temas como a valorização e desvalorização do dinheiro estarão presentes no carro”, adiantou Stephany, antes de passar pela Avenida.

      Imperatriz desfile2019 138

      Gabriel Melo, que fez sua estreia na Imperatriz, pontuou a crítica apresentada pelo carro como bastante oportuna ao se basear na relação humana do homem com o dinheiro e fazer uma alusão ao filme “O Diário de All Street”.

      “Aqueles que pensam que quanto mais trabalham mais ficarão ricos, esquecem que na verdade só serve para enriquecer o sistema”, conclui.

      Tijuca leva carros imponentes para a Avenida, e componentes sonham com o título

      Por Lucas Gomes

      O Unidos da Tijuca encerrou os desfiles da primeira noite do Grupo Especial com alegorias grandiosas e bom acabamento. Já no início do desfile, era possível notar a alegria e emoção dos componentes na entrada da escola na concentração.

      Tijuca desfile2019 023O primeiro carro trouxe o símbolo da Unidos da Tijuca, o pavão, dividindo o protagonismo com a imagem da Santa Ceia em que Jesus dividia o pão. Caprichado em seus detalhes, com as cores da escola e muito pão em cestas nas laterais, o abre-alas foi um ponto alto do desfile. Uma das baianas, Giselle de Andrade, desfilando pela sétima vez, ficou impressionada com as alegorias e citou o jejum da escola no Desfile das Campeãs.

      “Eu espero que a Tijuca consiga esse título, porque estar há dois sem vir no Desfile das Campeãs é bem ruim. As alegorias estavam grandes, bonitas e impactantes. Impressionamos na Avenida”, comemorou Giselle.

      O segundo carro, “Pão e Circo”, que trazia a política do Império Romano de distribuir pães em eventos públicos criados para entreter o povo, trouxe uma arena romana com uma grande escultura de um soldado romano maltratando um escravo.

      Outro carro com grande apelo foi o terceiro: “Comendo o pão que o diabo amassou”. A alegoria retratava um navio negreiro, assim como a Imperatriz trouxe no desfile do ano passado, feito de madeira com a representação de teatral de um capitão agredindo escravos.

      Um dos componentes do carro alegórico, Alex de Souza, que desfila na Tijuca desde 2001, teve a impressão que a escola veio maior que em outros anos.

      ” Os carros estão muito bonitos e acho que estão maiores. Para o público é bastante legal, impressiona. Espero que impressione os jurados também. Eu venho como escravo neste carro”.

      A escola encerrou o desfile de forma emocionante em seus dois últimos carros. A quarta alegoria, “Multiplica o Sagrado Pão”, trouxe cores de palha na base, com várias nossas senhoras nas laterais, e anjos na parte frontal. Mas o que mais chamou a atenção foi a escultura enorme de Jesus repartindo o pão.

      Dona Norma Pereira desfila desde 2009 na escola e disse que concorda com a imponência da agremiação e confia que o título pode vir esse ano.

      “Olha, a Tijuca sempre foi irreverente, sempre foi surpresa. Na época do Paulo Barros eu vi vários carnavais na Tijuca e vitórias, e eu acho que a Tijuca é assim: dificilmente causa espanto ao público, porque sabem o tamanho dessa escola. Eu amo a Tijuca!”

      A agremiação ainda encerrou o desfile com uma crítica social, dramatizando a situação dos necessitados e fazendo uma reverência à caridade de quem leva comida e alento para os que precisam. Uma escultura na parte frontal da alegoria estava dividido em anjo e demônio representando aqueles que se vestem de anjo, mas agem como demônio.

      Imperatriz 2019: galeria de fotos do desfile

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      Com cenário que remete ao sistema bancário, terceiro carro da Imperatriz faz crítica à ganância do ser humano

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      Por Juliana Cardoso

      Imperatriz desfile2019 049A Imperatriz Leopoldinense apresentou na madrugada desta segunda uma crítica sobre a relação do homem com a moeda de troca que rege todas as relações no mundo. O irreverente enredo “Me dá um dinheiro aí” narrou a história da “grana” e seu papel na sociedade, assim como os diversos tipos de ambição que cercam o ser humano. O terceiro carro da escola, “Sistema Bancário”, representou os processos que ocorrem dentro de bancos, exibindo um bom acabamento.

      A alegoria reuniu símbolos do ambiente bancário, como os caixas-fortes, as taxas e os juros e as barras de ouro. A parte da frente do carro foi adornada com uma estampa de cédulas, enfeitadas com detalhes prateados. Nas laterais, o dourado predominou, remetendo ao ouro, e valores em forma de porcentagem também foram colocados nessa área. Na traseira, existia a parede de um banco quebrada, na qual ratos, simbolizando ladrões, tentavam acessar para roubar o dinheiro.

      Imperatriz 2Elianai de Souza, que desfilou como destaque na terceira alegoria da escola, julga importante a crítica que a Imperatriz fez sobre ganância. No entanto, ele também acredita que a ganância é indissociável do ser humano.

      “Acho que essa é uma característica inerente ao ser humano e deve ser bem aproveitada. Sabendo dosar, a ganância pode ser proveitosa e trazer benefícios. Tudo depende de como a usamos”, disse.

      A crítica à ambição se estendeu por toda a escola. Alas representaram várias faces do tema e como o dinheiro é visto pela sociedade. Os componentes disseram ser importante esta abordagem.

      Robson Paiva, integrante da escola, refletiu:

      “Infelizmente o dinheiro é tudo, mas os erros que rodeiam a cega busca por ele não são justificáveis”.

      A Imperatriz foi a sexta escola a desfilar no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial.