Por Vinicius Vasconcelos
Série Barracões: Beija-Flor terá setor no desfile para falar de Boni, Roberto Carlos, Bidu Sayão e Margareth Mee
Falar sobre a própria história na avenida é uma tarefa melindrosa. Primeiro porque há o risco de se tornar repetitivo contando algo já visto e segundo por conseguir condensar em um só desfile a rica história de uma agremiação. Por isso, a Beija-Flor de Nilópolis, atual campeã do Grupo Especial, usará a literatura das fábulas de Esopo para retratar em seu desfile o enredo ‘Quem não viu vai ver… as fábulas do Beija-Flor’. Esopo foi um escravo e contador de histórias que viveu Grécia Antiga. As fábulas de Esopo tornaram-se um termo genérico para coleções de fábulas brandas, usualmente envolvendo animais personificados. As histórias remontam uma chance popular para educação moral de crianças hoje.
E o que fábulas com histórias aleatórias podem contar sobre os 70 anos da Beija-Flor? Ao receber a reportagem do CARNAVALESCO, no barracão da Deusa da Passarela, o diretor artístico da agremiação e integrante da comissão de carnaval, Marcelo Misailidis exemplifica que para conferir linearidade e uma história coesa as fábulas são escolhidas para serem apresentadas no enredo.
“Inicialmente dividimos em setores e a partir daí as alas trazem no chão as memórias desses carnavais. Para unirmos esses conteúdos em uma história aglutinada e que houvesse diálogo, me ocorreu a referência do beija-flor. Todo pássaro que ganha comportamento humano, se situa como se fosse uma fábula. Quando o próprio beija-flor narra os 70 anos da escola, utilizamos as estrutura das fábulas de Esopo. Isso cria um ambiente onde outras fábulas se aglutinem em uma releitura nova. Elas tendem a dar uma nova roupagem aos próprios enredos já desenvolvidos. Esses personagens criam capítulos em cada setor e conferem uma ambientação particular para contextualizar aquele setor. Exemplos: as fábulas do vento norte e o sol, que tem uma característica de educação no setor de enredos infantis. A gente se apropria desta fábula para dar a importância da educação. A história diz que o vento desafia o sol sobre quem é mais forte. Dessa forma o vento passa a soprar sobre o viajante. No momento que o viajante tenta se segurar o vento perde as forças e ao se aquecer o viajante retira o casaco. Essa história diz o seguinte: é mais fácil convencer alguém pela persuasão que pela força. Temos ainda a fábula da raposa e da uva, a galinha dos ovos de ouro, a cigarra e a formiga e a assembleia dos ratos”, detalha Misailidis.
Marcelo Misailidis conta ao CARNAVALESCO que a ideia do enredo inicialmente foi trazida pelo presidente de honra da escola, Anísio Abrahão David, após possibilidades de temáticas patrocinadas não vingarem. A ideia das fábulas vieram na sequência.
“O enredo surgiu depois de algumas propostas com viés de patrocínio, mas não estávamos seguros de concretizarmos. Foi o Anísio quem propôs o enredo de falar sobre os 70 anos da escola. Ele sugeriu já parte do título ‘Quem não viu vai ver’. A ideia era mostrar às novas gerações tudo que a Beija-Flor já fez. Nesse sentido comentei com ele dessa ideia de transformar uma única história. Foi daí que nasceram as fábulas do beija-flor”, relembra.
O desafio em fazer qualquer enredo para a maior campeã da Era Sambódromo é por si só enorme. Realizar uma temática que se propõe contar os 70 anos de um dos pavilhões mais importantes da festa é ainda mais desafiador. Misailidis fala sobre a expectativa em torno do desfile da Beija-Flor.
“É uma responsabilidade e um privilégio ao mesmo tempo. Uma escola de carnavais memoráveis, cheias de glória. É preciso atender à expectativa de uma torcida muito grande e apaixonada. Outro aspecto é a paixão que a direção nutre por essa escola. É tudo bem diferente de tudo”, afirma.
Personalidades ficam de fora: ‘A instituição fica, as pessoas passam’
Pinah, Laíla, Claudinho, Selminha Sorriso, Sônia Capeta, Neido do Tamborim, Neguinho da Beija-Flor, Joãosinho Trinta, Anísio. A seleção de personalidades que ajudam a contar a história da escola é seleta. Entretanto, Misailidis afirma que eles não estarão inseridos de maneira explícita no enredo, embora, segundo ele, todos que ajudaram a construir a história da Deusa da Passarela devam se sentir homenageados.
“Eu vejo que 70 anos não são sete carnavais. Se formos desenvolver em cima das personalidades seriam necessários vários desfiles. Reunir tudo isso seria complicado. Quando você presta um tributo à escola como um todo, essas figuras estão inseridas de uma forma ou de outra. A instituição fica. O trabalho individual tem um peso, mas o que fica é a Beija-Flor. As pessoas são transitórias”, opina.
Uma dessas personalidades contribuiu com 13 dos 14 campeonatos da Beija-Flor. Laíla deixou a escola após o desfile campeão de 2018 e foi para a Unidos da Tijuca. Misailidis revela não haver mágoa com o sambista e pondera que a decisão foi tomada em comum acordo entre as duas partes.
“O Laíla é uma personalidade do carnaval, que tem sempre muito a contribuir em qualquer lugar que esteja. É uma das figuras vivas mais importantes da festa. Mas a vida é assim. Existem desafios que nos impõem uma renovação. Esses movimentos às vezes podem ser bons para a instituição e para o próprio Laíla. Ele foi cumprir um novo desafio pessoal. Ele tem um papel importante na Beija-Flor e o legado que ele aqui deixou sempre será lembrado como algo positivo. Ainda não tive a oportunidade de encontrá-lo mas de minha parte não há nenhum tipo de ressentimento”, pondera.
Entenda o desfile
Para fugir da reedição de enredos já apresentados na avenida, Misailidis justifica a criação das fábulas para criar o ineditismo necessário para despertar nas pessoas a sensação de algo novo, que não necessariamente se repetiria com algo que já passou na avenida.
“Se fôssemos jogar 70 anos de maneira pulverizada, nos limitaríamos a um álbum de fotografias. Não seria um enredo novo, atendendo apenas os fãs da Beija-Flor, mas precisávamos ir além das fronteiras nilopolitanas. Os enredos da escola ainda encontram possibilidade de uma releitura. Determinadas coisas não despertariam nas pessoas a emoção necessária usando uma estrutura repetida”, avalia.
O desfile foi dividido em cinco setores. Em cada um deles haverá uma temática através dos enredos que a escola apresentou. Enredos infantis, personalidades homenageadas, brasileiros, afros e sociais estarão no desfile que terá cinco alegorias.
“Teremos cinco setores, desmembrados em temáticas específicas. O nosso primeiro setor trabalha os enredos infantis, o segundo desenvolve os enredos brasileiros, o terceiro traz as temáticas africanas, o quarto abordará os homenageados e personalidades, como Roberto Carlos, Bidu Sayão, Margareth Mee e Boni e o quinto e último setor traz as críticas sociais, que também marcaram a Beija-Flor”.
Vídeo: ensaio de bateria da Rocinha na Marquês de Sapucaí
Por Vinicius Vasconcelos
Bateria Medalha de Ouro comanda sacode da Estácio de Sá em ensaio
Não há como duvidar da força de uma escola com a envergadura do pavilhão da Estácio de Sá. A mais antiga agremiação do país mostrou pujança em seu ensaio de rua realizado na noite desta segunda-feira nas ruas do Berço do Samba. Tudo impulsionado por uma competente condução do samba por Serginho do Porto e uma atuação de gala da bateria Medalha de Ouro. O treino atraiu a atenção de varias pessoas e durou cerca de 80 minutos. Antes do início da execução da obra de 2019 Serginho relembrou vários sambas clássicos da Estácio de Sá em um longo esquenta.
“O ensaio foi bastante satisfatório. Acredito que estejamos a 70, 80% do nosso ponto ideal. A Estácio não pode apenas participar do desfile, precisa estar sempre de olho no título. É uma escola de comunidade forte e quem acompanha o nosso pré-carnaval sabe que estamos nessa briga”, explicou Nelsinho, da direção de carnaval.
Bateria
Uma das históricas baterias do carnaval carioca a Medalha de Ouro voltou para o comando de mestre Chuvisco após a sua passagem pela Unidos de Vila Isabel em 2018. Os ritmistas deram um show no treino desta noite com bossas bem executadas e impulsionaram o canto da comunidade em perfeita harmonia com o carro de som.
Samba-Enredo
A obra estaciana demonstra sua qualidade não apenas na competente gravação no CD da Série A. Sua execução ao vivo se mostrou firme e muito bem conduzida pelo experiente e consagrado Serginho do Porto. O intérprete permanece o tempo todo dentro da métrica com as divisões corretas. Os refrões do samba tiveram excelente rendimento e o tempo todo o samba funcionou de maneira perfeita.
Harmonia
A comunidade da Estácio demonstra estar pronta para o desfile. Alas cantaram a plenos pulmões o samba-enredo todo o ensaio. A rua usada para o treinamento tem a extensão semelhante à da Sapucaí e as alas mais afastadas do carro de som não tiveram qualquer dificuldade em cantar o samba com firmeza. Uma apresentação digna da nota 10.
Evolução
Quesito onde a Estácio precisa melhorar para o seu desfile oficial. Tanto no que se refere à técnica de desfile, com um excesso de lentidão no meio do treino, o que certamente acarretaria em perda de pontos no julgamento da Lierj, quanto na espontaneidade das alas. Embora o canto tenha estado perfeito, faltou mais movimentação e as alas passaram andando pela pista.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Zé Roberto e Alcione aproveitaram de fato o ensaio técnico de rua. Utilizaram a pista para fazer coreografia de jurado, toda trabalhada claramente em cima da letra do samba. Além disso exibiram o pavilhão ao público e demonstraram grande entrosamento e cumplicidade.
A Estácio de Sá será a terceira escola a desfilar no sábado de carnaval pela Série A. O carnavalesco Tarcísio Zanon desenvolve o enredo ‘A fé que emerge das águas’.
Donos do Ritmo: Mestre Maradona realiza trabalho na Mancha Verde sem mudar ideologia
Por Matheus Mattos
Vinicius Martins está na categoria de mestres criados dentro da respectiva escola. O interesse em entrar pra bateria surgiu em um dos jogos da equipe de futebol do Palmeiras, em 2005. Através disso procurou a escolinha de bateria da Mancha Verde, desfilou e hoje assume o principal cargo da Puro Balanço.
Apelidado como “Maradona” pela semelhança com o antigo jogador argentino, ele tem um estilo de trabalho de pouca exposição, quieto, modesto, humilde e que divulga sua proposta aos poucos.
A bateria Puro Balanço tem seus instrumentos afinados no médio-grave, a batida de caixa é padrão e as terceiras tocadas no contratempo do samba. A criação de bossa é feita em conjunto com toda a diretoria. Um ponto de destaque do Puro Balanço é a ideologia que seguem, o mestre não esconde que o intuito da batucada é sustentar o canto da escola.
“Nós temos uma filosofia de trabalho onde queremos que o nome da escola brilhe mais que o nosso, e para isso precisamos deixar o ego de lado e fazer alguns sacrifícios na avenida. Sabemos que todo ritmista ama fazer uma paradinha, bossa, breque na avenida, mas tudo tem que ser avaliado para que não atrapalhe o decorrer do desfile. Para o carnaval de 2019 estamos com um bit um pouco mais pra frente que o nossos últimos anos, e sim, foi influência do Jorge Freitas. Ele é um carnavalesco diferenciado, conhece bastante o lado
musical do espetáculo e, pela experiência, disse que o samba ficaria melhor com o bit um pouco mais elevado, então nós fizemos alguns testes e após muita conversa chegamos em um resultado que agradou tanto nós como o nosso povo. É bastante produtivo trabalhar com ele, pois ele conhece muito e nos ensina muita coisa”, afirma mestre Maradona.
A escola de samba Mancha Verde será a terceira escola a desfilar na noite de sexta-feira (01/03) às 01h25, e traz o enredo afro: “Óxala, Salva a Princesa! A Saga de uma Guerreira Negra!”, desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Feitas.
Vila Isabel inicia entrega de fantasias dia 04, um mês antes do desfile
Esse carnaval não será mesmo como os últimos que se passaram na Vila Isabel. Depois de sofrer com entregas de fantasias e chegar a desfilar incompleta recentemente, a azul e branca da terra de Noel inicia a entrega das roupas para o seu desfile no próximo dia 04 de fevereiro, um mês antes da escola entrar na avenida.
O diretor de carnaval Wilsinho Alves falou à reportagem do CARNAVALESCO sobre a importância de realizar a entrega de maneira antecipada e explica que algumas alas terão traslado exclusivo para a Sapucaí no dia do desfile.
“Em primeiro lugar é você respeitar o componente. A pessoa se sente prestigiado. Depois nós ao realizarmos essa entrega com antecedência podemos receber um feedback do componente com relação a tamanho, sapatos. Todo mundo ganha. Algumas alas com costeiros e resplendores serão transportadas com caminhões direto para a avenida”, destacou o dirigente.
Wilsinho faz um alerta aos componentes da Vila Isabel para que cuidem dos figurinos pois reapresentam um importante quesito para a compreensão do desfile.
“Vamos iniciar as entregas no próprio barracão. Assim o componente pode dar uma espiada nas alegorias. Temos um manual do componente onde alertamos para que as fantasias não se danifiquem. É importante pois é um quesito”, finaliza.
Porto da Pedra faz ensaio de rua com o samba na ponta da língua da comunidade e casal perfeito
Por Fiel Matola
A comunidade foi a protagonista do ensaio técnico de rua da Porto da Pedra, neste domingo, em São Gonçalo, mostrando que o Tigre é sim uma das favoritas ao título da Série A. O relógio marcava 21h43 quando Luizinho Andanças iniciou o ensaio cantando sambas antigos da escola. Com duração de mais de uma hora, 1h15 para ser mais exato, e com o calor na cidade, os componentes no final não demonstraram cansaço, pelo contrário, cada ala que chegava ao cordão indicador do fim do ensaio, cantava mais do que nunca. O samba que caiu no gosto da comunidade. Bateria, casal, carro de som e uma evolução correta, somado ao canto, ajudaram a corroborar que a Vermelha e Branca não está para brincadeira.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Rodrigo França e Cintya Santos lutam para continuar com seus 40 pontos conquistados em 2018. O ensaio mostrou que estão preparados para mais um espetáculo: misturando o bailado conservador com o moderno, utilizaram algumas coreografias em partes do samba. Porém, os movimentos do mestre-sala e a graciosidade da porta-bandeira são de impressionar, principalmente, no momento em que eles apresentam a escola, um bonito gesto, mostrando que o casal não perdeu a essência da dança. O ponto de atenção para dupla é o encontro das mãos, quando terminam o giro anti-horário, está parecendo forçado, mas, nada que não possa ser corrigido até o carnaval.
“Se Deus quiser, a gente vai manter os 40 pontos. A gente está muito feliz, muito grato por essa comunidade que receptiva, então, não podemos fazer menos, temos que dá a nota máxima para eles”, pontuou Rodrigo.
Cintya comentou o segredo para manter todas notas dez e adiantou como será a apresentação no carnaval: ”Na nossa dança, nós não queremos perder nossa essência. Estamos fazendo ela com muito carinho. Vamos vir com uma novidade, arriscar um pouco. É pedido que tenhamos a tradição, mas que também haja inovação. Será um pouquinho de cada, para lutarmos e preservarmos os 40 pontos”.
Harmonia e Samba
O canto forte do Tigre foi um ponto alto do ensaio. Porém, a comunidade tem que ficar de olho em alguns erros que podem ser consertados até o carnaval, como por exemplo, em algumas alas é cantado “no quilombo novo” ao invés de “no cinema novo”. O canto caiu um pouco nas estrofes que vem após o refrão central. Fora isso, a cidade de São Gonçalo ouviu o rugido do Tigre. Exemplo de um belo canto foi o da primeira ala, e a ala após a bateria. O samba que foi abraçado pela escola, na voz de Luizinho Andanças, acompanhado pelo seu carro de som, mostrou que ele só tende a crescer até o dia do desfile.
“Os ensaios estão sendo muito bons, a bateria está show de bola e minha galera aqui está correspondendo muito bem. Graças a Deus está dando tudo certo e tomara que sejamos a favorita mesmo”, disse Luizinho.
Evolução
O tempo grande do ensaio poderia demonstrar problemas na empolgação do componente. Mas, não foi o que se viu. Uma comunidade alegre e aproveitando o momento, tudo com tranquilidade, fluidez e alas sem buracos. Junior Cabeça, diretor de carnaval da escola, fez o balanço do ensaio.
“Nossa comunidade está bem, cantando, o samba pegou, o ensaio de hoje está bem organizado, o carro de som bem entendido com a bateria. Nosso presidente está feliz. Estamos fazendo de tudo para colocar um carnaval na rua, nós estamos muito felizes. Agora é dar prosseguimento até o carnaval, acertar as arestas e partir para essa briga. E se Deus quiser dará tudo certo”.
Bateria
Com bossas arrojadas e dentro do samba, mestre Pablo ousou em sua bateria. Pode-se notar uma pausa da Ritmo Feroz em uma passa inteira do samba, ouvindo somente o canto do componente. Essa ousadia não será vista na Sapucaí, só foi um momento no ensaio para verificar como está o canto do componente. Ponto alto para a parte do samba “subo a ladeira do Pêlo, a batucada começou, tem capoeira”, com uma batida afro, relembrando a batucada baiana. Pablo disse que sua bateria está 99% do que ele espera para o dia do carnaval.
“Cada ensaio que passa, a bateria se supera, hoje podemos dizer que nossa bateria está 99% do que eu espero para o desfile, e se Deus quiser a nota máxima irá vir”.
Outros destaques
Os passistas deram um show à parte, com coreografias, o que não é bem visto por alguns conservadores. O grito no refrão do meio do samba, deixa qualquer um arrepiado. E os conservadores não terão tempo de reclamar muito, já que ao chegar no refrão principal, o samba no pé rola solto.
A rainha de bateria Kamila Reis também mostrou que tem samba no pé e simpatia. Em vários momentos, ela puxava membros da comunidade para sambar com ela, principalmente, as crianças, demonstrando preocupação com a continuidade do samba para futuros componentes.
A ala “O Pagador de Promessas”, comandada pelo Muso Fábio Alves, foi ao ensaio com cruzes na mão e roupas representando sangue, deitando no chão, ajoelhando e com uma coreografia forte, que promete chamar atenção no desfile oficial.
O casal segundo casal, Alana Couto e Johny Matos, esbanjou simpatia, com um bailado leve e sempre com um sorriso no rosto.
O presidente da Porto da Pedra, Fábio Montibelo, que acompanhou o ensaio de perto, disse que a escola sempre foi favorita e que este ano ela tem de tudo para ganhar o título.
“Sempre a Porto da Pedra é favorita, também, com uma comunidade dessa. Esse ano pode ter certeza que nós entraremos na briga. Carnaval está bonito, o samba pegou, a comunidade fechou, a prefeitura está ajudando, temos tudo para ganharmos esse título”.
A Porto da Pedra com o enredo: “Antônio Pitanga, um negro em movimento”, do carnavalesco Jaime Cezário, e será a quarta escola a desfilar no sábado de carnaval pela Série A.
Hotel do carnaval paulistano, Holiday Inn Parque Anhembi é garantia de conforto e qualidade para sambistas
Considerado o hotel oficial do carnaval paulistano, por sua proximidade com o Sambódromo do Anhembi, o Holiday Inn Parque Anhembi prepara preços exclusivos e vantagens diferenciadas para os hóspedes que irão curtir tanto os ensaios técnicos, que já estão acontecendo, quanto os desfiles oficiais na sexta e sábado de carnaval. Débora Pereira, analista de marketing do hotel, revela à reportagem do CARNAVALESCO, as novidades para os sambistas que passarem pelas dependências do hotel.
“Começamos a operação de carnaval, já para os ensaios técnicos. Temos um preço especial, no valor de R$ 210, em quarto para duas pessoas com o café da manhã incluso e o estacionamento”, adianta Débora.
Além do conforto e comodidade, Débora explica que durante os dias de carnaval o hotel oferece novidades exclusivas para quem estiver se preparando para as noites de desfiles no Anhembi.
“O hotel é 4 estrelas. Recebemos por dia de carnaval algo em torno de 4 mil pessoas nas nossas dependências. Oferecemos alguns diferenciais, usamos parcerias para isso. O salão de beleza aqui do hotel costuma distribuir alguns kits e também customizamos de maneira gratuita os abadás dos camarotes”.
Para atender à grande demanda de circulação no carnaval, o Holiday Inn Parque Anhembi procura aumentar os turnos das equipes nos bares e restaurantes. Débora explica como se dá o processo de trabalho nos dias de folia.
“Temos uma operação especial no carnaval. Fazemos check-in privativo para os artistas que se hospedam aqui. Nossas equipes de alimentos e bebidas trabalham em um turno especial de 12 horas para atendermos com maior conforto nossos hóspedes. Além disso, temos bares externos”.
Informações e reservas no Holiday Inn Parque Anhembi no site http://holidayanhembi.com.br
Juliene Dias brilha no ensaio de rua da Tom Maior
A distância entre Rio de Janeiro e São Paulo não tem sido empecilho para Juliene Dias. A atriz carioca fará sua estreia no carnaval como musa dos compositores na Tom Maior, escola de samba paulistana que encerrará o primeiro dia de desfiles no Grupo Especial, no dia 1° de março. Na noite de domingo, a beldade, de 20 anos, esteve no ensaio de rua da Tom, no Bom Retiro. Com o samba na ponta da língua e muita animação, Juliene esbanjou simpatia e interagiu com a comunidade.
No desfile, ela representará uma das Valquírias, o espírito feminino na mitologia nórdica. Presidida por Luciana Silva, a Tom Maior levará para a avenida o enredo “Penso Logo Existo – As Interrogações do Nosso Imaginário em Busca do Inimaginável”, desenvolvido pelo carnavalesco André Marins.
Sossego levará escultura de Crivella como demônio para o seu desfile
No enredo “Não se meta com minha fé, acredito em quem quiser”, a Acadêmicos do Sossego prepara uma escultura do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, como um demônio, fazendo crítica a desvalorização do carnaval por parte do prefeito.
Em entrevista ao portal G1, o diretor de carnaval, Hugo Júnior, disse que a proposta da escola é defender o carnaval e lamentou que a imagem tenha vazado nas redes sociais.
“É o prefeito. Estávamos terminando a obra hoje. O objetivo é fazer uma crítica política à desvalorização do carnaval por parte dele. Temos que defender nosso carnaval. Era para ser uma surpresa, mas vou me reunir com o presidente da escola e vamos decidir ainda o que vai ser feito, mas a princípio a escultura vai estar na avenida sim”, comentou o diretor de carnaval ao portal G1.