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Guilherme Estevão relembra passagem na Mangueira e projeta estreia na União do Parque Acari em 2025

Um dos grandes clichês do mundo do futebol diz que estreias são sempre nervosas e com uma dose extra de desafio. Caso a situação também seja válida para o universo das escolas de samba, Guilherme Estevão terá uma dose redobrada de atenção. Após dois anos trabalhando em parceria com Annik Salmon, na Estação Primeira de Mangueira, ele passa a assinar como carnavalesco da União do Parque Acari. No primeiro desfile pela agremiação, ele assinará o enredo “Cordas de Prata: o Retrato Musical do Povo”, que será a segunda exibição no sábado de carnaval – 01 de março.

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Foto: Divulgação/Acari

Em entrevista ao CARNAVALESCO no dia em que foram realizados os minidesfiles das agremiações da Série Ouro, na Cidade do Samba, o profissional falou muito sobre o trabalho na escola da Zona Norte – além de relembrar o que fez na tradicionalíssima verde e rosa.

Passado a limpo

A primeira vez que o nome de Guilherme Estevão apareceu como principal responsável pela parte artística e de enredo de um desfile se deu em 2019. Então na Independentes de Olaria, em parceria com Vinícius Nascimento, ele produziu a apresentação de “De canto em canto, te conto um conto”, que levou a agremiação a um surpreendente terceiro lugar na então Série D, suficiente para levar a estreante agremiação a um acesso.

No ano seguinte, ele se transferiu para a tradicionalíssima Império da Tijuca, já na então Série A – e desfilando no Sambódromo. Após uma sexta colocação em 2020, com “Quimeras de um eterno aprendiz”; e uma nona posição, com “Samba de Quilombo – A resistência pela raiz”, ele coroou a trajetória meteórica assinando com ninguém mais, ninguém menos que a Estação Primeira de Mangueira.

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Após ficar em 2023 e 2024 na verde e rosa, ele preferiu destacar as qualidades da nova agremiação e exaltar a própria história: “Para mim, a sensação de voltar para a Série Ouro é um misto de sensações – e não deixa de ser uma reinvenção. É o processo de renascimento, de reinvenção. A Série Ouro tem um valor enorme, eu me orgulho de ter vindo da Intendente Magalhães e passado na Série Ouro antes de chegar ao Grupo Especial. Todo o processo, todo o carnaval é um momento de aprendizagem e de crescer como artista. E a União do Parque Acari é uma escola muito jovem – apesar de ser a união de duas escolas mais antigas, é uma escola de seis anos. É essa juventude do Parque Acari que me motiva a construir um trabalho, a criar uma identidade – e isso está sendo muito importante para a construção desse carnaval”, pontuou.

Carinho em primeiro lugar

Assumir uma escola do porte da Mangueira, obviamente, joga imensos holofotes em um profissional. E, como não poderia deixar de ser, Guilherme e Annik conviveram com elogios e críticas pelo trabalho desenvolvido pela dupla de carnavalescos.

Nada disso, porém, muda a excelente impressão que a única campeã do Grupo Especial em todas as décadas deixou em Guilherme: “A minha experiência na Mangueira é inesquecível. Fazer a maior escola de samba do planeta é algo que vai estar marcado na minha história para sempre. E, com certeza, eu cresci ainda mais dentro da Mangueira. É algo que eu vou levar para sempre com muito carinho. O Rosa da agremiação continua comigo aqui na Acari – mas, agora, com um pontinho de amarelo”, rememorou.

Para 2025

A chegada do carnavalesco à União do Parque Acari pegou muitos de surpresa. Ele aproveitou para falar sobre como foi o convite da agremiação e, também, contar como surgiu a ideia para criar a temática que será apresentada: “Logo que passou o carnaval de 2024, algumas escolas me procuraram – e a União do Parque Acari foi uma delas. Com eles, tive um papo muito gostoso justamente por ter essa motivação da escola de estar pelo segundo ano consecutivo na Sapucaí, de estar querendo promover coisas novas, inovar e construir uma identidade. Isso realmente me motivou muito a vir para cá. Esse enredo tem tudo a ver com a escola, porque o Parque Acari tem uma tradição musical de trazer elementos da música popular brasileira. O violão é algo que está muito presente no cotidiano do brasileiro e no cotidiano da comunidade do Acari. Foi um enredo muito bem aceito desde o início. É por isso que a comunidade está tão motivada: é algo que está no imaginário coletivo de todo mundo. Se Deus quiser, vai dar muito certo”, torceu.

Por fim, ele também comentou o que mudará na União a partir de 2025: “Vai ser uma União do Parque Acari maior, tanto no contingente de pessoas quanto visualmente. É uma Acari na qual estamos buscando fazer uma escola com um cuidado estético um pouquinho mais refinado. Mas, acima de tudo, é uma Acari que está cantando algo que gosta e que conhece. É por isso que é uma Acari mais pulsante. A gente vai misturar essa questão popular, essa questão musical – e, principalmente, a questão afetiva nesse misto da Acari para 2025”, finalizou.

Com destaque para dança do casal, Unidos de Padre Miguel realiza último treino antes de abrir os ensaios técnicos na Sapucaí

Por Matheus Morais e Carolina Freitas

A Unidos de Padre Miguel fez um forte ensaio de rua antes de abrir no próximo sábado a temporada dos ensaios técnicos da Sapucaí, com uma atuação muito vigorosa de Vinícius e Jéssica, e com os integrantes da escola cantando alto o samba do Boi Vermelho, que abrirá os desfiles do Grupo Especial do Carnaval 2025, com o enredo “Egbé Iyá Nassô”, de autoria dos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, sendo a primeira escola do domingo de carnaval.

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“Hoje foi um ensaio atípico. Como a gente vai ensaiar na Avenida, hoje foi mais para acertar alguns ajustes, para chegar no sábado e arrebentar. A escola está cantante, estamos no caminho certo. É uma escola guerreira! Uma escola cantante! Uma escola vibrante!”, comentou, ao fim do ensaio, o diretor de carnaval da agremiação, Cícero Costa.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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Fotos: Carolina Freitas/CARNAVALESCO

O casal Vinícius e Jéssica, mais uma vez, abrilhantou o ensaio de rua da UPM com a apresentação de sua dança vigorosa, com alguns movimentos e coreografias relacionados aos versos do samba da escola, demonstrando neles o que está sendo cantado pela agremiação, como os gestos referentes aos orixás quando da segunda parte da letra da obra da escola.

Harmonia

O Boi Vermelho cantou forte pelas ruas de Padre Miguel. Os componentes entoando o hino da escola para o próximo carnaval com bastante força desde o início. Bruno Ribas conduziu bem a escola, guiando musicalmente cada integrante durante a apresentação desta noite.

“A análise é sempre de uma visão para que a gente possa sempre estar acertando, mas a gente está em um ótimo caminho. Já visto aí a rodagem do samba, que está batendo muito firme, o número que está sendo apresentado é muito bom, o tempo de convenções e de evolução é muito bom, então, a gente tem a oportunidade de um grande desfile. Não só no ensaio técnico, mas também no oficial, em todos. Então a gente está no caminho certo”, disse o intérprete Bruno Ribas.

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Evolução

A Unidos veio bem solta e alegre em seu último ensaio de rua antes de abrir a temporada dos ensaios técnicos. Com uma boa quantidade de componentes no ensaio, a escola passou bem, sem embolação ou correria, e bem animada de forma geral, evoluindo bem.

Samba-Enredo

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Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

O hino da Vermelha e Branca de Padre Miguel demonstrou mais uma vez sua força em uma noite muito atípica para a escola, que costuma ensaiar às sextas. Bruno Ribas deixou o rendimento do samba no seu patamar de costume dos ensaios da escola da Vintém, com os apagões da bateria fazendo a comunidade gritar forte o refrão.

Outros destaques

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A rainha Dedê Marinho veio trajada com um colã vermelho e um short pequeno da mesma cor, encantando a comunidade presente no ensaio da UPM, reinando à frente da bateria “Guerreiros”, comandada bravamente por mestre Dinho. A comissão de frente não veio neste ensaio de rua.

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Tinga e Macaco Branco dão show de sintonia e fazem o Boulevard 28 de Setembro ferver com a Vila Isabel

Por Luan Costa e Juliana Henrik

Como já é tradição neste pré-carnaval, o Boulevard 28 de Setembro foi tomado pela energia “assombrosa” – no melhor sentido da palavra – de mais um ensaio de rua da Unidos de Vila Isabel. A comunidade marcou presença em peso, tanto pelo número expressivo de componentes quanto pela multidão de espectadores que lotaram o local para prestigiar a escola. Nem mesmo o forte calor foi capaz de diminuir a empolgação. Essa explosão de alegria e harmonia foi impulsionada por uma dupla que transborda sintonia, talento e amor pela azul e branca do bairro de Noel: Tinga, com sua voz poderosa e carisma inconfundível, e Macaco Branco, liderando a bateria com maestria. Juntos, eles deram o tom de uma noite especial.

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Mesmo com algumas críticas ao samba-enredo deste ano, o ensaio mostrou que ele funciona bem na rua, contagiando tanto os componentes quanto o público. O canto forte da comunidade foi o diferencial para que o Boulevard fervesse.

Em 2025 a Vila levará para a avenida o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”, desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros. O tema explorará figuras folclóricas e assombrações presentes no imaginário popular brasileiro. A azul e branca será a última escola a desfilar no segundo dia de apresentações do Grupo Especial.

O diretor de carnaval da azul e branca, Moisés Carvalho, compartilhou sua avaliação do ensaio ao CARNAVALESCO. Ele destacou a alegria da comunidade e o entrosamento entre carro de som e bateria.

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Moisés Carvalho com o carnavalesco Paulo Barros. Fotos: Juliana Henrik/CARNAVALESCO

“Perfeito, evolução perfeita! Comunidade cada dia que passa, cada quarta-feira ensaiando mais. É o que a gente busca todo ensaio. Uma melhor evolução, um melhor campo. A escola feliz, contente, brincando. Carro de som muito entrosado com a bateria, É isso que a gente trabalha. Sobre o samba eu não preciso falar nada, É só você olhar para o lado que você vai ver”, pontuou o diretor.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

A apresentação de Marcinho e Cris Caldas foi envolvente do início ao fim, demonstrando uma performance impecável. A dupla executou a coreografia oficial com precisão, evidenciando que a sintonia entre eles permanece em perfeita harmonia. O vigor de Marcinho e a elegância de Cris criaram uma verdadeira simbiose, onde seus movimentos se complementavam, transmitindo a sensação de que atuavam como um único corpo.

Mesmo sob o forte calor, ambos entregaram uma performance de excelência em todas as marcações dos jurados, arrancando aplausos do público a cada movimento. Um dos destaques foi o uso inteligente da letra do samba para guiar a coreografia. Na parte do verso “silêncio”, por exemplo, eles interagiram com o público, pedindo silêncio de forma divertida.

Harmonia e Samba

A sintonia entre o intérprete Tinga e o mestre de bateria, Macaco Branco, prova, ano após ano, que sempre há espaço para evolução. O carro de som da Vila está impecável, com uma execução afinada e envolvente. A introdução do samba, enriquecida pela participação de uma sanfona, trouxe um charme especial e um toque único à apresentação.

Tinga, com seu vigor e energia de sempre, impressionou mais uma vez. Mesmo sob o forte calor, o intérprete comandou o ensaio com maestria, demonstrando carisma e técnica impecáveis. Os elogios também se estendem à “Swingueira de Noel”, comandada por mestre Macaco Branco, que encantou o público com várias paradinhas, incluindo uma coreografada na cabeça do samba, agregando ainda mais dinamismo à apresentação.

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Esse desempenho musical de altíssimo nível contagiou a comunidade, que cantou o samba com extrema empolgação. Apesar de alguns momentos menos explosivos, no geral, a obra foi interpretada com entusiasmo por todos os componentes. Um destaque especial vai para o verso “Silêncio, ao som do último suspiro vai chegar”, logo após o refrão do meio, que foi cantado com muita força, assim como todo o refrão principal. Alguns componentes sofreram com o calor excessivo e passaram mal, foi o caso de algumas passistas.

Evolução

O ensaio deixou evidente que a Vila Isabel é uma escola com uma comunidade extremamente preparada e comprometida com o desfile. O número de componentes impressionou, porém, mesmo com o tamanho expressivo da escola, não foram observados descompassos, clarões ou sinais de desorganização. Pelo contrário: o que se viu foi uma apresentação fluida, com todos os integrantes desfilando com extrema leveza e espontaneidade.

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As alas coreografadas, que chamaram atenção pela quantidade, mostraram uma performance muito bem ensaiada, mas ao mesmo tempo natural, sem perder a essência do carnaval, cada integrante parecia estar realmente se divertindo.

Porém, um detalhe acabou chamando atenção de forma negativa: o grande número de acompanhantes à frente da bateria. A concentração de pessoas formou uma espécie de “cercado VIP”, que comprometeu a fluidez da evolução em alguns momentos. O problema foi especialmente evidente durante a entrada da bateria no recuo, quando o excesso de pessoas causou certo truncamento no andamento.

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Outros Destaques

O carnavalesco Paulo Barros marcou presença no ensaio e foi bastante tietado pelos componentes e torcedores da Vila. Ele abriu o desfile da escola, posicionado à frente do casal de mestre-sala e porta-bandeira – a comissão de frente não participou do ensaio – e esbanjou simpatia. Ao final, Paulo se juntou à festa e “se jogou” com a bateria, comemorando mais um ótimo ensaio.

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Orgulho da Fiel, Ernesto Teixeira avisa: ‘Gaviões estão muito fortes, acredite’

Pouquíssimos intérpretes tem a própria carreira tão ligada a uma escola de samba como Ernesto Teixeira em relação aos Gaviões da Fiel. Mais do que isso: conhecido como “a Voz da Fiel”, a agremiação, desde quando se tornou escola de samba, só teve o cantor empunhando o microfone em toda a história.

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Foto: Felipe Araujo/Liga-SP

Em entrevista exclusiva ao CARNAVALESCO, Ernesto falou um pouco não apenas sobre o atual momento e sobre a Torcida Que Samba – mas, também, sobre o carnaval paulistano além do Bom Retiro.

Você viveu vários e vários momentos dos Gaviões enquanto escola de samba e também como torcida. Pensando unicamente no carnaval, em que momento você acha que os Gaviões estão? Os Gaviões estão fortes nesse momento?

“Os Gaviões estão muito fortes, acredite. Os Gaviões vêm se reconstruindo nos últimos tempos, e prova disso é o resultado que a gente já teve no carnaval de 2024. No meu entendimento, em 2025, os Gaviões vêm melhor ainda”.

Os Gaviões têm uma característica muito especial, que é muito alheio às escolas de samba, que são eleições. Pouquíssimas escolas fazem eleições, e os Gaviões tiveram uma eleição no comecinho desse ano. Qual é a sua relação com a atual diretoria dos Gaviões, até porque teve uma troca de comando?

“A minha relação com a atual diretoria é igual a que eu tive com todas as outras que passaram pelo Gaviões da Fiel. Nós somos uma entidade democrática e, durante o período eleitoral, cada um manifesta a própria opinião de acordo com o que entende que seja melhor para a entidade naquele momento. Após o período eleitoral, a gente se une e se fecha de novo. Quem estiver no comando será apoiado e ajudado a trabalhar pelas vitórias para escola de samba e torcida”.

De todos os sambas que você cantou, qual que mais te marcou?

“Puxa… puxando por todos de cabeça, desde a época de bloco, essa pergunta, pode remeter, para muita gente, aos sambas campeões: 1995, 1999, 2002 e 2003. Os Gaviõe, porém, têm muitos sambas bons, safras muito boas desde a época de bloco. Eu gosto muito do samba que foi campeão e eu sou um dos autores, juntamente com o Rifai e do Alemão do Cavaco – Rifai que, inclusive, é um dos autores do samba desse carnaval de 2025: Xeque-Mate. Um samba que foi campeão pela importância de ser um samba que tem uma questãoligada à conotação social, da administração nacional, fazendo uma alusão entre o jogo de xadrez e o dia a dia das pessoas. Falamos que a gente quer dar um xeque na corrupção, que a gente espera que o Brasil vai mudar. Ele passa uma mensagem positiva e faz aquela já conhecida crítica social”.

Excluindo os sambas dos Gaviões, tem algum samba que te marcou e que você queria cantar de algum jeito?

“Sim! Boa parte deles mais antigos. A gente pega os sambas da Cabeções da Vila Prudente (“Do Iorubá ao Reino de Oyó”, de 1981) e da Colorado do Brás (“Catopês do Milho Verde, de Escravo a Rei da Festa”, de 1988), ambos do saudoso Dom Marcos. Tem muito samba bom no carnaval de São Paulo: “Os Três Encantos do Rei (“Camia Verde e Branco 1984), o Rosas de Ouro também tem muitos sambas bons… o Vai-Vai idem, lembro de “Orun Aiyê – O Eterno Amanhecer”. de 1982, samba de Oswaldinho da Coica e do Serginho Raro. Tem muita coisa boa no carnaval de São Paulo”.

União de Maricá realiza mais um ensaio de rua na sexta-feira

Dando continuidade aos preparativos para o Carnaval 2025, a União de Maricá realizará mais um ensaio de rua na próxima sexta-feira, a partir das 20h, na Passarela do Samba Adélia Breve, localizada na Rua Abreu Rangel, no Centro de Maricá. Este será o terceiro ensaio do ano, sendo mais um teste na busca de uma apresentação inesquecível na Marquês de Sapucaí.

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Foto: Caio Henrique/Divulgação Maricá

Os ensaios têm sido uma oportunidade de envolver a comunidade e ajustar os últimos detalhes técnicos para o desfile. Até lá, serão cinco encontros em Maricá e um ensaio técnico, no dia 9 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí.

Com o enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”, do carnavalesco Leandro Vieira, a União de Maricá busca alcançar o título e o acesso à elite. A agremiação será a sexta escola a desfilar na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, no primeiro dia de apresentações da Série Ouro.

Morre José Caruzzo Escafura, o Piruinha

José Caruzzo Escafura, o Piruinha, de 94 anos, faleceu na noite desta quarta-feira, após passar mal em casa e ser levado para um hospital. A causa da morte não foi divulgada. Atualmente, ele era o contraventor mais antigo do Jogo do Bicho. Sua área de atuação era Madureira, Abolição, Cascadura, Maria da Graça, Piedade e Inhaúma, na Zona Norte.

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Foto: Reprodução/Globoplay

“Eu vivo de jogo há 80 anos, desde moleque. Tudo o que eu tenho na minha vida: hotel, cavalo – sou criador. Mas já fui jornaleiro, já vendi muita bala no trem, engraxei muito sapato na Praça 24 de Maio, fui trocador e motorista de ônibus, trabalhei na praça no tempo da guerra. Ganhei muito dinheiro. Sou o único banqueiro de bicho [a assumir]. Já tive mais de cem mulheres. Eu tive 19 filhos porque muitas mulheres tiveram juízo e não quiseram ter filho”, disse Piruinha, na série “Vale o que está escrito”, do Globoplay.

Em primeira plenária do ano, presidente da Liesa celebra recorde de apoio para escolas do Grupo Especial

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Gabriel David, comandou a primeira reunião plenária, na sede, no Centro do Rio, com os 12 representantes das escolas de samba do Grupo Especial. Em publicação nas redes sociais, ele ressaltou e celebrou o apoio recorde.

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Foto: Reprodução/Instagram

“Primeira plenária do ano. Fizemos o balanço da evolução financeira e comercial da Liesa. Avançamos muito nos últimos anos! Fecharemos esse Carnaval com cada escola recebendo repasses superiores aos 12 milhões de reais. Mais uma grande meta atingida, com um recorde histórico para os 40 anos da Liga”, disse o dirigente.

Ensaios técnicos do Rio Carnaval 2025 começam neste sábado

Os ensaios técnicos do Rio Carnaval 2025 começam neste sábado. Logo na abertura, o Sambódromo carioca recebe três agremiações: Unidos de Padre Miguel, Unidos da Tijuca e Mocidade Independente de Padre Miguel. O primeiro ensaio começa às 19h. A entrada é gratuita.

O calendário seguirá pelas próximas semanas, sempre aos sábados. Já a última semana antes do Carnaval reunirá um inédito teste de luz e som da Sapucaí, que contará com mais uma apresentação de cada escola de samba, agora divididas em três dias: 21, 22 e 23 de fevereiro.

Confira o calendário completo:

25/01:
19h – Unidos de Padre Miguel
20h40 – Unidos da Tijuca
22h20 – Mocidade Independente

01/2:
19h – Paraíso do Tuiuti
20h40 – Beija-Flor
22h20 – Mangueira

08/2:
19h – Vila Isabel
20h40 – Portela
22h20 – Grande Rio

15/2
19h – Salgueiro
20h40 – Imperatriz Leopoldinense
22h20 – Viradouro

21/2 (teste de luz e som):
21h – Unidos de Padre Miguel
22h40 – Unidos da Tijuca
0h30 – Mocidade Independente
1h40 – Paraíso do Tuiuti

22/2 (teste de luz e som):
18h – Lavagem
19h – Beija-Flor
20h30 – Mangueira
22h10 – Vila Isabel
23h50 – Portela

23/2 (teste de luz e som):
19h – Salgueiro
20h30 – Grande Rio
22h10 – Imperatriz Leopoldinense
23h50 – Viradouro

Diretor da Colorado do Brás cita que comunidade está empenhada para fazer em 2025 o maior desfile da história da escola

A Colorado do Brás, uma das escolas de samba mais tradicionais de São Paulo, realizou seu primeiro ensaio técnico no Anhembi, com vistas ao desfile de 2025. A agremiação, que será responsável por abrir os trabalhos no Grupo Especial na sexta-feira de Carnaval 2025, está focado em apresentar um espetáculo grandioso, com a intenção de deixar todo mundo surpreso.

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Foto: Felipe Araujo/Liga-SP

Jairo Rozen, diretor de carnaval, não escondeu a satisfação por voltar ao Grupo Especial após o rebaixamento em 2022. Para ele, o desempenho da escola naquela temporada foi promissor, e a Colorado teria alcançado um bom resultado, possivelmente entre as primeiras colocações.

“A Colorado foi rebaixada em 2022 por conta de uma ata, talvez, no momento que ela estava mais preparada para continuar no Grupo Especial, onde alcançaria um dos seus melhores resultados. A escola ficaria em sétimo, sexto lugar naquele carnaval de 2022. Os anos de 2023 e 2024 não diminuíram a potência da nossa escola. Estamos mantendo o que deu certo, olhando para os nossos erros, para fazer um carnaval no Grupo Especial em 2025 que seja muito maior e muito mais impactante do que em 2019, 2020 e 2022, quando estivemos no Especial e fizemos grandes atuações”, citou.

Sobre a comunidade, que foi muito exaltada pelo o diretor, pelo fato de a escola não ter quadra, e os ensaios são feitos na rua, está unida e abraçou o enredo homenageando o maior bloco de carnaval do Brasil, o Afoxé Filhos de Ghandi.

Resiliência e ótimo desempenho de Léo do Cavaco marcam primeiro ensaio técnico da Colorado do Brás

“A nossa comunidade não abandona. Ficamos até assustamos da maneira que ela abraça a Colorado do Brás, que não tem quadra, possui muitas dificuldades, ensaia na rua, muitas vezes na chuva. Você pode ver aqui (no ensaio no Anhembi) a escola cantando, evoluindo e principalmente a escola feliz por estar aqui nesse momento, por ter essa nova oportunidade de estar no Grupo Especial e mostrar que a Colorado é uma escola que trabalha para figurar entre as grandes campeãs do carnaval”, afirmou Jairo.

O grande objetivo do Colorado do Brás para o Carnaval de 2025 é conquistar o melhor desfile de sua história, com uma apresentação digna de um Grupo Especial e que fique marcada para sempre. Segundo Jairo, a intenção não é apenas figurar entre as primeiras colocações, mas sim proporcionar um espetáculo que mostre toda a força da escola.

“O objetivo de 2025 é alcançar o maior resultado da história, independente da colocação. Fazer um carnaval de quem quer realmente alcançar um grande resultado e que a gente termine o carnaval com muita felicidade e segurança. Trabalho digno do que o Grupo Especial merece. É ter a certeza que esse vai ser o melhor desfile da nossa história”, finalizou Jairo.

Charles Silva: dupla jornada do intérprete que busca deixar sua marca no carnaval

Cada vez mais consolidado como um dos grandes intérpretes da nova geração do samba, Charles Silva se prepara para uma dupla jornada no Carnaval 2025. Além de ser o cantor oficial da Em Cima da Hora, ele também faz parte do carro de som do Salgueiro, que é comandado por Igor Sorriso. Seu bordão, “O nosso momento é agora”, reflete a confiança e a determinação que o impulsionam, inspirando-se em ícones, como Neguinho da Beija-Flor, Dominguinhos do Estácio e Wander Pires.

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Entretanto, um nome em especial é indicado por Charles Silva com grande carinho: Emerson Dias, cantor do Botafogo Samba Clube, a quem ele considera um verdadeiro mentor no samba.

“É o cara que mais me ensinou tudo. O Emerson é como se fosse meu pai no samba-enredo”, revela Charles, expressando gratidão por tudo que aprendeu com o amigo.

Em 2025, Charles já teve a honra de ser o cantor do Salgueiro, durante o minidesfile, na Cidade do Samba, quando Igor Sorriso não pôde comparecer por ter apresentação na Mocidade Alegre.

“Todas as vezes que eu canto sempre tento colocar o máximo de emoção possível em tudo que eu faço. E é verdade, com o Salgueiro foi um outro momento muita dedicação e graças a Deus deu tudo Certo”.

Para se manter à altura dos grandes desafios que o carnaval exige, Charles investe em seu aperfeiçoamento constante. Ele faz acompanhamento fonoaudiológico, aulas de canto e está aprendendo a tocar instrumentos musicais, buscando sempre o conhecimento para oferecer um desempenho de qualidade.

“A música nos ensina a cada dia. A vida de cantor é imprevisível; um dia você está bem e no outro pode acordar resfriado. Por isso, estamos sempre nos preparando para dar o melhor, independentemente do que aconteça”, explica.

Charles Silva teve seu primeiro contato com a Sapucaí pela Unidos da Ponte, e desde então não parou de crescer. Passou pela Estácio de Sá e, atualmente, brilha à frente do carro de som da Em Cima da Hora.

“Eu sempre falo que sou muito grato por ter a chance de cantar em grandes escolas. Uma vez que cantei na Sapucaí foi pela Unidos da Ponte, e hoje estou na Em Cima da Hora, uma escola com uma grande contribuição para o nosso carnaval. Eu costumo dizer que tenho sorte de cantar em escolas de destaque”, reflete o cantor, com humildade e reconhecimento.

Com o objetivo de deixar um legado, especialmente, na Em Cima da Hora, Charles Silva está focado em continuar sua evolução no samba e em sua carreira. “Quero deixar meu legado na escola de Cavalcanti. Cada momento aqui tem sido único, e estou dando o melhor de mim para representar a Em Cima da Hora com muito orgulho”, afirma com um brilho nos olhos que traduz a paixão e dedicação ao trabalho.

Império de Casa Verde aposta em inovação, protesto e acolhimento no Carnaval 2025

Segunda escola a desfilar no sábado de carnaval (1° de março) o Império de Casa Verde apresentará o enredo: “Cantando Contos. Reinos da Literatura”. A proposta da escola para o Carnaval de 2025 aposta em inovação, protesto e acolhimento às chamadas minorias, marcando uma abordagem distinta em relação aos últimos dois anos. Tiguês, diretor de carnaval da agremiação há mais de cinco anos, destaca a originalidade do espetáculo planejado para este ano.

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Foto: Fábio Martins/CARNAVALESCO

“Justamente para ir um pouquinho na contramão. Falar um enredo afro foi a primeira vez que nós colocamos na avenida. Depois, um enredo de homenagem, algo que não fazíamos desde 2003, quando homenageamos à Fafá de Belém no ano passado, transformando o tema em uma lenda indígena que criamos. Fugimos um pouco do lugar-comum do carnaval. Acho que as pessoas criticam quando inovamos, mas é sempre aquele lance da religião africana, do indígena, do popular, do protesto. Precisamos refletir sobre esses enredos e trazer um pouco de novidade, algo diferente para a pista também”, afirmou.

Embora inicialmente contestado pelo público, o samba-enredo do Império de Casa Verde mostrou seu potencial no primeiro ensaio técnico realizado no último sábado. A narrativa do samba desconstrói os contos de fadas tradicionais que marcaram a infância de muitos, oferecendo uma nova perspectiva.

“Nossa comunidade é muito forte. Temos uma presença significativa de LGBTQIAP+, temos uma galera negra, porque o bairro da Casa Verde é o mais negro de São Paulo. Nós o chamamos de ‘quilombo imperiano’. Temos alas plus size e outras representações. Quando essas pessoas, as chamadas minorias, viram que seriam abraçadas e contempladas no enredo, isso deu mais força e visibilidade ao samba”, destacou o dirigente.

A agremiação da Casa Verde possui um histórico excepcional de sambas-enredo e desfiles marcantes dentro do carnaval de São Paulo. Contudo, os últimos anos têm sido desafiadores, gerando certa insatisfação entre a comunidade e o público.

Bateria e mestre-sala e porta-bandeira mostram suas credenciais no primeiro ensaio do Império de Casa Verde

“Claro que não podemos chorar o leite derramado, mas fomos aclamados como campeões do Carnaval 2024. Respeitamos todas as co-irmãs, a campeã Mocidade Alegre e as demais escolas. No entanto, não termos retornado no desfile das campeãs foi talvez o maior absurdo da história do Carnaval paulistano. É claro que isso nos deu mais vontade, mais ‘sangue no olho’. Não podemos entrar nessa pilha de que tiraram o título de nós, porque erros foram apontados, embora discordemos de alguns. Temos que jogar o jogo, mas com certeza voltaremos com muito mais garra”, declarou.

A escola conta com um time de peso. Além de Tiguês, destaca-se o renomado mestre de bateria Zoinho, um dos mais experientes de São Paulo, e o intérprete Tinga, reconhecido tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. A dupla, que atua em harmonia desde 2023, tem contribuído significativamente para o crescimento da escola.

“São dois monstros do carnaval. Sou suspeito para falar de ambos. O Zoinho foi quem me trouxe para a escola há 21 anos. E o Tinga sempre foi extraordinário cantando, um cara que dispensa qualquer comentário. É evidente que essa dupla iria combinar, e estamos muito felizes com o trabalho deles”, ressaltou.

O Império de Casa Verde busca não apenas resgatar seu protagonismo no carnaval paulistano, mas também inovar em suas narrativas e representações. A escola, com seu histórico de excelência e uma equipe de alto nível, está pronta para surpreender o público com um desfile que alia criatividade, inclusão e qualidade técnica, reafirmando sua relevância no cenário carnavalesco.